5.2.10

Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária (seminário na Fac. Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária"
Seminário internacional na FPCEUP ( 19 e 20 de Fevereiro)

Nos próximos dias 19 e 20 de Fevereiro vai realizar-se no auditório 1 da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) o seminário internacional "Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária" - que visa a apresentação e o debate de resultados de investigação do projecto com o mesmo nome.

Participam neste Seminário não só os investigadores do Projecto, mas também Investigadores estrangeiros como Guy Berger (consultor CIIE/FPCEUP), Enzo Traverso, Victor Santidrián Árias, Fernando Fidalgo e investigadores portugueses como Manuel Loff e Isabel Galhano (FPLUP), Paula Godinho (UNL), Sérgio Vinagre (UPP).


A iniciativa é organizada conjuntamente pelo Centro de Investigação e Intervenção Educativas da FPCEUP, pela Universidade Popular do Porto e pelo Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores da Universidade do Porto.


Pretende-se, com este projecto (Memórias do Trabalho: processos de construção de uma identidade operária), produzir conhecimento ao nível de dois eixos fundamentais de elaboração teórica: o primeiro incidindo nos processos de inter-estruturação entre trabalho, participação social, formação e identidade pessoal e profissional, desenvolvidos no quadro das mudanças sociais e políticas da segunda metade do século XX, na sua relação dinâmica com a construção de uma identidade operária no Porto; o segundo eixo teórico refere-se às questões epistemológicas e metodológicas levantadas pela recolha da história oral e pelas condições e limites da sua utilização no âmbito da pesquisa científica, nomeadamente no que se refere à exploração das suas articulações com a abordagem da sócio-linguística (ver, em particular, o estado da arte, neste projecto).

A sua concepção emerge de uma reflexão relativa ao trabalho já desenvolvido pelo “Centro de Documentação e Informação sobre o Movimento Operário e Popular do Porto” pela Universidade Popular do Porto, uma das instituições participantes no projecto. Com efeito, a qualidade, diversidade e quantidade da informação recolhida e disponibilizada pelo CDI impõe-se como material de estudo a diferentes áreas científicas. É assim que se constitui uma equipa que reúne investigadores de diferentes áreas das ciências sociais (ciências da educação, história, documentação, sociolinguística) assim como de ciências da computação, mobilizados não só pelo interesse na pesquisa disciplinar, como também por uma abordagem multirreferencial dos processos de construção de uma identidade operária, procurando constituir o objecto de estudo na sua complexidade. Este carácter transdisciplinar implica o accionamento de dispositivos de análise, de validação e de vigilância metodológica que, ainda que construídos no interior de diferentes domínios das ciências sociais serão mobilizados de forma a permitir desenvolver linguagens cientificas, geradas pela heterogeneidade dos discursos disciplinares, mas encontrando vias de reflexão comum, bases de comunicação e de confronto teórico-prático mutuamente enriquecedor e cientificamente estimulante.
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Este projecto permite, assim, esperar não só os resultados que em lugar próprio apontamos, como um efeito multiplicador do seu potencial de pesquisa tendo em conta a criação de dispositivos multimédia orientados para a difusão alargada dos produtos da investigação, a disponibilização da informação recolhida no sítio WEB do Centro de Documentação e Informação da UPP, a intervenção no âmbito da formação de jovens e de adultos.


http://www.seminariomemorias.blogspot.com/

http://cdi.upp.pt/

http://eetcetera.blogspot.com/

Programa do Seminário Internacional Memórias do Trabalho

19 de Fevereiro 2010

9h30 – Recepção aos participantes
10 h /10h30 – Sessão abertura
Carlinda Leite - Presidente do Conselho Directivo da FPCEUP
José Alberto Correia* - Presidente do Conselho Científico da FPCEUP e Coordenador do CIIE
Sérgio Vinagre - Presidente da Direcção da Universidade Popular do Porto
Natércia Pacheco* - Investigadora responsável do projecto “Memórias do trabalho”


10h30/12h30 – Discursos/ memórias – que sentidos?
Moderação: Manuela Terrasêca*
Natércia Pacheco* e Teresa Medina* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Memórias do Trabalho e construção de identidades operárias”
Joaquim Barbosa* (CLUP, UPP)
“Em busca de uma identidade operária pelos caminhos da linguagem”
Isabel Galhano (FLUP)
“Gestos da memória”

Manuel Matos* (CIIE/FPCEUP)
“Do discurso oral à reconstrução de si nas memórias do trabalho”

Debate

15h/17h30 – Memórias e identidades
Moderação: Carlos Nelson Amador (UPP)

Manuel Loff ** (FLUP, UPP)
“História e memórias”

Paula Godinho (FCSU/UNLisboa)
“Trabalhos da Memória”

Victor Santidrián Árias (Fundação 10 de Março /Santiago de Compostela)
“A experiência da Fundação 10 de Março”

Enzo Traverso (U. Amiens)
“Como se escreve a História do século XX: delineando as características da paisagem memorial europeia e a sua interferência na escrita da História”

Debate

18 h – “Tempos Modernos”, Charlie Chaplin
Comentário de Virgílio Borges Pereira (FLUP)

Debate


20 de Fevereiro

10h/12 h - Workshop Tecnologias da informação e trabalho com memórias
Moderação: Rogério Reis* (LIACC/FCUP, UPP)

Nelma Moreira* (LIACC/FCUP, UPP)
“Anotação e classificação de documentos”

Silvestre Lacerda* (IANTT, CIIE/FPCEUP, UPP)
“Memórias em Arquivo, preservar comunicando!”

