31.5.08

Conversa sobre Poliamor e as relações não-monogâmicas ( 5 de Junho, na Crew Hassen, Lisboa)

Nota prévia: Não confundir Poliamor com Poligamia.
A poligamia, também conhecida como casament pural, consiste na relação de um homem com várias mulheres, e é uma extensão da monogamia. Por isso faz parte da tradição judaica-cristã.
Em contraste com isso, temos o movimento do poliamor, que emerge nos anos sessenta com os escritos de Robert Rimmer ( autor do livro Proposition 31 ) e Robert Hainlein ( autor da obra de ficção científica «Um estranho numa terra estranha») , e que nos remete para um relacionamento comunal, cooperativo e voluntário, de igualdade, baseado no amor livre (Free Love), abrangendo ainda o chamado casamento aberto.



CONVERSA SOBRE POLIAMOR
(5 de Junho às 20h30, na Crew Hassan, cooperativa cultural, Lisboa)
http://www.crewhassan.org/.

Não interessa se tens uma relação amorosa, nenhuma ou muitas.

Este encontro vai ser apenas uma troca de ideias sobre:

o poliamor,

a não monogamia responsável,

as relações não monogâmicas,

as relações múltiplas

a crítica à monogamia,

a cultura galdéria,

e muito mais ...


Organizam:
Poly-Portugal (http://www.poliamor.pt.to/)
e Panteras Rosa (
http://www.panterasrosa.blogspot.com/)



Consultar:




Poliamor é um tipo de relação em que cada pessoa tem a liberdade de manter mais do que um relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a monogamia como modelo de felicidade, o que não implica, porém, a promiscuidade. Não se trata de procurar obsessivamente novas relações pelo facto de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas sim de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente.

O Poliamor pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de enganar nem magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.

Difere de outras formas de não-monogamia pelo facto de aceitar a afectividade em relação a mais do que uma pessoa. Tal como o próprio nome indica, poliamor significa muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atracção, ou carinho, é apenas uma questão de terminologia. A ideia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias pessoas, e que vão para além da mera relação sexual.

O Poliamor aceita como facto evidente que todas as pessoas têm sentimentos em relação a outras que as rodeiam. E que isto não põe necessariamente em causa sentimentos ou relações anteriores. Aliás, o ciúme não tem lugar neste tipo de relação. Primeiro porque nenhuma relação está posta em causa pela mera existência de outra, mas sim pela sua própria capacidade de se manter ou não. Segundo, porque a principal causa do ciúme, a insegurança, é praticamente eliminada, já que a abertura é total. Não havendo consequências restritivas para um comportamento, deixa de haver razão para esconder seja o que for. Cada pessoa tem o domínio total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer momento.



Links:

http://www.wikipedia.org/wiki/Polyamory
Excelente definição de Polyamory, abordando vários aspectos: terminologia, símbolos do poliamor, formas, questões legais, valores, paternidade, conceitos relacionados,...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliamor
Artigo sobre Poliamor na Wikipedia em língua portuguesa. Entrada mais pequena, mas com alguns conteúdos diferentes.

http://www.xeromag.com/fvpoly.html
Polyamory? What? Why? How? Página muito completa, com conteúdos muito interessantes, FAQs muito pertinentes, mitos acerca do Poliamor, conselhos, etc. A não perder. Vale a pena ler com atenção.

http://www.polyamorysociety.org
Um dos mais importantes e completos sites sobre o tema. Criado em 1992 por Jennifer Wesp, reúne uma vasta comunidade nos EUA e em todo o mundo.

http://www.polyamory.org
Outro site de referência no mundo do Poliamor. Muitos textos, opiniões, histórias, testemunhos, etc. Muito completo, embora com um design pouco apelativo.

http://laundrylst.blogspot.com
Blog sobre poliamor e muito mais: “Every blog is a laundry list: a collection of self obsessed writings with little interest to the rest of the world. Escreve-se aqui principalmente sobre poliamor/ polyamory, mas também sobre liberdade, glbt, diy, criatividade quotidiana e utopias definitivamente possiveis”

http://groups.yahoo.com/poly_portugal
Polyamory Portugal. Grupo de discussão em português.
“Esta é a página para discussão de polyamory e, em geral, sobre 'não monogamia responsável' em Portugal! Sejam bem vindos!”.

