24.3.09

Digam ao G20 para colocarem as pessoas ( e não os interesses do capital) em 1º lugar!

Marcha por empregos decentes, pela melhoria dos serviços públicos, para acabar com a pobreza e as desigualdades sociais no mundo, e pela construção de uma economia mais verde



Guião para as manifestações de protesto em Londres por motivo da realização da Cimeira do G20 (os governos das 20 economias mais ricas do mundo) nos próximos dias:

- no jornal Guardian:
aqui

- mapa das acções e manifs:
aqui

- Contra-cimeira G20:
http://www.altg20.org.uk/








Os líderes das economias mais ricas do mundo vão-se reunir em Londres no próximo dia 2 de Abril para a cimeira do G20 com vista a debater as respostas a dar à crise.


Put People First é uma coligação de organizações e grupos de vária índole, que visam mobilizar e consciencializar para uma resposta sustentável à recessão, defendendo que as pessoas devem estar em primeiro lugar em qualquer orientação política, e que convocaram para os próximos dias um conjunto de acções e a realização de uma grande manifestação em Londres: Organizações e colectivos que já aderiram e que fazem parte da coligação:

ActionAid
AJCC
ACTSA
Advocacy International
Akina Mama Wa Africa
AMREF UK
Article 12 in Scotland
ASLEF
ATL
Avaaz
BECTU
BOND
BOVA
Bretton Woods Project
CAFOD
Campaign Against Climate Change
CDD
CSP
Change is Coming
Christian Aid
CND
Compass
Concern Worldwide (UK)
Co-operative News
Connect
CWU
Dalit Solidarity Network UK
Defend Council Housing
DoSomethingAboutIt
Down2Earth Down2Us
EAP
Engineers Against Poverty
EQUITY
European Movement
Everychild
Fairtrade Foundation
Fatima Women's Network
FBU
Find Your Feet
Friends of the Earth
GardenAfrica
GCAP
GMB
Green New Deal Group
Greenpeace
HelpAge International
International Service
Jubilee Debt Campaign
Justice for Colombia
Lattitude
Merlin
Micah Challenge UK
MRDF
Musicians Union
Muslim Council of Britain
NASUWT
NEF
New Internationalist
NSC
NUJ
NUS
NUT
One World Action
Oxfam
Pants to Poverty
PCS
People and Planet
Performers Without Borders
Plan UK
Progressio
Prospect
Red Pepper
RMT
Salvation Army
Save the Children
SCIAF
Shelter
Skillshare
SoR
Stamp Out Poverty
STOP AIDS Campaign
Stop Climate Chaos
Sudanese Women for Peace
Synergy Centre
Tax Justice Network
Teach a Man to Fish
Tearfund
Thirty-eight degrees
TFSR
Tourism Concern
Trade Justice Movement
TUC
Trading Visions
Traidcraft
Transnational Institute
TSSA
UCATT
UCU
UK Aid Network
UNISON
UNITE
USDAW
VSO
War on Want
Womankind Worldwide
WILPF
World Development Movement
World Vision
WWF

«Minha pátria é o mundo inteiro», livro biográfico sobre Neno Vasco, da autoria de Alexandre Samis, acaba de ser editado pela Letra Livre

Acaba de sair a obra de pesquisa histórica, «Minha Pátria é o Mundo Inteiro» de Alexandre Samis sobre o militante anarquista Neno Vasco (1878-1920), um intelectual que actuou nos meios operários em Portugal e no Brasil com particular importância na imprensa sindicalista da época.

Apesar da sua morte prematura destacou-se como um dos mais importantes militantes anarquista da sua época, sendo autor do livro «A Concepção Anarquista do Sindicalismo».

Neste 90º aniversário da fundação da CGT e do jornal A Batalha esta é uma contribuição ao conhecimento da história do anarco-sindicalismo em Portugal.

Minha Pátria é o Mundo Inteiro. Neno Vasco, o Anarquismo e o Sindicalismo Revolucionário em Dois Mundos. Alexandre Samis.
edição Letra Livre, Lisboa, 2009. 455pp.
25,00 €, desconto 10% para compras individuais, 30% para compras de grupos.

