12.11.10

A desobediência civil contra o nuclear na Alemanha, e os violentos contra a NATO em Portugal


Fonte: http://gaia.org.pt/

O transporte de resíduos nucleares reprocessados na central de reprocessamento de La Hague, demorou mais de 90 horas a fazer um percurso de 1500 km, até ao depósito de Gorleben, em Wendland, na Alemanha. Tratou-se do transporte de Castor (acrónimo para cask for storage and transport of radioactive material) mais demorado de sempre, desde o seu início em 1995. As acções visaram não só contestar o armazenamento de resíduos nucleares altamente radioactivos em Gorleben, como também contestar a decisão, do governo de maioria de direita CDU (cristão-democratas) e FDP (ultra-liberais), de prolongar o funcionamento das centrais nucleares até mais 18 anos. Terá, aliás, sido esta decisão que conduziu à maior mobilização de sempre contra o transporte de Castor.

As acções contra o transporte nuclear na Alemanha foram completamente não violentas, ainda que significativamente radicais, envolvendo acções de desobediência civil e acções directas não violentas, incluindo sabotagem.
Apesar disso, tal como a paranóia com os grupos violentos que antecede a cimeira da NATO, também nos jornais bacocos alemães, de larga circulação, apareceram alertas para a violência que iria ser cometida por grupos radicais (autónomos) durante o transporte do Castor. Este tipo de mensagens é recorrente em todos os grandes protestos, constituindo um veículo perfeito para justificar as enormes despesas em equipamento e mobilização policial, ao mesmo tempo que contribui para descredibilizar ou ocultar a mensagem política dos protestos. A violência nas grandes manifestações é, por isso, frequentemente estimulada ou até provocada pelas autoridades (directamente, ou por elementos infiltrados), acabando por legitimar intervenções policiais violentas contra os manifestantes.

A eficácia das acções não violentas dos últimos dias contra o transporte nuclear na Alemanha, resultou não apenas de uma mobilização de grande número de protestantes, mas também da diversidade, complementaridade e unidade entre as diferentes formas de acção não violenta. As várias formas de oposição ao transporte do Castor respeitaram um consenso alargado, previamente trabalhado, de não-violência. Contudo, a principal razão pela qual não houve protestos não-violentos, terá sido o sentimento do potencial que as várias acções directas e de desobediência civil tinham na perturbação do transporte do Castor. A este contexto de diversidade na acção, somou-se o respeito pelas diferentes formas de acção, desde as manifestações até à sabotagem, passando pelos bloqueios. Em nenhum momento, surgiu no discurso das várias organizações uma condenação da violência de qualquer grupo de manifestantes. A única violência que foi condenada (e a única que efectivamente existiu) foi a da polícia.

No Sábado, cerca de 50 mil pessoas manifestaram-se em Dannenberg (capital de Wendland), contra a energia nuclear, num protesto calmo e colorido. Enquanto isso, o CASTOR começava a sofrer atrasos significativos devido a vários bloqueios ou tentativas de bloqueio ao longo do trajecto em França e Alemanha.
Pouco depois da partida, em Caen, alguns activistas acorrentaram-se à linha e obrigaram a uma paragem de várias horas. Em Berg, perto da fronteira alemã, mais de 1000 activistas bloqueavam recorrentemente a linha ao longo de quase 1 km, o que obrigou o comboio a seguir por uma rota mais longa. Durante a madrugada de Domingo, já na Alemanha, o comboio fica novamente impedido de circular por 50 pessoas sentadas na linha e alguns escaladores que se penduraram por cima.

Ao chegar a Luneburgo, última cidade antes de entrar em Wendland, o transporte já levava 8 horas de atraso em relação ao previsto. Contudo, foi em Wendland que encontrou a maior e mais diversificada resistência da população local e activistas vindos de toda a Alemanha.

Na noite de Domingo para 2ª feira, 5 mil pessoas ocupavam a linha, no troço de cerca de 40 km entre Luneburgo e Dannenberg. Acções de sabotagem, envolvendo a remoção de pedras (Schottern!) estavam planeadas para a madrugada. 10 mil pessoas haviam subscrito o apoio a estas acções e vários milhares conseguiram efectivamente sabotar a linha, apesar da forte repressão policial.