Mário João Mesquita (FAUP)
“A Cidade do Trabalho; a invenção da imagem da cidade entre as Aldeias e o Capital”

Eloy Rodrigues ** (Serviços Documentação U.Minho)
Comentário

Debate

14h30/16h - Mesa redonda - Memórias do trabalho e participação sindical em discurso directo
Moderação - Teresa Medina*

Albano Reis (coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Norte e Viseu)
Amália Andrade (ex-dirigente do Sindicato das Conservas do Porto)
Palmira Peixoto (coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis do Porto)
Vítor Ranita (ex-coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Norte e da União dos Sindicatos do Porto)
Fernando Fidalgo (Universidade Federal de Minas Gerais)

Comentário
Debate


16h15 / 17h30 - Histórias de vida: trabalho, lutas sociais e formação
Moderação: Bruno Monteiro*

Teresa Medina* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Percursos de vida e formação: trabalho, sindicalismo e produção do saber”

Cristina Nogueira* (CIIE/FPCEUP, UPP)
“Formação e memórias da clandestinidade”

João Caramelo* (CIIE/FPCEUP)
“A formação de activistas sociais: biografias, contextos socioculturais, experiência e reflexão“

Debate

17h30 – Comentário final
Guy Berger *** (Professor emérito – Vincennes / Universidade Paris VIII)

18h15 – sessão de encerramento
José Alberto Correia* (CIIE/FPCEUP)
Natércia Pacheco* (CIIE, FPCEUP)

* Investigadores do projecto “Memórias do trabalho: processos de construção de uma identidade operária no Porto”
** Consultores do projecto
*** Consultor do CIIE

19 e 20 de Fevereiro
Exposição - “Memórias da Cidade do Trabalho”

Dias mundiais sem telemóvel ( 6, 7 e 8 de Fevereiro)




A 1ª jornada mundial sem telefones móveis aconteceu a 6 de Fevereiro de 2001 pelo escritor Phil Marso.

Este ano assinalam-se pois as 10ªs jornadas que, desta vez, prolongam-se por 3 dias. Até porque os perigos e as ameaças associadas às comunicações móveis são ainda maiores que há 10 anos atrás.

Na verdade, este meio de comunicação invade cada vez mais a nossa vida privada. Ao longo das 24 horas de um dia estamos permanente conectados, sem qualquer intervalo para a nossa própria intimidade que, assim, se vê ininterruptamente exposta às intromissões a qualquer hora e momento. Para piorar ainda mais as coisas apareceram novos dispositivos ligados à Internet, desde as redes sociais ( Facebook e Twitter) até à telerealidade em transmissão contínua ( Youtube, por exemplo), que sob a desculpa de se terem tornado indispensáveis ao dia-a-dia se têm revelado verdadeiros totalitarismos opressores para a vida humana.

Questões para lançar o debate:

a) o telefone portátil mudou os comportamentos humanos nas nossas sociedades contemporâneas?

b) com 4.600 milhares de milhões de assinantes em todo o mundo, segundo dados de Outubro de 2009, terá o telefone móvel e o electromagnetismo alguma incidência nas mudanças climáticas?

c) A associação entre telemóveis, Internet, facebook, twitter, etc, etc, condenar-nos-á ao grau zero da intimidade?

d) O telefone móvel não será as orelhas do Big Brother?

e) haverá mais stress e pressão sobre os trabalhadores dentro das empresas com o aparecimentos dos telemóveis?

f) o telefone móvel não favorecerá a adicção, a ansiedade do utente, ou seja, a insegurança?

g) será preciso instaurar uma carta de boa conduta nos locais públicos para o uso dos telemóveis?

h) Os telemóveis não se converteram em mais uma fonte de poluição sonora, a somar às outras já existentes?

i) Será que em 2010 é possível viver sem telemóveis?

j) Existe uma ditadura do telefone móvel sobre a nossa vida quotidiana?

l) serão os telefones móveis prejudiciais para a saúde?

m) Crianças com telemóveis não significarão uma geração futura de autonomia limitada?

n) Os SMS via telemóveis não serão nefastos para a língua protuguesa?

o) O uso dos telemóveis nos automóveis não constituem perigos suplementares para a circulação rodoviária?

p) Não será preciso urgentemente o reforço do princípio da precaução à volta das antenas de retransmissão das empresas operadoras de comunicações móveis, e uma regulamentação mais apertada e severa face aos riscos que aquelas antenas representam para a saúde pública?

q) Será necessário criar zonas silenciosas nos espaços públicos a fim de evitar os sons irritantes dos telemóveis?

r) não serão os telemóveis os principais cúmplices da aterradora tele-realidade?

s) Será necessário salvaguardar de forma mais eficaz o direito à imagem a partir do momento e que os telemóveis podem fotografar quem quer que seja, sem a autorização dos visados?

t) Como prevenir o spam SMS?

u) Estou agarrado ao telemóvel: isso é grave, doutor?

Coordenadora contra as linhas de alta tensão: