18.3.09

Michel Onfray vai estar amanhã em Lisboa a apresentar a edição portuguesa do seu livro «A potência de existir: manifesto hedonista»

«As eleições são paródias que se servem de palavras bonitas – democracia, povo, nação, república, soberania – mas que não conseguem esconder o cinismo dos governantes: trata-se para eles de instalar ou manter uma tirania que produza um homem unidimensional – o consumidor estupificado e alienado – como nenhuma ditadura alguma vez conseguiu produzir»
Michel Onfray

«O poder não está aí onde o vemos, onde se expõe ou se esconde; ele está em todo o lugar. Por isso, é em todo o lado que é preciso resistir à maneira de Diógenes: eis o espírito libertário»
Michel Onfray

PROPOSTA DE MICHEL ONFRAY: UM HEDONISMO ÉTICO E ESTÉTICO, IMANENTE E VOLUPTUOSO.




Michel Onfray, o insubmisso e mais popular filósofo francês da actualidade, estará no Instituto Franco-Português para a apresentação da edição portuguesa do seu livro “A Potência de Existir: manifesto hedonista” (“La puissance d’exister”), edição da Campo da Comunicação.

No mesmo âmbito será apresentado, também em edição portuguesa, o livro de Georges Palante “Les antinomies entre l’individu et la société” prefaciado por Michel Onfray.

Apresentação: Henrique de Melo e Nuno Nabais.

Lugar: Institut Franco-Portugais
Morada: Avenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
Tel: (+351) 21 311 14 00
Email:
infos@ifp-lisboa.com
Site:
http://www.ifp-lisboa.com/



Michel Onfray (Argentan, Orne, 1 de Janeiro de 1959) é um filósofo francês. Nascido numa família de camponeses na Normandia, obteve um doutorado em filosofia. Onfray leccionou filosofia numa escola técnica secundária entre 1983 e 2002, tendo abandonado o ensino oficial para criar o que ele chama a Université Populaire de Caen, sem fins lucrativos, com o manifesto escrito por Onfray em 2004 (La communauté philosophique).
Michel Onfray é um enérgico defensor do ateísmo, tendo escrito O Manifesto Ateísta. Os seus escritos em geral celebram hedonismo, razão e ateísmo.



Listagem das suas obras, editadas originalmente em francês:

-Le Ventre des philosophes, critique de la raison diététique, Grasset, 1989
-Physiologie de Georges Palante, pour un nietzschéisme de gauche, Folle Avoine, 1989
-Cynismes, portrait du philosophe en chien, Grasset, 1990
-L’art de jouir : pour un matérialisme hédoniste, Grasset, 1991

-La sculpture de soi : la morale esthétique, Grasset, 1991.
-L’œil nomade : la peinture de Jacques Pasquier, Folle Avoine, 1992
-La raison gourmande, philosophie du goût, Grasset, 1995
-Ars moriendi, Folle Avoine, 1995.
-Métaphysique des ruines : la peinture de Monsu Désidério, Mollat, 1995.
-Les formes du temps : théorie du Sauternes, Mollat, 1996
-Politique du rebelle : traité de résistance et d’insoumission, Grasset, 1997
-À côté du désir d’éternité : fragments d’Égypte, Éditions Mollat, 1998

-Prêter n’est pas voler, Mille et une nuits, 2000.
-Théorie du corps amoureux : pour une érotique solaire, Grasset, 2000.
-Antimanuel de philosophie : leçons socratiques et alternatives, Bréal, 2001.
-Célébration du génie colérique : tombeau de Pierre Bourdieu, 2002
-L’invention du plaisir : fragments cyrénaïques, 2002.
-Esthétique du Pôle nord : stèles hyperboréennes, Grasset, 2002.
-Splendeur de la catastrophe : la peinture de Vladimir Vélikovic, Galilée, 2002. -Les icônes païennes : variations sur Ernest Pignon-Ernest, Galilée, 2003.
-Archéologie du présent, manifeste pour l’art contemporain, Grasset, 2003.
-Féeries anatomiques, Grasset, 2003.
-La philosophie féroce, Galilée, 2004. -La communauté philosophique, Galilée, 2004.
-
Traité d’athéologie, Grasset, 2005. (Livre de poche numéro 30637)
-La sagesse tragique : du bon usage de Nietzsche, Livre de Poche, 2006. Biblio essais n°4388 - -Traces de feux furieux, La philosophie féroce II, Éditions Galilée, 2006.
-La puissance d'exister, Grasset, 2006.
-Théorie du voyage : poétique de la géographie, Éditions Galilée, 2007. (Livre de poche)
-
Fixer des vertiges. Les photographies de Willy Ronis., Éditions Galilée, 2007.
-La Pensée de midi. Archéologie d'une gauche libertaire, Éditions Galilée, 2007.

