26.12.05

Projecto (de defesa) dos grandes primatas


"Somente quando entendermos, nos importaremos.
Somente quando nos importarmos, ajudaremos.
Somente quando ajudarmos, os salvaremos."
Jane Goodall



O projecto dos Grandes Primatas ( The Great Ape Project) – que no Brasil se chama «Projecto de Protecção dos Grandes Primatas» (GAP) - é um movimento internacional, com representações nos cinco continentes, que tem como objectivo garantir os mesmos direitos aos Grandes Primatas (Chimpanzés, Gorilas e Orangotangos) que aos seres humanos, assim como os locai onde habitam. Lutamos pela sua liberdade e que lhes sejam reconhecidos direitos como o direito à vida e o de não serem torturados

Este projecto baseia-se nos últimos desenvolvimentos da

A) Genética
O grande parentesco que estes animais têm com o homem é enorme. Partilhamos 98,4% dos genes com os chimpanzés, 97,7% com os gorilas e 96,4% com os orangotangos.

B) Comunicação homem-chimpanzés, homem-gorila e homem-orangotango
Os trabalhos realizados pela equipa Gardner e Roger e Deborah Fouts com chimpanzés ( Washoe, Loulis, Dan, etc), H. Lyn White com orangotangos ( Chantek) e Francine Patterson e Wendy Gordom com gorilas ( koko e Michael) ensinando-os a linguagem dos signos dos surdos-mudos mostra bem que não só nos assemelhamos nos genes mas também em termos de comportamento e de capacidades. Foram feitas descobertas surpreendentes como mostrar que têm a sua própria cultura, que são capazes de transmiti-las aos seus filhos, que conversam entre si, que têm pensamentos privados, imaginação, recordações, autoconsciência, empatia, capacidade de enganar, curiosidade, sentido de humor, sentido do tempo, consciência da morte e que têm igualmente capacidade de manter uma amizade duradoira ao longo de toda a vida.

O Projecto Grande Primatas conta com o apoio de cientistas de todos o mundo, entre os quais: , Jane Goodall, Toshisada Nishida, Roger y Deborah Fouts, Lyn White, Francine Paterson, Wendy Gordon, Richard Dawkins, Jared Diamond, Tom Regan, Carl Sagan. Os seus argumentos estão expostos no livro «O projecto Grande símio – a igualdade para além da humanidade»
O The Great Ape Project International é presidido pelo filósofo Peter Singer, Catedrático de Bioética da Universidade de Princeton.

O Projecto GAP ( no Brasil)

O Projecto GAP no Brasil começou há pouco mais de 1 ano. Um Chimpanzé órfão de 3 meses de idade, de nome GUGA, foi criado como humano. A sensibilização de todos aqueles que colaboraram na criação do GUGA, motivou a pesquisa sobre o motivo pelo qual os seres humanos maltratam e abusam destes seres tão próximos de nós, e levou ao desenvolvimento do Projecto GAP-Brasil. Na realidade, quem criou o GAP-Brasil foi um pequeno Chimpanzé de 3 meses de idade, abandonado aparentemente pela sua mãe e criado como humano, e que foi chamado GUGA. Ele foi o primeiro membro não humano do Projecto GAP e a sua razão de ser.
No Brasil existe uma legislação avançada que protege a fauna local, porém não protege os animais estrangeiros, que ficam a mercê da cobiça e da crueldade dos homens. O primeiro objectivo é conseguir que a lei que protege a nossa Fauna seja estendida a toda a FAUNA MUNDIAL em especial para os PRIMATAS. Tal como um primata brasileiro não pode ser vendido, exibido comercialmente, nem confinado em pequenos recintos ou ser propriedade de alguém, também todos Grandes Primatas do mundo, que compartilham connosco 98,6% de nosso DNA, também devem ter esses direitos.
No Brasil o problema principal é com os chimpanzés, pois os gorilas e orangotangos quase não existem. Os Chimpanzés são o principal problema, estimando-se que existam 150 em poder de humanos, que incluem zoológicos, circos, criadouros particulares e coleccionadores. A grande maioria deles são maltratados, abusados, ridicularizados e explorados comercialmente.

