10.4.12

Privatização da polícia no Reino Unido

COMEÇOU A PRIVATIZAÇÃO DA POLÍCIA no REINO UNIDO

... e  com ela  o fim do  princípio do monopólio estatal da violência.

Torna-te empreendedor policial !!!
 
Afinal não são os anarquistas que estão a destruir o Estado.

São os partidários do neoliberalismo, da demolição do sector público, da financiarização da vida, das privatizações e do famoso empreendorismo que se encarregam de desmantelar o aparelho de Estado.

 
O actual governo britâncio da aliança conservadores-liberais de David Cameron está a adoptar as primeiras medidas para privatizar a polícia, ssubstituindo esse serviço público por empresas privadas, cujos empregados passarão a patrulhar as ruas, a investigar crimes e a deter os suspeitos. Jádurante esta primavera avançará a privatização da polícia nos condados de West Midlands e Surrey.

Seminário Pensamento Crítico Contemporâneo (26/4 , 3, 10, 17 e 18 de Maio)



A Unipop e a Associação de Estudantes do ISCTE-IUL organizam um seminário que pretende promover o debate sobre um conjunto de propostas teóricas que, posicionando-se criticamente face ao estado do mundo, têm procurado pensar as circunstâncias presentes e as alternativas que têm sido desenvolvidas no quadro da actual crise económica, mas também do ciclo de revoltas que, do Cairo a Wall Street, passando por Madrid, têm vindo a marcar o ritmo dos tempos que correm.
Ao longo de cinco sessões, o seminário colocará em confronto sensibilidades teórica e politicamente diversas que, organizando-se em torno de autores ou correntes, têm contribuído para a renovação do pensamento contemporâneo a nível da acção dos movimentos sociais, da pesquisa e investigação científicas ou ainda das práticas artísticas e culturais. Cada sessão contará com duas comunicações a cargo de investigadores que, da antropologia à filosofia, passando pela sociologia ou pela economia, entre outras áreas do saber, apresentarão os principais elementos de reflexão dos autores e correntes em questão, seguindo-se um breve comentário a cargo de um terceiro convidado que dará início a um período de debate entre todos os participantes no seminário.
O seminário destina-se a todas as pessoas interessadas em participar, independentemente da sua especialização profissional ou da sua situação académica.

Organização: UNIPOP e Associação de Estudantes do ISCTE-IUL

Local: ISCTE-IUL (Av. das Forças Armadas, Lisboa; Metro: Entrecampos / Cidade Universitária)

Datas: Dias 26 de Abril, 3, 10, 17 e 18 de Maio, das 18h às 20h30

Inscrições: 15 euros (inclui o acesso a todas as sessões e a todo o material em discussão no seminário).
A inscrição em sessão avulsa está limitada à disponibilidade de lugares, não sendo susceptível de reserva prévia. Nesse caso, o valor da inscrição é de 5 euros.
A inscrição deve ser feita por transferência bancária, através do NIB 0035 0127 00055573730 49, seguida de e-mail com o comprovativo para cursopcc@gmail.com.

Lugares limitados.
No final do curso será emitido um certificado de frequência.

Programa:

26 de Abril
Auditório B103
Gayatri Spivak: a subalternidade sexuada, por Adriana Bebiano
Lila Abu-Lughod e o movimento feminista, por Shahd Wadi
Comentário de Manuela Ribeiro Sanches

3 de Maio
Auditório B103
Daniel Bensaid, cientificidade e contratempo no marxismo, por Carlos Carujo
Possibilidades: anarquismo e antropologia em David Graeber, por Diogo Duarte
Comentário de Miguel Serras Pereira

10 de Maio
Auditório B103
Keynes e keynesianismos, por João Rodrigues
Negri e Hardt: Império, multidão e comum, por José Neves
Comentário de Ricardo Noronha

17 de Maio
Auditório B103
Jacques Rancière e a política da emancipação, por Manuel Deniz Silva
Axel Honneth e Jürgen Habermas: uso público da razão, luta pelo reconhecimento e crítica do capitalismo, por Gonçalo Marcelo
Comentário de João Pedro Cachopo

18 de Maio
Auditório B104
Alain Badiou e a hipótese comunista, por Bruno Peixe Dias
Giorgio Agamben ou a desactivação, por André Dias
Comentário de Miguel Cardoso

Breve apresentação dos oradores:

Adriana Bebiano é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde é directora dos programas de mestrado e de doutoramento em Estudos Feministas. Doutorada em Literatura Inglesa, trabalha em Estudos Irlandeses, Shakespeare e Estudos Feministas.

Shahd Wadi é doutoranda em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra e bolseira da FCT. Está a trabalhar num projecto sobre as representações dos corpos de mulheres palestinianas em produtos culturais e artísticos contemporâneos, como lugar de silenciamento e simultaneamente de resistência no contexto do conflito israelo-palestiniano.

Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga nas áreas dos Estudos Culturais, dos Estudos Pós-Coloniais e dos Estudos Literários, e é membro do Centro de Estudos Comparatistas.

Carlos Carujo é professor e mestre em Filosofia pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

Diogo Duarte é formado em Antropologia, investigador do Instituto de História Contemporânea (FCSH-UNL) e doutorando na mesma faculdade com uma tese sobre a história do anarquismo e do Estado em Portugal.

Miguel Serras Pereira é autor, entre outros, de Da Língua de Ninguém à Praça da Palavra e Exercícios de Cidadania. É igualmente tradutor de inúmeros escritores e ensaístas de referência.

João Rodrigues é economista e investigador do CES, onde integra o Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade (NECES).

José Neves é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é investigador do Instituto de História Contemporânea da mesma faculdade. Tem trabalhado sobre comunismo, nacionalismo, historiografia e desporto.

Ricardo Noronha é investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

Manuel Deniz Silva é musicólogo, investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Gonçalo Marcelo é doutorando na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, investigador da Unidade Linguagem, Interpretação e Filosofia da Universidade de Coimbra e professor assistente convidado de filosofia social e ética na Universidade Católica Portuguesa (Porto). Em 2011 co-editou o livro Ética, Crise e Sociedade.

João Pedro Cachopo é investigador nas áreas da Filosofia Contemporânea, da Musicologia e dos Estudos Literários, tendo-se doutorado com uma tese sobre o pensamento estético de Adorno.

André Dias é doutorando em Ciências da Comunicação/Cinema na Universidade Nova de Lisboa. Investiga as relações entre cinema e filosofia política. Organizou uma conferência sobre biopolítica e traduziu Giorgio Agamben.

Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos. Povo, Classes e Multidão (2010).

Miguel Cardoso é doutorando em Literatura Inglesa em Birkbeck College, University of London.


Ler mais:

Ciclo Palestras para o dia de amanhã (10, 17 e 23 de Abril) no Teatro Municipal Maria Matos, com Evan Calder Williams, Martin Breaugh e Sandro Mezzadra




Ciclo Palestras para o dia de amanhã

Coorganização Maria Matos Teatro Municipal e Unipop

Local:  Teatro Municipal Maria Matos, mmcafé

10, 17 e 23 de abril, às 18h30

A RECUSA DA CIDADE
Evan Calder Williams
10 de abril, às 18h30

A presente conjuntura tem gerado novas bolsas de pobreza e subdesenvolvimento, traçando novos mapas de desigualdade e violência estruturais. À medida que aumentam os indesejados e as zonas de exclusão, o Estado recua, cedendo lugar aos cordões policiais. Muitos são empurrados não só para o lado de lá da subsistência, mas igualmente para o lado de fora do político, uma vez que as linhas de comunicação e compromisso foram cortadas. É destas margens que irrompem pilhagens e motins, confrontos e ocupações. Estamos para lá do protesto: é necessário bloquear a cidade como centro do desenvolvimento capitalista e reinventar os espaços e os modos de viver coletivamente. A partir de um presente delapidado, diz-nos Evan Calder Williams, urge traçar uma linha que nos leve da recusa ao antagonismo, do antagonismo a novas formas de solidariedade e destas a novos modos de construção coletivos.