-Le songe d'Eichmann, Galilée, 2008.
-L'Innocence du devenir. La vie de Frédéric Nietzsche, Éditions Galilée, 2008
-Le Chiffre de la peinture - L'oeuvre de Valerio Adami, Éditions Galilée, 2008
-Le soucis des plaisirs : construction d'une érotique solair2,
-La Religion du poignard : Eloge de Charlotte Corday, Éditions Galilée


-Journal hédoniste :
T.1 Le désir d’être un volcan, Grasset, 1996.
T.2 Les vertus de la foudre, Grasset, 1998.
T.3 L’archipel des comètes, Grasset, 2001.
T.4 La lueur des orages désirés, Grasset, 2007.



-Contre-histoire de la philosophie :
T.1 Les sagesses antiques, Grasset, 2006.
T.2 Le christianisme hédoniste, Grasset, 2006.
T.3 Les libertins baroques, Grasset, 2007.
T.4 Les ultras des lumières, Grasset, 2007.
T.5 L'eudémonisme social, Grasset, 2008.
T.6 Les radicalités existentielles, Grasset, 2009.
T.7 À paraître.
T.8 À paraître.

-Les cours sur CDs (Contre-histoire de la philosophie) :
1. L'archipel pré-chrétien (1) de Leucippe à Épicure - éditions Frémeaux & Associés - 12 CDs
2. L'archipel pré-chrétien (2) d'Épicure à Diogène D'Oenanda - éditions Frémeaux & Associés - 11 CDs
3. La résistance au christianisme (1) de l'invention de Jésus au christianisme épicurien - éditions Frémeaux & Associés - 12 CDs
4. La résistance au christianisme (2) d'Érasme à Montaigne - éditions Frémeaux & Associés - 13 CDs
5. Les libertins baroques (1) de Pierre Charron à Cyrano de Bergerac - éditions Frémeaux & Associés - 12 CDs
6. Les libertins baroques (2) de Gassendy à Spinoza - éditions Frémeaux & Associés - 13 CDs
7. Les Ultras des Lumières (1) de Voltaire et Diderot à Maupertuis - éditions Frémeaux & Associés - 13 CDs
8. Les Ultras des Lumières (2) de Helvétius à Sade et Robespierre - éditions Frémeaux & Associés - 12 CDs
9. L’Eudémonisme social (1) Le XIXe siècle : De l'utopie libérale à Karl Marx - éditions Frémeaux & Associés - 12 CDs
10. L’Eudémonisme social (2) De John Stuart Mill à Michel Bakounine - éditions Frémeaux & Associés - 13 CDs

-Conférences sur CDs et DVDs :
Naissance d'une université populaire (conférence ; avec la participation de Stefan Leclercq), DVD, Editions Sils Maria, 2005. Le Pur plaisir d'exister (Conférences de Michel Onfray à la BNF en coffret de 3 CD Audio) - éditions Frémeaux & Associés - 3 CDs, 2007


Para saber mais:

http://pagesperso-orange.fr/michel.onfray/accueilonfray.htm

http://pagesperso-orange.fr/michel.onfray/accueilup.htm



Manifesto contra os economistas - por A.Pedro Ribeiro



MANIFESTO CONTRA OS ECONOMISTAS


“Vós, economistas,
que dais cabo da vida
que a reduzis à mesquinhez
da conta, do orçamento, do défice
vós, economistas,
que pregais a bolsa e o mercado
que vos masturbais com o dinheiro
sabei que vos amaldiçoo
e que venho combater a vossa ditadura
vós, economistas,
que estais feitos com a morte
que trazeis a vidinha do tédio,
do previsível, das estatísticas
sabei que não me levais na cantiga
vós, economistas,
que dominais o mundo
que tudo submeteis à vossa lei assexuada
sabei que estou vivo
que procuro o prazer e a loucura
que estou para lá das vossas teses
que o amor não se mede
que a liberdade não se quantifica
e que o vosso império vai cair!”

A. Pedro Ribeiro



Acaba de ser lançado o último livro de A.pedro Ribeiro, "Queimai o Dinheiro!" (Corpos Editora). A. Pedro Ribeiro é autor dos livros de poesia "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Um Poeta a Mijar" (Corpos Editora, 2007), "Saloon" (Edições Mortas, 2007) e "À Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001). Nasceu no Porto em Maio de 1968. "Queimai o Dinheiro!" fala de uma sociedade onde o dinheiro se tornou no deus supremo, onde o homem é reduzido a uma mercadoria que se compra e vende no mercado, onde reina a mentalidade do rebanho.

http://www.corposeditora.com/site/default.asp



MANIFESTOS, uma teoria
(Texto lido por A. dasilva O. na livraria-bar Gato Vadio no passado dia 14 de Março ao referir-se aos Manifestos do poeta A.pedro Ribeiro)


