21.3.06

Apelo das mais antigas e veneráveis Árvores


Apelo das mais antigas e veneráveis Árvores


As árvores vivem mais tempo que os homens; existem algumas que são centenárias, milenárias e que sobreviveram a tempestades, aos archotes, ao fogo, à indiferença. Algumas viram passar várias gerações de homens. Estas ávores são testemunhas do nosso passado, sobreviventes de bosques originais, muitos deles destruídos em 90% em muitas partes do mundo.

As árvores mais antigas merecem o respeito que devemos a velhos sábios que atravessaram o tempo. Mas no mundo, por vezes, os homens esquecem da importância de um bosque, da superfície de um deserto, ou de uma encosta de montanha. Pior ainda, destruímo-los, muitas vezes, sem grande hesitação.

Prestemos homenagem às árvores veneráveis. Um sobressalto é necessário para que todos assumam uma atitude solidária para com essas árvores de vida, as quais poderão porventura traçar as vias para uma maior fraternidade humana.

Este chamamento ao respeito mundial por estas veneráveis árvores é dirigido à UNESCO para que esta classifique estas grandes árvores como Património Mundial. Dirige-se também aos Estados, às autoridades regionais, às colectividades, enfim, a cada um de nós.

Que, por todo o mundo, se reconheça as árvores centenárias, e que se possa ir vê-las, rodeá-las de flores em sinal de amizade, e que se garanta ainda a plantação da sua descendência, assegurando a sua ligação ao nosso planeta, bem como as possamos salvaguardar

Todas as pessoas sensíveis à Arvores estão convidadas a unir-se a este apelo a favor das árvores veneráveis do mundo.

Não será a Árvore o melhor símbolo para festejar a união do homem e da natureza. E não será ela uma forma de unir os países num só movimento?


Sim, nós pedimos à UNESCO e aos países membros que as àrvores Veneráveis sejam classificadas como Património Mundial.

Apelo: ver aqui
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Lista das Árvores Veneráveis: aqui
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Fotografias: aqui

O Sul também existe ( poema de Mario Benedetti)



«El sur también existe», poema de Mario Benedetti

Com su ritual de acero,
Sus grandes chimeneas,
Sus sabios clandestinos,
Su canto de sirenas,
sus cielos de néon,
Sus ventas navideñas,
su culto de dios padre
y de las charreteras.
Com sua llaves del reino
el norte es el que ordena

Pero aquí abajo, abajo
El hambre disponible
Recurre al fruto amargo
De lo que otros deciden,
Mientars el iempo pasa
Y pasan los desfiles,

y se hacen otras cosas
Que el norte no príbe.
Com su esperanza dura
El sur tambiém existe


con sus predicadores
sus gases que envenenan
su escuela de chicago
sus dueños de la tierra
con sus trapos de lujo
y su pobre osamenta
sus defensas gastadas
sus gastos de defensa
son su gesta invasora
el norte es el que ordena

pero aquí abajo abajo
cada uno en su escondite
hay hombres y mujeres
que saben a qué asirse
aprovechando el sol
y también los eclipses
apartando lo inútil
y usando lo que sirve
con su fe veterana
el sur también existe

con su corno francés
y su academia sueca
su salsa americana
y sus llaves inglesas c
on todos sus misiles
y sus enciclopedias
su guerra de galaxias
y su saña opulenta
con todos sus laureles
el norte es el que ordena

pero aquí abajo abajo
cerca de las raíces
es donde la memoria
ningún recuerdo omite
y hay quienes se desmueren
y hay quienes se desviven
y así entre todos logran
lo que era un imposible
que todo el mundo sepa
que el sur también existe


Tradução livre para português:

Com o seu ritual de ferro,
As suas grandes chaminés
Os seus sábios clandestinos
O seu canto de sirenes,
Os seus céus de néon,
As suas vendas natalícias,
O seu culto ao deus pai,
E aos galões.
Com as suas chaves do reino
O norte é que é quem ordena


Mas aqui em baixo, em baixo
A fome disponível
Colhe o fruto amargo
Do que outros decidem,
Enqaunto o tempo passa
E passam os coretjos,
E se fazem outras coisas
Que o norte não proíbe.
Com a sua constante esperança
O sul também existe.

