1.8.05

Há 60 anos os Estados Unidos lançaram a 1ª bomba atómica contra a população civil


Se isto não é terrorismo, o que é, então?


Às 8h 15 da manhã do dia 6 de Agosto de 1945 o bombardeiro norte-americano baptizado «Enola-Gay», pilotado pelo comandante Paul Tibbets, lançou sobre a cidade japonesa de Hiroxima a «Little boy», a primeira bomba atómica da história. Com ela inaugurava-se a actual era atómica que envergonha e mancha de sangue e ignomínia os seus responsáveis – políticos, militares e cientistas norte-americanos que prepararam o programa nuclear, construíram as bombas e mísseis e decidiram lançá-las em 1945.
A bomba lançada sobre Hiroxima, devastou 10 Km2, e matou de imediato 100.000 pessoas, mas continuou por muito tempo a provocar formas inauditas de sofrimento humano, com todo um inimaginável cortejo de sequelas que ainda perduram, estimando-se que tenha vindo a causar mais de 200.000 mortes.


A área de Nakajima, a principal zona comercial da cidade, ladeada pelos rios Honkawa e Motoyaso, foi a mais atingida e as pessoas que aí se encontravam tiveram morte. Das pessoas que se encontravam num raio de 1 Km do centro, 80 % acabariam por falecer nesse mesmo dia, enquanto outras, não resistindo às profundas lesões físicas, encontrariam a morte nos dias posteriores àquele trágico amanhecer. A cidade ficou reduzida a destroços.
Nos finais de 1945, 140 mil pessoas haviam sucumbido por efeito directo do bombardeamento atómico, quase metade da população de Hiroxima na época, que era cerca de 350.000 habitantes. Mas as mortes não mais cessaram, e as feridas e traumas nunca mais desapareceram.
A luz, o flash (pika em japonês) e o tremendo ruído (don) que a bomba provocou nos sobreviventes, fizeram com que a tivessem baptizado de «Pikadon».

Os documentos, estudos e análises realizadas ao longo das últimas décadas mostram que a decisão de bombardear a população civil, tomada ao mais alto nível pelo governo norte-americanodo, na pessoa do Presidente Truman dos Estados Unidos da América, permitem constatar que foi precipitada, desproporcionada e criminosa. Os próprios elementos do staff presidencial, como o general Eisenhower, vieram mais tarde a lamentar o lançamento da bomba, tanto mais que o Japão aprestava-se a capitular face ao poderio militar do exército norte-americano.
Segundo Stewart Udall, secretário do Interior nos governos de Kennedy e Johnson,os bombardeamentos a Hiroxima e Nagasaki violaram também o Código de Nuremberga.

Um dos elementos da equipa do Exército norte-americano, que filmou Hiroxima e Nagasaki algumas semanas depois após as explosões, disse mais tarde que o povo norte-americano, se visse o que a bomba fez com os seres humanos, talvez exigisse o fim da indústria armamentista.
Aliás, muitas fotos e reportagens feitas então foram literalmente confiscadas pelas autoridades norte-americanas. Recorde-se que nos Estados Unidos nenhum documento visual foi visto sobre a bomba A até ao ano de 1952. Quanto aos textos escritos só um ano depois foi permitida a publicação do primeiro relato sobre os efeitos da bomba na revista New Yorker, e teve logo uma enorme repercussão.


Breve Cronologia

7 de Dezembro de 1941. Aviões japoneses atacam de surpresa a frota norte-americana na base de Pearl Harbor., no Hawai

8 de Dezembro1941. Os Estados Unidos declaram guerra ao Japão

9 de Março de 1942 . Roosevelt autoriza a produção da bomba atómica. É o início do projecto Mannhattan que sempre se manterá com carácter ultra-secreto.

.5 de Junho de 1942. A batalha aérea de Midway marca a viragem da guerra a favor dos norte-americanos

2 de Dezembro de 1942. Primeira reacção nuclear controlada na Universidade de Chicago

Março de 1943. Abertura do centro ultra-secreto de fabrico e produção de armas nucleares em Los Álamos ( no Estado do Novo México)

Maio de 1945. Tóquio é arrasada por bombas incendiárias

16 de Julho de 1945. Primeiro ensaio da bomba atómica no deserto do Novo México, sob o nome de código «trinity»

27 de Julho de 1945. No fim da Conferência de Postdam, o presidente norte-americano Truman intima o Japão a depor as armas

6 de Agosto de 1945. A primeira bomba A é largada sobre Hiroxima, causando, no curto prazo, mais de 140.000 mortos

.9 de Agosto de 1945. Uma bomba atómica arrasa Nagasaki, causando, no curto prazo, mais de 70.000 mortos

2 de Setembro de 1945. Assinatura da capitulação do Japão na presença do general McArthur

A revolução é a festa dos oprimidos


Um sem número de grupos, colectivos e organizações lutam para transformar o sistema capitalista e todas as taras que ele tem engendrado ao longo do tempo. Algumas não estão com meias medidas e pedem a mudança já. Acontece que grande parte dessa gente ainda não pensou sobre o tipo e a natureza dos meios que utilizam para tornar possível a sua utopia.
É assim que encontramos grupos, ditos revolucionários, que utilizam meios reaccionários para tentar mudar e introduzir mudanças revolucionárias. Meios esses que se mostram caducos, pois não evoluíram ao longo do tempo. Meios que não só não resultam, como ainda, por cima, aborrecem quem os utiliza.
Se quisermos a revolução, então que as formas de a realizar sejam também revolucionárias.
Que faremos no dia seguinte à revolução? Que faremos num mundo livre? Divertir-nos-emos, certamente. Se assim é, e se queremos um mundo livre, não nos aborreçamos para o conseguir.
As manifestações com quatro slogans pré-fabricados já deu o que tinha a dar.
Que a manifestação se converta, agora, na grande festa-motim-orgia, e que a catarsis libertadora estale em plena rua, e que a música, o teatro, o grito e a loucura joguem a favor da luta.
Basta de grandes e super-retóricas reuniões para fingir que somos políticos. Basta de panfletos com as mesmas frases de sempre, e que ninguém lê .
Basta de aborrecermo-nos quando fazemos a revolução.
Queremos novas formas de acção.
Novas formas de agitar e animar a revolta
Inventemos a revolução.

Cada risada que perderes é uma vitória para o poder.

A Revolução é a festa dos oprimidos.

80.000 terroristas apanhados a circular a mais de 160 Km/h


Segundo notícias agora divulgadas são detectados por mês em toda a rede de auto-estradas do território do Estado espanhol 80.000 condutores a circular a mais de 160 Km/h
Sabendo todos como a sinistralidade rodoviária causa um maior número de mortos e feridos que todas as guerras juntas, já contando com as vítimas de atentados e explosões por motivos políticos, podemos facilmente concluir que estamos na presença de 80.000 terroristas que semeiam terror e morte pelas estradas ibéricas.
A esses 80.000 terroristas há, naturalmente, a acrescentar mais uns milhares no território português.
Quando deixarão de se vender os bólides, autênticas armas de morte, que estes terroristas utilizam nos seus atentados à vida humana?