22.3.09

Dia mundial da água - 2009

Duas garrafas de água potável é o mínimo para as necessidades de uma criança, mas a realidade mostra-nos que ainda hoje há 4.000 crianças que morrem diariamente por não as ter.






River Without Water (rios sem água)










Kids talking about the use of fresh water and the need to recycle it.


Pan-erotismo ou a dança da vida ( texto de Feral Faun)


Pan-erotismo: a dança da vida
( por Feral Faun)

Caos é uma dança, uma fluida e erótica dança da vida. E a civilização odeia o caos e, por isso, também odeia Eros. Mesmo no suposto tempo livre da sexualidade, a civilização reprime o erótico. Ela ensina que orgasmos são eventos que acontecem somente em algumas pequenas partes de nossos corpos e só através da manipulação correcta das partes. Isso apertou Eros na armadura de Marte, fazendo sexo numa economia competitiva, realização centralizada no trabalho, em vez de um alegre e inocente jogo.

Mesmo assim, no meio dessa repressão, Eros recusa-se a aceitar este molde. A Sua alegria e forma de dançar fazem, aqui e ali, interrupções através da armadura de Marte. Tão cegos como a nossa existência civilizada, a dança da vida continua a escorrer na nossa consciência de poucas formas. Um olhar para o pôr do sol, estar em pé no meio da floresta, subir uma montanha, ouvir pássaros cantarem, estar descalço em uma praia, e começaremos a sentir uma certa exaltação, uma sensação de temor e alegria. Isso é o início de um orgasmo no corpo inteiro, não se limitando às, assim chamadas, “zonas erógenas” da civilização, mas a civilização nunca deixa os sentimentos se auto-realizarem. Caso contrário, perceberíamos que tudo o que não é produto da civilização é vivo e alegremente erótico.

Mas alguns de nós estão lentamente despertando da anestesia da civilização. Nós estamos cientes que cada pedra, cada árvore, cada rio, cada animal, cada ser no universo não está apenas vivo, mas que está mais vivo do que nós seres civilizados. Esta consciência não é apenas intelectual. Ela não será uma outra teoria acadêmica transformada pela civilização. Nós sentimos isso. Nós ouvimos as canções de amor dos rios e das montanhas e enxergamos as danças das árvores. Nós não mais queremos usá-las com coisas mortas, uma vez que elas estão muito vivas. Nós queremos ser seus amantes, incorporar-se nas suas lindas danças eróticas. E ela fascina-nos. A dança da morte da civilização congela cada célula, cada músculo dentro de nós. Nós sabemos que seremos desastrados bailarinos e amantes desajeitados. Nós seremos loucos. Mas a nossa liberdade está na nossa insensatez. Se podemos ser loucos, temos de começar a quebrar as cadeias da civilização, temos de começar a perder a nossa necessidade de consumir. Sem a necessidade de consumir, temos tempo para aprender a dança da vida; temos tempo para nos tornarmos amantes de árvores, pedras e rios. Ou, mais precisamente, o tempo, para nós, passa a não existir e a dança passa a ser as nossas vidas ao aprendermos a amar tudo o que vive. E se não aprendermos a dançar a dança da vida, toda a nossa resistência à civilização será inútil. E esta continuará mais uma vez a governar dentro de nós e voltaremos novamente a criá-la.

Por isso dancemos a dança da vida. Vamos dançar desajeitados e sem vergonha, e quem de nós, pessoas civilizadas, não é desastrada? Vamos fazer amor com os rios, as árvores, as montanhas; com os nossos olhos, os nossos pés, as nossas mãos e os nossos ouvidos. Deixa todas as partes do corpo despertar o erótico êxtase da dança da vida. Vamos voar. Vamos dançar. Vamos curar. Descobriremos que as nossas imaginações são fortes, que fazem parte da dança erótica que pode criar o mundo que desejamos.

Do panfleto, “Rants, Essays and Polemics of Feral Faun (Declamações, Crônicas e polêmicas do Feral Faun)” - Chaotic Endeavors, 1987.
Reimpresso no Green Anarchy #10 (Fall 2002)



Quem é Feral Faun:

A Colher para Semear - Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais lançou já o nº12 do seu boletim


A Colher para Semear - Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais já lançou a 12ª edição do seu boletim informativo sobre diversidade agrícola, o Gorgulho. A edição do Inverno de 2009 conta com relatos sobre o último Encontro da Semente, realizado em Sendim em Novembro e novidades sobre os guardiões de sementes. A variedade agrícola elegida para este boletim foi a fava (Vicia faba). Com a Primavera a chegar, não só nos chega mais esta excelente publicação, como também podemos começar a colher umas favas para fritar com alho.

