Por estes dias surgiu em Wal Street um enorme mural com um desenho de Bansky, conhecido artista britânico pelos seus célebres grafittis e desenhos de rua, dedicado aos tubarões da finanças onde se pode ler a frase «Deixai-os comer crack» ao lado de um rato com as mãos ensanguentadas e um casaco confeccionado com dinheiro, transmitindo assim a ideia de ratos a abandonarem um navio (finanças) que se vai afundando, e que procuram salvarem -se a si e, sobretudo, ao produto da sua rapina, antes ... da catástrofe final.
http://www.banksy.co.uk/menu.html
11.10.08
Jornada internacional contra a vigilância-mania e a paranóia securitária sob o lema «Freedom not Fear» (pela liberdade sem medo)
«Descansa! Para garantir a tua segurança
andamos a vigiar-te...!!!!»
Pela Liberdade de Expressão, de comunicação e de reunião - sem medos nem interferências abusivas na esfera particular de cada indivíduo
Hoje, 11 de Outubro, decorre em várias partes do mundo, mas sobretudo nos países europeus, uma jornada internacional contra a paranóia securitária que se está a converter cada mais como uma autêntica «securitomania».
Uma larga coligação de colectivos e associações apelam à participação nesta jornada contra o controle social abusivo e atentatório das nossas liberdades que os governos e as multinacionais têm vindo a realizar sobre as nossas vidas.
A vigilância-mania propaga-se a grande passos. Governos e multinacionais registam, vigiam e controlam os nossos actos, os nossos gestos, de forma cada vez mais sistemática. O que quer que façamos, que digamos ou que transmitamos por qualquer via, assim como os locais para onde vamos, os nossos amigos, os grupos de pertença, etc, etc, tudo isso é religiosamente registado convertendo o governo de um país, de quem se esperava a normal administração da coisas públicas, num enorme aparelho de «big brother», e as empresas, em «little brothers» que acompanham tudo e todos, sem respeito da esfera individual de cada indivíduo e dos seus direitos e liberdades individuais.
A agenda das múltiplas reformas do sector da segurança interna revelam a convergência da polícia, das agências de informação, privadas e públicas, civis e militares, e ameaçam fazer desaparecer a separação e o equilíbrio dos poderes. Utilizando e abusando de métodos de vigilância em massa, intensificando a cooperação sem fronteiras entre as diversas agências do sector, o que se vai construindo são fortalezas e muros que excluem ( e lançam susoeitas) sobre tudo o que é diferente e sai fora do controle social dos poderes estabelecidos.
Sentindo-se constantemente espiados e vigiados, os cidadãos inibem-se na defesa dos seus direitos e na reivindicação dos seus legítimos interesses, pelo que a vigilância-mania é uma real ameaça às sociedades livres e democráticas. Ainda pior que isso essa paranóia securitária instila o medo e a desconfiança junto das populações que vão gradualmente cedendo as suas liberdades, sob o pretexto de que nada têm a esconder, a favor de uma mais que ilusória «segurança total», e que constitui o caminho mais directo para a sociedade totalitária de controle social, onde a liberdade é sacrificada em nome dessa ilusória «segurança totaL» que nunca chega.
O respeito pela vida privada, dos direitos e liberdade civis é uma componente essencial da dignidade humana e um padrão civilizacional de que não devemos desistir. Um sociedade livre exige e requer espaços e comunicações intransponíveis da esfera privada de cada invidíduo e cidadão.