O que é que vos posso dizer de PR que vocês não saibam?
Desfaz-se, melhor sacrifidesfaz-se em manifestos como anunciasse uma nova linguagem, e uma nova filosofia da desmistificação
Utilizando os velhos utensílios da revolta para melhor socorrer todas as vítimas de injustiça dando razões aos seus pares a sensação de histerismo mas esses académicos com a sua longa memória curta esquecem-se que desde 1928 “ O histerismo não é um fenómeno patológico e pode sob todos os aspectos, ser considerado como um meio supremo meio de expressão (Aragon, Breton no 2 manifesto do surrealismo)
Oitenta anos depois da comemoração do cinquentenário da histeria, tendo como base os estudos realizados pelo dr Charlot no hospital de Salpêtrière, estes Manifestos representam para mim, também, que «este comportamento expressivo tido por aberrante e patológico como “uma das maiores descobertas poéticas do fim do século XIX.”»
Cem anos depois, e mais umas décadas, estamos perante uma sociedade, em toda a sua interdisciplinaridade, aberrante e patologicamente domesticada por um proselitismo, previamente preparado desinfectado nos grandes laboratórios da Misologia.
Este ódio à Razão é contestado por estes Manifestos que um pouco por todo o discurso poético se manifestam ridiculamente para nada. Necessariamente fruto do monstruoso que quer regressar ao útero e o inumano que tenta aniquilar o fantástico, o mágico e o fabuloso.
A nossa linguagem exige uma outra realidade prática, um outro humor negro que não nos reduza à afasia, ao silêncio ou ao suicídio.
PR a isso nos sacrfi-se-desfaz, tentando e invocando anti-publicitariamente a esse anticorpo e antijogo para que a poesia não passe dum mero lamento nos intervalos da revolta.

http://edicoes-mortas.blogspot.com

Apresentação da Plataforma Abstencionista ( na sexta-feira, dia 20 de Março, às 22h15)

Apresentação da Plataforma Abstencionista na livraria-bar Gato Vadio - no Porto

Sexta-feira, dia 20 de Março, 22h15
Local: Gato Vadio , na Rua do Rosário 281 , Porto



“A revolta, sem aspirar a resolver todas as coisas, pode já, pelo menos, opor-se. (…) Os homens da Europa, abandonados às sombras, afastaram-se do ponto fixo e irradiante. Esquecem o presente por amor do futuro; os seres escravizados, pelos fumos do poder, a miséria dos subúrbios, por amor de uma cidade radiosa e a justiça quotidiana por uma vã terra prometida. Perdida a esperança quanto à liberdade das pessoas, sonham com uma estranha liberdade da espécie; recusam a morte solitária e chamam imortalidade a uma prodigiosa agonia colectiva. Já não acreditam puerilmente que amar um só dia da existência equivalia a justificar os séculos de opressão. Essa a razão por que eles quiseram suprimir a alegria do mundo, adiando-a para outros tempos.”

Albert Camus, in O Homem Revoltado


No papel em 2004, Saramago propôs uma alegoria no Ensaio sobre a Lucidez: a população eleitoral decide votar massivamente em branco, provocando o curto-circuito do sistema eleitoral e esvaziando o poder regulador dos partidos políticos na sociedade.

Na realidade em 2009, a Plataforma Abstencionista reivindica o acto da abstenção como uma forma de provocar o tal curto-circuito descrito pelo escritor. Não sabemos se Saramago sairá da pura ficção para, acto contínuo, abandonar o seu papel literário (e o papel do boletim) e apoiar a proposta abstencionista, ou se colocará uma vez mais a sua cruz (parece ser a única cruzfixa de que ainda não fugiu…).

A utopia de Saramago lida ainda com uma improbabilidade, pois os votos em branco nos ciclos eleitorais são sempre residuais. Ao contrário, a abstenção não é um cenário de ficção já que quase sempre ronda, quando não supera, a percentagem de votos alcançada pelo partido a que sai a sorte grande de 4 em 4 anos.

Convidamos os interessados e o eternos desinteressados, os que votam e os que decidem não votar, os que desejam deixar à Literatura a alegoria e às romarias o alegórico, e, principalmente, convidamos aqueles que já desconfiam, por faducho lusitano, de mais uma iniciativa de cariz político a escutar, conhecer e discutir os objectivos da Plataforma Abstencionista.

Festa das 13 Primaveras do GAIA (21 de Março)


São as 13 PRIMAVERAS e vamos bailar:
19h Oficina de Danças tradicionais (com Eva Parmenter)
20h Jantar Popular vegano
22h BAILE com NOODLE SOUP
24h DJS até ao infinito....


Entretanto está disponível em formato podcast uma entrevista de 50 minutos feita para a TSF a uma activista do GAIA transmitida na semana passada, e que pode ser escutada aqui: