7.6.07

Uma Arca de Noé foi construída no monte Ararat pela Greenpeace como forma de alerta para os riscos das mudanças climáticas




A Greenpeace construiu uma réplica da Arca de Noé no monte Ararat para alertar os líderes dos principais países do mundo para o risco de uma catástrofe mundial devido à mudança climática, aproveitando a cimeira do G8.
A construção da embarcação de madeira tem 10 metros de comprimento por quatro de largura e quatro de altura a 2.500 metros de altitude na montanha e está situada na fronteira entre Turquia, Armênia e Azerbaidjão.

"Estamos à beira de um segundo dilúvio universal. Mas ainda não é tarde demais. Se todas os países da Terra, com os países industrializados à frente, iniciarem uma mudança em favor do meio ambiente, poderemos evitar a catástrofe", afirmou Andree Böhling, especialista em energia do Greenpeace.

Böhling acrescentou que "os políticos devem assumir sua responsabilidade e não podem continuar vendo a ameaça de o mundo ser submerso em marés, tempestades e inundações, enquanto milhares de pessoas perdem seus lares, plantas e animais são extintos e as doenças e as secas se espalham".

Após mencionar o recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) sobre os graves riscos contidos na mudança climática, o porta-voz do Greenpeace disse que as nações mais industrializadas devem comprometer-se a reduzir suas emissões poluentes e aprovar um protocolo mais amplo que o de Kyoto.

"Após muitas promessas não cumpridas, a cimeira do G8 em Heiligendamm deve produzir , de uma vez por todas, fatos", disse Böhling. Ele exige que os países industrializados reduzam em 30% suas emissões até 2030 e em 80% em 2050, em relação a 1990.


Uma caravana com 40 cavalos carregou, dos pés do monte Ararat na Turquia, um total de 12 metros cúbicos de peças de madeira para construir a Arca do século XXI.

A réplica da embarcação bíblica foi feita por 20 carpinteiros alemães e turcos, e, no futuro, será usada como um albergue na montanha. A réplica da Arca de Noé foi inaugurada oficialmente em 31 de Maio com a leitura de uma declaração climática. Simultaneamente um grupo internacional de alpinistas escalou o monte Ararat, de 5.137 metros de altitude, para exigir que os líderes mundiais se preocupem com a protecção do meio ambiente.

Ler em castelhano a Declaração de Ararat:

Projecção do filme Memória Subversiva no Salão Brazil (em Coimbra, dia 9, às 22h.)


"Memória Subversiva - anarquismo e sindicalismo em Portugal 1910 - 1975"
seguido de debate com a presença de José Tavares

9 de Junho (sábado) às 22h00

entrada livre

no

Salão Brazil (na baixinha de Coimbra) - Largo do Poço, 3
(Nota deste blogue: este é também o melhor sítio em Coimbra)


Ver:



Um aspecto do Salão Brazil ( na baixinha de Coimbra)


Textos constantes do folheto do filme:

Nas primeiras décadas do século XX a ideia anarquista e particularmente o sindicalismo anarquista foram uma força pujante em Portugal.
A CGT (Confederação Geral do Trabalho – anarco sindicalista) era a única central sindical que existia no país. A sua publicação A Batalha chegou a ser o terceiro diário de maior circulação no País. Memória Subversiva é o único documentário sobre este movimento, reunindo os testemunhos de vinte e um activistas anarquistas e sindicalistas. Falam sobre greves insurreccionais e agitação social nos anos vinte, do confronto com o fascismo, da guerra civil espanhola, da repressão e clandestinidade, do campo de concentração do Tarrafal, do 25 de Abril de 1974...
O vídeo revela o forte humanismo e autodidatismo, características essenciais das actividades anarquistas e sindicalistas. Temas como o anti-militarismo, sexualidade, ecologia e pedagogia moderna estão também presentes como parte integrante de um mesmo combate. Numerosos documentos e filmes de arquivo ilustram o anarquismo e sindicalismo em Portugal e o seu contexto histórico, desde a primeira república portuguesa até 1975.
José Tavares



COMENTÁRIOS

Pretendeu o José Tavares e Stefanie Zoche honrar a presença, num filme, de alguns militantes idosos, dos 80 aos 100 anos, aqueles que conseguiram sobreviver à tremenda luta travada contra o fascismo e os capitalismos internacionais, em especial os heróis sobreviventes da Colónia Penal do Salazarismo, onde vários deles fizeram mais de 10 anos de cativeiro, sem processo formado, ouvindo permanentemente os carcereiros afirmar que aqueles presos nunca mais iriam ver a Liberdade, porque o governo salazarento os tinha mandado para lá morrerem. Dizem que foi a um padre que o ditador mandou escolher este local porque era riquíssimo em mosquitos pestíferos, com a tuberculose entre pessoas e gados de abate. Existia um médico na colónia penal que em vez de exercer funções humanitárias, realizava as de carrasco. Neste campo infernal morreu a flor dos militantes anarquistas e anarco-sindicalistas (para além doutros militantes de diferentes sectores políticos e revolucionários). A maior parte dos prisioneiros que conseguiram ver a liberdade, morreram pouco depois pelos achaques e maleitas adquiridas nessa maldita colónia.
Podemos bradar aos quatro ventos, sem possível desmentimento, que se não tivesse existido Tarrafal, nem tremendas repressões fascistas não se apresentaria tão dizimado como está hoje o nosso movimento anarquista. Não tivemos ajuda de nenhum imperialismo Oriental, nem das repúblicas democráticas. Os povos que nos poderiam ajudar, como o Espanhol, o Italiano, o Argentino, o Brasileiro, etc., estavam também a ser amarfanhados por diversos tipos de fascismo.
Obrigado José Tavares e Stefanie por se terem lembrado de perpetuar na tela a presença deste grupo, cuja maioria são os heróis de lutas ciclópicas em favor da Humanidade, do Amor, do Progresso e da Liberdade.
Viva a Emancipação Integral da Humanidade.
por José de Brito