Evan Calder Williams é um teórico norte-americano, editor do blogue Socialism and/or Barbarism (socialismandorbarbarism.blogspot.com). Publicou os livros Combined and Uneven Apocalypse e Roman Letters. É doutorando em Literatura na Universidade da Califórnia, Santa Cruz.

A EXPERIÊNCIA PLEBEIA
Martin Breaugh
17 de abril, às 18h30

O termo “plebe” não é uma categoria social nem é nome de uma afirmação identitária. Designa antes uma experiência: a da passagem do estatuto infrapolítico ao de sujeito político. Num sentido que vai para lá das figuras do trabalhador, do operário ou do proletário e da tentativa de recondução dos sujeitos políticos a atores constituídos objetivamente, a experiência plebeia é o próprio processo que os constitui. No centro desta experiência está a recusa da dominação, assim como o desejo de uma igualdade radical e de liberdade política, entendida como a participação na vida da cidade. Os traços constitutivos da experiência plebeia — segundo Breaugh, comunalismo, agorafilia e uma temporalidade da fratura que deixa rasto — remetem-nos para os tempos da República Romana, mas ecoam numa sequência histórica descontínua de lutas pela liberdade política, da Revolução Francesa e da Comuna de Paris às revoluções do século XX. Hoje, quando coexistem a afirmação da inevitabilidade das opções políticas e a irrupção de motins, ocupações e manifestações de toda a ordem, será tempo de voltarmos a falar da experiência plebeia?

Martin Breaugh é professor de Teoria Política na Universidade de York, em Toronto. É autor, entre outros trabalhos, do livro L’Expérience plébéienne. Une histoire discontinue de la liberté politique.

O DIREITO DE FUGA
Sandro Mezzadra
23 de abril, às 18h30

Coorganização com o Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL, no âmbito do projeto Além do fracasso e do maquiavelismo. A emigração irregular portuguesa para a França, 1957-1974

Nas últimas décadas, ao mesmo tempo que foram sendo progressivamente removidas todas as barreiras à circulação de bens, serviços e capitais, o controlo das fronteiras foi reforçado de modo a reprimir migrantes e refugiados. O livre movimento do conhecimento e da inteligência humana corre a par da destruição dos corpos que exprimem esse conhecimento e essa inteligência. Reprimida, a mobilidade dos migrantes tem, ainda assim, conseguido traçar movimentos subjetivos de fuga à rigidez da divisão internacional do trabalho, movimentos que constituem mesmo um dos motores fundamentais das transformações profundas que se vêm operando nas sociedades atuais, reconfigurando a democracia e as noções de cidadania e de trabalho. Quase sempre apresentada como uma categoria antipolítica, a fuga tem constituído, de acordo com Sandro Mezzadra, uma via privilegiada de subjetivação, um dos instrumentos básicos de recusa da banalidade e da rotin a da vida quotidiana.

Sandro Mezzadra é sociólogo e professor na Universidade de Bolonha e na Universidade de Western Sydney. É autor, entre outros trabalhos, do livro Direito de Fuga — Migrações, Cidadania e Globalização, editado em Portugal pela Unipop.

Entrada livre | Em inglês



Petição contra o encerramento da Maternidade Alfredo Costa, e abraço à MAC ( hoje, às 19h30)


O Governo anunciou o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Esta unidade é a maior e a mais especializada do país na prestaçao de cuidados ao nível da da saúde da mulher e da neo-natologia, sendo aqui que se realizam o maior número de partos.

O seu encerramento ou desmantelamento é um erro, com graves prejuízos para as populações do distrito de Lisboa, tanto no acesso e na qualidade dos serviços do SNS

Quem beneficia com esta política é o novo Hospital de Loures, uma PPP ruinosa atribuída ao grupo Espírito Santo.