http://www.polyandproud.com
Site lançado na Primavera de 2003, com um ar muito jovial e lúdico. Mantido por Karawynn Long and Jak Koke, um casal de Seattle, com um vasto "currículo" na matéria.

http://www.lovemore.com
Site da revista Loving More, dedicada a relações não monogâmicas. É a expressão da organização americana com o mesmo nome, que promove conferências e várias actividades por todo o país. Um artigo interessante sobre um desses eventos está disponível aqui.

http://www.polychromatic.com
Listagem de livros relacionados de alguma forma com o tema do Poliamor, com resumo e comentários para cada um. Site muito interessante e bem estruturado, com um aspecto muito agradável. A não perder também a definição de Poliamor, em What the heck is Polyamory?

http://www.tamera.org
Site da comunidade Tamêra, situada no Alentejo, Portugal. Tendo em vista a paz global, desenvolve várias actividades interessantes. Entre muitas coisas importantes, defende "um amor sem ciúmes, sexualidade sem medo, alegria antecipada sem o medo secreto da impotência, uma fidelidade que não se desmorona por causa de 'escapadelas', duração no amor e novos caminhos à parceria".

http://www.polymatchmaker.com
Encontros e desencontros num site vocacionado especialmente para o poliamor, mas onde se pode encontrar vários tipos de relação. "Love is never wrong". Pena que o número de membros portugueses se conte pelos dedos de uma mão.

http://www.soulrebels.com/beth/poly.html
Página pessoal, Beth's Polyamory Page, com respostas a FAQs, listagens de livros e filmes sobre o tema.

http://ropi.net/aul
Site com bastante informação, mas com uma apresentação um pouco difícil de decifrar. No entanto, vale a pena o esforço de ler algumas coisas, porque o conteúdo é bom.

http://www.unmarried.org
Site da organização Alternatives to Marriage Project, que defende os direitos das pessoas que por opção ou por impossibilidade, não são casadas. Isto abrange casais que vivem juntos antes de casar, ou que não pensam sequer vir a fazê-lo, homossexuais, bem como outros modelos alternativos de relação, em que estão envolvidas mais do que duas pessoas

" The only safeguard against authority and rigidity setting-in is a playful attitude."
Raoul Vaneigem.



Livros sobre Poliamor:

Polyamory: The New Love Without Limits: Secrets of Sustainable Intimate Relationships, by Deborah M. Anapol

The Ethical Slut; A Guide to Infinite Sexual Possibilities, by Dossie Easton & Catherine A. Liszt
The Myth of Monogamy, by David P. Barash & Judith Eve Lipton

Polyamory: Roadmaps for the Clueless & Hopeful, by Anthony D. Ravenscroft

Three in Love : Menages a Trois from Ancient to Modern Times, by Michael Foster, Letha Hadady, & Barbara M. Foster

The New Intimacy: Open-Ended Marriage and Alternative Lifestyles, by Ronald M. Mazur

The Premar Experiments, by Robert Rimmer

Stranger in a Strange Land, by Robert Heinlein



2008 WORLD POLYAMORY CONFERENCE
SEPTEMBER 12-14, 2008
HARBIN HOT SPRINGS, CALIFORNIA

http://www.worldpolyamoryassociation.org/

Boicote total e ilimitado aos postos de combustível ! Não à especulação e aos lucros astronómicos das petrolíferas! Muda o teu estilo de vida !




Vamos todos juntos boicotar os postos da GALP, BP, REPSOL e outras empresas que continuam a impôr preços especulativos…. e a maximizar os seus lucros…

A Galp, que é uma empresa privada ( foi privatizada pelo PSD e PS), o que significa que o seu móbil de actuação é a maximização dos seus lucros, teve 777 milhões de euros de lucro líquidos, só no primeiro trimestre de 2008, e pelo caminho que os preços levam os seus lucros vão crescer exponencialmente ao longo deste ano...

É preciso obrigar os distribuidores como a Galp, a Repsol ou a BP a diminuir as suas margens de lucro.


Mudemos o nosso estilo de vida com meios de transporte alternativos (bicicleta, comboio, transportes colectivos)

Um dia de boicote representará uma quebra nas vendas da petrolífera portuguesa de 13 milhões de euros, tendo em conta que as vendas médias por posto são de cerca de 3,1 milhões de metros cúbicos,

Por dia, são cerca de 5 mil empresas e 250 a 300 mil pessoas que abastecem nas estações de serviço daquela petrolífera.