Em frente aos portões do armazém de resíduos nucleares em Gorleben, cerca de 4 mil pessoas bloquearam o acesso durante quase 45 horas. Esta acção, designada por X-Tausendmal quer (“atravessamento milhares de vezes”, em que X é o símbolo da resistência à entrada do nuclear em Gorleben), repete-se todos os anos, mas nunca esta acção de desobediência civil em massa juntou tantas pessoas. A logística no local era impressionante e o ambiente fantástico.
Mesmo com temperaturas perto de 0 ºC, era possível dançar, conversar ou dormir
confortavelmente.

Entretanto, quando o Castor acabava de ser transferido para camiões para efectuar a última parte do trajecto (pouco mais de 20 km), a Greenpeace bloqueia a estrada com um falso camião de cerveja. Neste autêntico Cavalo de Tróia, 4 activistas acorrentaram-se dentro de blocos de betão com vidro. A operação para os remover demorou cerca de 8 horas.

Os agricultores locais tiveram um dos papéis mais relevantes em tudo isso. Primeiro, porque são os efectivos representantes da resistência local contra o armazém nuclear, sendo quem mais sofre no dia-a-dia os efeitos de uma emissão radioactiva permanente, nos seus campos (alguns a menos de 1 km de distância) e nos seus corpos (a aldeia de Gorleben está a cerca de 2,5 km). A sua luta já leva mais de 30 anos. Noite e dia, avançaram para bloquear as várias vias de acesso rodoviário, quase sempre com tractores. Um pastor bloqueou uma estrada com mais de 1000 ovelhas e 500 cabras e, em Gorleben, alguns agricultores acorrentaram-se numa pirâmide de betão.

Os bloqueios permanentes das várias vias de acesso rodoviário, impediam a polícia de aproximar-se dos locais das acções directas e bloqueios, criando um imenso problema logístico à polícia. Ao ficar impedida de passar com equipamento pesado (como canhões de água) e veículos de transporte, teve dificuldades em fornecer alimentação aos seus efectivos e de transportar novas equipas das casernas onde se encontravam alojados. Algumas equipas foram obrigadas a ficar em serviço durante 30 horas e a suportar longos períodos de jejum. Os bloqueios dos agricultores permitiam, contudo, a passagem dos activistas, ao deixar espaço suficiente ou atalhos para a passagem de pequenos veículos, e abrindo as barricadas para os autocarros que transportavam os activistas entre os acampamentos.

As dificuldades sentidas pela polícia levaram o vice-presidente do sindicato da polícia a afirmar que não podem ser os polícias a pagar pelos erros políticos e que os seus colegas não estão mais dispostos a vestir o uniforme para estas coisas.

A enorme mobilização contra o Castor foi capaz de veicular uma forte mensagem política, colocando em cheque a proposta do governo de coligação CDU-FDP (já aprovada no Bundestag), de prolongar o funcionamento das centrais nucleares por uma média de 18 anos. Ninguém quer viver com resíduos nucleares altamente radioactivos à sua porta. No entanto, a produção de energia nuclear gera resíduos com os quais ninguém sabe como lidar de forma segura e permanente, além de agravar o risco de proliferação nuclear. A única solução possível é, por isso, que as centrais nucleares sejam encerradas num espaço de tempo tão curto quanto possível.

Em Portugal, infelizmente, o actual contexto de desunião do movimento social, com cada lado crente na legitimidade das suas acções e violência ou má imagem provocada pelos outros, faz com que as grandes mobilizações sociais raramente atinjam resultados significativos. Os protestos contra o transporte nuclear na Alemanha demonstraram que a unidade através da diversidade, são o melhor dos caminhos para alcançar uma mobilização social poderosas, perturbadora e não violenta. Cada indivíduo ou grupo foi livre de escolher a sua forma de acção e nenhuma parte censurou a outra. A sabotagem só foi possível devido aos bloqueios na linha e na estrada. Por sua vez, os bloqueios na estrada e na linha só puderam permanecer tanto tempo e não ser alvo de violência policial, devido aos recorrentes bloqueios dos agricultores, com tractores ou animais, ou da Greenpeace, com o camião de cerveja; e, finalmente, a grande mobilização de pessoas para as acções entre Domingo e 3ª feira, terá beneficiado da grande manifestação de Sábado.

