30.4.08

A maior potência militar do mundo ( Estados Unidos da América) foi derrotada no Vietname faz hoje 33 anos

Célebre fotografia de 1975 que regista a
fuga dos norte-americanos
por helicóptero pousado no terraço
da Embaixada dos Estados Unidos da América
em Saigão (capital do Vietname do Sul)
Há 33 anos terminava a Guerra do Vietname com a queda de Saigão e a fuga cobarde do exército dos Estados Unidos e de alguns colaboracionistas do ocupante

No dia 30 de Abril de 1975 acabava a Guerra do Vietname com a rendição incondicional do governo fantoche do Vietname do Sul e a entrada triunfal dos guerrilheiros vietnamitas na cidade de Saigão com a tomada da Embaixada dos Estados Unidos da América, de onde fugiram, pouco antes, por helicóptero, os últimos soldados norte-americanos e alguns colaboracionistas nativos que à última hora procuraram também eles escapar ao avanço triunfal dos corajosos resistentes vietnamitas que acabavam de derrotar a maior potência militar do mundo.



Notícias da BBC da época sobre o acontecimento







The fall of Saigon - 1




The fall of Saigon – 2

29.4.08

Comida - a decisiva arma da elite dominante


Texto retirado do excelente blogue:
http://investigandoonovoimperialismo.blogs.sapo.pt/



Comida – a decisiva arma da elite dominante


Usar a comida como arma é tão antigo como cercar cidades, mas os bárbaros de hoje subiram a parada vários níveis de magnitude.


“…Só há duas formas possíveis de evitarmos ter um mundo de 10 mil milhões de pessoas. Ou a actual taxa de natalidade desce rapidamente, ou a actual taxa de mortalidade tem de subir. Não há outra forma. Há, claro, muitas maneiras de subir as taxas de mortalidade. Numa era termonuclear, a guerra pode consegui-lo de forma rápida e decisiva. A fome e as doenças são a tradicional forma da natureza regular o crescimento populacional, e nenhuma delas desapareceu de cena… Em termos simples: o crescimento excessivo da população é o maior obstáculo ao avanço económico e social das sociedades em vias de desenvolvimento.” — Discurso de Robert McNamara, perante o Clube de Roma, 2 de Outubro de 1979


“A sobrepopulação e o rápido crescimento demográfico do México são, hoje em dia, uma das maiores ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos. A não ser que a fronteira EUA-México seja selada, ficaremos com mexicanos até ao pescoço para os quais não arranjamos empregos.” —Robert McNamara, na época, presidente do Banco Mundial, 19 de Março de 1982


As propostas genocidas veladas de McNamara foram feitas há trinta anos, dando eco ao medo das ‘grande massas’ por parte de ricos e privilegiados quando ‘sobrepopulação’ era o tema de que se falava. Por isso não mudou muita coisa, pois não? Estamos mais uma vez a ouvir as mesmas mensagens serem difundidas pelas elites dominantes e pelos seus profissionais da persuasão, os 'spin doctors'. Os prantos de medo de McNamara de estar cheio de mexicanos até ao pescoço são comparáveis ao que se passa na Europa, só que agora são africanos.


Assim sendo, as actuais explosões no Haiti, Egipto, Costa do Marfim, Etiópia, Filipinas, Indonésia e noutros sítios, por causa da importante subida do preço de bens alimentares como o óleo de cozinha e o arroz, levaram a BBC a descrevê-las como “uma potencial ameaça à segurança do Ocidente” (BBC News 24, 13 de Abril de 2008), esqueçam a ameaça à vida humana, mas isso demonstra qual é o propósito da BBC, proteger o status quo.


Para acrescentar insulto à injúria, o cretino Gordon Brown ainda tem a lata de dizer,


“O aumento do preço dos alimentos ameaça fazer recuar o progresso que fizemos nos últimos anos em termos de desenvolvimento. Pela primeira vez em décadas, o número de pessoas a enfrentar a fome está a crescer.”


Progresso? Em que planeta é que vive o nosso glorioso líder? Os níveis de vida têm vindo a cair para toda a gente (excepto para os ricos, que como consequência ficaram ainda mais ricos, roubando ainda mais aos pobres), desde os anos 1970, quando se iniciou a agenda ‘neoliberal’, e não são só os pobres que têm sido atingidos mas vemos milhões da chamada ‘classe média’ a serem postos sem cerimónias onde ‘pertencem’, junto aos pobres. O estatuto social não traz comida para a mesa. Lá se foi a ‘boa vida’ capitalista.


Os factos são estes: os salários reais nos EUA caíram desde os anos 1970. É reconhecido que 40 milhões de americanos vivem agora abaixo do limiar ‘oficial’ da pobreza, mas pelo menos ainda conseguem comer alguma coisa, o que não é caso para milhões de pessoas no chamado mundo em vias de desenvolvimento, já empobrecidas pelo chamado comércio livre, foram ainda atingidas com um golpe duplo, digo antes, com um golpe quíntuplo.