Vamos todos afixar um cartaz, panfleto, onde se promova o bocoite dos postos da GALP, BP, REPSOL, na porta do prédio, paragem de autocarro, bicicleta, varanda,....


Importamos 14 milhões de euros por dia em petróleo e refinados

Segundo a DGEE, Portugal importou em termos líquidos em 2007 cerca de 5 mil milhões de euros em petróleo e refinados (livres de impostos), ou seja 14 milhões de euros por dia. E isto foi no ano passado, quando o famoso Brent custou em média 52,7€. Neste preciso momento está a 84€, o que dá para imaginar quanto vai subir este custo em 2008.

São 14 milhões que todos os dias saem do país porque nas últimas décadas apostámos
exclusivamente no automóvel.

14 milhões porque construímos 2000 km de auto-estradas e outros tantos de IPs e ICs,
enquanto destruíamos a ferrovia e descurávamos os transportes públicos.

14 milhões porque as nossas cidades estão pensadas para quem anda de automóvel, e desprezam os outros modos bem mais poupadores de energia.

14 milhões porque queimar combustível dentro do carro dá status na nossa sociedade... e quanto mais eles queimam, mais status dão.

Links:

http://www.boicote.pt.vu/

http://boicotemarcas.blogspot.com/

http://www.maisgasolina.com/

http://blog.maisgasolina.com/


Vamos todos afixar um cartaz, panfleto, onde se promova o bocoite dos postos da GALP, BP, REPSOL, na porta do prédio, paragem de autocarro, bicicleta, varanda,....





A GALP foi privatizada pelos governos do PSD e do PS. Em Dez. 2003 foram liberalizados os preços dos combustíveis em Portugal pelo governo PSD/CDS.

A razões apresentadas pelos então governo é que isso iria determinar o aumento da concorrência, com a consequente descida dos preços. No entanto, o que sucedeu foi precisamente o contrário. Entre 2.1.2004 e 22.5.2008, o preço da gasolina 95 aumentou 57,3%; o do gasóleo rodoviário 102,7%; e o do gasóleo de aquecimento mais de 138,1%.




Aproveitando a especulação, a GALP cobrou preços excessivos e obteve 69 milhões de euros de lucros extraordinários em 3 meses, o triplo de 2007


A GALP acabou de apresentar publicamente as contas referentes ao 1º Trimestre de 2008. E por elas ficamos a saber que esta petrolífera obteve, só no 1º Trimestre de 2008, 175 milhões de euros de lucros líquidos, ou seja, mais 22,4% do que em idêntico período de 2007. E isto quando são exigidos tantos sacrifícios aos portugueses.

Mas ainda mais grave, é que 69 milhões de euros desses lucros – que é o triplo do valor registado em 2007 (+228,6%), que foi de 21 milhões de euros –, resultaram da especulação do preço do petróleo no mercado internacional, de que a GALP e as outras petrolíferas se aproveitam para cobrarem aos portugueses preços de venda nos combustíveis excessivos e escandalosos.

E isso resulta de um estranho sistema de cálculo dos preços de venda dos combustíveis aos portugueses, que não se baseia nos custos efectivos suportados pela empresa, mas que tira partido directo da especulação do petróleo no mercado internacional, que é urgente alterar pois, caso contrário, como a especulação vai continuar, os portugueses serão obrigados a alimentar os lucros das petrolíferas resultantes dessa especulação.

Esse sistema de cálculo dos preços de venda dos combustíveis, diferente do adoptado pela generalidade das empresas, é utilizado pelas petrolíferas, perante a passividade, para não dizer mesmo a conivência, do governo e da Autoridade da Concorrência.

Para calcular os preços de venda dos combustíveis, as petrolíferas recolhem os valores dos preços dos produtos refinados (gasolina, gasóleo, etc.) no mercado de Roterdão em cada semana, depois calculam a média em relação a cada produto, e é o valor assim obtido para cada um dos produtos que é o preço, sem impostos, a que vendem os combustíveis em Portugal. É evidente que esse preço de Roterdão, que não é determinado pelos custos suportados pelas petrolíferas portuguesas, incorpora a especulação que se verifica todos os dias no mercado internacional do petróleo, determinada pela entrada maciça dos fundos de investimento nesse mercado, com o objectivo de, controlando a oferta, como estão a fazer, imporem preços especulativos e, consequentemente, embolsarem gigantes lucros (o que está a suceder).