Com os seus predicadores
Os seus gases venenosos
A sua escola de Chicago
Os seus donos da terra
Os seus trapos de luxo
E o seu pobre esqueleto
As suas defesas gastas
A sua gesta invasora
É o norte que ordena

mas aqui em baixo, em baixo
cada um no seu canto
há homens e mulheres
que sabem o que fazer
aproveitando o sol
e também os eclipses
afastando o inútil
e utilizando o que serve
com a sua fé veterana
o sul também existe


com o seu corno francês
e a sua academia sueca
a sua salsa americana
e as suas chaves inglesas
a sua guerra de galáxias
e a sua sanha opulenta
com todos os seus louros
o norte é que ordena



mas aqui em baixo, abaixo
perto das raízes
é onde a memória
nenhuma recordação omite
e há quem se recuse morrer
e há quem se esqueça de viver
e assim entre todos se consegue
o que era um impossível
que todo o mundo saiba
que o sul também existe


Mário Benedetti
(nasceu em 1920 no Uruguai, mas passou a maior parte da sua vida em Buenos Aires.A sua obra encontra-se reunida em «Incentario Uno» e «Inventario Dos».
Livros como La Tregua, e La Montevideana são mundialmente conhecidos. )
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Evocações


Neste dia internacional da poesia e das árvores, gostaria de remeter para alguns sites:

http://forests.org/

http://www.wrm.org.uy/

http://www.forests-forever.com/

http://les.arbres.free.fr/


Mas aconselhamos vivamente o extraordinário weblog Dias com Árvores, a cujos autores enviamos as nossas felicitações pela sua altíssima qualidade:

http://dias-com-arvores.blogspot.com/



Congratulamo-nos também pelo novo site
Livros&Escritos, da escritora Sofia Vilarigues, com alguns contos e livros já publicados.

Biodiversidade e risco de extinção de milhares de espécies


Apenas cerca de um milhão e 700 mil espécies de animais e plantas foram identificadas pelos cientistas e não há a certeza de quantas mais existem. Só em insectos, as estimativas oscilam entre os 15mil e os cem mil. Calcula-se que, nos últimos 500 anos, se tenham perdido 800 espécies de animais e plantas e tal perda tem vindo a acelerar-se como reflexo das actividades humanas. Travar esse desaparecimento é um compromisso que 180 países já tinham assumido no âmbito das Nações Unidas e que agora estão a renovar, numa conferência em Curitiba, Brasil.
A meta tinha sido traçada diminuir em muito a perda de biodiversidade até 2010.No entanto, as medidas mostravam-se insuficientes para o calendário estabelecido. Na Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade, que decorre até final do mês em Curitiba, a maior parte dos países do mundo estará pronta a reforçar medidas de protecção às espécies e seus habitats. Aí se incluem desertos e florestas tropicais,a água e a madeira, mangais, corais e ilhas, bem como os mais diversos meios com características únicas.
A ocupação humana de áreas silvestres ou mesmo selvagens, o impacto da poluição e da produção de alimentos, tudo isso põe em causa a preservação de espécies e sítios.Os seis mil milhões e meio de pessoas no planeta estão a ser responsáveis, segundo o relatório apresentado à conferência, pela sexta maior extinção de espécies na história da Terra e pela maior desde o desaparecimento dos dinossáurios, há 65 milhões de anos. A destruição anual da floresta nos últimos cinco anos foi "reduzida" para uma área equivalente à superfície da Irlanda e este terá sido dos escassos progressos face à década anterior.
No quadro das iniciativas para a conservação da biodiversidade, as Nações Unidas vão anunciar, no decorrer da conferência de Curitiba, o reconhecimento de vários sítios que agregam não só valores ambientais como também culturais. Esses lugares "sagrados" incluem o deserto de Chihuahuan, no México, que as tradições locais consideram ser onde o sol nasceu, e o arquipélago de Bijagós, na Guiné-Bissau, por ser um santuário de vida animal em que as pessoas fazem a sua vida. Eduarda Ferreira
Fonte:aqui

Os possíveis significados de C.P.E. (Contrato do Primeiro Emprego)

Como exercício de ironia, os estudantes franceses entregaram-se a descobrir possíveis sentidos da abreviatura C.P.E, para além evidentemente do seu significado oficial.. Reproduzimos alguma delas, e que mostrem semelhança na língua portuguesa:

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CPE = categorias penalizadas eternamente

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CPE= caprichos do patrão enervado

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CPE= crer na propaganda dos experts

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CPE= condenar os pobres à exploração

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CPE= como precarizar os estudantes

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CPE= calvário para os empregados

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CPE = Contrato Privativo de Emprego

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CPE = Caça, Pesca e Exclusão

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CPE = contra as políticas de exploração