Golpe #1: ‘Comércio Livre’


Os países pobres do mundo foram ‘persuadidos’ de que cultivar alimentos para exportar de forma a ganharem divisas estrangeiras, para depois poderem importar alimentos (adivinhem de onde...), é melhor do que cultivar alimentos no seu próprio quintal. E para terem a certeza que aproveitam bem a ‘pechincha’, pelas 'regras' da OMC eles são punidos se tentarem controlar as importações.


Países que cultivavam os seus próprios alimentos, para além de se alimentarem ainda criavam emprego. Agora cultivam alimentos e outras coisas, como flores, para exportar, de forma a 'ganharem' os preciosos dólares que obviamente têm de gastar para importar alimentos que outrora produziam. Pior, a importação de alimentos subsidiados varre completamente os resquícios de agricultura indígena, simplesmente não consegue competir. Que esquema louco! Só faz sentido quando percebemos que os gestores que montaram este 'negócio' trabalham para o Grande Negócio, a bola é deles. Se fosse um negócio da 'Máfia' chamava-se crime de extorção.
Obviamente, nós no Ocidente com a nossa riqueza subsidiamos a produção de alimentos, por isso os pobres do planeta apanham um golpe dentro dum golpe. Não tendo os recursos para subsidiar a sua própria produção alimentar, à medida que sobem os preços dos alimentos que eles importam mas não o preço que recebem pela exportação de alimentos para nós, eles são apanhados entre a espada e a parede.


E são as mesmas políticas do FMI e do Banco Mundial que criaram a última crise que atingiu os pobres do planeta, as responsáveis por criar uma relação tão desigual à partida.

Golpe #2: Energia


E claro que para produzir todos estes cultivos para exportação é necessária muita energia e muita água, e muitos fertilizantes, e muitos pesticidas, e todos eles têm de ser comprados com a preciosa divisa estrangeira (até há pouco tempo só eram aceites dólares). Com o petróleo a ser vendido a 113 dólares por barril, disparou o custo de produção de qualquer coisa. Quem ganha: os Grandes Cartéis do Petróleo. É escusado dizer quem perde.


Mas o custo real da produção de petróleo até não aumentou muito, A responsabilidade toda destes aumentos tem de ser imputada a quem de direito, aos especuladores e às Cinco Grandes companhias petrolíferas. Por outras palavras, a todos estes sórdidos jogadores e gestores de fundos de pensão. É o sistema.


Golpe #3: ‘Biocombustíveis’


O último acrescento ao arsenal do uso de alimentos como arma e talvez o exemplo mais óbvio até à data, é converter a produção de cestas alimentares dando lugar aos chamados biocombustíveis.
Pois em vez de nós passarmos a usar menos energia, nós compramo-la aos pobres do planeta sob a forma de ‘biocombustíveis’. Brilhante, não é? Qual é o país pobre que necessita de produzir etanol? Não tem uso para ele, excluindo talvez para fazer algumas bebidas.


Mas nós sabíamos que isto ia acontecer e toda a gente disse aos nossos cretinos e criminosos líderes o que se ia passar. Eles estão muito ocupados a produzir trigo para exportar para alimentar todas aquelas malditas vacas, vacas que transformamos em hambúrgueres para nós consumirmos, mas agora, em vez de produzir trigo para exportação para fazer hambúrgueres, está-se a produzir etanol para meter nos automóveis. Em qualquer dos casos é uma loucura!
E de qualquer forma, como revela um relatório divulgado da UE, os biocombustíveis não fazem parar a produção de gases com efeito de estufa (até podem aumentá-los). Toda esta coisa dos 'biocombustíveis' é uma gigante vigarice, tem tudo a ver com saber qual é o cultivo que dá mais lucro (ver ‘Industria pede alteração de rumo na política dos biocombustíveis [em inglês]) .


Golpe #4: Água


Facto: São necessários entre 1 000 a 2 000 litros de água para produzir um quilo de trigo
Facto: São necessários entre 10 000 a 13 000 litros de água para produzir um quilo de carne (Fonte: FAO)


E adivinhem o que é mais produzido, principalmente para consumo no Ocidente – hambúrgueres. E sem surpresas, a agenda 'neoliberal' assistiu à privatização forçada da água um pouco por todo o mundo, e também de outros recursos-chave anteriormente pertencentes às comunidades.

Golpe #5: Alteração do Clima


Previsivelmente, as alterações climáticas atingem mais os que são incapazes de lidar com elas, os pobres. E não esqueçamos, a maioria da população do planeta é pobre. A ligação entre estas coisas deve ser visível para vocês leitores, e o facto de andarmos a baralhar a biosfera da forma como temos feito nos últimos duzentos anos, reflecte-se no planeta. E as nossas elites políticas intitulam-se civilizadas!