Livraria Letra Livre
Calçada do Combro, 1391200-113 Lisboa
Tel: 213461075



Neno Vasco ou Gregório Nazianzeno Moreira de Queirós e Vasconcelos (1878 - 1923) foi um poeta, advogado, jornalista e escritor, ardoroso militante anarco-sindicalista nascido em Portugal. Emigrou para o Brasil onde estabeleceu uma série de projectos com os anarquistas daquele país. É de sua autoria a tradução do hino A Internacional , a mais difundida nos países de língua portuguesa.

Gregório Nazianzeno Moreira de Queiroz e Vasconcelos, mais conhecido como Neno Vasco, nasceu em Penafiel em 9 de Maio de 1878. Aos 8 ou 9 anos de idade imigra junto com seu pai e sua madrasta para a cidade de São Paulo, no Brasil. Alguns anos depois regressa a Portugal para concluir seus estudos indo viver na casa de seus avós paternos em Amarante.

Matricula-se na Faculdade de Direito do Liceu onde passa a ter aulas. Tem como colegas e amigos futuros ilustres da intelectualidade portuguesa como o poeta Teixeira de Pacoaes, Faria de Vasconcelos e António Resende. No ano de 1901 conclui o curso de bacharelado. Ao mesmo tempo passa a empreender actividades militantes, em 2 de Março de 1901 publica o panfleto - A Academia de Coimbra ao Povo Portuguez - onde faz uma ferrenha crítica às arbitrariedades da polícia. Neste mesmo ano começa a escrever artigos para o jornal republicano O Mundo, à época publicado em Lisboa sob a direcção de Mayer Garção.

No final de 1901 retorna ao Brasil onde rapidamente estabeleceu contacto com anarquistas italianos através dos quais tomou conhecimento da obra de Errico Malatesta que daquele momento em diante exerceu uma profunda influência em seu pensamento. Em poucos meses passou a se corresponder com Malatesta e neste contacto as suas ideias e concepções foram modificadas. Do Brasil escreveu e enviou textos sobre literatura e revolução a serem publicados em Portugal na revista A Sementeira na qual também escreveu um artigo memorável sobre a obra, vida e morte do francês Octave Mirbeau.

Na cidade de São Paulo em 1902 passa a editar o jornal Amigo do Povo junto com Benjamim Mota, Oreste Ristori, Giulio Sorelli, Tobia Boni, Ângelo Bandoni, Gigi Damiani e Ricardo Gonçalves. A influência do periódico foi imediata sendo ele apropriado, não só como um dos principais espaços de diálogo sobre o movimento anarquista brasileiro, mas também lócus de reflexão de questões relacionadas à "emancipação feminina" por um número considerável mulheres notáveis que passaram a contribuir para esta publicação. A partir destas discussões Neno Vasco publicou um artigo neste periódico refutando a tese do naturalista Émile Zola acerca da fecundidade. Algum tempo depois lançou a revista Aurora.

Nas páginas do jornal Voz do Trabalhador Neno Vasco respondeu às críticas de alguns anarquistas (entre eles Luigi Galleani) que acusava as organizações anarco-sindicalistas de serem apenas uma nova forma de governo. A polémica sobre as relações entre anarquismo e sindicalismo, gerou na época um amplo debate, importante para a compreensão das diferentes correntes dentro do movimento libertário em relação ao movimento operário e à suas organizações.

No ano de 1904 traduziu para o português do francês a obra "Evolução, Revolução e Ideal Anarquista" do francês Élisée Reclus. Em 1905 casou-se com Mercedes Moscovo, anarca-feminista filha de uma família espanhola e anarquista por gerações. A esta época desenvolveu intensa actividade de propagação do pensamento libertário tornando-se uma referência entre os libertários brasileiros com os quais colaborava. Também neste ano passou a editar o periódico A Terra Livre com sua esposa, Edgard Leuenroth e outros. Ao mesmo tempo manteve diálogo com outros anarquistas de origem portuguesa que, actuavam no Brasil, entre eles Adelino Tavares de Pinho - um comerciante do Porto que exercera a função de professor na Escola Moderna -, Marques da Costa - editor do jornal O Trabalho -, Manuel Cunha, Diamantino Augusto, Amílcar dos Santos, Raul Pereira dos Santos, José Romero, etc.

Em 1909 traduziu o hino internacionalista progressista A Internacional do francês Eugène Pottier para o português. Rapidamente a sua versão se difundiu no meio anarco-sindicalista, tanto no Brasil como em Portugal, passando a ser ouvido em manifestações operárias como greves e comícios nestes dois países desde então.

