2.1.06

Os grevistas das Pirâmides



Corria o ano 1166 a.C., e no Egipto de Ramsés III lavrava a corrupção. Em Deir el-Medina viviam aí escravos-operários que construíam o túmulo do faraó. Eram cerca de sessenta homens que deveriam receber diariamente uma ração de pão, cerveja, verduras e água potável.
Os víveres nunca chegavam a tempo, e fartos daquela situação resolveram abandonar os seus postos de trabalho e esperar sentados no chão até que as rações devidas lhes fossem entregues.

No papiro da greve, existente e conservado actualmente em Turim, pode ler-se:

«Não temos roupa, nem alimentos, nem peixe, nem legumes. Falem disso ao faraó, nosso senhor, e ao vizir, nosso chefe, para que nos dêem sustento.»

Foi graças à sua acção que viram satisfeitos as suas reivindicações.

Apesar de não se poder falar, naquele tempo, de greve com inteira propriedade da expressão, o certo é que aquela acção constituiu um acto colectivamente concertado que consistiu numa paralisação ao trabalho e em todos se sentarem no chão ( sit-in), pelo que poucas dúvidas existem que se tenha tratado numa verdadeira greve, guardadas as devidas proporções ( note-se que estávamos em pleno antigo Egipto).

O crescimento algo assustador...



Entre 1950 e 2002 o consumo de água triplicou, o dos combustíveis fósseis quintuplicou, o de carne cresceu em 550%, as emissões de dióxido de carbono aumentaram uns 400%, o PIB mundial aumentou em 716%, o comércio mundial cresceu em 1.568%, as despesas mundiais em publicidade cresceram em 965%, o número de turistas que saíram das fronteiras dos respectivos países cresceu 2.860%, o número de automóveis passou de 53 milhões em 1950 para 565 milhões em 2002 e o consumo de papel cresceu em 423% entre 1961 e 2002. Com tudo isto, os ganhos de eficiência foram absorvidos pelo aumento do consumo.

Dados retirados da revista Matxinsaolta nº 31. Diciembre 2005. Eckologistak Martxan

Breve curso para pensar de forma crítica



Aprender a raciocinar criticamente, e a desenvolver o pensamento crítico, consiste, no fundo, em avaliar os argumentos, as informações e as ideias que circulam e que constantemente chegam até nós. Não deixa igualmente de ser indispensável saber formular criticamente as nossas próprias ideias.

Daí não deixa de ser extremamente oportuno e valioso a aquisição e o desenvolvimentos deste género de capacidades por via de um breve curso para pensar de forma crítica, de autoria de Norman Baillargeon, e que está ao dispor (em francês) e ao alcance dos interessados graças à Internet.