A mobilização da PAGAN – uma plataforma criada a partir de um conceito de diversidade – contra a cimeira da NATO, trilha um importante caminho para uma unidade dos movimentos sociais na sua diversidade de acção, ainda que o difícil equilíbrio entre a diversidade e consenso seja perturbado por algumas pedras. A PAGAN não só participará na manifestação convocada pelo Movimento Paz Sim, NATO Não (que lamentavelmente comunicou que quer impedir a participação da PAGAN, fazendo assim o jogo da polícia e das autoridades sobre a existência de grupos violentos), como também promove acções de desobediência civil, em forte coordenação com a rede internacional No To NATO.

Mobilizemo-nos para a oposição à cimeira da NATO e à sua política de guerra (que pretende ser alargada para o domínio civil). Sigamos o exemplo de sucesso da unidade na diversidade com que a oposição à energia nuclear na Alemanha nos presentou nestes últimos dias, pelo fim do nuclear (civil ou militar, que ambos vão de mãos dadas), pelo fim da NATO e das suas guerras!

Caminhada pelo percurso de D.Nuno ( na freguesia do Salto, Montalegre) - 13 de Novembro numa organização da Associação dos Amigos do Mindelo


Percurso de D. Nuno, em Salto Montalegre dia 13 de Novembro

Saia de casa, traga botas e Pic-Nic e esteja às 10 am em Salto, no Parque de merendas.

Percorreremos 10 km pela serra, com uma vista fantástica para a barragem da Venda Nova e Serra da Cabreira.

Daremos ainda um salto ao Eco-Museu de Salto.

Inscreva-se em:

ecoturismo.09@gmail.com

Custo: 5 p€gadas ecoturisticas.

A Associação dos Amigos do Mindelo não se responsabiliza por qualquer acidente que ocorra durante o percurso pedestre.

Documentários sobre a desflorestação na Indonésia e a ameaça sobre a sobrevivência dos orangotangos ( dia 13/11, Sábado, no Bar-livraria Gato Vadio)




Green , Orang Rimba
( 2 documentários sobre a desflorestação na Indonésia e a amaeaça que paira sobre a sobrevivência dos Orangotangos)

Sábado, dia 13 de Novembro, 21h45
Gato Vadio
Rua do Rosário, 281, Porto
Entrada Livre

Semana em defesa dos Orangotangos (7 - 13 de NOvembro de 2010)


Green, de Patrick Rouxel

Sinopse:

A Indonésia tem uma das taxas de desflorestação mais elevadas do mundo, com uma média em torno de 2 milhões de hectares por ano. Em 1950 a mancha florestal da Indonésia atingia os 160 milhões de hectares, hoje menos de 48 milhões de hectares subsistem.

A desflorestação maciça da Indonésia começou na década de 1970 com a expansão da indústria madeireira, aliada à indústria de celulose e de papel. Depois veio a indústria de óleo de palma. Hoje, a principal força motriz por trás do desmatamento indonésio vem da procura internacional por óleo de palma para produzir biocombustíveis. Um relatório de outubro 2009 pela Organização das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) constatou que: "95 por cento do aumento da produção de óleo de palma na Malásia e Indonésia foi impulsionado pela crescente procura do biodiesel" e que "dois terços da actual expansão do cultivo de dendê implica a conversão de florestas tropicais".

Essa procura vem essencialmente da Índia, da Europa e da China, que atarvés de uma operação de marketing rotulam o biodiesel produzido com óleo de palma como o futuro das energias renováveis e de uma política "verde" para combater a mudança climática. Os relatórios disponíveis mostram que a conversão de florestas tropicais em plantações de óleo de palma para biocombustíveis agrava as alterações climáticas, ao arrepio de qualquer sustentabilidade ecológica e humana. Não se trata de combater as alterações climáticas, mas apenas de fazer dinheiro. Este documentário segue de perto o rastro dos impactos ambientais causados pela indústria do óleo de palma, num contraste com a riqueza e a bio-diversidade das florestas que ainda restam na Indonésia.

Green: ”is about the rainforest of Indonesia. It is 48 min long, it is available for free download for all private and public screenings. The film is in international version accessible to all nationalities, produced independently and free of all commercial or political attachment. Please don’t hesitate to screen the film wherever you feel appropriate.

