30.11.07

Hoje é a greve da Função Pública mais politizada de sempre contra um governo de só-cretinos

A greve dos funcionários públicos marcada para hoje, é, de longe, a greve mais politizada de sempre. Não se trata apenas de defender direitos adquiridos ao longo dos anos, mas também de manifestar repúdio contra um governo xuxialista liderado por um indivíduo que tenta passar por ser aquilo que não é, um mentiroso crónico, um ex-PSD/PPD, que tomado pelo brio de querer ser um bom aluno- que nunca o foi no seu tempo de escola - não olha a meios para mostrar trabalho feito à União Europeia, nem que para isso tenha de lançar dois terços da população portuguesa para a pobreza, mais ou menos remediada.

PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA (Dados de 2004)
(Fonte EUROSTAT)

Suécia---------------- 33,3%
Dinamarca----------- 30,4%
Bélgica---------------- 28,8%
Reino Unido--------- 27,4%
Finlândia------------- 26,4%
Holanda-------------- 25,9%
França---------------- 24,6%
Alemanha------------ 24%
Hungria--------------- 22%
Eslováquia------------ 21,4%
Áustria---------------- 20,9%
Grécia---------------- 20,6%
Irlanda---------------- 20,6%
Polónia---------------- 19,8%
Itália------------------- 19,2%
República Checa--- 19,2%
PORTUGAL--------- 17,9%
Espanha-------------- 17,2%
Luxemburgo---------- 16%

Não há pois funcionários públicos a mais. Há sectores em falta e outros em excesso.

A reforma administrativa deverá começar por mudar o seguinte:

- Cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete, assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes mais que no resto da Europa.


Nestes dias, a ideia que mais uma vez a comunicação social vendeu à opinião pública, foi a da necessidade de 200 mil despedimentos na função pública.

Resulta que somos o 3º país da U.E. com menor percentagem de funcionários públicos na população activa.

Assim se informa e se faz política em Portugal.
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OS TRABALHADORES SÃO CADA VEZ MAIS EXPLORADOS


Pelos dados facultados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP a um jornal, confirma-se que o tipo de oferta de emprego disponível nos centros de emprego, para os trabalhadores no desemprego é de um nível salarial baixíssimo.

De facto, sendo a média salarial oferecida nesses empregos de 516 euros, temos de concluir que para um grande número de empregos, o salário oferecido não será superior ao Salário Mínimo Nacional.
Estes dados mais uma vez confirmam que o emprego criado, continua, na sua maioria, a ser precário, mal pago e não qualificado. E mesmo as ofertas destinadas a dirigentes e quadros superiores, a média, segundo é dito pelo IEFP, é de 635 euros, o que demonstra a baixa oferta salarial que é proposta aos trabalhadores com maior qualificação.

O que é nos dado a observar, é que as empresas, entretanto, continuam apostar numa política de despedir os trabalhadores mais velhos e mais qualificados para os substituir por trabalhadores mais jovens mal pagos e sem direitos e onde não há nenhuma estabilidade. Na prática, o que se verifica é que o emprego tem cada vez menos qualidade.

A competitividade da economia tem assentado, essencialmente, no baixo custo de mão-de-obra e na forte exploração dos trabalhadores. Torna-se imperioso romper com este modelo, que é injusto e promove desigualdades sociais e é desastroso do ponto de vista económico e optar por um crescimento baseado na inovação, no investimento, nas qualificações e no respeito pelos direitos de quem trabalha