Entretanto, voltando à terra dos poderosos, estamos atarefados a planear a guerra infinita de forma a preservar os nossos privilégios, pois enquanto os nossos líderes pontificam sobre esta ou aquela crise que enfrentamos, eles estão a gastar milhares de milhões para desenvolverem robôs que defequem bombas em cima dos pobres do planeta, a partir de uma confortável cadeira a uma certa distância do cenário da 'acção'.


“Mercado de VANT atingirá os 13 mil milhões de dólares em 2014


Washington, D.C. (PRWEB) 14 de Abril de 2008 — A guerra global ao terrorismo levou os Estados Unidos a injectarem significativas somas de dinheiro em programas de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), afirma o analista da Forecast International, Larry Dickerson.” — www.aviationtoday.com/webinars/2008_0417.html


Como é que alguém no seu juízo perfeito pode olhar para estas pessoas e para toda a classe de interesses para os quais eles trabalham tão afincadamente, e não os ver como criminosos de guerra e destruidores da vida! Eles são verdadeiros bárbaros em todos os sentidos da palavra, pois eles destroem tudo de belo e com valor, incluindo países inteiros, para preservarem o seu pedacinho.



Não admira a obsessão de Hollywood em 'salvar o planeta' mas quando é que vamos ver um filme sobre salvarmo-nos a nós próprios e à nossa casa, destes predadores assassinos em massa?
E porque será que viramos as costas à carnificina ostensivamente levada a cabo em nosso nome? Apesar de tudo, as pessoas dão generosamente para as chamadas obras de caridade, por isso não é que as pessoas não queiram saber da miséria dos outros.


Mais uma vez, eu volto-me para aos meios de comunicação corporativos/estatais pois será que nós aturaríamos isto sem a sua cumplicidade activa no encobrimento das infindáveis atrocidades cometidas? Eu penso que não, mas eu sou um eterno optimista acerca da verdadeira natureza do espírito humano, assim que deixarmos de ter medo e começarmos a pensar e a sentir.


A principal razão é o que os meios de comunicação (esqueçam os políticos) não ligam os acontecimentos à economia subjacente, que os leva a agir da forma que agem. Desta forma, a “crise do crédito” só tem esse nome para esconder o facto de que foram as práticas económicas e políticas dos nossos governos, em conluio com o Grande Negócio, que criaram a crise (como criaram todas as crises anteriores).


A “crise do crédito” é meramente sintomática de um sistema doente que necessita de ser substituído urgentemente.


A questão é mesmo bastante simples, enquanto tivermos elites dominantes intimamente unidas ao Grande Capital, a dirigir o espectáculo, elas nunca irão, nem daqui a milhão de anos, dar azo à ideia de nos livrarmos do actual sistema económico – que é a causa de todas as nossas misérias – e substitui-lo por uma forma de ganhar a vida que seja mais sadia e mais modesta, mas há tanto em jogo, porra! Só nós, o chamado povo, podemos fazer isso, eles não vão mexer uma palha a não ser que os forcemos a isso ou se não conseguirmos, temos que nos livrar deles.


Texto de William Bowles publicado em Creative-I a 17 de Abril de 2008.

Tradução de Alexandre Leite para a Tlaxcala.


http://investigandoonovoimperialismo.blogs.sapo.pt/34280.html

XV Encontro Internacional de editores Independentes e edições alternativas



Vai decorrer em Punta Umbría, Huelva, de 30 de Abril a 3 de Maio, o XV Encuentro Internacional de Editores Independientes, EDITA.


A EDITA é um fórum de âmbito internacional no qual se reúnem anualmente editores independentes e edições alternativas de carácter cultural para dar a conhecer a sua actividade e expor novas fórmulas de distribuição e difusão das suas publicações.
O encontro é ao mesmo tempo uma mostra singular das novas tendências da arte e literatura e, ainda, ponto de encontro e intercambio de experiências onde os editores e promotores da cultura alternativa têm a oportunidade de dar a conhecer os seus últimos projectos, assim como encontrar novas formas de colaboração e cooperação no terreno da edição. no programa de EDITA oferece uma ampla gama de formas de intervir: conferências, mesas redondas, apresentação de publicações, projecções de vídeo, recitais poéticos, performances, concertos, exposições, instalações,e outras.


Este ano a participação portuguesa será a maior de sempre.
A lista das editoras participantes pode ser consultada no blogue do Sulscrito.