Portanto, as petrolíferas em Portugal aproveitam-se da especulação no mercado internacional do petróleo para cobrar pelos combustíveis preços aos portugueses muito superiores aos custos que têm de suportar, utilizando um esquema privilegiado de cálculo dos preços.

É urgente que o governo e a Autoridade da Concorrência ponham cobro a este lucro especulativo das petrolíferas – que resulta do aproveitamento que elas estão a fazer da especulação que se verifica nos mercados internacionais – alterando o sistema de cálculo dos preços de venda dos combustíveis, excluindo a especulação.

Os preços de Roterdão devem funcionar apenas como limite máximo, para obrigar as petrolíferas a serem eficientes em relação aos preços podem cobrar pela venda dos combustíveis em Portugal. No entanto, o cálculo dos preços deverá respeitar o que a generalidade das empresas são obrigadas fazer, ou seja, cobrir os seus custos efectivos e adicionar uma margem decente de lucro.

Em Maio de 2008, os preços dos combustíveis em Portugal, quer se inclua ou não impostos (e ainda não se considera os últimos aumentos), eram superiores aos cobrados na maioria dos países da União Europeia.

Assim, o preço sem impostos do gasóleo em Portugal era superior em 2% ao preço médio do gasóleo na União Europeia, e o da gasolina, também sem impostos, era em Portugal superior ao preço médio da União Europeia em +2,4%. Considerando preços com impostos, o preço do gasóleo em Portugal era inferior ao preço médio da U.E. em –0,1%, mas o da gasolina era já superior ao preço médio da União Europeia em +5,2%. Se a análise for feita por países, conclui-se que na Áustria, na Irlanda, na França, na Suécia, na Alemanha, na Dinamarca, na Finlândia e na Inglaterra, o preço do gasóleo sem impostos era inferior ao preço cobrado pelas petrolíferas em Portugal. Na Áustria, na Irlanda, na França, na Suécia, na Alemanha, na Dinamarca, na Finlândia e na Inglaterra, o preço da gasolina sem impostos era também inferior ao cobrado pelas petrolíferas em Portugal. É um autêntico escândalo, pois, com remunerações por ex., as petrolíferas em Portugal têm custos inferiores aos suportados pelas empresas desses países (menos de metade).

A GALP foi privatizada pelos governos do PSD e do PS. Em Dez. 2003 foram liberalizados os preços dos combustíveis em Portugal pelo governo PSD/CDS.

A razões apresentadas pelos então governo é que isso iria determinar o aumento da concorrência, com a consequente descida dos preços. No entanto, o que sucedeu foi precisamente o contrário. Entre 2.1.2004 e 22.5.2008, o preço da gasolina 95 aumentou 57,3%; o do gasóleo rodoviário 102,7%; e o do gasóleo de aquecimento mais de 138,1%.

Durante o mesmo período, os rendimentos da esmagadora maioria dos portugueses aumentaram menos de 15%. Isto tem-se verificado perante a passividade, para não dizer mesmo a conivência do governo e da Autoridade da Concorrência. Ambos preparam-se agora para branquear o comportamento das petrolíferas, pois é de esperar que pretendam fazer passar como “natural” a actuação destas empresas, dizendo que elas adoptam «o sistema de conformação de preços adoptado a nível internacional», como já veio dizer o presidente da GALP, que exige a baixa dos impostos, para assim poder manter os seus elevados lucros.


Eugénio Rosa
Texto completo em:

Como Charles Boycott ajudou involuntariamente a criar o verbo boicotar e o método de acção directa do boicote




Charles Cunningham Boycott (12 de Março de 1832 — 19 de Junho de 1897) foi um militar britânico e um Agente de Terras de um nobre inglês, grande proprietário de terras na Irlanda, mais concretamente em Lough Mask no condado de Mayo, contra o qual foi lançada a primeira campanha de boicote registada na história. Uma campanha de ostracização pelos trabalhadores agrícolas locais que o levou à ruína e ao seu regresso à Inglaterra por motivo de ter recusado a melhoria das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores rurais. Dessa campanha nasceu o verbo inglês Boycott, que significa colocar em ostracismo, e que originou por sua vez a palavra portuguesa boicote.