http://www.vorratsdatenspeicherung.de/ (Alemanha)
http://humanrights21.org ( França)
http://www.ecln.org
http://www.vibe.at/ ( Áustria)
http://www.prosa.dk/ ( Dinamarca)
http://www.volksopstand2008.nl/ (Holanda)
http://www.svartmandag.se/ ( Suécia)
http://www.odebi.org/new2/ (França)
http://www.raidh.org/ (França)
http://souriez.info/ (França)
http://bigbrotherawards.eu.org/
As nossas reivindicações:
1) Redução da vigilância e do controle
- supressão da conservação generalizada de «logs» nas nossas telecomunicações (retenção de dados)
- abolição da recolha arbitrária e generalizada dos nossos dados biométricos
- abolição da recolha arbitrária e generalizada dos nossos dados genéticos
-supressão da videoviglância permanente e das técnicas de detecção automática
- Supressão dos financiamentos para o desenvolvimento da novas técnicas de vigilância e de controle
-Não ao registo generalizado de todos os passageiros no transporte aéreo ( dados PNR)
- Não à troca de informações com os Estados Unidos e outros países que não assegurem uma protecção eficas dos dados
-Não à espionagem dos nossos computadores,ainda que à distância
- Não à vigilância e filtragem das comunicações da Internet (Protocolo Télécoms da EU)
2. Avaliação dos meios de vigilância existentes
- Pedimos um exame independente a todos os meios de vigilância, quer sobre a sua eficácia quer sobre os efeitos secundários negativos
3. Moratória para os novos meios de vigilância
- Após o rearmamento registado nos últimos anos, pedimos o congelamento imediato das novas leis securitárias que limitam as liberdades civis.
4) Garantia da liberdade de espressão, diálogo e de informação na internet
-Proibir a instalação de tecnologias de filtragem nas infraestruturas
- garantir de que só um juiz independente e imparcial possa declarar um conteúdo ilícito e solicitar a sua retirada da um website
- Criação de um verdadeiro direito de citação multimédia, tornado hoje indispensável no debate público nas democracias
- garantia da protecção dos espaços comuns de informação, diálogo e de expressão na Internet ( websites participativos, fóruns, blogs, etc) que estão ameaçados por leis e que forçam à auto-censura («chilling effect»)
Hoje, 11 de Outubro, decorre em várias partes do mundo, mas sobretudo nos países europeus, uma jornada internacional contra a paranóia securitária que se está a converter cada mais como uma autêntica «securitomania».
Através de conferências, colóquios, manifestações, videoprojecções, exposições e concertos, e sob o lema « Freedom Not Fear», pretende-se sensibilizar a população em geral contra os sucessivos ataques que se vêm verificando contra os direitos e as liberdades civis e o medo que se vai artificalmante semeando junto das pessoas.
Uma larga coligação de colectivos e associações apelam à participação nesta jornada contra o controle social abusivo e atentatório das nossas liberdades que os governos e as multinacionais têm vindo a realizar sobre as nossas vidas.
A vigilância-mania propaga-se a grande passos. Governos e multinacionais registam, vigiam e controlam os nossos actos, os nossos gestos, de forma cada vez mais sistemática. O que quer que façamos, que digamos ou que transmitamos por qualquer via, assim como os locais para onde vamos, os nossos amigos, os grupos de pertença, etc, etc, tudo isso é religiosamente registado convertendo o governo de um país, de quem se esperava a normal administração da coisas públicas, num enorme aparelho de «big brother», e as empresas, em «little brothers» que acompanham tudo e todos, sem respeito da esfera individual de cada indivíduo e dos seus direitos e liberdades individuais.
A agenda das múltiplas reformas do sector da segurança interna revelam a convergência da polícia, das agências de informação, privadas e públicas, civis e militares, e ameaçam fazer desaparecer a separação e o equilíbrio dos poderes. Utilizando e abusando de métodos de vigilância em massa, intensificando a cooperação sem fronteiras entre as diversas agências do sector, o que se vai construindo são fortalezas e muros que excluem ( e lançam susoeitas) sobre tudo o que é diferente e sai fora do controle social dos poderes estabelecidos.
