15.1.11

Hoje arrancou o Projecto da Quinta Musas da Fontinha, na cidade do Porto



Hoje, arrancou em parceria com Associação Musas o primeiro projecto de distribuição de lotes de Terra Agricultavel no Coração do Porto, a “Quinta Musas da Fontinha”.

A porta de entrada faz-se pela Rua do Bonjardim (nº 998), e entre casas abandonadas, muros de granito e poços temos uma área imensa por descobrir.

As pessoas aderiram com força de labuta na limpeza do espaço de forma incansável. Recebemos pessoas de todas as idades e capacidades.

Foi realmente animador sentir o cooperativismo para criar um espaço onde se poderá conciliar Agricultura, Ambiente e Sustentabilidade. Valores Inseparáveis.

A arte também marcou o dia, com a pintura de um Mural.

Estamos todos de Parabéns

MOVIMENTO TERRA SOLTA

O Movimento Terra Solta nasce da ideia Tanta Terra sem Gente, Tanta Gente sem Terra.

http://terrasolta.org/

A base da evolução humana e da maior revolução social foi a Agricultura. Esta revolução só ocorreu há 10 mil anos atrás. Permitiu a fixação das populações, a criação de comunidades e libertou o homem, de colector passou a produtor.

Esta não foi a revolução que destruidora da Harmonia homem Natureza, simbiose perfeita até à revolução Industrial. Nos finais do século XIX, o homem aprendeu a dominar a energia do Petróleo, passando de uma Agricultura Biológica e Biodinâmica,

em que se associava o potencial da natureza com as regras do Universo, para a Agricultura Industrial. Perfeito para uma população Mundial de 3 mil milhões de habitantes, mas insustentável para o Terra quando somos em 2010, 7 mil milhões de seres humanos.

Porquê mais um Movimento, se o problema já foi detectado?

O Movimento Terra Solta, nasce de um encontro de amigos que partilham de ideais, de uma sociedade mais justa, mais próxima da terra que pode e deve usufruir da tecnologia.

E se na aldeia global, existissem pequenas aldeias comunitárias em que se possa viver deforma mais igualitária, em que todo o homem e mulher é dotado de capacidades positivas não auto-destrutivas. E se essas pequenas aldeias, chame-mos comunidades alternativas, que podem ser urbanas que podem ser rurais, mas que seriam geridas por palavras tão simples:

– SOLIDARIEDADE, COOPERATIVISMO;

Será que podemos viver de forma mais saudável e mais feliz?

O Movimento Terra Solta, não tem duvidas. Tem a certeza que o regresso à terra, à produção de bens de forma próxima, a reutilização, a negação do excesso podem criar pessoas mais felizes e um ambiente em equilíbrio e sustentável. Basta acrescentar mais uma palavras simples:

PERMACULTURA;
AGRICULTURA BIOLÓGICA e BIODINÂMICA em meio Urbano e Rural;
COMUNIDADES URBANAS PARTILHADAS, ECO-ALDEIAS;
E, é necessário politicas para estes conceitos?

O Movimento Terra Solta, tem por base ser apolítico. Mas até aqui falamos de Sociedade, Economia, porque um Homem é um ser Politico.

E, o que objectiva o MOVIMENTO TERRA SOLTA:

Ao vermos o miolo dos centros urbanos ao abandono. As aldeias sem gentes. Essa forma de viver está a dar lugar a “Megalópis” sem sentido e sem necessidade.

O que se constataAs cidades deixaram-nos réstias de uma cultura de proximidade, com os seus quintais, o pequeno comercio, o pequeno produtor, em que cada Rua era uma Aldeia, e as Aldeias eram comunitárias.
E se reocuparmos e dermos vida a esses espaços, e se as Aldeias voltarem a ter gente e se os Quintais, lojas, pequenas industrias locais voltarem a ter gente?

E se as casas abandonadas voltarem a ter gente? E se recuperamos tantos e tantos métodos tradicionais em fase de desaparecerem?

O MOVIMENTO TERRA SOLTA, objectiva uma atitude de Reutilizar os espaços abandonados, e poder praticar as ideias aqui escritas para uma sociedade mais justa, mais livre em comunhão com o ambiente.

O Movimento não é nosso é de todos!

Lançado hoje o 1º número do jornal Fraternizar online

http://www.jornalfraternizar.pt.vu/

Nasceu, HOJE, 15 de Janeiro de 2011, o Jornal Fraternizar apenas em suporte online.
Editado e dirigido pelo Padre Mário, também jornalista já na situação de reformado, Presbítero da Igreja do Porto, felizmente, sem Ofício Canónico desde finais de Março de 1973 e, consequentemente, também sem o respectivo Benefício, ligado ao Ofício.
No mesmo website encontram-se ainda em arquivo todas as edições do jornal em suporte de papel.
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Editorial do nº 1

Bem-Vindas, Bem-vindos ao Jornal Fraternizar online

Toda a minha Alegria. E toda a minha Paz.

O Jornal Fraternizar, depois de 180 + uma (n.º zero) edições em papel, abandona definitivamente o suporte papel e prossegue exclusivamente em suporte online.

Parece que somos pioneiros, em Portugal, nesta opção. Os grandes jornais, inclusive, semanários, ainda não ousaram dar este passo. São grandes. Têm estruturas pesadas. Exércitos de funcionários ao seu serviço. E, sobretudo, têm muita Publicidade que ainda aposta mais no suporte papel. O Jornal Fraternizar, pelo contrário, é pequeno e pobre. Por opção. E nunca quis ter, nunca teve, Publicidade. Por isso, é uma publicação Livre. Como tal, responsável. Está na Sociedade do(s) Mercado(s), mas não é do(s) Mercado(s). É só da Sociedade. Das Pessoas. Dos Povos. Muitos Povos, um-só Povo, com muitas línguas, cores, culturas. A mais bela Polifonia Humana, a juntar à Polifonia Cósmica.

