2.3.08

Ciclo Outras Lisboas no Teatro São Luiz sobre a temática da imigração

CICLO OUTRAS LISBOAS
Ano Europeu do Diálogo Intercultural

Até 28 de Abril de 2008 decorre no Teatro São Luiz o Ciclo Outras Lisboas, que reunirá três espectáculos de teatro, debates, tertúlias, concertos e espaços de dança organizados em torno de três espaços de origem da imigração lisboeta: África, Europa de Leste e Brasil.
O Teatro Meridional apresenta Lisboa Invisível, o Teatro Praga apresenta Turbo Folk e o Teatro O Bando apresenta Em Brasa.


APRESENTAÇÃO

"Conscientes de que uma das responsabilidades de um teatro municipal é prestar serviço público aos munícipes, queremos nesta temporada abrir este teatro, de uma forma muito especial, aos Lisboetas provenientes de África, Europa de Leste e Brasil, criando um ciclo de três espectáculos que reflectirá sobre a realidade destes imigrantes em Lisboa, acompanhado de eventos paralelos e complementares."

PROGRAMA

África

14 a 23 de Fevereiro de 2008
Lisboa Invisível
Teatro Meridional

13 de Fevereiro de 2008
É a cultura, estúpido!
Tertúlia dedicada a África
Com José Eduardo Agualusa, Kiluange Liberdade e Mia Couto
Moderador: José Mário Silva


15 a 23 de Fevereiro de 2008
B.Leza no São Luiz
Noites Africanas
Danceteria

20 de Fevereiro de 2008
Encontro/Debate
Com participação de Miguel Seabra, Natália Luiza, membros do elenco da peça Lisboa Invisível e ACIDI

24 de Fevereiro de 2008
Concerto com Mayra Andrade

Europa de Leste

6 a 15 de Março de 2008
Turbo Folk
Teatro Praga


5 de Março de 2008
É a cultura, estúpido!
Tertúlia dedicada à Europa de Leste
Moderador: Daniel Oliveira


7 a 15 de Março de 2008
Noites de Leste
Danceteria

12 de Março de 2008
Encontro/Debate
Com participação de Teatro Praga, membros do elenco da peça Turbo Folk e ACIDI

Brasil

17 a 26 de Abril de 2008
Em Brasa
Teatro O Bando

10 a 13 de Abril de 2008
Fórum das Letras Ouro Preto
Encontro de escritores lusófonos


16 de Abril de 2008
É a cultura, estúpido!
Tertúlia dedicada ao Brasil
Com Lucia Lepecki, Inês Pedrosa e Edson Athaíde
Moderador: Nuno Artur Silva


21 de Abril de 2008
Valsas Brasileiras
Apresentação do disco de Francisco Mignogne e recital por Alexandra Mascolo-David

18 a 26 de Abril de 2008
Noites do Brasil
Danceteria

23 de Abril de 2008
Encontro/Debate
Com participação de João Brites, membros do elenco da peça Em Brasa e ACIDI

27 de Abril de 2008
Edson Cordeiro
Concerto

28 de Abril de 2008
Chico César e Paulinho Moska
Concerto

Programação do Centro Social da Mouraria para o mês de Março

Para ler melhor clicar por cima do cartaz
Desenho para Quem Não Sabe Desenhar ~ Ana: umavoltanoparque@gmail.com


Dança de Comunidade ~ Pedro: sementepedro@gmail.com - 934172957


Teatro com Sementes / Training para Performers / Um Dia Fugiremos Para a Floresta Para Sermos os Livros que Sonhamos ~ António: eclipsearte@gmail.com - 960140182


Percussão Africana ~ Humberto: 914409283


Movimento e Percepção Corporal ~ Luis: 967858696


Laboratório de Experimentação Sonora ~ Nuno: cpnintape@yahoo.com


Atelier de Pintura ~ Inês: inesclematis@yahoo.com.br


Danças Tradicionais da Guiné ~ Zé das Ilhas: 965344450


Pequenas Curas.. ~ Joana: 918293435


Centro Social da Mouraria
Travessa da Nazaré, 21
Lisboa

Curso de agricultura biológica e outras acções de formação da mesma área em V.N. Famalicão e Lisboa