Sentindo-se constantemente espiados e vigiados, os cidadãos inibem-se na defesa dos seus direitos e na reivindicação dos seus legítimos interesses, pelo que a vigilância-mania é uma real ameaça às sociedades livres e democráticas. Ainda pior que isso essa paranóia securitária instila o medo e a desconfiança junto das populações que vão gradualmente cedendo as suas liberdades, sob o pretexto de que nada têm a esconder, a favor de uma mais que ilusória «segurança total», e que constitui o caminho mais directo para a sociedade totalitária de controle social, onde a liberdade é sacrificada em nome dessa ilusória «segurança totaL» que nunca chega.
O respeito pela vida privada, dos direitos e liberdade civis é uma componente essencial da dignidade humana e um padrão civilizacional de que não devemos desistir. Um sociedade livre exige e requer espaços e comunicações intransponíveis da esfera privada de cada invidíduo e cidadão.
http://www.vorratsdatenspeicherung.de/ (Alemanha)
http://humanrights21.org ( França)
http://www.ecln.org
http://www.vibe.at/ ( Áustria)
http://www.prosa.dk/ ( Dinamarca)
http://www.volksopstand2008.nl/ (Holanda)
http://www.svartmandag.se/ ( Suécia)
http://www.odebi.org/new2/ (França)
http://www.raidh.org/ (França)
http://souriez.info/ (França)
http://bigbrotherawards.eu.org/
As nossas reivindicações:
1) Redução da vigilância e do controle
- supressão da conservação generalizada de «logs» nas nossas telecomunicações (retenção de dados)
- abolição da recolha arbitrária e generalizada dos nossos dados biométricos
- abolição da recolha arbitrária e generalizada dos nossos dados genéticos
-supressão da videoviglância permanente e das técnicas de detecção automática
- Supressão dos financiamentos para o desenvolvimento da novas técnicas de vigilância e de controle
-Não ao registo generalizado de todos os passageiros no transporte aéreo ( dados PNR)
- Não à troca de informações com os Estados Unidos e outros países que não assegurem uma protecção eficas dos dados
-Não à espionagem dos nossos computadores,ainda que à distância
- Não à vigilância e filtragem das comunicações da Internet (Protocolo Télécoms da EU)
2. Avaliação dos meios de vigilância existentes
- Pedimos um exame independente a todos os meios de vigilância, quer sobre a sua eficácia quer sobre os efeitos secundários negativos
3. Moratória para os novos meios de vigilância
- Após o rearmamento registado nos últimos anos, pedimos o congelamento imediato das novas leis securitárias que limitam as liberdades civis.
4) Garantia da liberdade de espressão, diálogo e de informação na internet
-Proibir a instalação de tecnologias de filtragem nas infraestruturas
- garantir de que só um juiz independente e imparcial possa declarar um conteúdo ilícito e solicitar a sua retirada da um website
- Criação de um verdadeiro direito de citação multimédia, tornado hoje indispensável no debate público nas democracias
- garantia da protecção dos espaços comuns de informação, diálogo e de expressão na Internet ( websites participativos, fóruns, blogs, etc) que estão ameaçados por leis e que forçam à auto-censura («chilling effect»)
A impunidade de Tony Blair passou por Lisboa ( excerto de uma crónica de Miguel Sousa Tavares)
Tony Blair veio fazer uma palestra a Lisboa, para a habitual plateia de decisores políticos e económicos. Depois de dez anos a governar a Inglaterra em nome dos trabalhistas, Blair é hoje um dos homens mais bem pagos da Europa, cobrando entre 125 mil e 250 mil euros por cada uma destas conferências, além do salário de luxo que recebe como consultor de um desses bancos americanos que agora estão no olho do furacão da crise financeira mundial. Também é enviado especial da ONU para o Médio-Oriente, mas, nessas funções, tem-se revelado bem menos empenhado e eficaz do que a fazer conferências. Como herança interna, Blair deixou um défice monumental nas contas públicas inglesas, arruinou o mítico Serviço Nacional de Saúde (ao ponto de ser o líder dos "tories", David Cameron, quem hoje faz o papel de defensor público do SNS), deixou umas centenas de mortos ingleses no Iraque e o país ligado ao desfecho da aventura de Bush (para a qual Blair foi o primeiro dos apoiantes), e, para rematar em beleza, deixou toda a economia inglesa refém da tragédia de Wall Street.