Vamos dar um Abraço à MAC, dia 10 de Abril às 19h30



Petição contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa


Para:
Exmº Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmº Sr Primeiro-Ministro, Exmº Sr Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

Os abaixo assinados discordam em absoluto com o tão publicitado "provável encerramento" desta unidade hospitalar especializada em obstetrícia, ginecologia, pediatria e senologia.
Como utente da Mac nestas 3 valências, posso testemunhar o atendimento altamente qualificado e sobretudo personalizado que nos dedicam todos os técnicos: médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos, técnicos de serviço social, administrativos e pessoal auxiliar.
É, para mim, impensável fechar um hospital com padrões de qualidade internacionalmente reconhecidos nas diversas áreas de actuação e que, num esforço continuado vai renovando o seu espaço, o seu equipamento e as suas técnicas para nos acolher, acarinhar e tratar.
Entendemos que a Maternidade Alfredo da Costa deve continuar a garantir a saúde global da mulher, a segurança na gravidez e no parto e o competente acolhimento do recém-nascido para a vida. E, continuar a cuidar - talvez na sua vertente menos conhecida- das utentes do foro da senologia e da ginecologia oncológica.

Ajudem-me a impedir que "estas notícias" se tornem realidade!

Os signatários

ASSINAR em

Movimento Não Pagamos

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Manifesto do Movimento Não Pagamos!


O Movimento Não Pagamos! é um movimento cívico que resultou do debate de ideias de um grupo de jovens, que decidiu juntar-se e fundar este movimento por entender que é necessário haver uma voz que defenda o não pagamento da dívida pública, recusando qualquer reestruturação ou renegociação da mesma.

O Movimento Não Pagamos! considera que esta dívida é Injusta, Imoral e Ilegal, uma vez que foi contraída sem aprovação e conhecimento do Povo português, prejudicando as gerações presentes e futuras. Só o Não Pagamento da dívida permitirá que Portugal restaure a sua Autonomia e o seu caminho de Independência.

O Movimento Não Pagamos! entende que a questão da dívida é o ponto fulcral da situação socioeconómica actual em Portugal, uma vez que é a "desculpa" utilizada para aplicar todas as medidas de austeridade que deixam os portugueses cada vez mais pobres. Contudo permanecem questões por responder: quanto devemos? a quem devemos? quem tomou as decisões que criaram a dívida? que aconteceu ao dinheiro dos nossos impostos? o que está a ser feito com o dinheiro que estamos a pedir emprestado?

Com o intuito de fugir às questões mais pertinentes, aos portugueses são impostas algumas ideias todos os dias das mais variadas formas: que andaram a viver acima das suas possibilidades; de que o pagamento da dívida é inevitável; a dívida é de todos; ou que o seu incumprimento trará algo de catastrófico. Este movimento entende que estes preconceitos têm de ser combatidos, pois todos os caminhos que não recusem o pagamento da dívida, esses sim, são catastróficos.

A dívida tem de ser paga por quem a contraiu! E não foi o povo português!

O Movimento Não Pagamos! recusa a politica do medo, da resignação e da indiferença, pois foi essa atitude que nos colocou na situação actual. São necessárias alternativas de luta, com objectivos claros, de resposta à crise provocada pelas medidas autoritárias tomadas pelos sucessivos governos e classe politica fantoche que defende os seus próprios interesses e não o interesse do Povo. A resposta aos ataques violentos de que temos sido alvo deve ser vigorosa e corajosa, e ao lado de todos aqueles que se identificam com os objectivos do Movimento Não Pagamos!

Objectivos do Movimento:


- Defender o Não Pagamento da divida;

- Lutar activamente contra um ciclo vicioso de austeridade/ subdesenvolvimento e todas as medidas que são impostas aos portugueses em nome de uma dívida que não é nossa;

- Esclarecer os portugueses sobre a verdadeira natureza da dívida, e todas as medidas que os estão a empobrecer;

-Apelar aos portugueses à união em torno da rejeição da dívida, da luta contra as medidas de austeridade, em nome de uma verdadeira Democracia;

- Apoiar todos os que estão sofrer directa ou indirectamente com a austeridade imposta;

- Combater as desigualdades sociais;

- Promover soluções alternativas para o desenvolvimento do país