23.11.10

Greve Geral ao trabalho, ao consumo e à moral (24 de Novembro)


Dia 24 há uma Greve Geral convocada contra as medidas de austeridade. Não trabalhemos, mas por todas as medidas tomadas diariamente "em nosso nome" desde aos milénios. Desde as religiões do nada e as religiões que nos prometem o paraíso se sacrificar-mos nossa vida, nosso corpo e nossos desejos e ideais do mesmo efeito.

Há apenas uma coisa que podemos ser donos, apenas uma coisa que nos pode garantir que nossos interesses são pr...ioritários, e essa coisa somos nós mesmo. Passam-se minutos, horas, dias, meses, anos a servir outros, a servir abstractos que se entranham em nós como vícios inquestionáveis. Patrão, pátria, deus, blablabla a lenga-lenga é a mesma porque do mesmo não saímos com nuances e mascaras diferentes. Tão impotentes nos sentimos, que a negação é a saída mais fácil, Jogos diários de servilismo, competição, mesquinhez, consumo, correria, luta-se por controlar e ter objectos, por passar imagens, por vangloriar o vazio, o brilho, por defender e esmagar o trabalho que nunca nas mãos de quem trabalha está, nuances e mascaras, semânticas e moscas. E no meio destes joguetes de poder, institucionalizados ou não, da família, estado, patrão, beleza padronizada, machismos, racismos, homofobias, religiões, imagens, partidos, morais e blablabla que se danem todos, lá fica abandonado e esquecido, o nosso único, a nossa única coisa que podemos e devemos possuir, nós próprios, eu mesmo, tu mesmo,

Já chega das palavras "povo" "bem comum" na boca de quem nem te conhece, sê um gigante em ti mesmo. Mas dia 24 nem proponho revoltas, nem revoluções, a não ser que a revolta queiras demonstrar e praticar, e revolução é uma palavra "manhosa" quando só se trata de poleiro na boca de alguns. Dia 24, se saíres à rua gritando iniciais, lembra-te que essas iniciais não te podem controlar, o que tu dizes, pensas, fazes, sentes.

Nesse dia recusa o consumo físico e moral, não trabalhas, mas não aproveites para começar as compras de natal, não dês as 8 horas (ou as que sejam) do teu dia de trabalho a outra entidade capitalista, não aumentes os lucros da superbock ou da coca-cola. Nesse dia lembra-te da vela que tens para o "dia em que faltar a luz" e usa-a, esquece a internet e o telemóvel, a telenovela e o futebol profissional, o restaurante e o cinema.


Nesse dia faz greve! Faz boicote! Faz sabotagem!

Tenta dedicar o dia a ti, à tua vida, aos teus desejos, à tua prática. Talvez seja o início de algo na tua vida, talvez aprendas alguma coisa contigo mesmo. Não digo qual, fica o dia todo a dormir se o quiseres, faz sexo com @ companheir@ ou com quem quiseres o dia todo, mete em prática uma perversão, vai ter com um amig@ que mora a dois passos de ti no tal encontro adiado, vai correr, vai caminhar, lê ou escreve o que tens adiado, põe em prática uma acção em que à muito pensas, sê espontâneo, passeia com o teu filho, o teu cão, a tua sobrinha, conversa, luta com os teus companheiros ou sozinho.

Faz com que seja mais que uma Greve Laboral, faz com que seja um dia de afirmação de ti próprio, boicota todo e qualquer poder institucionalizado ou não. Não gastes um cêntimo em nada, pára não só a tua empresa, como todas. Dia 24 faz greve ao trabalho, ao consumo, à moral. Greve! Boicote! Liberdade individual!Não queiras o mundo, quer-te a ti mesmo!

http://www.facebook.com/#!/event.php?eid=176437999040183

MERDA - Movimento de Empresários Reconhecidos à Democracia e Autoridade



No próximo dia 24 de Novembro será lançado um novo movimento em Portugal, MERDA, Movimento de Empresários Reconhecidos à Democracia e à Autoridade.

Estejam atentos.