Curso de Agricultura Biológica

Acção 1/08 – em Mouquim, V.N. Famalicão

3 a 18 Março, horário laboral



Acção 2/08 - no ISA, em Lisboa

24 Mar. a 18 Abril, horário pós-laboral

Para mais informações, consultar:
http://www.agrobio.pt/formacao.php#AB


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na Costa da Caparica exploração Projecto 270



Curso de Horta-Jardim

também em Mouquim, V.N. Famalicão

a partir de 1 de Março

aos Sábados


Consultar:
http://www.agrobio.pt/





MERCADO BIOLÓGICO EM MATOSINHOS

No Jardim Basílio Teles,
junto à Câmara Municipal de Matosinhos.


Todos os Sábados das 9h00 às 14h00

Sobre a avaliação dos professores – por um dissidente da equipa que preparou o monstruoso modelo de avaliação que se quer impôr às escolas

Vou contar pela primeira vez um episódio que esteve na génese doprocesso de avaliação de desempenho dos professores. O secretário deestado, Valter Lemos, que eu conheço desde os tempos em que estudámos juntos na Boston University, já lá vão 24 anos, pediu-me para reunir com ele com o objectivo de o aconselhar nesta matéria. Tenho de confessar que fiquei admirado com o conhecimento profundo e rigoroso que Valter Lemos mostrou ter da estrutura e da organização do sistema educativo português. Enquanto estudante, habituara-me a ver em Valter Lemos um aluno brilhante e extremamente trabalhador, qualidades que mantém passados tantos anos.
No início, fui um entusiasta da avaliaçãode desempenho dos professores pois considerava que manter o status quo era injusto para os professores mais dedicados e competentes. Nessa altura, eu encarava a avaliação dos professores como um factor de diferenciação que pudesse premiar os melhores e incentivar os menos competentes a melhorarem o seu desempenho. Fiz algumas reuniões de trabalho com a equipa técnica do ME e logo me apercebi de que a Ministra da Educação estava a engendrar um processo altamente burocrático, subjectivo, injusto e complexo de avaliação do desempenho que tinha como principal objectivo domesticar a classe e forçar a estagnação profissional de dois terços dos docentes.
Ao fim de duasreuniões, abandonei o grupo de trabalho porque antecipava o desastre que estava a ser criado. Nas reuniões que eu tive com a equipa técnicado ME, defendi a criação de fichas simples, com itens objectivos, sem a obrigatoriedade da assistência a aulas, a não ser para os casos de professores com risco de terem um Irregular ou um Regular, e com um espaçamento de três anos entre cada avaliação.
Hoje, passados três anos, considero que se perdeu uma oportunidade de ouro para criar uma avaliação de desempenho dos professores realmente objectiva, justa,simples e equilibrada. Em vez disso, criou-se um monstro que vai consumir milhões de horas de trabalho nas escolas e infernizar a vidade muitos professores, roubando-lhes a motivação e a energia para a relação pedagógica e a preparação das aulas

Marcha de Protesto contra as violações dos direitos humanos no TIBETE por parte da China (10 de Março, às 18h30 no Rossio)


No próximo dia 10 de Março, aniversário da revolta do povo tibetano, em 1959, contra a ocupação e repressão chinesa, serão realizadas marchas pacíficas e acções de protesto em todo o mundo, exigindo o respeito pelos direitos humanos no Tibete, o reconhecimento do direito do povo tibetano à autonomia, a libertação dos presos políticos por parte da China, país que procede a um genocídio étnico e cultural no Tibete e que viola brutalmente os mais elementares direitos de homens e animais.

Estas acções acontecem também no dia em que começará a marcha pacífica de regresso de muitos tibetanos ao Tibete, a partir de Dharamsala, na Índia, inspirada na Marcha do Sal promovida por Gandhi. Estas acções não são contra o povo chinês, mas apenas contra a política do actual governo chinês, que oprime o seu próprio povo e não está à altura da sua grande tradição cultural, onde avultam os valores da milenar sabedoria confucionista, taoista e budista.

