1.8.05

A revolução é a festa dos oprimidos


Um sem número de grupos, colectivos e organizações lutam para transformar o sistema capitalista e todas as taras que ele tem engendrado ao longo do tempo. Algumas não estão com meias medidas e pedem a mudança já. Acontece que grande parte dessa gente ainda não pensou sobre o tipo e a natureza dos meios que utilizam para tornar possível a sua utopia.
É assim que encontramos grupos, ditos revolucionários, que utilizam meios reaccionários para tentar mudar e introduzir mudanças revolucionárias. Meios esses que se mostram caducos, pois não evoluíram ao longo do tempo. Meios que não só não resultam, como ainda, por cima, aborrecem quem os utiliza.
Se quisermos a revolução, então que as formas de a realizar sejam também revolucionárias.
Que faremos no dia seguinte à revolução? Que faremos num mundo livre? Divertir-nos-emos, certamente. Se assim é, e se queremos um mundo livre, não nos aborreçamos para o conseguir.
As manifestações com quatro slogans pré-fabricados já deu o que tinha a dar.
Que a manifestação se converta, agora, na grande festa-motim-orgia, e que a catarsis libertadora estale em plena rua, e que a música, o teatro, o grito e a loucura joguem a favor da luta.
Basta de grandes e super-retóricas reuniões para fingir que somos políticos. Basta de panfletos com as mesmas frases de sempre, e que ninguém lê .
Basta de aborrecermo-nos quando fazemos a revolução.
Queremos novas formas de acção.
Novas formas de agitar e animar a revolta
Inventemos a revolução.

Cada risada que perderes é uma vitória para o poder.

A Revolução é a festa dos oprimidos.