Charles Boycott nasceu em Norfolk, em 1832.A partir de 1850 serve o Exército Britânico no 39º regimento de Infantaria, Depois de se demitir do Exército, parte em 1872 para a Irlanda a fim de lá trabalhar como Agente de Terras ao serviço de Lorde Erne (John Crichton, 3o Earl Erne), grande latifundiário local. Boycott tinha também as suas próprias terras. A dada altura, os camponeses locais pedem-lhe uma redução das suas rendas. Boycott recusa e inicia processos de despejo.

É perante esta atitude que, em 1880, os trabalhadores locais, liderados por Michael Davitt, decidem abandonar as colheitas na propriedade de Lorde Erne. O movimento fazia parte da campanha da Liga Irlandesa da Terra, dirigida por Charles Stewart Parnell, para proteger os rendeiros da exploração a que são submetidos, assegurando uma renda justa, a garantia de emprego e o direito de venda livre, segundo os lemas conhecidos pelos três efes: "Three Fs" (fair rent, fixity of tenure and free sale)

Quando Charles Boycott tentou contrariar essa campanha dos rendeiros agrícolas, a Liga da Terra lançou um movimento para o isolar da comunidade local. Decidiram então que:
• Os vizinhos não lhe falariam.
• As lojas não lhe serviriam.
• Na igreja, não lhe falariam nem não se sentariam perto dele.

A campanha contra Boycott tornou-se famosa na imprensa britânica: os jornais ingleses enviaram correspondentes ao oeste de Irlanda, chamando a atenção para o que consideravam como vitimização de um empregado de um Lorde no reino pelos camponeses irlandeses.

Foi então que cinquenta "Orangemen", membros da organização protestante irlandesa "Orange Order", do Condado de Cavan viajaram à propriedade do Lorde Erne com o fim de salvar a colheita. Um regimento de 1.000 homens da organização policial "Royal Irish Constabulary" foi igualmente enviado para proteger as plantações. O certo é que todo este episódio custou ao governo britânico cerca de 10.000 Libras, para proteger as 350 Libras que valeriam a colheita de batatas, segundo a estimativa feita por Boycott.

Face a todo esta pressão, Boycott decide deixar a Irlanda no dia 1 de Dezembro de 1880, tendo o seu nome sido imortalizado com a criação do verbo "boicotar", que significa "colocar em ostracismo".

Boicotar transformou-se num método da desobediência civil e da política de não-violência.
Foi praticado, entre outros: por Mahatma Gandhi; e pelos activistas das campanhas pelos direitos civis nos Estados Unidos e na Irlanda do Norte realizadas na década de 1960

Em 1947 a história do capitão Boycott foi tema do filme "Captain Boycott".

Referências bibliográficas:
• Marlow, Joyce "Captain Boycott and the Irish", London, 1973
• Moody, Theodore W. "Davitt and Irish revolution", Oxford, 1981
• Tebrake, J. K. "Irish peasant women in revolt. The Land League years", in: "Irish Historical Studies 28" (1992), S. 63-80


Adaptação livre para português de um texto retirado da Wikipedia

Hoje realiza-se em Roma a Massa Crítica Interplanetária


Hoje, dia 31 de Maio, realiza-se em Roma uma manifestação pública a que se designou por Massa Crítica Interplanetária (Critical Mass ou Ciemmona, literamente “Grande Massa Crítica”). Trata-se já da sua 5ª edição ( a anterior realizou-se no ano passado) e o seu objectivo é reunir num ambiente festivo e colorido milhares de ciclistas provenientes dos quatro cantos do mundo

A Ciemmona ( (Massa Crítica Interplanetária) nasceu do desejo dos elementos participantes da Massa Crítica de Roma em partilharem esse momento de alegria e de consciência colectiva com os paticipantes de outras Massas Críticas, quer sejam italianas ou não. A primeira edição decorreu em 2004 tendo reunido mais de 4.000 ciclistas determinados a reivindicar o espaço público e a rua, demonstrando pelos factos que os carros se tornaram uma solução obsoleta.