Um Chimpanzé não é um “Pet” ou animal de companhia. Ele pensa, conhece, sente, se afeiçoa, odeia, sofre, é igual a um humano, a única diferença é que ele não fala. Quando pequeno, pode viver com humanos. Após 4 a 5 anos de idade ele tem uma força extraordinária (quando adulto pode carregar 3 homens sozinho) e a sua inteligência convertem-no num ser diferente, difícil de dominar. Geralmente nessa idade os donos encerram-nos em pequenas gaiolas, e os circos aprisionam-nos, condenando-os a viver prisioneiros nos próximos 40 a 50 anos, que é sua vida média em cativeiro.Alguns circos e pessoas que os usam para explorá-los, modificam o seu corpo para fazê-los mais dóceis, tirando-lhes os dentes e castram-nos, etc.
O Ser Humano não tem limites na sua crueldade para dominar outros seres que ele considera inferiores.

A Declaração do GAP, que aqui reproduzimos, resume o objectivo deste movimento mundial e todos aqueles que concordem com ela devem manifestar-se apoiando-a e dando seu nome e endereço para integrar esta cadeia de solidariedade mundial em defesa do nosso parente mais próximo no reino animal.

A ideia é incluir os antropóides não humanos numa comunidade de iguais e outorgar-lhes protecção moral e legal de que gozam só os seres humanos até à data. Visa-se ainda a supressão da categoria de «propriedade» que recai ainda sobre os antropóides não humanos

Declaração sobre os Grandes Primatas

Exigimos a extensão da comunidade dos iguais para incluir todos os grandes primatas: seres humanos, chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos. A comunidade dos iguais é uma comunidade moral, na qual aceitamos certos princípios básicos morais ou direitos, como por exemplo os que governam nossas relações uns com os outros e que podem ser cumpridos dentro da lei. Entre estes princípios ou direitos se encontram os seguintes:

1. O direito à Vida
A vida dos membros da comunidade dos iguais deve ser protegida. Os membros da comunidade dos iguais não podem ser mortos excepto em circunstâncias estritamente definidas, por exemplo, legítima defesa.

2. A Protecção da Liberdade Individual
Os Membros da comunidade dos iguais não podem ser privados arbitrariamente da sua liberdade; se eles são presos sem um devido processo legal, eles tem o direito de serem libertados imediatamente. A detenção daqueles que não são acusados de nenhum crime, ou daqueles que não são responsáveis criminalmente, deve ser permitida somente se for provado ser para o seu próprio bem, ou necessário para proteger o público da acção de um membro da comunidade, que colocaria claramente a vida de outros em perigo caso este estivesse em liberdade. Em tais casos, os membros da comunidade dos iguais devem ter o direito de apelar a um tribunal judicial, ou de forma directa, ou através de um advogado, caso lhe falte a capacidade relevante.

3. A Proibição de Tortura
A imposição deliberada de dor intensa a um membro da comunidade dos iguais, ou sem motivo, ou por um suposto benefício de outros é considerada uma tortura, e é uma ofensa.

Para mais informações consultar:
http://www.proyectogransimio.org/completa.htm
http://www.projetogap.com.br/

Breve Bibliografia ( em castelhano):

*Edição espanhola do livro El Proyecto «Gran Simio». La igualdad más allá de la humanidad publicado por la Editorial Trotta, Madrid, (1998) http://www.trotta.es
"Aunque espléndidamente diferentes, estos animales son como nosotros". Partiendo de esta convicción, 34 especialistas de todo el mundo, entre ellos figuras tan reconocidas como Jane Goodall, Richard Dawkins y Toshisada Nishida, se reúnen con un propósito: extender el ideal de igualdad moral, de libertad o de prohibición de la tortura existente ahora entre los seres humanos a los otros grandes simios - chimpancés gorilas y orangutanes -. Se busca una igualdad moral basada no en la arbitraria condición de que somos seres humanos, sino en el hecho de que somos seres inteligentes con una vida emocional rica y variada, cualidades que emparentan a los seres humanos entre sí tanto como los emparentan con los otros grandes simios. Combinando la observación y la interpretación, la etología y la ética, filósofos, zoólogos, sociólogos, antropólogos, psicólogos y juristas de nueve países diferentes presentan de una forma cohesiva y persuasiva, argumentos para la aceptación de algunos animales no humanos como personas. Así mismo recuerdan - a quien pudiera juzgar la propuesta de disparatada - que también hubo un tiempo en que los esclavos "humanos" fueron considerados como simple "propiedad inanimada".
Se trata, pues, de una obra revolucionaria, en cuanto trata de romper barreras impuestas por la pertenencia a una especie; polémica, al sugerir una tiranía institucionalizada de los hombres contra los demás animales y transcendental, en la medida que supone un paso más hacia la aceptación de los derechos fundamentales de los animales.