Actividades do Sindicato de Ofícios Vários da AIT-secção portuguesa para o dia 24 de NOvembro

24 de Novembro - Greve Geral

a) manhã: PIQUETE DE DIVULGAÇÃO ANARCOSINDICALISTA da GREVE - c/ associad@s e amig@s do n/ SOV-Sindicato de Ofícios Vários ,da AIT-SP e outr@s comp@s libertári@s e amig@s que se nos queiram juntar), com canto libertário -"A la Huelga"-versão portuguesa "Para a Greve companheir@"...- que temos ensaiado nos últimos sábados, "Internacional" -versão Neno Vasco, etc..., com percussão de batuques improvisados, tambor e viola (ou /e cavaquinho)
ENCONTRO :10:30 h. Frente ao Centro Português de Fotografia (antiga cadeia da relação- à Cordoaria )

b) tarde : participação na Manif sindical unitária (se ela se fizer )

c) fim de tarde APÓS A MANIF e/ou o PIQUETE, : Encontro em local a designar para AVALIAÇÃO da n/ acção neste dia

Boletim Anarco-Sindicalista - Edição especial dedicada à Greve Geral de 24 de Novembro

Download em PDF:
http://www.freewebs.com/aitbas/bas/BAS_GreveGeral.pdf


Todos sabemos que a greve geral marcada para o dia 24 de Novembro não resultará numa paragem total da economia capitalista, ou seja, numa verdadeira greve geral. Mas também sabemos que isso não se deve à discordância da maioria dos trabalhadores com a necessidade de protestar ante as injustiças e a exploração de que são alvos ou com a greve como forma de luta.

Que trabalhador, a quem ainda reste um pouco de dignidade, não acredita que é necessário protestar contra a situação de precariedade e miséria a que se encontra submetida a maioria dos trabalhadores neste país, causando algum dano àqueles que são os seus principais responsáveis e beneficiários – a classe política e patronal?

Que trabalhador, a quem ainda reste um pouco de dignidade, não sente uma raiva a crescer-lhe nos dentes quando ouve os mesmos facínoras de sempre, com a barriga cheia de luxos e privilégios, a pedirem-lhe nova dose de sacríficios?

Mas então, porque não há uma greve geral?

A resposta está no medo e no isolamento que nos foram impostos, uma barreira invisível que nos impede de fazer frente aos nossos verdadeiros inimigos.

O medo de sermos despedidos, o medo de perdermos os poucos euros que nos dão ao fim do mês impedem-nos de resistir, quando não nos levam mesmo a ver um inimigo, não naquele que nos explora, mas no colega que é explorado como nós. Sem termos nenhuma defesa face ao patrão, somos obrigados a satisfazer todas as suas vontades, a aceitar todos os sacrifícios e humilhações. Protestar afigura-se como um acto romântico de jovens irresponsáveis e a greve parece uma relíquia daqueles tempos longínquos em que os trabalhadores pensavam que podiam fazer revoluções.

O isolamento só reforça ainda mais o medo e impede-nos de procurar a nossa força na união com os nossos iguais, os demais explorados e humilhados. O isolamento só se pode vencer se soubermos substituir a moral burguesa do cada um por si por uma ética do apoio-mútuo, praticando a solidariedade entre trabalhadores. E só rompendo o isolamento de que somos vítimas poderemos vencer o medo. Quem temerá ser despedido se souber que uma multidão o vingará e que nenhum outro trabalhador ousará ocupar o seu lugar?

Isto só será possível se soubermos recuperar a ideia-base que inspirou a formação dos primeiros sindicatos: “a emancipação dos trabalhadores só pode ser obra dos próprios trabalhadores”. Saibamos então unir-nos, sem líderes nem representantes, discutindo os nossos problemas em assembleias de iguais, recorrendo sempre à acção directa, isto é, à acção sem intermediários (políticos ou burocratas sindicais), para agir pela resolução desses mesmos problemas, tendo sempre presente que os interesses dos que exploram e dos que são explorados jamis serão conciliáveis e que a nossa emancipação só será possível com a destruição do capitalismo e do Estado.

Saibamos vencer o medo e o isolamento de que os nossos patrões se alimentam e poderemos ousar protestar. E partindo de uma greve que os poderosos querem ordeira e inofensiva poderemos chegar a pôr em causa um sistema que nos transforma em escravos.

Contra a exploração capitalista! Pela igualdade social!
Unidos e auto-organizados nós damos-lhes a crise!