Depois, em lugar de reproduzir a Ideologia e a Idolatria do(s) Mercado(s), o Jornal Fraternizar procura ver os Acontecimentos do nosso dia-a-dia animado da mesma Fé não-religiosa de Jesus. E à luz da sua Teologia, a única, entre todas as Teologias que por aí proliferam como cogumelos depois das chuvas (até os Ateus e Agnósticos, elas e eles, têm uma Teologia, porventura, a mais Perversa de todas, porque acaba sempre por adorar o Senhor Dinheiro, a menos que os Ateus e Agnósticos, como tais, já sejam pobres por opção e por toda a vida!), que não é Idolátrica. Porque, ao contrário de todas as outras Teologias, a Teologia de Jesus (não confundir com a Teologia do mítico Cristo davídico!) reflecte e, sobretudo, Pratica Deus Criador que nunca ninguém viu e, por isso, também não conhece. Como tal, não pode nunca manipular, nem colocar ao serviço dos seus desejos e ambições de Animal Racional, como fazem todas as Religiões, as religiosas e as seculares, e todos os Sacerdotes, os sagrados e os laicos / ateus. Pelo contrário, faz-nos viver a História e na História, como Jesus, o da Missão entre meados do ano 28 e Abril do ano 30, em constante sobressalto, em contínua Interpelação, acossado a todo o instante pela Novíssima Pergunta feita a toda a Mulher, todo o Homem, Onde está o teu irmão? Que fizeste do teu irmão? E, depois, porque ininterruptamente acossado por esta Pergunta, todo o seu Ser-Viver-Actuar-Pensar-Falar histórico procura ser uma ininterrupta Resposta Política Maiêutica a ela! Só assim, somos Seres Humanos. De contrário, somos só Animais Racionais, os mais Perversos dos Animais.

Bem-vindas, Bem-vindos, pois, ao Jornal Fraternizar one-line. Abram o site todos os dias, porque podem encontrar sempre, ou quase sempre, algo de novo nele. Porque em suporte on-line, nem sequer teremos periocidade. Cada dia é sempre um novo dia. E algo de cada novo dia pode aparecer reflectido no Jornal Fraternizar.

É bom, muito bom, saber que estareis desse lado. E que comentareis com Inteligência Jesuânica, por isso, Cordial os seus conteúdos, para o email do seu Director-Editor, eu próprio.

Vosso, Mário, Presbítero da Igreja do Porto.

A televisão não noticiou o que o relatório PISA conclui: os professores portugueses têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países OCDE

Texto de Margarida Rufino, publicado no Jornal de Cascais, de 9 de Janeiro de 2011

No meio da crise sócio/económica e do cinzentismo emocional instalado no país há vários meses, eis que o relatório PISA trouxe algumas boas evidências para Portugal.

E a melhor de todas, a que considero verdadeiramente paradigmática, foi omitida pela maioria dos órgãos de comunicação social: Mais de 90% dos alunos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva dos seus professores!

O relatório conclui que os professores portugueses são os que têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países da OCDE, tendo em 2006 aumentado 10 pontos percentuais.

O mesmo relatório conclui que os professores portugueses estão sempre disponíveis para as ajudas extras aos alunos e que mantêm com eles um excelente relacionamento.


Estas evidências são altamente abonatórias para os professores portugueses e deveriam ter sido amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação social ( e pelos habituais “fazedores de opinião” luxuosamente remunerados que escrevem para os jornais ou são comentadores na rádio e na televisão) que ostensivamente consideram que os professores do ensino básico e secundário uma classe pouco profissional, com imensos privilégios e luxuosas remunerações…

Uma classe profissional que deveria ser acarinhada e apoiada por todos, que deveria ter direito às melhores condições de trabalho (salas de aula, equipamento, formação, etc.) e que tem sido maltratada pelo poder político e por todos aqueles que tinham o dever de estar suficientemente informados para poder produzir uma opinião isenta para os demais membros da comunidade.

Ao conjunto destas evidências acresce outra, onde o papel do professor é determinante: a inclusão.

O relatório revela-nos que Portugal é o sexto pais da OCDE cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias sócio/económicas!

E ainda refere que o nosso país tem a maior percentagem de alunos carenciados com excelentes níveis de desempenho em leitura.

Nada acontece por acaso! Os professores portugueses são excelentes profissionais, pessoas que se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, mesmo quando são vilipendiados e ofendidos por membros de classes profissionais tão corporativistas (ou mais!) que a dos professores!

Como diz a quase totalidade dos alunos, os professores são excelentes pessoas que estão sempre disponíveis para ajudar os seus alunos. Esta é que é a realidade dos professores das escolas do ensino básico e secundário! Obviamente que, como em todas as demais classes profissionais, haverá excepções à regra, aqueles que não cumprem, não assumem as suas responsabilidades, não justificam o ordenado que recebem. Mas, assim como uma andorinha não faz a primavera, também uma ovelha negra não estraga um rebanho.

Pergunto: porque se escondem os arautos da desgraça, detentores da verdade absoluta, que estão sempre na linha da frente para achincalhar os professores do ensino básico e secundário. Estranha-se o silêncio.

Margarida Rufino in Jornal de Cascais