Edição americana: The Great Ape Project: Equality Beyond Humanity is published by St Martin's Press, New York, (1994).

* Los diez mandamientos. Livro de Jane Goodall y Marc Bekoff. Ed. Paidos.
Jane Goodalll defiende una vez más los derechos de los animales. Bekoff, el biólogo que le acompañó en la redacción de este texto, es el líder de uno de los programas de conservación del Instituto Jane Goodall. Juntos, estos dos expertos en el estudio del comportamiento animal nos proponen diez mandamientos, diez reglas básicas, si realmente pretendemos respetar el planeta. Son reglas simples, y al tiempo profundas, que se basan en el respeto a aquellos que algunos consideran inferiores.

* Gracias a la vida. Jane Goodall y Phillip Berman. Ed. Mondadori Jane Goodall es una de las mayores expertas mundiales en comportamiento animal y ha pasado gran parte de su vida en África. Este volumen recoge sus memorias, un testimonio directo de sus días en la selva, de su lucha por salvar a los chimpancés, de su absoluta confianza en las virtudes del espíritu humano y de su infinito amor hacia la vida.

* Animales y ciudadanos. Jesús Mosterín y Jorge Riechmann. Ed. Talasa.
¿Tenemos derecho a tratar a los animales como cosas, como meros instrumentos útiles para nuestros fines? Mientras que los filósofos del ámbito hispánico consideran, mayoritariamente, que la relación entre humanos y animales n o es un tema de discusión intelectualmente , este ensayo defiende la tesis contraria y querría estimular el debate social más amplio sobre el lugar que los animales ocupan (y el que deberían ocupar) en las sociedades industrializadas.

* A través de la ventana. Treinta años estudiando a los chimpancés. Jane Goodall. Ed. Salvat
Detallada y amena narración de la vida cotidiana de los chimpancés, de su estructura social, sus odios y sus amores, ejemplificada en ocasiones en individuos concretos que Goodall ha estudiado a lo largo de varios años.

*Bellas y bestias. Carole Jahme. Ateles Editores. El papel de las mujeres en los estudios sobre primates.La autora de este libro repasa de manera muy completa la contribución de la mujer al mundo de la primatología en los últimos cuarenta años, ofreciendo varias explicaciones al hecho de que haya un elevado número de mujeres dedicadas a este campo. En esta edición se ha añadido un capítulo sobre once primatólogas españolas entrevistadas, que explican sus estudios y motivaciones para pasar largas temporadas observando primates en su hábitat natural o en zoológicos.

* Nosotros los animales. Marc Bekoff. Ed. TROTTA,
Esta obra nos confronta con las múltiples preguntas que surgen cuando intentamos abordar en serio la cuestión de los derechos de los animales. Dirigido a un público preferentemente juvenil y escrito en un lenguaje ameno y ágil, el libro va desgranando las diferentes áreas de relación entre el ser humano y el resto de los animales: la ganadería, la pesca, la reintroducción de especies, la caza, la experimentación, los zoos y acuarios... El autor va examinando estas cuestiones y planteando una serie de preguntas en cada una, muchas de ellas nos asombrarán por su lógica aplastante y todas nos darán que pensar. Las preguntas se dejan en el aire y el autor prefiere que sea el lector, de forma individual o en grupo, quien busque las respuestas. Para ayudarnos en este interesante ejercicio, Marc Bekoff ofrece multitud de datos sobre diversas especies animales, algunos de ellos tomados de sus propias investigaciones de campo. Como experto en biología y etología, ofrece interesantísimos apuntes sobre la vida emocional de los animales, sus complejas estructuras sociales, su uso del lenguaje, sus capacidades cognitivas y perceptivas... Con este libro aprenderemos a conocer a los animales, y también a apreciarlos por lo que son: individuos con vida e intereses propios, que merecen todo nuestro respeto.