Proclamada a República em 1910, Neno Vasco retornou a Portugal onde continuou a desenvolver sua militância anarquista, colaborando com a imprensa anarquista brasileira como correspondente. Tornou-se colaborador constante da revista libertária A Sementeira na qual escreveu sobre a situação social no Brasil.

No ano seguinte, nos dias 11, 12 e 13 de Novembro participou do 1º Congresso Anarquista Português. Em 1912 lançou a colecção 'A Brochura Social' com Lima da Costa editando duas obras, tomou parte em diversos encontros anarquistas como a Conferência Anarquista de Lisboa em 1914, publicou o folheto "Geórgias: ao trabalhador rural" no periódico semanal de Pinto Quartin Terra Livre, ofereceu cursos de formação aos jovens das Juventudes Sindicalistas em O Germinal. Em 1910 destendeu-se com Emídio Costa sobre estratégias diante da Primeira Guerra Mundial, foi amigo de muitos militantes do movimento anarquista português.

Em 15 de Setembro de 1920 Neno Vasco, intelectual brilhante e influente militante libertário em dois continentes, morreu de tuberculose, pobre e seguro de suas posições anarquistas, na freguesia de São Romão do Coronado do concelho de Trofa, no norte de Portugal.

Durante toda a sua vida, o seu esforço no movimento editorial muito contribuiu para o crescimento da influência libertária nos meios operários no Brasil e em Portugal. O seu principal livro é A Concepção Anarquista do Sindicalismo, publicado em 1923 pelo colectivo editorial do jornal anarco-sindicalista A Batalha e re-editado em 1984.

Na cidade de São Paulo, no bairro Cidade Tiradentes existe uma rua com o seu nome. No município de Nova Iguaçú, no estado do Rio de Janeiro há igualmente um edifício com o nome Pr. Neno Vasco construído em 1976.

Obra
• A Academia de Coimbra ao Povo Portuguez , 1901.
• Geórgias: ao trabalhador rural, Terra Livre, Lisboa, 1913.
• Da Porta da Europa (factos e ideias: a questão religiosa, a questão política, a questão económica 1911-1912), Bibl. Libertas, Lisboa, 1913.
• A Concepção Anarquista do Sindicalismo, Editorial A Batalha, Lisboa, 1923 (ed. póstuma??.); 2ª ed., Afrontamento, Porto, 1984.

Traduções
• Élisée Reclus, Evolução, Revolução e Ideal Anarquista, Biblioteca Sociológica, S. Paulo, 1904.
• A Internacional, 1909.
Peças teatrais
• Anedota em 1 acto, 1911.
• Greve de Inquilinos: farça em 1 acto, Editorial A Batalha, 1923.
• Pecado de Simonia, 1907.


Texto biográfico retirado da Wikipedia

Novas acções MayDay em Lisboa e Porto antecedem a 5ª Assembleia Mayday (nesta 4ª feira, dia 25, às 21h. no Sindicato dos professores em Lisboa)

O MayDay Lisboa 2009 já anda por aí! Depois do equilíbrio das vidas precárias, da ocupação do Centro de Emprego e do xadrez da vida, estivemos por toda a cidade a protestar com stencil contra a precariedade!

Sabemos que somos cada vez mais: desempregados/as, trabalhadores/as a recibos verdes, contratados/as a prazo, estudantes, estagiários/as, pensionistas... "SOMOS MUITOS MAIS!"

Por isso, se "ÉS PRECÁRIO/A? FAZ-TE OUVIR!" e junta-te a nós na

Próxima Assembleia MayDay em Lisboa:

4ª feira, dia 25 de Março, às21:00

na sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
Rua Fialho de Almeida, 3
(Bairro Azul :: metro São Sebastião)

Toda a gente está convocada!! :: MayDay!! MayDay!!


www.maydaylisboa2009.blogspot.com
maydaylisboa@gmail.com

O MayDay é uma parada de precários e precárias, que nos últimos anos vem marcando o 1º de Maio, em várias cidades da Europa e do mundo. É um ponto de encontro, uma afirmação da recusa da precariedade como fatalidade para as nossas vidas. O MayDay Lisboa começou em 2007 e, em 2008, na segunda edição, juntou já cerca de mil pessoas, numa parada imaginativa e num percurso de visibilidade e luta.

O precariado rebela-se!!!

3ª Acção MayDay Lisboa 2009 - És precário/a? Faz-te Ouvir! - Stencil Lisboa




Porto - Queima dos recibos verdes