Seria de esperar da sua parte talvez alguma humildade, algum embaraço, quem sabe mesmo, alguma vergonha: afinal de contas, ele foi um dos principais responsáveis pelo estado do mundo e ainda anda a facturar fortunas a falar dos 'problemas' que ajudou decisivamente a criar! Mas, se alguém esperava tal coisa, esperou em vão. Descontraído e sorridente, Tony Blair puxou de umas notas avulsas e deu conta das suas recentes andanças pelo mundo: esteve em Pequim, nos Jogos Olímpicos, esteve no deserto, numa tenda com Kadhafi, esteve aqui e ali, derramando a sua vasta experiência sobre os 'problemas', para poder concluir em Lisboa que "os problemas são globais e precisam de soluções globais". Mais uns quantos lugares-comuns de profundidade semelhante e a repetição de que o trabalho tem de ser flexível e a Segurança Social tem de ser reestruturada. E pronto. Suponho que lhe terão batido palmas e agradecido
Excerto da crónica de Miguel Sousa Tavares publicada no jornal Expresso no passado dia 4 de Outubro
Manifestação anti-capitalista na City de Londres: porque é que somos nós a pagar os prejuízos dos banqueiros e a crise financeira?
O Capitalismo não funciona!
Uma manifestação com algumas centenas de activistas anti-capitalistas ( a maior parte deles, jovens estudantes) percorreu ontem a City ( centro financeiro de Londres) da capital inglesa. A manifestação atravessou vários diversos arruamentos parando em frente do Bank of England e de um reputado centro comercial ( o Royal Exchange). Não se registaram confrontos propriamente ditos com a polícia, se bem que por várias vezes a manifestação tivesse chocado com as linhas policiais que procuravam manter a manifestação o mais longe possível dos edifícios. No fim da manifestação houve lugar a várias intervenções de oradores, após as quais os manifestantes dispersaram-se.
Poetas Malditos ( de Adolfo Simões Müller )
Malditos poetas, que disseram tudo
e tudo tão bem dito!
Malditos poetas, que me deixam mudo,
sem um ai, uma súplica ou um grito!
Raios os partam, cada qual maldito!
Malditos, que roçaram no seu voo,
com asas de veludo
o infinito!
Malditos poetas: Eu os abençoo…
de: Adolfo Simões Adolfo Simões Müller (n. em Lisboa 18 Ago 1909, m. 17 Abr 1989)
Memórias de um anarquista japonês ( livro autobiográfico de Osugi Sakae)
Pacifista numa sociedade militarizada, feminista numa sociedade machista, Osugi Sakae ofendeu todas as autoridades, desrespeitou as leis, riu das tradições, lutou pela revolução e construiu a sua vida na medida certa para causar escândalo no Japão do início do século XX. É ainda hoje visto como um herói romântico combatendo a opressão das estruturas sociais e familiares existentes à época
Osugi fez observações sobre a sociedade japonesa de seu tempo com muito bom humor. Um humor que não poupava a ele mesmo, capaz de rir de si próprio. Por isso este livro com a sua biografia é mais do que a história da formação de um rebelde. É também um retrato do início do movimento socialista e anarquista no Japão.
Osugi Sakae (1885-1923) amava as greves mais pelo seu senso de solidariedade do que pelas vitórias sindicais, tendo afrontado séculos de dominação comportamental (familiar e social), no início do século XX, pois foi o precursor das liberdades sexuais, e desafiou ainda a rigidez da disciplina militar.