Recebeu mais de 20 prémios em festivais internacionais, entre os quais o prémio para melhor documentário sobre a natureza em dois dos mais prestigiados festivais sobre a natureza selvagem, o WILDSCREEN e o JACKSON HOLE.


Orang Rimba, colectivo Films4Forests

Sinopse:

Os Orang Rimba são um povo nómada que vive da caça e da recolecção nas florestas de Jambi e nas províncias de Riau, em Sumatra, Indonésia.
Desde a chegada ao poder de Suharto em 1965, através de um golpe militar apoiado pela CIA, e com a deflorestação galopante levada a cabo a partir da década de 1980 devido às políticas ultra-liberais instigadas pelo fenómeno da globalização económica, o modo de vida ecologicamente sustentável e a cultura comunitária dos Orang Rimba tem vindo a ser cada vez mais ameaçado. O programa de transmigração do Estado indonésio, empurrando as pessoas de zonas densamente povoadas de Java para zonas florestais autóctones, gerou uma enorme pressão sobre os recursos naturais. A implantação da indústria do óleo de palma, com uma lógica predadora e insustentável, foi a machadada final na preservação de uma cultura auto-sustentável e economicamente viável.


AS EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA DESFLORESTAÇÃO NA INDONÉSIA E DA INDÚSTRIA MADEIREIRA


Sinar Mas Group – Indonesia
Salim Group – Indonesia
Barito Pacific Group – Indonesia
Bakrie & Brothers Group – Indonesia
Tanjung Lingga – Indonesia
Astra International - Indonesia
Djajanti Group – Indonesia
Kalimanis Group – Indonesia
Kayu Lapis Group – Indonesia
Korindo Group – Indonesia
Gudang Garam – Indonesia
Raja Garuda Mas Group – Indonesia
PT Uniseraya Group - Indonesia
PT Diamond Raya – Indonesia
Mitra Usaha Sejati Abadi (MUSA) – Indonesia
Surya Dumai – Indonesia
Sumalindo Lestari Jaya Group - Indonesia
PT Inhutani - Indonesia
Benua Indah Group – Indonesia
Lyman Group – Indonesia
Alas Kusuma Group - Indonesia
Sumber Mas Group Samarinda - Indonesia
Hasko Group – Indonesia
Central Cipta Murdaya Group – Indonesia
PT Tanjung Kreasi - Indonesia
Rimbunan Hijau – Malaysia
WTK Group – Malaysia
Samling Global Limited - Malaysia
Kerwara Limited – Malaysia
THE COMPANIES BEHIND PULP AND PAPER INDUSTRY
Sinar Mas Group- Indonesia
Asia Pulp and Paper (APP) – Indonesia
Indah Kiat – Indonesia
Kertas Nusantura - Indonesia
Kalimanis Group – Indonesia
Raja Garuda Mas – Indonesia
Kiani Kertas – Indonesia
Raja Garuda Mas International – Indonesia
Asia Pacific Ressources International Holdings (APRIL) – Indonesia
PT Inti Indorayon Utama – Indonesia
PT Riau Andalan Pulp and Paper - Indonesia
PT Tanjung Enim Lestari Pulp and Paper (TEL) - Indonesia
PT Musi Hutan Persada Pacific Timber – Indonesia
PT Arara Abadi – Indonesia
United Fiber System Limited (Unifiber) - Singapore
Jaakko Pöyry - Finland
THE COMPANIES BEHIND THE PALM OIL PRODUCTION
Sinar Mas Group - Indonesia
Astra Agro Lestari – Indonesia
Raja Garuda Mas International – Indonesia
Asian Agri – Indonesia
Salim Group - Indonesia
Inti Indosawit Subur - Indonesia
Musim Mas Group – Indonesia
Duta Palma – Indonesia
Inexco – Indonesia
Indofood Sukses Makmur – Indonesia
Makin Group – Indonesia
London Sumatra – Indonesia
Bakrie and Brothers – Indonesia
Anglo Eastern Plantations Plc – Indonesia
First Resources Limited – Indonesia
Agro Group – Indonesia
Austindo Nusantara Jaya – Indonesia
Surya Dumai Group - Indonesia