* Primos Hermanos. Lo que mis conversaciones con los chimpancés me han ensañado sobre inteligencia, compasión y humanidad, por Roger Fouts, con Stephen Tukel MillsIntroducción de Jane Goodall
Roger Fouts y Deborah Fouts colaboran en un capítulo del libro "El Proyecto Gran Simio". Es Co-Director del Chimpanzee and Human Communication Institute, Profesor de Psicología en Universidad Central de Washington y es miembro del Comité Ejecutivo de the Great Ape Project-USA.
Roger Fouts, treinta años después de conocer a Washoe, una pequeña chimpancé procedente del Programa Espacial de EEUU, siguen juntos; todavía conversando a través del lenguaje de signos. Fouts ha hecho historia consiguiendo el viejo sueño de la humanidad de hablar con otros animales.
Desafiando muchas de nuestras presunciones sobre los primates no humanos y sus habilidades cognoscitivas, este libro cuenta la odisea personal y profesional de Roger Fouts - de investigador principiante a célebre científico y apasionado luchador por los derechos de los animales.

Festival no Deserto (13,14 e 15 de Janeiro de 2006)


A sexta edição do Festival no Deserto realiza-se nos próximos dias 13,14, e 15 de Janeiro de 2006. Este festival tornou-se num dos mais significativos das chamadas músicas do mundo, muito especialmente as músicas dos povos do Sahra.
Começou por ser um festival itinerante mas acabou por se instalar, desde 2003, em Essakare, cerca de 60 km de Tombouctou, cidade em pleno deserto do Mali. Tornou-se, entretanto, numa espécie de Woodstock sobre as dunas do deserto
Para além da beleza natural, o local escolhido é um ponto de encontro das diferentes comunidades Toaregs ( ou Tamashek) do Mali, da Mauritânia, do Níger e da Argélia. A afluência é pois, sobretudo, de nómadas que se misturam com os participantes do festival.
O festival do deserto organiza, para além dos concertos de música dedicadas maioritariamente às culturas do deserto, outras iniciativas como corrida de camelos, sessões de Tindé ( cantos tradicionais de mulheres), exposições de artesanato, colóquios e outras actividades dirigidas sobretudo aos Nómadas.

Em edições anteriores já passaram por lá músicos como Ali Farka Touré, Oumu Sangaré, Amadou e Mariam, Manu Chão, Tinariwen ( grupo musical touareg do Mali), etc,etc. Para a edição de 2006 está prevista a vinda de músicos e grupos como: Habib Koité, Toumani Diabate, Tartit et Haïra Arby (Mali) ; TikenJah Fakoly (Côte d'Ivoire) ; Sekouba Bambino (Guiné), Manalemosh Dibo (Etiopia), Tiris (Argélia), Rachid Taha (França / Argélia), Dimi Mint Abba (Mauritânia), Abdallah Ag Oumbadougou et le groupe Takrist Nakal (Níger), etc

Como sempre, nestas ocasiões, aparece o perigo da iniciativa ser objecto de uma recuperação turística quer por parte das agências de viagens quer das autoridades locais. Mas não é menos verdade que há que conviver com riscos e desafios.

2006 será o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação


As Nações Unidas declararam 2006 o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, decisão que visa alertar para a proliferação não natural da desertificação em várias partes do globo e que pretende promover medidas e acções que possam contrariar a desertificação e a degradação da terra.
Pretende-se ainda com esta iniciativa celebrar o ecossistema único e a diversidade cultural dos desertos do mundo inteiro., estabelecendo um clara diferença entre a necessidade de proteger os desertos e simultaneamente combater a desertificação.