Descarregar o Boletim nº12
aqui

Passeio de burro por montes e vales do Nordeste transmontano (Por Tierras D L Rei) em Miranda do Douro ( 3 a 6 de Abril)

Entre os dias 3 e 6 de Abril irá realizar-se a VI Edição do “Por Tierras D L Rei”, uma iniciativa da AEPGA com a colaboração da Associação Lérias.

Os participantes serão convidados a passear por montes e vales, utilizados desde tempos imemoriais pelas gentes das aldeias, sendo actualmente um ponto de passagem de pastores, cabreiros e agricultores. Nesta pequena viagem, os participantes desfrutarão de uma grande experiência através do passeio por paisagens naturais únicas e da observação e interpretação da fauna e flora existente no Planalto Mirandês.

Ao longo do fim-de-semana venha visitar e conhecer aldeias, paisagens, trilhos e caminhos, utilizando o Burro de Miranda como meio de transporte e a música tradicional como banda sonora!


Os sócios, amigos e curiosos que queiram participar nesta actividade deverão proceder ao envio da Ficha de Inscrição por via e-mail ou via-postal até dia 1 de Abril, onde deverão constar as opções de participação pretendidas.


Programa e Itinerário do Passeio de Burro “POR TIERRAS D L REI”
3 a 6 de Abril 2009

Sexta-feira, 3 de Abril 2009
Atenor, Miranda do Douro

20h30 - Recepção dos participantes na aldeia de Palaçoulo (até às 24h)
21h00 - Teatrinho na aldeia (organização Associação Lérias)

Sábado, 4 de Abril de 2009
Palaçoulo, Miranda do Douro

(Manhã)
09h00 - Concentração dos participantes em Palaçoulo
09h30 - Mata-bicho em Palaçoulo
10h00 - Início do passeio

O percurso inicia-se com uma arruada pela aldeia de Palaçoulo e seguirá por trilhos e caminhos antigos até à aldeia de Atenor, onde podem ser observados lameiros, cortinhas (hortas), vinhas e olivais, terrenos que caracterizam a paisagem transmontana e que representam um recurso imprescindível no quotidiano das gentes da Terra Fria. No passeio poderão ser apreciadas e identificadas azinheiras vulgarmente conhecidas como carrascos, freixos, carvalhos-negral, estevas, giestas e tantas outras espécies. A flora local existente na região, nomeadamente plantas aromáticas e medicinais, irá ser interpretada por técnicos especializados, que ajudarão todos os participantes a desvendar alguns segredos do mundo vegetal. Também é nesta zona que habita uma alcateia do lobo-ibérico e iremos falar um pouco sobre o Canis lupus signatus ao longo do percurso, identificando recantos e marcas que nos permitam interpretar e conhecer um pouco melhor sobre este animal, classificado mundialmente como uma espécie vulnerável.

13h00 - Almoço campestre na aldeia de Teixeira
15h30 - Continuação do passeio
17h00 - Chegada à aldeia de Atenor

Oficinas
Atelier de pequenos instrumentos de percussão
Atelier de danças mistas e jogos de roda
Jogos Tradicionais

20h00- Jantar-convívio com projecção de curtas-metragens
21h30- Actuação do grupo de música tradicional “Pé na Terra” (www.penaterra.com)

Domingo, 5 de Abril 2009
Vale de Algoso, Vimioso

(Manhã)
10h00 - Concentração dos participantes em Vale de Algoso
10h15 - Pequeno-almoço em Vale de Algoso
10h30 - Início do percurso
11h30 - Mata-bicho com produtos locais e regionais

O passeio decorre por vales e montes resguardados por azinheiras, freixos, carvalhos e a restante flora existente. Pelas sendas encontramos elementos pertencentes à história e cultura da região transmontana como os pombais tradicionais, construções que asseguram a sustentabilidade faunística, nomeadamente das aves rupícolas. No caminho iremos desfrutar da gastronomia e doçaria local através de um lanche tranquilo perto de uma curriça, onde se albergavam os animais durante a noite.

13h00 - Almoço na aldeia de Algoso
(Tarde)
17h00 - Conquista do Castelo de Algoso
Concerto na aldeia com o Grupo de Música Tradicional “Atropa Cantos” de Palencia
20h00 - Jantar-Convívio em Vale de Algoso
21h30 – Animação


(Opcional)

Segunda-feira, 6 de Abril 2009
Algoso, Vimioso

(Manhã)
10h00- Passeio de Burro Algoso/Atenor
13h30- Almoço campestre em local previamente determinado
17h00- Chegada à aldeia de Atenor
19h00- Jantar-Convívio, com projecção de fotografias e vídeos obtidos durante os passeios



*O programa poderá estar sujeito a alterações.