Cabe aos portugueses, com uma tradição de humanismo universalista, que tanto se mobilizaram por Timor e que recentemente tão bem receberam Sua Santidade o Dalai Lama, não permanecerem indiferentes a esta nem a nenhuma forma de opressão existente no mundo.

Vimos por isso convidar todos a aderirem à MARCHA PACÍFICA DE PROTESTO que se realizará no dia 10 DE MARÇO, 2ª feira, com concentração no Rossio, pelas 18.30, de onde seguirá para o Largo de Camões e de seguida para o Cais do Sodré.

CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA ! DIVULGUE ESTA INICIATIVA !


Não permaneça cúmplice, pela indiferença e pela abstenção, desta e de outras injustiças que há no mundo



ORGANIZAÇÃO
União Budista Portuguesa
Tel: 21 363 43 63


Songtsen - Casa da Cultura do Tibete
Tel: 21 390 40 22

CONTACTO (Media)
Tm: 91 811 30 21


APOIO
Amnistia Internacional



10 de Março de 2008 marca o 49º aniversário da Revolta Nacional Tibetana que teve lugar na capital Lhasa. Neste dia, milhares de Tibetanos se revoltaram contra a invasão ilegal e ocupação do seu país, por parte do exército chinês. Tal foi o catalizador do movimento de resistência que continua, ainda hoje, vivo não só no próprio Tibete como em todas as comunidades de Tibetanos exilados, espalhadas por todo o mundo

A 10 de Março, em harmonia com o espírito da Revolta de 1959, Tibetanos e seus apoiantes realizarão a histórica Marcha de Regresso ao Tibete, com o intuito de reafirmar a sua vontade por um Tibete livre, ainda sob brutal ocupação chinesa. Neste mesmo dia a tocha Tibetana da Liberdade será acesa na Grécia, berço dos Jogos Olímpicos. Por todo o mundo decorrerão manifestações e marchas de apoio, assim como em Lisboa.



Tibetanos no exílio e seus apoiantes realizarão uma marcha de protesto, de cerca de 4000km, entre a Índia e o Tibete. A marcha começará em Dharamsala, sede do governo Tibetano no exílio e o início está marcado para 10 de Março, data em que se celebra o aniversário da Revolta Tibetana contra a ocupação Chinesa, que teve lugar em Lhasa, capital Tibetana. A chegada ao Tibete coincidirá com o início dos Jogos Olímpicos, que este ano decorrerão em Pequim.

Em entrevista ao jornal indiano Asia News Tsewang Rigdzin, presidente do Congresso da Juventude Tibetana, explicou que a marcha é uma iniciativa não-violenta e de várias associações, que visa fortalecer a resistência Tibetana, bem como mostrar aos Chineses e à comunidade internacional que os Tibetanos realmente desejam voltar ao seu país.Paralelamente encontram-se agendadas, um pouco por todo o mundo, acções directas e protestos não violentos, como forma de consciencialização pública da ocupação do Tibete por parte da China.



Novo Mapa com Tibete independente

O lançamento do mapa do mundo mostrando o Tibete como um país independente marcou, a 10 de Dezembro de 2007, o início da campanha “O mundo com o Tibete” impulsionada por Friends of Tibet- Mumbai. Esta primeira cópia do mapa foi apresentada por Geshe Lhakdor, director da Library of Tibetan Works and Archives (LTWA).No decorrer da cerimónia de lançamento Rohit Singh, designer do mapa, falou acerca da importância do Tibete existir num mapa mundial: “Um país é identificado pelas suas fronteiras e sua existência num mapa político. O Tibete foi um país independente até a China o ter ocupado e eliminado do atlas mundial. Esta iniciativa visa re-estabelecer o Tibete no mapa mundial, focando no aspecto da sua posição, importância e existência que a China visa destruir”.
(saber mais aqui)



Sobre o budismo tibetano:


Sobre cultura tibetana:

Para rir até às lágrimas: a letra do hino oficial do Partido «Socialista» que nos (des)governa !!!

A título de anedota para nos fazer a todos rir reproduz-se abaixo a letra do hino oficial do Partido «Socialista» que está presentemente no Governo e que nos anda a desgovernar ( criando mais pobreza, mais desemprego, e aumentando ainda mais o fosso entre ricos e pobres), enquanto enche os bolsos ($$$) à plutocracia financeira dos bancos e dos grandes grupos económicos portugueses e estrangeiros ($$$$$$).

A letra do Hino oficial do Partido «Socialista» Português do Sr. Pinto de Sousa, vulgo, Sócrates (recorde-se que Sócrates, e actual primeiro-ministro foi também militante da JSD, a juventude partidária do PSD, Partido Social Democrata) é a seguinte:


A pé, ó vítimas da fome
Não mais, não mais a servidão
Que já não há força que dome
A força da nossa razão
Pedra a pedra, rua o passado
A pé, trabalhadores irmãos!
Que o mundo vai ser transformado
Por nossas mãos, por nossas mãos

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Não mais, não mais o tempo imundo
Em que se é o que se tem
Não mais o rico todo o mundo
E o pobre menos que ninguém
Nunca mais o ser feito de haveres
Enquanto os seres são desfeitos
Não mais direitos sem deveres
Não mais deveres sem direitos

Já fomos Grécia e fomos Roma
Tudo fizemos, nada temos
Só a pobreza que é a soma
Dessa riqueza que fizemos
Nunca mais no campo de batalha
Irmãos se voltem contra irmãos
Não mais suor de quem trabalha
Floresça em fruto noutras mãos

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional




Estatutos do Partido «Socialista» (excerto)

Artigo 2º
(Da Sigla, Símbolo, Bandeira e Hino)
1. O Partido Socialista adopta a sigla “PS”.
2. O símbolo do PS consiste em dois círculos concêntricos, tendo o círculo interior, sobre fundo vermelho, ao centro, um punho esquerdo fechado, em amarelo-ouro, e o círculo exterior, escritas em maiúsculas vermelhas sobre amarelo-ouro, as palavras PARTIDO SOCIALISTA.
3. A bandeira do PS é formada por um rectângulo vermelho, tendo no canto superior esquerdo o símbolo do Partido.
4. O hino do PS é a “Internacional”, com letra em português e na versão aprovada pelo Partido.


A informação foi obtida do excelente blogue, que só agora descobri:
http://ruadealconxel.blogspot.com/

A governação psocrática está a desmantelar a Administração Pública à custa do erário público

Evolução de efectivos na Administração Publica durante a governação Sócrates

2005: 747.880 funcionários
2006: 726.523 funcionários
2007: 708.507funcionários

Verificou-se uma redução de pessoal na Administração Pública de 5,26% dos seus efectivos.

Os serviços públicos antes assegurados por funcionários públicos passaram a ser assegurados pelo sector privado (externalização de serviços ou outsourcing).

E qual foi o reflexo desta opção política nas contas públicas?

Entre 2006 e 2007 a despesa com remunerações aumentou 63 milhões De euros, ou seja, 0,8 por cento, enquanto os gastos com a aquisição de serviços subiram perto de 155 milhões de euros, isto é, 19,3 por cento.




Conclusão:

O Governo tem feito da redução da despesa pública um dos seus cavalos de batalha.

Tem conseguido realmente fazer com que o aumento dos gastos com salários seja menor ( entre 2006 e 2007 a despesa com remunerações aumentou 63 milhões de euros, ou seja, 0,8 por cento ) mas isso conduziu-o à necessidade de aumentar os gastos públicos na aquisição de serviços externos o que se traduziu na subida das despesas relativas a essas aquisições na ordem dos 155 milhões de euros, isto é, 19,3 por cento

Leiam o despacho de arquivamento da queixa de José Sócrates e vejam como a informação em Portugal é pressionada...

O teor integral do despacho de arquivamento do Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo "cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal" contra António Balbino Caldeira, da autoria da senhora procuradora-geral adjunta dra. Maria Cândida Almeida (directora da DCIAP) e da senhora procuradora-adjunta dra. Carla Dias, datado de 18-1-2008, pode ser encontrado aqui.

Entretanto reproduzimos um excerto para mostrar como são feitas as pressões e as manipulações sobre os órgãos da comunicação social pelo Governo Psocrático:




Os presentes autos tiveram início na queixa apresentada por José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa contra António Balbino Caldeira, por este, em 7 de Abril de 2007, ter publicado no blog denominado "Do Portugal Profundo", a seguinte afirmação:

• "...O que a Net nos ensina é que o trabalho de muitos milhares de pessoas, através da leitura, da procura, da produção e da difusão de informação, vence qualquer força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro–Ministro (reforçado com outros assessores e adjuntos) e os seus apêndices dos media da edição spínica...".

A factualidade em apreço seria susceptível de integrar, em abstracto, a prática do crime de difamação, p. e p. pelas disposições conjugadas dos art.° 180°, n.° 1, 183°, n.° 1, a), 184° do Código Penal.

No decurso do inquérito procedeu-se ao interrogatório do arguido António Balbino Caldeira, à inquirição das testemunhas José Manuel Fernandes e Francisco Sarsfield Cabral, bem como à recolha de diversa documentação.

O arguido António Balbino Caldeira ao ser confrontado com o teor do post por si publicado no dia 7 de Abril de 2007, no qual se reporta à "... força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro – Ministro...", referiu que se limitou a "reproduzir" as notícias veiculadas pela comunicação social que se reportavam à "pressão que estaria a ser exercida pelo Gabinete do Primeiro-Ministro e por este próprio... até que, em algumas notícias se fazia a comparação entre o Governo de Santana Lopes, que pretendia, conforme então noticiado, criar uma eventual central de informação, para controlo das notícias, resultando da comparação que o Governo de José Sócrates era mais eficiente nesse controlo" (cfr. fls. 5o dos autos).

Mais referiu que ao escrever sobre o "comando e controlo", se limitou a expressar a sua apreciação pessoal, política e de cidadão, por reporte às notícias que vieram a público.

O arguido António Balbino Caldeira juntou aos autos diversos recortes de artigos que foram publicados pela comunicação social, designadamente nos jornais "Público", "Diário de Notícias", "Correio da Manhã", "Sol" e "Expresso".

Entre eles, o arguido António Balbino Caldeira destacou o artigo publicado pelo semanário "Expresso", em 31 de Março de 2007, com o título "Impulso irresistível de controlar, Sócrates é diferente dos outros: é mais profissional" (cfr. fls. 118 dos autos).

O assistente José Sócrates, na queixa por si apresentada, referiu que as afirmações supra enunciadas são falsas e difamatórias e que têm por "consequência lançar dúvidas sobre o meu carácter, ofendendo-me e prejudicando-me, quer pessoalmente quer no exercício da acção política" (cfr. fls. 5 dos autos).

Por sua vez, a testemunha José Manuel Fernandes declarou que, conforme resulta do teor do artigo publicado no jornal "Expresso", alguns dos jornalistas nele citados confirmaram a existência de múltiplos telefonemas e referiram uma maior sofisticação e organização na gestão da informação por parte do Governo.

Mais declarou que tal situação foi referida por si, bem como, por Francisco Sarsfield Cabral, Director da "Rádio Renascença" e por Ricardo Costa, Director da "Sic Notícias".


A testemunha referiu ainda não lhe parecer "... que face aos dados publicados pela imprensa, a frase referida a fls. 5 dos autos, seja excessiva ou injuriosa" (cfr. fls. 263 dos autos).

Por seu lado, a testemunha Francisco Sarsfield Cabral declarou que houve de facto uma "pressão", no próprio dia em que foi publicada a notícia no jornal "Público", para que a "Rádio Renascença" não continuasse a reproduzir aquele trabalho nos seus blocos noticiosos.

A testemunha referiu ainda que, a expressão utilizada no blog pelo ora arguido António Balbino Caldeira, em seu entender, não é "ofensiva por se tratar de uma opinião de carácter político, independentemente de se considerar justa ou não" (cfr. fls. 265 dos autos).