Morreu pela audácia revelada às mãos dos militares japoneses. Incidente Amakasu é o nome pelo qual ficou conhecido o assassinato de Sakae Osugi, Noe Ito, dois importantes anarquistas japoneses e uma criança, por forças militares daquele país. Um esquadrão de polícia militar liderado pelo oficial Masahiko Amakasu aprisionaram Sakae Osugi, Noe Ito, e o sobrinho de seis anos de Sakae. Em seguida, os três foram brutalmente espancados até a morte e seus corpos foram atirados dentro de um poço. Esta matança de anarquistas tão conhecidos juntamente com uma criança tão nova espalhou a surpresa e a revolta pelo Japão tornando-se um marco da brutalidade do governo japonês. Existe um filme de 1970, Eros Plus Massacre, que retrata os acontecimentos .
Osugi fez observações sobre a sociedade japonesa de seu tempo com muito bom humor. Um humor que não poupava a ele mesmo, capaz de rir de si próprio. Por isso este livro com a sua biografia é mais do que a história da formação de um rebelde. É também um retrato do início do movimento socialista e anarquista no Japão.
Osugi Sakae (1885-1923) amava as greves mais pelo seu senso de solidariedade do que pelas vitórias sindicais, tendo afrontado séculos de dominação comportamental (familiar e social), no início do século XX, pois foi o precursor das liberdades sexuais, e desafiou ainda a rigidez da disciplina militar.
Morreu pela audácia revelada às mãos dos militares japoneses. Incidente Amakasu é o nome pelo qual ficou conhecido o assassinato de Sakae Osugi, Noe Ito, dois importantes anarquistas japoneses e uma criança, por forças militares daquele país. Um esquadrão de polícia militar liderado pelo oficial Masahiko Amakasu aprisionaram Sakae Osugi, Noe Ito, e o sobrinho de seis anos de Sakae. Em seguida, os três foram brutalmente espancados até a morte e seus corpos foram atirados dentro de um poço. Esta matança de anarquistas tão conhecidos juntamente com uma criança tão nova espalhou a surpresa e a revolta pelo Japão tornando-se um marco da brutalidade do governo japonês. Existe um filme de 1970, Eros Plus Massacre, que retrata os acontecimentos .
Após este episódio, a repressão foi acentuada e tornada cada vez mais brutal, e acabou evoluindo para uma marcha acelerada rumo à total militarização da sociedade japonesa que culminou na Segunda Guerra Mundial.
Osugi influenciou as revoltas estudantis dos anos 60 (no Japão!), onde novamente as ideias de combater a repressão política, económica e sexual e de lutar contra toda forma de hierarquia estava de volta, trazendo de volta a memória da figura, da acção e das palavras do "Anarquista Erótico" – como Osugi Sakae ficou conhecido.
Introduziu também o esperanto no Japão ao criar em 1906 a primeira escola dedicado ao ensino e aprendizagem daquela língua universalista. Foi ainda infuenciado pelo cristianismo, mas sempre negando a crença num deus transcendental e fora de si próprio até cortar radicalmente com toda e qualquer religião. Envolveu-se igualmente no movimento socialista japonês quando Kōtoku Shūsui e Sakai Toshihiko formaram a Sociedade dos Comuns ( Commoners' Society - Heimin-sha, em japonês), tendo escrito para o seu jornal « Common Peoples' Newspaper (Heimin shimbun)». Osugi era casado com Hori Yasuko, mas manteve uma relação com Kamichika Ichiko e Noe Ito na linha da sua filosofia do amor livre.
Não por acaso, um de seus textos, de Fevereiro de 1918, leva como título "Quanto a mim, prefiro o espírito" e a dada altura lê-se o seguinte:
"Eu gosto do espírito. Seja como for, geralmente detesto quando o espírito é transformado em teoria. Detesto porque nessa passagem para a teoria, ele frequentemente se torna servil, um colaborador em harmonia com a realidade social presente. Porque isso é uma fraude. Eu odeio o que os cientistas políticos e filósofos chamam democracia e humanismo. Fico doente só de ouvi-los. Eu odeio o socialismo também. E pela mesma razão, eu odeio um pouco o anarquismo. O que eu mais gosto é a acção cega da humanidade: a explosão de espírito."