Sime Darby Group – Malaysia
IOI Group – Malaysia
JC Chang Group – Malaysia
Guthrie – Malaysia
Golden Hope – Malaysia
Kuala Lumpur Kepong – Malaysia
Asiatic Development – Malaysia
Boustead Holdings – Malaysia
United Plantations – Malaysia
IJM Plantations – Malaysia
Tradewinds Plantation – Malaysia
Golden Agri – Singapore
CTP Holdings Pte Ltd – Singapore
Wilmar / Kuok / ADM - USA
Cargill - USA
MP Evans Group – United Kingdom
Socfindo – Belgium
THE BANKS AND FINANCIAL INSTITUTIONS SUPPORTING IN THE ABOVE INDUSTRIES
World Bank
International Monetary Fund (IMF)
International Finance Corporation (IFC)
World Trade Organization (WTO)
Asian Development Bank (ADB)
World Resources Institute (WRI)
COFACE – France
Export Credits Guarentee Department (ECGD) – United Kingdom
Export Import Bank (EX-IM) – USA
Overseas Economic Cooperation Fund – Japan
Finnvera - Finland
Export Development Canada - Canada
Export Credit Guarantee Board – Sweden
CellMark - Sweden
Gerling-NCM - Germany
National Machinery Equipment Import Export Corporation (CMEC) – China
China Export & Credit Insurance Corporation - China
Sinar Mas Bank – Indonesia
ABN Amro Bank – Indonesia
Bank Central Asia - Indonesia
Bank Mandiri – Indonesia
Babobank Duta - Indonesia
Bank DBS – Indonesia
Bank Panin – Indonesia
Bank Resona Perdania – Indonesia
Danareksa Securities – Indonesia
OCBC Bank – Singapore
DBS Bank – Singapore
AFC Merchant Bank - Singapore
CIBM Group – Malaysia
Malayan Banking - Malaysia
SOCFIN – Belgium
Sipet – Belgium
Bank Brussels Lambert – Belgium
Raifeisen Zentralbank Österreich AG – Austria
Andritz – Austria
Rabobank – Netherlands
ING Bank- Netherlands
Fortis Bank – Netherlands
German Development Bank (DEG) – Germany
Deutsche Bank – Germany
Commerzbank – Germany
HSH Nordbank AG – Germany
HSBC – United Kingdom
Legal & General – United Kingdom
Barclays – United Kingdom
Standard Chartered Bank - United Kingdom
Royal Bank of Scotland – United Kingdom
Edinburgh Java Trust – United Kingdom
Collins Stewart – United Kingdom
Loyds Bank – United Kingdom
Numis Corporation – United Kingdom
Astra Zeneca – Sweden / United Kingdom
UBS – Switzerland
Credit Suisse – Switzerland
Goldman Sachs - Switzerland
Bank of Tokyo-Mitsubishi (UFJ) – Japan
Mizuho Bank - Japan
Vivendi Water – France
Natixis – France
BNP Paribas - France
Credit Agricole – France
AXA – France
Société Générale – France
Citibank – USA
Cornell Capital Partners – USA
Merrill Lynch – USA
Morgan Stanley – USA
JP Morgan Chase – USA
Lehman Brothers – USA
Amroc – USA
Blackrock – USA
THE COMPANIES TRADING OR BUYING WOOD PRODUCTS FROM INDONESIA
CSH Industrial Group - Singapore
Aeonic International Trade - Singapore
Wajilam Exports – Singapore
Jason Parquet - Singapore
Neeshai Trading – Singapore
Nature Wood - SIngapore
Chippel Overseas Supplies – Singapore
Tong Hin Timber Group - Singapore
Sitra Holdings – Singapore
Chiang Leng Hup Plywood - Singapore
Pargan - Singapore
Sunlight Mercantile – Singapore
Sunrise Doors International - Singapore
Wason Industries – Singapore
Dowlet Trading Enterprises – Singapore
Pan Majestic Holdings – Malaysia
Acmeco Ventures – Malaysia
Flooring Box - Malaysia
Hok Lai Timber - Malaysia
Kim Teck Lee Timber Flooring – Malaysia
McCorry Group - Malaysia
Sumec International Technology Trade – China
Jiangsu Kuaile Wood Industry Group – China
Xiamen Xinda Import Export Trading Company – China
Sino Forest Corporation – China
Celandine Co. – China
Montague Meyer – United Kingdom
Wolseley Group – United Kingdom
Homebase – United Kingdom
Habitat – United Kingdom
International Plywood – United Kingdom
Premier Forest Products – United Kingdom
Kingfisher Group (B&Q, Castorama, Brico Dépôts, Hornbach) – United Kingdom
John Lewis – United Kingdom
Travis Perkins - United Kingdom
Kiani – United Kingdom
Wolseley Group – United Kingdom
Maison du Monde – United Kingdom
Jewson – United Kingdom
Allied Carpets – United Kingdom
Caledonian Plywood - United Kingdom
Cipta - United Kingdom
Wood International Agency - United Kingdom
Armstrong World Industries - USA
Lowe’s - USA
Koch Industries Inc. - USA
Chesapeake Hardwoods – USA
Plywood Tropics – USA
Geogia Pacific – USA
Taraca Pacific – USA
North Pacific Lumber – USA`
Far East American – USA
IHLO sales & Imports - USA
The Home Depot – USA
Les Mousquetaires (Bricomarché) - France
Leroy Merlin – France
Saint Gobain Group (Point P / Lapeyre / Jewson / Raab Karcher / Dahl) - France
Maison Coloniale - France
Pier Import - France
Pont Meyer – Netherlands
Hoek Lopik – Netherlands
Oldeboom – Netherlands
Tarkett - Germany
Possling – Germany
Roggemenn – Germany
Daiken – Japan
Seihuko – Japan
Nippindo – Japan
Kahrs - Sweden
IKEA – Sweden
DLH Group – Denmark
Junckers – Denmark
Finnforest - Finland
FEPCO – Belgium
Glencore International – Switzerland
Goodfellow – Canada
THE COMPANIES TRADING PULP AND PAPER FROM INDONESIA
United Fiber System Limited (Unifiber) – Singapore
PaperlinX Asia - Singapore
International Paper Company – USA
Weyerhaeuser Company – USA
Kimberly-Clark - USA
MeadWestvaco Corporation - USA
Procter & Gamble - USA
Koch Industries - USA
OJI Paper – Japan
Nippon Paper Group - Japan
Sumitomo Forestry Co - Japan
Marubeni Corporation - Japan
Itochu -Japan
Marubeni – Japan
Sojitz – Japan
Stora Enso Oyj - Finland
UPM-Kymmene Corporation - Finland
Metsälliitto - Finland
Cellmark – Sweden
Bomo-Cypap Pulp and Paper– Cyprus
THE COMPANIES TRADING OR BUYING PALM OIL FROM INDONESIA
Sinar Mas Group – Indonesia
Permata Hijau Sawit – Indonesia
Golden Agri – Indonesia
Indofood Sukses Makmur – Indonesia
Arnott Indonesia – Indonesia
Wilmar Group – Singapore
Charleston Holdings (Tropical Oil Products) - Singapore
Pacific Rim Plantations Services – Singapore
Olam International - Singapore
Intercontinental Oils and Fats – Singapore
Lam Soon - Singapore
Kuok Group – Malaysia
Sime Darby – Malaysia
Giant – Malaysia
Mitsui & Co – Malaysia
Yee Lee Corporation – Malaysia
Intercontinental Specialty Fats - Malaysia
SSD Oils Mills Co – India
Nirma – India
Hindustan Lever – India
Godrej Industries – India
China Grains & Oils Group Corporation – China
China National Vegetable Oil Corporation – China
Beijing Orient-Huaken Cereal & Oil – China
Beijing Heyirong Cereals & Oils – China
Cargill - USA
Bunge – USA
Archer Daniels Midland (ADM) - USA
Kentuky Fried Chicken (KFC) - USA
Kraft - USA
ConAgra Trade Group Inc. – USA
Reckitt Benckiser - USA
Procter & Gamble - USA
Johnson & Johnson – USA
Wal-Mart - USA
Hershey - USA
Kroger Co - USA
Shaw’s – USA
Safeway Inc – USA
Costco Wholesale Corporation – USA
Kroger Co – USA
Pepsi Co Inc. - USA
Krafts Food Inc. - USA
SYSCO - USA
Pizza Hut -USA
Mc Cain - USA
Burger King – USA
Mc Donalds – USA
US Foodservice – USA
Aramark – USA
Estée Lauder – USA
McKee Foods Corporation – USA
Kellogg's – USA
Starbuck – USA
Colgate Palmolive – USA
Safeway – USA
Shaw’s – USA
Albertson’s – USA
Ahold – USA
Sara Lee Corporation - USA
Unilever - Netherlands / United Kingdom
HJ Heinz – United Kingdom
Cadbury Schweppes – United Kingdom
Body Shop International – United Kingdom
Tesco - United Kingdom
Sainsbury's – United Kingdom
Boots – United Kingdom
Marks and Spencer – United Kingdom
Macphilips Foods – United Kingdom
Compas Group – United Kingdom
Associated British Foods – United Kingdom
Tate & Lyle – United Kingdom
Musgrave – United Kingdom
John Lewis Partnership – United Kingdom
Co-operative Group – United Kingdom
ASDA – United Kingdom
Britannia Food Ingredients – United Kingdom
United Biscuits – United Kingdom
Aarhus – United Kingdom
Northern Foods plc – United Kingdom
Burton’s Foods Ltd – United Kingdom
Croda – United Kingdom
Whitbread Group – United Kingdom
ICI – United Kingdom
ASDA – United Kingdom
Waitrose – United Kingdom
Morrisons – United Kingdom
Carrefour – France
Edouard Leclerc - France
Auchan – France
Pinault Printemps Redoute – France
Danone – France
Gillette – France
SAS Devineau – France
L’Oréal – France
Henkel - Germany
Cognis – Germany
Alfred C Toepfer International – Germany
Metro Group – Germany
Aldi Group – Germany
Schwarz Group – Germany
Rewe – Germany
Cognis – Germany
Cremer Oleo – Germany
Walter Rau – Germany
ALDI Group – Germany
Goodman Fielder – Australia
Gardner Smith – Australia
Coles Group – Australia
Australian Food – Australia
Woolworths Limited – Australia
Arnott's - Australia
Foodstuffs – New Zealand
Progressive Enterprises – New Zealand
Ahold NV - Nertherlands
CSM – Netherlands
Cefetra – Netherlands
Glencore Grain – Netherlands
Nidera – Netherlands
Akzo Nobel - Netherlands
Nestlé - Switzerland
Barry Callebaut – Switzerland
Glencore International – Switzerland
Lindt – Switzerland
Florin – Switzerland
Nutriswiss – Switzerland
Coop – Switzerland
Migros - Switzerland
DaiEi – Japan
Kao Corporation – Japan
Saraya Co Ltd – Japan
Fuji Oil Group – Japan
Mitsubishi Corporation – Japan
Myojo Foods – Japan
Rainbow Energy Corporation - Japan
Arthur Goethels – Belgium
Delhalze Group – Belgium
FEDIOL - Belgium
Danisco – Denmark
Dragsbaek – Denmark
Goteborts Kex – Sweden
Cloetta Fazer – Sweden
Mills DA – Norway
Orkla Group – Norway
Saetre Kjeks – Norway
Kantolan Keksi – Finland
Musgrave Budgens Longis - Ireland
Savola – Saudi Arabia
Thai President Foods - Thailand
THE COMPANIES INVESTING IN BIO DIESEL MADE FROM PALM OIL
Wilmar Group - Singapore
Continental BioEnergy – Singapore
Carotino Sdn Bhd - Malaysia
Zurex Corporation – Malaysia
SPC Biodiesel – Malaysia
DXN Oleochemicals - Malaysia
PT Vision Renewable fuels - Malaysia
Natural Fuel – Australia
PME Biofuels – Australia
Mission NewEnergy Limited – Australia
Sterling Bioduels - Australia
Biofuels Corporation – United Kingdom
Greenergy – United Kingdom
BP International – United Kingdom
D1 Oils –United Kingdom
EDF Energy – United Kingdom
WHEB Biofuels – United Kingdom
Cargill – USA
BioFuel Merchants (BFM) – USA
BioX Group – Netherlands
Costal Energy limited – India
ED&F Man Biofuels – France
BioDiesel Oils – New Zealand
Neste Oil – Finland
OKQ8 - Sweden
ECO Solutions Co – South Korea
Rainbow Energy Corporation – Japan
Biopetrol Industries - Switzerland

AND OUR PASSIVITY