Associação Internacional d@s Trabalhador@s - Secção Portuguesa
- Núcleo de Lisboa

24 de Novembro - fazemos greve e vamos para a rua (FERVE, fartos destes recibos verdes, estarão na Avenida dos Aliados, Porto)


24 DE NOVEMBRO FAZEMOS GREVE.
24 DE NOVEMBRO VAMOS PARA A RUA (Lisboa - Rossio; Porto - Aliados)

Estamos FARTOS de sermos nós a pagar esta crise.

Estamos FARTOS da mentira dos recibos verdes porque somos trabalhadores por conta de outrém e não empresários.

Estamos FARTOS de Empresas de Trabalho Temporário (ETT's) que subalugam o nosso trabalho.
Estamos FARTOS de sermos bolseiros de investigação científica e não termos o devido contrato.

Estamos FARTOS de contratos a prazo.

Estaos FARTOS de estágios em todas as suas enganadoras versões.

Estamos FARTOS de sermos obrigados a trabalhar gratuitamente para o Estado ou para IPSS's através dessa escravatura dos tempos modernos que são os 'Contratos de Emprego Inserção'.

Estamos FARTOS de sermos trabalhadores sem emprego. E somos mais de 600 mil que estamos desempregados...

Estamos FARTOS de precariedade e de termos as nossas vidas a prazo.

E PORQUE ESTAMOS FARTOS DE TUDO ISTO, DIA 24 FAZEMOS GREVE E VAMOS PARA A RUA:

A partir das 15h30, no Porto vamos todos à Avenida dos Aliados e, em Lisboa encontramo-nos no Rossio, onde estarão também os Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e os Precários Inflexíveis.

No próximo dia 24, exercemos o nosso direito constitucional à Greve: porque trabalhadores são todas as pessoas que trabalham!

Trabalhadores precários vão concentrar-se no Rossio às 15h. no dia da greve geral ( 24 de Novembro)


http://www.precariosinflexiveis.org/

A partir das 15h00, os trabalhadores precários concentram-se no Rossio, em Lisboa, com espaço para intervenções, diversas bancas da banda precária, um concerto dos Loucos de Lisboa e apoio jurídico.
O Rossio será desde manhã um ponto de encontro importante: a União de Sindicatos de Lisboa terá desde cedo um ponto de informação e mobilização e às 17h30 o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, da CGTP, organiza um concerto.
Se queres lutar contra a precariedade e não sabes para onde te hás-de virar, junta-te a nós.

Os Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual apelam à participação de todas e todos na greve geral de amanhã

Os Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual apelam à participação de todas e todos neste dia inédito de luta pela justiça social e económica.

Nós, profissionais da cultura, do espectáculo e do audiovisual, tal com o conjunto dos trabalhadores, somos afectados pela crise e pelas medidas de austeridade, com a agravante dos cortes orçamentais anunciados nas nossas áreas que vão afectar centenas de produções e criar mais dificuldades num sector onde raramente temos acesso à protecção social que cobre a eventualidade de desemprego, entre outras.

Para que neste dia também tenhamos visíbilidade,pretendemos
SABER COMO A VOSSA ESTRUTURA/PRODUTORA/COMPANHIA deseja PARTICIPAR NESTE DIA.

A Plataforma dos Intermitentes está a articular-se com outras estruturas para criar uma agenda a nível nacional das varias acções ligadas directa, ou indirectamente à greve.

O vosso espectáculo, a vossa filmagem ou a vossa sala pretende parar? Desejam promover alguma conversa com o publico? caso contrário, poderão considerar a leitura de um comunicado antes ou depois do espectáculo? Têm alguma outra ideia de iniciativa e podem filmá-la?

Mandem mail com as respostas para
intermitentes@gmail.com

Outras acções já confirmadas para o dia 24 em Lisboa, no Rossio:

11h/13h30-marcha em Slow Motion organizada pelo CEM
11h/15h – Micro-Piquetes intermitentes de greve (circulam pelo centro/encontro no Rossio)
15h- Concentraçao/acção conjunta com os Precarios Inflexiveis e conjunto dos trabalhadores a recibos verdes;
17h- Concerto organizado pelo SPGL(Sindicato dos Professores) com Camané, Jorge Palma, Zé Pedro (dos Xutos e Pontapés) entre outros;
21h30 – Festa da greve, em local a confirmar