Cronologia
• 1885 - January: Sakae Ōsugi born
• 1889 - December: Father transferred from Tokyo to Sendai
• 1891 - April: Enters elementary school
• 1895 - July: The first Sino-Japanese War begins; father dispatched to war zone
• 1897 - April: Advances to higher elementary school
• 1898 - April: Enters Shibata Middle School
• 1899 - Summer: Travels to Tokyo, Nagoya, and Osaka to visit relatives
• 1901 - April: Receives 30-day disciplinary confinement to Cadet School, probably for homosexual activity; November: Stabbed during fight with another cadet and expelled from Cadet School after returning to Shibata
• 1902 - January: Moves to Tokyo and enters Tokyo Academy; June: Mother dies; October: Enters fifth year at Junten Middle School
• 1903 - September: Enters Tokyo Foreign Language School, and experiments with Christianity; December (approximately): Begins to frequent the Heimin-sha
• 1904 - February: Russo-Japanese War begins; father dispatched to war zone
• 1905 - July: Graduates from Foreign Language School
• 1906 - March: Arrested in demonstration against increasing Tokyo trolly fare; June: Released on bail; September: Marries Hori Yasuko, and begins teaching Esperanto; November: Begins editing Katei zasshi, and charges filed against Ōsugi for writing "Shimpei shokun ni atau"
• 1907 - March: Charges filed against Ōsugi for writing "Seinen ni uttau"; May: Incarcerated in Sugamo Prison; November: Released from prison
• 1908 - January: Arrested for the Rooftop Incident, and incarcerated in Sugamo Prison; March: Released from prison; June: Arrested for the Red Flag Incident; September: Incarcerated in Chiba Prison
• 1909 - November: Father dies
• 1910 - November: Released from prison
• 1912 - October: Begins publishing Kindai Shisō
• 1914 - April: First meets Kamichika Ichiko; September: Stops publishing Kindai Shisō, and introduced to Itō Noe; October: Begins publishing Heimin shimbun
• 1915 - March: Stops publishing Heimin shimbun; October: Begins publishing second Kindai shisō; December: Begins affair with Kamichika Ichiko, and removed from control of second Kindai Shisō
• 1916 - January: Second Kindai Shisō ceases publication; February: Begins affair (perhaps) with Itō Noe; May: Itō Noe leaves husband, Tsuji Jun, for Ōsugi; November: Stabbed by Kamichika Ichiko
• 1917 - January: Hori Yasuko renounces ties with Ōsugi; September: First daughter born
• 1918 - January: Begins publishing Bummei hihyō; April: Stops publishing Bummei hihyō, and begins publishing Rōdō shimbun; July: Stops publishing Rōdō shimbun
• 1919 - May: Strikes policeman Andō Kiyoshi; July: Charged for striking policeman; October: Begins publishing Rōdō undō; December: Incarcerated in Toyotama Prison, and second daughter born
• 1920 - March: Released from prison; June: Stops publishing Rōdō undō; October: Goes to Shanghai to attend Congress of Far Eastern Socialists; December: Taken into temporary custody at founding meeting of Nihon shakaishgi dōmei in Tokyo
• 1921 - January: Begins publishing second Rōdō undō in cooperation with Bolshevik faction; March: Third daughter born; June: Stops publishing second Rōdō undō; December: Begins publishing third Rōdō undō
• 1922 - June: Fourth daughter born; September: Attends Osaka meeting to found national labor union; November: Invited to attend the International Congress of Anarchists in Berlin in early 1923; December: Departs for Europe
• 1923 - February: Arrives in France; May: Arrested at May Day demonstration in St. Denis; June: Deported from France; July: Arrives in Japan. Last issue of third Rōdō undō; September: Murdered together with Noe Itō and nephew in aftermath of the Great Kantō Earthquake.
• 1885 - January: Sakae Ōsugi born
• 1889 - December: Father transferred from Tokyo to Sendai
• 1891 - April: Enters elementary school
• 1895 - July: The first Sino-Japanese War begins; father dispatched to war zone
• 1897 - April: Advances to higher elementary school
• 1898 - April: Enters Shibata Middle School
• 1899 - Summer: Travels to Tokyo, Nagoya, and Osaka to visit relatives
• 1901 - April: Receives 30-day disciplinary confinement to Cadet School, probably for homosexual activity; November: Stabbed during fight with another cadet and expelled from Cadet School after returning to Shibata
• 1902 - January: Moves to Tokyo and enters Tokyo Academy; June: Mother dies; October: Enters fifth year at Junten Middle School
• 1903 - September: Enters Tokyo Foreign Language School, and experiments with Christianity; December (approximately): Begins to frequent the Heimin-sha
• 1904 - February: Russo-Japanese War begins; father dispatched to war zone
• 1905 - July: Graduates from Foreign Language School
• 1906 - March: Arrested in demonstration against increasing Tokyo trolly fare; June: Released on bail; September: Marries Hori Yasuko, and begins teaching Esperanto; November: Begins editing Katei zasshi, and charges filed against Ōsugi for writing "Shimpei shokun ni atau"
• 1907 - March: Charges filed against Ōsugi for writing "Seinen ni uttau"; May: Incarcerated in Sugamo Prison; November: Released from prison
• 1908 - January: Arrested for the Rooftop Incident, and incarcerated in Sugamo Prison; March: Released from prison; June: Arrested for the Red Flag Incident; September: Incarcerated in Chiba Prison
• 1909 - November: Father dies
• 1910 - November: Released from prison
• 1912 - October: Begins publishing Kindai Shisō
• 1914 - April: First meets Kamichika Ichiko; September: Stops publishing Kindai Shisō, and introduced to Itō Noe; October: Begins publishing Heimin shimbun
• 1915 - March: Stops publishing Heimin shimbun; October: Begins publishing second Kindai shisō; December: Begins affair with Kamichika Ichiko, and removed from control of second Kindai Shisō
• 1916 - January: Second Kindai Shisō ceases publication; February: Begins affair (perhaps) with Itō Noe; May: Itō Noe leaves husband, Tsuji Jun, for Ōsugi; November: Stabbed by Kamichika Ichiko
• 1917 - January: Hori Yasuko renounces ties with Ōsugi; September: First daughter born
• 1918 - January: Begins publishing Bummei hihyō; April: Stops publishing Bummei hihyō, and begins publishing Rōdō shimbun; July: Stops publishing Rōdō shimbun
• 1919 - May: Strikes policeman Andō Kiyoshi; July: Charged for striking policeman; October: Begins publishing Rōdō undō; December: Incarcerated in Toyotama Prison, and second daughter born
• 1920 - March: Released from prison; June: Stops publishing Rōdō undō; October: Goes to Shanghai to attend Congress of Far Eastern Socialists; December: Taken into temporary custody at founding meeting of Nihon shakaishgi dōmei in Tokyo
• 1921 - January: Begins publishing second Rōdō undō in cooperation with Bolshevik faction; March: Third daughter born; June: Stops publishing second Rōdō undō; December: Begins publishing third Rōdō undō
• 1922 - June: Fourth daughter born; September: Attends Osaka meeting to found national labor union; November: Invited to attend the International Congress of Anarchists in Berlin in early 1923; December: Departs for Europe
• 1923 - February: Arrives in France; May: Arrested at May Day demonstration in St. Denis; June: Deported from France; July: Arrives in Japan. Last issue of third Rōdō undō; September: Murdered together with Noe Itō and nephew in aftermath of the Great Kantō Earthquake.
O livro encontra-se à venda na
Memórias de um Anarquista Japonês, Ósugi Sakae, Conrad 12€
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