Para mais informações, consulte:
www.aepga.pt

Ou contacte: 96 0050722/96 6151131
E-mail:
burranco@gmail.com

Como um Burro a Olhar para um Palácio
Voo de Paramotor e Passeio de Burro por aldeias de Mogadouro
De 20 a 22 de Março Azinhoso (concelho de Mogadouro)

Curso de Identificação, Biologia e Conservação de Anfíbios e Répteis no rio Sabor ( Mogadouro, 28 e 29 de Março)


Programa
Sábado, 28 de Março

9:00 – Abertura de secretariado e recepção de participantes na Casa da Cultura, Mogadouro

9:30 - Sessão Teórica. Biologia dos Anfíbios. Importância ecológica, características, identificação, distribuição e conservação das espécies que se encontram em Trás-os-Montes.

13:00 – Almoço (não incluído)

14:00 – Saída de campo na aldeia de Sampaio, percurso até ao Rio Sabor: Identificação de Anfíbios. Métodos de captura, observação e identificação de adultos e larvas em habitats aquáticos.

20:00 – Jantar (não incluído)

22:00 – 24:00 – Saída nocturna: Identificação de Anfíbios. Observação de anfíbios a partir de transectos terrestres e audição de cantos (opcional)

Domingo, 29 de Março

9:30 – Sessão Teórica. Biologia dos Répteis. História natural, ecologia, distribuição e conservação das espécies presentes na região na Casa da Cultura, Mogadouro.

13:00 – Almoço (não incluído)

14:00 – Saída de campo no Rio Sabor junto à Ponte de Remondes: Identificação de Répteis. Técnicas de observação, captura e identificação dos diferentes grupos de répteis.

16:00 – Discussão / Debate / Conclusões

17:00 – Encerramento do curso

NOTA: Trazer roupa e calçado confortáveis para as caminhadas, os percursos até ao rio e regresso à aldeia poderão apresentar alguma dificuldade.
FORMADOR:José Teixeira. Cibio - Universidade do Porto
José Teixeira é biólogo e mestre em Ecologia Aplicada pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde apresentou a dissertação sobre o estudo e modelação da biogeografia da salamandra-lusitânica. Actualmente é investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, onde realizou a tese de doutoramento sob o tema “Biogeografia, evolução e conservação da herpetofauna endémica do Noroeste da Península ibérica”. Integra as equipas de investigação de numerosos projectos de estudo da herpetofauna portuguesa, tendo sido responsável, por exemplo, pela realização do Atlas dos Anfíbios e Répteis do P. N. Montesinho. Pertence à direcção da Sociedade Portuguesa de Herpetologia desde 1996, na qual foi também editor da publicação periódica Folha Herpetológica, e da Plataforma Sabor Livre. Possui numerosos trabalhos sobre a herpetofauna ibérica publicados em revistas científicas da especialidade e faz também parte da equipa de autores do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, na secção de anfíbios e répteis, e do Guia Fapas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.


Mais informações:

Manifestação da plataforma estudantil no Dia nacional de luta dos estudantes do secundário e básico (24 de Março)



Objectivos da Plataforma AGE!:

•Proporcionar de uma forma mais geral a concretização de momentos de convívio e troca de experiências entre colegas.
•Realizar ou participar em acções e processos de luta que tenham como objectivo derrotar a politica educativa deste Ministério.
•Organizar, informar e contribuir para consciencialização dos estudantes portugueses.


Contactos da Plataforma AGE!

•Porta-Voz da Plataforma: Luís Baptista – 926 854 208
• Responsável de Setúbal : Manuel Reis -
bioz_@hotmail.com
•Responsável Amadora: Miguel Dores - 961 096 733
•Responsável Almada: Tiago Ramalho - 965 345 269
Responsável do Concelho de Lisboa: Pedro Feijó - 917938369
•Responsável Regional de Lisboa: Pedro Faria Vaz – 912 952 917
•Responsável Oeiras/Cascais: Tiago Flôr - 931 133 624
•Email:
plataformaestudantil@gmail.com




Preparação da manifestação

Não serei o poeta de um mundo caduco (Drummond de Andrade)


Retirado de: http://ohomemrevoltado.blogspot.com/