O vídeograma Memória Subversiva é um documento histórico único sobre as ideias e vidas radicais subsistentes na sociedade portuguesa no séc. XX. José Tavares e Stafanie Zoche, pese embora os condicionalismos logísticos, técnicos e financeiros, souberam construir um diálogo baseado na verdade e na simplicidade sem recorrerem aos sofismas da tecnicidade e do modernismo conjuntural muito querido da intelectualidade. A sucessão cronológica dos factos e das vidas protagonizadas pelos diferentes intervenientes foram magistralmente humanizados pela perícia perceptiva da câmara e uma narração inteligente e objectiva. Por vezes o som e a música não acompanham adequadamente o pulsar das palavras e das imagens. Esses factos são no entanto, de somenos importância.
O vídeograma Memória Subversiva, na minha modesta opinião, preenche uma grande lacuna que subsistia na história do movimento operário e do sindicalismo português deste século.
Com este documentário filmado será difícil interpretar e/ou re-interpretar os movimentos sociais, políticos e ideológicos de ânimo leve. Para antes e depois da implantação da ditadura salazarista ficam as vidas e as palavras de um punhado de homens e mulheres que não se vergaram a amos e senhores: Memória Subversiva é um retrato fiel dessa realidade.
por J.M. Carvalho Ferreira


Neste filme, uma geração de homens e mulheres, hoje entre os 70 e os 80 (há-os centenários!), fala ainda e sempre, com veemência e a exaltação da juventude que neles não se extinguiu, da alegria e do voluntarismo revolucionários. Nesta época da conformação mais rasteira travestida de pobres emblemas exteriores (grotescas modas ousadas...), eis-nos aqui perante perante uma fala humana que até nas suas mais pungentes fragilidades se mostra superior ao pretensioso palavreado pós-moderno, asséptico e invertebrado. É certo que já só a poderá escutar quem for capaz insubmissão perante a cangalhada social – porque a revolta é a plataforma mínima de que partem estes incorrigíveis anarquistas da região portuguesa que José Tavares e Stefanie Zoche ouviram, com visível empenho, num longo périplo pela memória da subversão deste século. Para além do mais, a verticalidade de tais homens e mulheres ompõem-se como constraste luminoso numa época de apalhaçadas gesticulações.
por
Júlio Henriques

Alteração de última hora: no Porto a acção pela Justiça climática vai ser na Rua Sta Catarina( dia 8)

Atenção!

A acção pela Justiça Climática prevista para o dia 8 na cidade do Porto sofreu uma alteração de última hora: o local deixa de ser o que estava indicado e passa a ser na Rua Santa Catarina à mesma hora (a partir das 15h.30 em diante)

Para evitar equívocos reproduzimos de novo a convocatória com todas as informações devidamente corrigidas:

O que vamos fazer?
Vamos simular um mercado de direitos de emissão («Outlet do Carbono») onde haverá figurantes a representar cada um dos líderes do G8 a tentar comprar direitos a outros países, ou seja, a «oferecer» gases de efeito de estufa (simbolizados por balões negros «negociados» com quem vai a passar na rua...).
Denunciar-se-á localmente um dos aspectos que mais gravemente está a contribuir para esta situação na zona do Porto : o abuso e favorecimento do automóvel privado a par com o desprezo e crescente mau trato dado aos transportes colectivos e aos seus utentes.

Onde o vamos fazer?
na Rua de Sta Catarina, em frente ao centro comercial ( Via Catarina)

Quando?
Dia 8, claro, sexta-feira, a partir das 15.30h.

Precisamos de tod@s neste evento, precisamos de tod@s para continuar a urdir a Rede.

Rede G8 Porto

Para colaborares e para mais informações contacta:
rede-g8-porto@pegada.net

ou telefona para:
936333332
966060499
919053035

Rivolivre - a reunião é já hoje (7 de Junho)


Desta vez parece que o La Féria vai mesmo estrear no dia 14 de junho, quinta feira da próxima semana. Não está em causa esse senhor (os tribunais e fisco e seus inúmeros credores hão-de acabar por lhe tratar da saúde), nem o outro, dito super-star e em nome de quem plantaram uma cruz em notubo e plástico na praça D.João I.

Trata-se sim dos senhores da câmara eleita para salvaguardar o BEM PÚBLICO E COMUM, e que em vez disso o abandonam, e nos espoliam a todos.Por isso impõe-se uma acção que marque nesse dia a REPROVAÇÃO PÚBLICA do processo de entrega de facto do Rivoli à gestão privada, e o fim do projecto de teatro público de acolhimento, de programação variada e acessível a todos

Essa ACÇÃO PÚBLICA TEM IMPERETRIVELMENTE DE SER NUMEROSA E NÃO DAR AZO A QUAlQUER MAL-ENTENDIDO QUANTO AOS VISADOS E AO QUE SE CONTESTA

Por isso está marcada uma reunião de preparação da acção para esta quinta feira, dia 7 de junho, às 21h na ace (Academia Contemporânea do Espectáculo, Praça Coronel Pacheco nº1

TEMOS DE SABER QUANTOS SOMOS E COM QUEM PODEMOS CONTAR AO FIM DESTES MESES.EU CONTO CONTIGO, COMPARECE, AVISA QUEM ACHARES BEM

Em nome da causa, da força da necessidade, da beleza da luta, da amizade