Mais informações:
http://www.unccd.int/
http://www.unccd.int/publicinfo/iyddlogo/menu.php


Desertification, in the words of UN Secretary-General Kofi Annan, is one of the world’s most alarming processes of environmental degradation. The issue is often obscured, however, by a common misperception: that it’s a “natural” problem of advancing deserts in faraway developing countries
In fact, Desertification is about land degradation: the loss of the land’s biological productivity, caused by human-induced factors and climate change. It affects one third of the earth’s surface and over a billion people. Moreover, it has potentially devastating consequences in terms of social and economic costs.
With the adoption in 1994 of the
United Nations Convention to Combat Desertification (UNCCD), the issue was given proper recognition. Desertification as a global challenge, together with Climate Change and Biodiversity, now enjoys the support of a strong coalition of partners. But public awareness has not kept pace. In relation to the true scope and magnitude of the problem, Desertification still receives too little attention and is little understood by the public at large .
In view of this situation, the twenty-second session of the United Nations Environment Programme (UNEP), recalling the UNCCD, the Plan of Implementation of the World Summit on Sustainable Development and the Environment Initiative of the New Partnership for Africa’s Development (NEPAD), invited the General Assembly of the United Nations to consider declaring an international year of deserts and desertification.
Subsequently, at its 58 th ordinary session, the General Assembly declared 2006 the International Year of Deserts and Desertification (IYDD). In doing so, the General Assembly underlined its deep concern for the exacerbation of desertification, particularly in Africa, and noted its far-reaching implications for the implementation of the Millennium Development Goals (MDGs) which must be met by 2015.
At the 2002 World Summit on Sustainable Development, the Convention was singled out as a key instrument for poverty eradication in dryland rural áreas.
The IYDD therefore presents a golden opportunity to get the message across strongly and effectively that Desertification is a global problem which we ignore at our peril. It also provides an impulse to strengthen the visibility and importance of the drylands issue on the international environmental agenda, while providing a timely reminder to the international community of the immense challenges that still lie ahead.
It is important to recognize, however, that drylands are also home to some of the most magnificent ecosystems of this world: the deserts. These unique natural habitats with their incredibly diverse fauna have been home to some of the world’s oldest civilizations. They stand like open-air museums, bearing witness to bygone eras. The Year will therefore also celebrate the fragile beauty and unique heritage of the world’s deserts, which deserve protection.
To achieve a common strategy for the celebration of the IYDD, an inter-agency committee has been set up, bringing together the principal institutional partners of the United Nations active in the UNCCD implementation process, including UNEP, UNDP, IFAD, and other relevant UN bodies. All countries and civil society organizations are encouraged to undertake special initiatives to mark the Year and to get involved in any way possible. Through a concerted effort to raise awareness of Desertification, we can help stimulate efforts to fight it and make the International Year count.

Informação:


Listagem dos Anos Internacionais promovidos pelas Nações Unidas:
1959/60
World Refugee Year
1965
International Cooperation Year
1967
International Tourism Year
1968
International Year for Human Rights
1970
International Education Year
1971
International Year for Action to Combat Racism & Racial Discrimination
1974
World Population Year
1975
International Women’s Year
1978
International Anti-Apartheid Year
1979
International Year of the Child
1981
International Year of Disabled Persons
1982
International Year of Mobilisation for Sanctions Against South Africa
1983
World Communications Year
1985
International Youth Year
1986
International Year of Peace
1987
International Year of Shelter for the Homeless
1990
International Literacy Year
1992
International Space Year (endorsed, not declared)
1993
International Year for World’s Indigenous People
1994
International Year of the Family; and International Year of Sport & Olympic Ideal
1995
United Nations Year for Tolerance
1996
International Year for the Eradication of Poverty
1998
International Year of the Ocean
1999
International Year of Older Persons; and Centennial of the First International Peace Conference
2000
International Year for the Culture of Peace; and International Year of Thanksgiving
2001
International Year of Volunteers; and United Nations Year of Dialogue among Civilizations; and International Year of Mobilization against Racism, Racial Discrimination, Xenophobia and Related Intolerance
2002
International Year of Mountains; andInternational Year of Culture Heritage; and International Year of Ecotourism (http://www.world-tourism.org/index.htm or http://www.uneptie.org/pc/tourism/ecotourism/iye.htm)
2003
International Year of Freshwater
2004
International Year to Commemorate the Struggle against Slavery and Its Abolition; and International Year of Rice
2005
International Year of Microcredit; and International Year for Sport and Physical Education
2006
International Year of Deserts and Desertification