21.11.09

Don’t Nuke the Climate - NEM NUCLEAR, NEM EFEITO DE ESTUFA! ( assina a petição)




NEM NUCLEAR, NEM EFEITO DE ESTUFA!
Campanha internacional 2009 - Cimeira de Copenhaga sobre o clima

Esta campanha internacional é coordenada pela Rede "Sortir du nucléaire" (“Sair do nuclear”). A Rede "Sortir du nucléaire" é uma federação ambientalista francesa, não governamental, que congrega 841 organizações, e que lançou esta Campanha Mundial contra o nuclear e as mudanças climáticas resultantes do aquecimento global
Entretanto, está marcado para o próximo dia 12 de Dezembro um Dia Internacional de Acção contra as alterações climáticas e a inércia demonstrada pelos governos e Estados perante esta ameaça que se abaterá principalmente sobre as populações mais indefesas.

As alterações climáticas e as suas consequências são hoje incontestáveis. Em Dezembro de 2009, na Cimeira de Copenhaga, os dirigentes do mundo inteiro deverão chegar a um novo acordo sobre o clima. É urgente pôr em funcionamento os meios necessários à redução drástica das emissões de gás com efeito de estufa: o nosso futuro depende disso!

O actual Protocolo de Quioto exclui, a justo título, o nuclear das soluções de redução das emissões de gás com efeito de estufa. Mas a indústria nuclear, em consonância com alguns Estados, faz pressão para que esta perigosa e poluente tecnologia seja considerada como “limpa” e incluída no próximo acordo sobre o clima!

Isso permitiria que o nuclear beneficiasse de financiamentos públicos consideráveis… em detrimento das verdadeiras soluções! Um tal golpe de prestidigitação condenaria ao fracasso a luta contra as alterações climáticas e favoreceria a expansão mundial do nuclear e dos seus riscos.



Assine este pedido solene aos decisores e operadores económicos:


No âmbito da Cimeira de Copenhaga, V. Exas. têm a responsabilidade de chegar a um novo acordo internacional sobre o clima. Esse acordo deve imperativamente fixar objectivos ambiciosos de redução das emissões de gás com efeito de estufa e definir as soluções pertinentes para limitar as alterações climáticas e adaptar as nossas sociedades às suas consequências.
Assim, peço a V. Exas. que recusem liminarmente que o nuclear seja considerado como tecnologia “limpa” e que seja incluído nas disposições regulamentares das emissões de gás com efeito de estufa, já que:
• O nuclear é totalmente inapropriado para reduzir estas emissões: a sua contribuição só poder ser muito pequena, demasiado tardia e muito inferior à das economias de energia e das energias renováveis. Ora, o nuclear é muito oneroso e priva de financiamentos as verdadeiras soluções. Recorrer a ele, é condenar, pois, ao fracasso a luta contra as alterações climáticas.
• O nuclear é uma tecnologia perigosa e poluente. O risco de acidente maior existe, e aumenta com o número de reactores. As descargas provenientes da radioactividade constituem um problema sanitário grave, e a gestão dos resíduos radioactivos permanece um quebra-cabeças sem solução.
Conto com o envolvimento de V. Exas. na defesa do clima e do interesse de todos nós!

Contra o nuclear e o aquecimento global, sabia que...


Sabia que… ?



Até 2050, é necessário reduzir as emissões mundiais de gás com efeito de estufa de pelo menos 80% em relação a 1990.


Em 2020, os países industrializados, principais emissores de gás com efeito de estufa, devem ter reduzido as suas emissões em 40%.


São necessários cerca de dez anos para a construção de um único reactor nuclear. Esta tecnologia revela-se, por conseguinte, obsoleta face à urgência climática.


75% das emissões de gás com efeito de estufa provêm de sectores a cujas necessidades a electricidade não pode responder, ou responde muito mal. O nuclear está, portanto, fora de questão.


Por cada euro investido, a eficiência energética e as energias renováveis são até 11 vezes mais eficazes do que o nuclear para reduzir os gases com efeito de estufa.


O nuclear representa apenas 2,4% da energia consumida no mundo inteiro. É uma energia bastante marginal.


Desde 1974, os países da OCDE dedicaram ao nuclear 55% dos seus orçamentos para investigação sobre energia, i.e., 250 biliões de dólares.



Nenhum operador privado consegue construir um reactor nuclear sem beneficiar de enormes subvenções públicas, directas ou indirectas.


Os custos futuros do desmantelamento das instalações nucleares e da gestão dos resíduos radioactivos ascenderão a centenas de biliões de euros.


Quanto mais calor faz, menos operacionais são os reactores nucleares: ¼ do parque nuclear francês teve que paralisar em 2003 devido à canícula estival.


O clima muda, a frequência das secas aumenta. Ora, o nuclear utiliza 25.000 vezes mais água do que as energias eólica e solar para produzir 1 kWh de electricidade…


Um estudo científico alemão revelou um aumento de 117% das leucemias infantis até 5 km ao redor de algumas centrais nucleares.


Segundo a Comissão Internacional de Protecção Radiológica, qualquer dose de radiação comporta riscos cancerígenos e genéticos.



Os resíduos radioactivos mantêm-se perigosos durante centenas de milhar de anos. Não existe nenhuma solução para impedir as fugas de radioactividade no meio ambiente.
A existência de mais reactores significa mais equipamentos e matérias nucleares em circulação no planeta. A proliferação das armas atómicas é mais fácil e mais rápida.


Perante as alterações climáticas, as verdadeiras soluções existem:
eficiência energética, economia de energia, desenvolvimento das energias renováveis… …luta contra a desflorestação, transição para uma agricultura sustentável, relocalização das actividades económicas, etc.


O sector das energias renováveis, ainda emergente, representa já 2,5 milhões de postos de trabalho no mundo.


Em menos de 10 anos, a Alemanha criou 300.000 empregos no sector das energias renováveis.


Com um investimento igual, a economia de energia e as energias renováveis criam 15 vezes mais postos de trabalho do que o nuclear.



Climate of Hope