EDITORES PARTICIPANTES


ANDALUCIA
ARBOL DE POE Málaga
ATRAPASUEÑOS Sevilla
AULLIDO LIBROS Punta Umbría, Huelva
EDITORIAL CACÚA Huelva
CANGREJO PISTOLERO EDICIONES Sevilla
CENTRO DE POESÍA VISUAL Peñarroya Pueblo Nuevo, Córdoba
EDITORIAL COCÓ Sevilla
REVISTA CHICHIMECA Huelva
CONTENEDORES Sevilla
CRECIDA Ayamonte, Huelva
DUM SPIRO EDICIONES San Fernando, Cádiz
EL COSTURERO DE ARACNE Monachil, Granada
EL GAVIERO EDICIONES Almería
EL OLIVO AZUL Sevilla
ENTRETELAS Granada
ESCUELA DE ARTE DE GRANADA Granada
EST LIBRI Huelva
FACTORIA DEL BARCO Sevilla
ISLAVARIA EDITORIAL Aljaraque, Huelva
LA CINTA DE MOEBIUS Huelva
LA ESPIGA DORADA Huelva
EDITORIAL LUZ Y CIA Granada
MÚSICA FUNDAMENTAL Huelva
EDITORIAL ONUBA Huelva
POESÍA EN LA DISTANCIA Huelva
TABULA ROSA Fuenteheridos, Huelva
TALLER DEL HECHICERO Sevilla
REVISTA TRANVIA Huelva
UNICO ESPACIO NÓMADA Sevilla
VOCES DEL EXTREMO Moguer, Huelva
REVISTA VOLANDAS Punta Umbría, Huelva




ARAGÓN
EDITORIAL ECLIPSADOS Zaragoza
REVISTA ECLIPSE Zaragoza
ESCUELA DE ESCRITURA Utebo, Zaragoza
MANUFACTURAS NADA Zaragoza
VACARESIGNS Zaragoza




ASTURIAS
ARIS Oviedo, Gijón
ATENEO OBRERO DE GIJÓN Gijón
LA ULTIMA CANANA DE PANCHO VILLA Oviedo
REVISTA LUNULA Gijón
PAQUEBOTE Oviedo




BALEARES
ESPACIOLUKE.COM Palma de Mallorca
CANARIAS
BAILE DEL SOL Tenerife
PUENTEPALO Las Palmas de Gran Canaria




CASTILLA LA MANCHA
EDITORIAL AMARGORD Chiloeches, Guadalajara
LA LATA Albacete
PUNTO MAS EDICIONES Y DISEÑO Fontanar, Guadalajara
EDICIONES SEGUNDO SANTOS Cuenca




CATALUÑA
AIRE Barcelona
CENTRE D’ART LA PANERA Lleida
LA OLLA EXPRESS Barcelona
LOS LIBROS DE LA FRONTERA Barcelona
LUCES DE GALIBO Girona
MERZ MAIL Barcelona
MONTFLORIT EDICIONS Cerdanyola Vallés, Barcelona



CEUTA
MESTER DE VANDALIA



EXTREMADURA
ASOCIACIÓN GUAIAIE Fregenal de la Sierra, Badajoz
DE LA LUNA LIBROS Mérida, Badajoz
LABOLSA Don Alvaro, Badajoz
LA HUEVERA Mérida, Badajoz



GALICIA
EDITA-T PALABRAS FLOTANTES Vigo, Pontevedra



MADRID
ARTIFARITI-ANJU Madrid
CUADERNODEPOESIA.ORG Madrid
DELSATELITE EDICIONES Madrid
DIÓGENES INTERNACIONAL Madrid
ELKOALAPUESTO Vallekas, Madrid
EXPERIMENTA Madrid
KA-ISLAS EDITORIAL Madrid
LA MÁS BELLA Madrid
LAPINGA EDICIONES Madrid
LITERATURAS.COM Madrid
OFICINA DE IDEAS LIBRES Madrid
PA’ COMER ‘APARTE Madrid
SOS emerginsumerginArt San Lorenzo de El Escorial, Madrid
TALLER DEL ARCE Torrelaguna, Madrid



PAIS VASCO
A FORTIORI EDITORIAL Bilbao, Bizkaia
EGUZKI ARGITALDARIA Bilbao, Bizkaia
KUKU-BAZAR Vitoria, Gasteiz, Alava
LA GALLETA DEL NORTE Barakaldo, Bizkaia
LA ÚNICA PUERTA A LA IZQUIERDA Portugalete, Bizkaia



VALENCIA
REVISTA CULTURAL BOSTEZO Godella, Valencia
DIARIOS DE HELENA Elche, Alicante
D (x)i MAGAZINE Valencia
LOS JUGLARES CAZURROS Godella, Valencia
MUSEO DE ARTE EXTEMPORÁNEO Elche, Alicante
EDICIONES TRASHUMANTE Valencia



ALEMANIA
REVISTA ÓXID Berlin



BRASIL
COMANDO MACONDO
CUBA
BOURAONELATELIER EDICIONES La Habana


MÉXICO
ATEMPORIA Saltillo, Cohahuila
ESTA REVISTA SE LLAMA BLASFEMIA San Luis Potosí
EL AGUAJE Guadalajara, Jalisco
ENCUENTRO DE ESCRITORES Ciudad Obregón, Sonora
ENSAMBLE COMICS México D.F.
MICIELO EDICIONES México D.F.
PALESTRA México D.F.
QUIMERA EDICIONES México D.F.
REVISTA REFLEJOS Ciudad Victoria, Tamaulipas
TALLER EDITORIAL LA CASA DEL MAGO Guadalajara, Jalisco
TEXTOFILIA México D.F.


PERÚ
EDITORIAL PILPINTA Lima



PORTUGAL
REVISTA BIBLIA Lisboa
REVISTA BIG ODE Almada
CANTO ESCURO Barreiro
CONFRARIA DE ALFARROBA Luz de Tavira
LIVRODODIA EDITORES Torres Vedras
MANDRÁGORA Cascais
SULSCRITO, CIRCULO LITERARIO DEL ALGARVE Faro
REVISTA UTOPÍA Lisboa



Informação recolhida em:

http://escritaiberica.weblog.com.pt/

http://sulscrito.blogsome.com/

No âmbito do projecto Memórias do Trabalho realiza-se amanhã uma jornada dedicada às vivências do 25 de Abril (na FPCE da Universidade do Porto)

No dia 30 de Abril, o projecto Memórias do Trabalho promove uma jornada dedicada a "Memórias e Vivências do 25 de Abril", na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.



Memórias e vivências do 25 de Abril

Programa

A partir das 9h30m:
Sons e imagens do 25 de Abril
(Átrio da entrada)

15h.
Projecção do filme "Deus, Pátria, Autoridade", de Rui Simões
(Anfiteatro da entrada)

17h.
Mesa-redonda (Anfiteatro da entrada)
Abertura - Drª Orlanda Cruz (Presidente do Conselho
DIrectivo da FPCEUP)
• Amália Andrade (operária conserveira)
• Manuel Barra (operário metalúrgico)
• Maria Emília Reis (operária do sector do vestuário)
• Maria José Ribeiro (empregada do sector dos Seguros)
• Coronel Rui Guimarães (militar do MFA)
• Moderação - Manuela Terraseca (FPCE)
Comentário final - Joaquim Barbosa (FLUP / UPP)

21h.30m.
Tertúlia (e-Learning Café)
Com António Laúndes (UPP), António Magalhães (FPCE), Manuel Matos (FPCE)





O que é o Projecto «Memórias do trabalho»?
http://memorias.ncc.up.pt/drupal/



Pretende-se, com este projecto, produzir conhecimento ao nível de dois eixos fundamentais de elaboração teórica: o primeiro incidindo nos processos de inter-estruturação entre trabalho, participação social, formação e identidade pessoal e profissional, desenvolvidos no quadro das mudanças sociais e políticas da segunda metade do século XX, na sua relação dinâmica com a construção de uma identidade operária no Porto; o segundo eixo teórico refere-se às questões epistemológicas e metodológicas levantadas pela recolha da história oral e pelas condições e limites das sua utilização no âmbito da pesquisa científica, nomeadamente no que se refere à exploração das suas articulações com a abordagem da sócio-linguística (ver, em particular, o estado da arte, neste projecto).


A sua concepção emerge de uma reflexão relativa ao trabalho já desenvolvido pelo "Centro de Documentação e Informação sobre o Movimento Operário e Popular do Porto" pela Universidade Popular do Porto, uma das instituições participantes no projecto. Com efeito, a qualidade, diversidade e quantidade da informação recolhida e disponibilizada pelo CDI impõe-se como material de estudo a diferentes áreas científicas. É assim que se constitui uma equipa que reúne investigadores de diferentes áreas das ciências sociais (ciências da educação, história, documentação, sociolinguística) assim como de ciências da computação, mobilizados não só pelo interesse na pesquisa disciplinar, como também por uma abordagem multirreferencial dos processos de construção de uma identidade operária, procurando constituir o objecto de estudo na sua complexidade. Este carácter transdisciplinar implica o accionamento de dispositivos de análise, de validação e de vigilância metodológica que, ainda que construídos no interior de diferentes domínios das ciências sociais serão mobilizados de forma a permitir desenvolver linguagens cientificas, geradas pela heterogeneidade dos discursos disciplinares, mas encontrando vias de reflexão comum, bases de comunicação e de confronto teórico-prático mutuamente enriquecedor e cientificamente estimulante. Neste quadro, são ainda de relevar as relações interinstitucionais aprofundadas entre o Centro de Investigação e Intervenção Educativas da FPCEUP (inst. Prop.), a Universidade Popular do Porto, o Centro de Linguística da FLUP, o Laboratório de Inteligência Artificial e Ciências Computacionais.


Este projecto permite, assim, esperar não só os resultados que em lugar próprio apontamos, como um efeito multiplicador do seu potencial de pesquisa tendo em conta a criação de dispositivos multimedia orientados para a difusão alargada dos produtos da investigação, a disponibilização da informação recolhida no sítio WEB do Centro de Documentação e Informação da UPP, a intervenção no âmbito da formação de jovens e de adultos.



O Centro de Documentação e Informação sobre o Movimento Operário e Popular do Porto

http://cdi.upp.pt/

O Centro de Documentação e Informação (CDI) da Universidade Popular do Porto - UPP sobre o Movimento Operário e Popular do Porto foi criado em 2001 S.A., e resulta do desenvolvimento de dois projectos de pesquisa "Memórias do trabalho - testemunhos do Porto laboral no século XX" e "Para preservar e divulgar a memória do Porto - os Arquivos das Organizações de Trabalhadores", tendo por objectivos:


• contribuir para a preservação da memória e da história oral e social do Porto, valorizando o seu património social e as suas identidades;
• coligir, tratar e difundir informação sobre o movimento popular e de trabalhadores do Porto e apoiar e estimular o estudo sobre ele;
• identificar e conhecer o património arquivístico de sindicatos e outras organizações de trabalhadores do Porto, através do levantamento, diagnóstico e inventário dos seus arquivos, incluindo o levantamento da informação sobre núcleos documentais custodiados por outras instituições públicas ou privadas;
• organizar e preservar o espólio identificado e prestar apoio técnico nas áreas de tratamento/organização e preservação do património arquivístico e da memória histórica das organizações populares e de trabalhadores;
• recolher, em suporte áudio e vídeo, testemunhos e histórias de vida de pessoas que protagonizaram e/ou vivenciaram acontecimentos sociais representativos da vida social e laboral da cidade ao longo do século XX;
• disponibilizar informação relevante sobre condições de trabalho, lutas sociais, associações de trabalhadores e organizações populares, vivências das ilhas e dos bairros sociais, práticas culturais mais relevantes da "cidade do trabalho" a partir de depoimentos dos entrevistados;
• disponibilizar uma cronologia de acontecimentos sócio-históricos e laborais marcantes na cidade do Porto no séc. XX.


O Centro de Documentação e Informação, que pretende ser um sítio dinâmico e em actualização permanente, aberto a várias parcerias, propicia desde já o acesso à informação recolhida no âmbito de cada um dos projectos citados.

28.4.08

Videoconferência de Chomsky, sobre «Poder e Propaganda», na Universidade do Porto (dia 29 de Abril, às 18h45)


Videoconferência "Poder, Política e Propaganda", por Noam Chomsky


29 de Abril, às 18h45, na Sala 325 da Reitoria/IRICUP

Reitoria da Universidade do Porto


No próximo dia 29 de Abril a U.Porto, através do Estúdio de Videoconferência da Reitoria/IRICUP, vai ter a oportunidade de se juntar ao Global Consortium do MIT e a Noam Chomsky, professor do MIT, para a realização da conferência "Poder, Política e Propaganda".

NOAM CHOMSKY
É um reconhecidíssimo prefessor de Linguística no MIT. É autor de mais de 90 obras sobre linguística, filosofia, história intelectual, assuntos internacionais, política externa e propaganda dos Estados Unidos e ainda sobre meios de comunicação institucional.
É autor de, entre outros: "9/11" (Seven Stories Press, 2003), "Pirates and Emperors, Old and New" (South End Press, 2003) and "Power and Terror" (Seven Stories Press). E ainda: "Fateful Triangle" (South End Press,1999), "Chronicles of Dissent" (Common Courage Press, 1992), "Manufacturing Consent" (Pantheon Books, 1988).

Programa previsto:
18:45-18:50 - Apresentação
18:50-19:00 - Apresentação das Universidades e Noam Chomsky
19:00-19:25 - Apresentação de Noam Chomsky
19:00-19:25 - Breves questões
19:25-20:00 - Questões de convidados e da audiência
20:00-20:00 - Pós-Discussão

Solicita-se a confirmação de presença até à véspera do dia em que a mesma terá lugar, utilizando para o efeito o e mail videoconferencia@reit.up.pt

Todos à Parada do MayDay ( 1º de Maio do precariado no Largo de Camões às 13h.)


Todos à parada alternativa MAYDAY, MAYDAY
1º MAIO, 13h, no Largo Camões

O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão.

No ano passado, a iniciativa MayDay chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida.

Este ano, o MayDay Lisboa já começou: uma organização aberta a tod@s, que vai fazendo assembleias, acções públicas, festas, etc.

Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…

A 1 de Maio juntamo-nos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, desafiando o cinzentismo e continuando o percurso de mobilização e visibilidade. Contamos contigo?

No dia 1 de Maio vamos para a rua. Porque esta não foi apenas feita para albergar sedes de empresas, escritórios, restaurantes de comida rápida e outros locais onde decorre todo um estado de excepção laboral, onde a exploração, o abuso, a instabilidade e a ilegalidade se tornaram lei.

No dia 1 de Maio queremos transformar a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados.

Descartáveis

Texto de Mário Contumélias,
publicado no Jornal de Notícias


Eles e elas estão aí e são cada vez em maior número. Constituem a nova classe de trabalhadores, criada pela economia capitalista. Depois dos "proletários" das fábricas, eis agora os "precários", do comércio e dos serviços. Para mal da sua ausência de pecado, não passam de trabalhadores "descartáveis", tipo usar e deitar fora, com baixos salários, sujeitos a grande rotatividade e total insegurança, impedidos de se projectarem no futuro.

São os filhos bastardos no neoliberalismo, o produto perverso da flexisegurança. Configuram uma nova forma de exclusão de uma vida plena que nos é apresentada como uma inevitabilidade do mundo moderno, como se, por detrás da sua existência, não estivessem decisões propriamente políticas e económicas.

Uns são mais jovens, outros mais velhos. Muitos têm formação académica, mas são forçados a escondê-la para conseguirem um posto de trabalho numa caixa de hipermercado, ou agarrados ao telefone de um qualquer call-center. São empregados intermitentes, contratados a prazo com salários insuficientes, estagiários sem remuneração. E, para agravar a situação, são todos igualmente órfãos do finado Estado social.

Mas os trabalhadores "precários" não são um facto exclusivamente português, antes constituem um fenómeno transversal às sociedades da dita modernidade globalizada. E têm consciência, de um modo crescente, da sua dramática condição social. Por isso, constituíram um movimento que atravessa a União Económica Europeia, e que se iniciou em Milão, no ano de 2001.

Esse movimento dá pelo nome de "Mayday", palavra que envolve, ao mesmo tempo, dois significados simbólicos. Por um lado, trata-se de uma palavra-código, internacionalmente usada como pedido de socorro, em caso de perigo extremo. Por outro, refere-se ao dia 1 de Maio, em que, por esse mundo fora, os trabalhadores celebram as conquistas de direitos universais, hoje em declínio acentuado.

Por toda a Europa, "Mayday" é assinalado com uma parada de "precários", iniciativa que chegou a Lisboa no ano passado. Este ano, em Portugal, o movimento fez já assembleias, acções públicas, festas. No próximo primeiro de Maio, aderentes e simpatizantes do "Mayday", juntar-se-ão, na rua, "contra a exploração" e "o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação", assim "continuando o percurso de mobilização e visibilidade".

Os "precários" portugueses, tal como os de outros países, sentem-se "empurrados para o conformismo e para a resignação", mas nem por isso deixam de resistir à "desigual condição" em que vivem. E dizem, com razão, que "não tem de ser assim".

Num mundo marcado por um capitalismo desregrado e selvagem, num país pretensamente governado à esquerda, junto a minha voz à deles "Mayday! Mayday! Mayday!".

"Precários" somos todos nós, os nossos filhos, os nossos netos. A precariedade em que vivemos não é um desígnio de Deus, nem um cataclismo natural. É, apenas e só, um dos mais abjectos vómitos da iniquidade social que desumaniza o mundo em que vivemos. E chegou a altura de dizer basta!´

Mário Contumélias escreve no JN, quinzenalmente, às sextas-feiras

Debate sobre Precariedade Laboral no ISEG ( dia 29 às 17h.)


:DEBATE SOBRE PRECARIEDADE LABORAL


no ISEG ( Instituto Superior de Economia e Gestão)

Com:
Nuno Teles
Prof. João Ferreira do Amaral
Prof. João Duque

29 de Abril às 17h


no Auditório 3 - Quelhas

ISEG


Organização: MOI - Movimento Outro ISEG
Com a colaboração dos Precarios Inflexíveis

27.4.08

Campanha contra a técnica de tortura usada pela CIA da simulação de afogamento

A Amnistia Internacional lançou agora uma campanha contra a «simulação de afogamento», técnica de tortura cujo uso pela CIA já foi confirmado pelos seus mais altos dirigentes, e que recentemente foi objecto de uma lei pela Cãmara de Representantes dos Estados Unidos que pretendia proibi-la. No entanto, Bush vetou a lei pelo que o seu uso e aplicação prossegue




O afogamento simulado e uma forma de tortura na qual a pessoa é deitada de costas e imobilizada, com a cabeça inclinada para trás (a chamada "posição de Trendelenburg"), e água é lançada sobre a face e para dentro das vias respiratórias. Por meio do sufocamento forçado e da inspiração de água, o torturado passa pelo processo de afogamento e é levado a acreditar que a sua morte é iminente. Diferentemente da prática de apenas submergir em água o rosto do torturado pela frente, o afogamento simulado provoca, quase que de imediato, o reflexo faríngeo.Embora nem sempre provoque danos físicos duradouros, o afogamento simulado inclui o risco de dor intensa, danos aos pulmões, dano cerebral causado pela falta de oxigênio, ferimentos (inclusive fraturas ósseas) causados quando o torturado se debate contra as amarras e até mesmo a morte.Os efeitos psicológicos podem perdurar por anos após o procedimento.
A técnica do afogamento simulado já era registrada em interrogatórios da Inquisição para obter informações, extrair confissões, punir e intimidar. É considerada tortura por uma variada gama de autoridades, inclusive juristas,políticos, veteranos de guerra, agentes de serviços de informações, juízes militares e organizações de direitos humanos. Em 2007, causaram escândalo nos Estados Unidos as notícias veículadas pela imprensa segundo as quais o Departamento de Justiça havia autorizado a prática, conhecida em inglês como waterboarding, e que a CIA havia submetido a afogamento simulado prisioneiros extrajudiciais

26.4.08

Pela solidariedade internacional dos trabalhadores - 1º de Maio libertário


O único anarquista ( a propósito do livro anarquismo urgente de Edson Passetti)

O único é um anarquista que deixou de ser reformador social.
Vive na associação combatendo desigualdades, conservadorismos, os ismos que engrandecem autoridades superiores, os seus íntimos e os devotos das obediências.

O único é um insurgente que não impede as experimentações de outros anarquistas, ao contrário, incentiva-as. O seu alvo é obstruir absolutos e confirmar éticas potencializadoras e intensificadoras de liberdades.

Anarquizar os anarquismos! Eis um fluzo de riscos constantes e veementes na história do presente. Ultrapassando limites, vivendo limiares.



DE:
O anarquismo urgente, de Edson Passetti
Edições Achiamé - 2007

http://www.livrosachiame.blogspot.com/

http://www.nu-sol.org/

Ecopista unirá Galiza e Portugal (33 km entre Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Laza) e amanhã abre o percurso pedestre de Tresminas


Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Laza, na Galiza, vão ficar unidas através de uma ecopista com 33 quilómetros, um projecto que vai aproveitar parte da desactivada Linha do Corgo.

A ecopista aproveita o ramal ferroviário do Corgo entre Vila Pouca de Aguiar e Chaves, estendendo-se depois pela margem do rio Tâmega até Laza.
Ao longo da via serão instalados equipamentos de apoio, nomeadamente estacionamento para bicicletas e infra-estruturas sanitárias, prevendo-se ainda a recuperação e adaptação de estações, apeadeiros ou pontes e a aquisição de equipamento de apoio virtual, como audioguias e sistemas de GPS.


Note-se que hoje já existe uma ciclovia entre Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas de 6 Km, tendo uma grande frequência e adesão da população



Rede Municipal de Percursos de Vila Pouca de Aguiar


A Rede Municipal de Percursos de Vila Pouca de Aguiar inclui 14 percursos pedestres de pequena rota (PR), um percurso pedestre de grande rota (GR), um percurso equestre (PE) e um percurso cicloturístico (PC), completando a mais extensa rede de trilhos sinalizados, a nível nacional. Com esta infra-estrutura, pretende-se fomentar o conhecimento do território e a valorização dos recursos naturais e sócio-culturais, promovendo, simultaneamente, a conservação do património viário tradicional.




Aprentação do Percurso pedestre das Minas de Tresminas ( Vila Pouca de Aguiar)


Na Festa da Primavera – Culto da Deusa Romana Nabiae

Apresentação de Percurso Pedestre Ecológico

Junto ao Complexo Mineiro de Tresminas


No dia 27 de Abril de 2008 será feita a inauguração de um percurso pedestre guiado no Complexo Mineiro Romano de Tresminas, concelho de Vila Pouca de Aguiar, num vale de elevada beleza paisagística, no fundo do qual se localiza a pitoresca aldeia de Ribeirinha.
O percurso intitula-se “Natureza e História dos Romanos em Tresminas” e procura dar a conhecer aos visitantes o rico património arqueológico, paisagístico e biológico que actualmente observamos e o que existiu no tempo da ocupação romana. Biólogos e arqueólogos procurarão mostrar-lhe, não só o interior das galerias, como toda a zona envolvente de uma forma diferente, chamando a atenção para pormenores que normalmente nos passam ao lado.

A data escolhida tem em conta o mês em que os romanos celebravam a Primavera e faziam o culto à Deusa Nabiae. Esta era a deusa mais importante no norte da Lusitânia e fertilizadora da natureza, das águas, das fontes, dos rios e dos bosques.

O culto de Nabia é actualmente relacionado com “região afundada entre montanhas”, podendo estar ligado à mineração, especialmente porque uma das inscrições de Três Minas, local de “covas entre montes”, por excelência, é dedicada a Nabiae.

O passeio guiado inicia-se às 10h no parque de estacionamento das minas romanas. Os primeiros três km no sentido descendente, permitem a visita a uma das Cortas e Galerias, e culminam na aldeia de Ribeirinha para um piquenique de confraternização; segue-se a segunda parte do percurso no sentido ascendente, depois do almoço, para visita a outra das Cortas, de regresso ao início do percurso.

A participação no passeio é gratuita e o piquenique campestre, às 13H, na aldeia de Ribeirinha, terá o valor de 10 euros. As inscrições estão abertas até ao dia 24 de Abril, através dos números 936076979 (Duarte Marques) ou 259433146 / 918120257 (Clara Espírito Santo e Sandro Freitas).


Tema: Festa da Primavera – Culto da Deusa Romana Nabiae
Local: Minas Romanas em Tresminas, concelho de Vila Pouca de Aguiar
Data: Domingo, 27 de Abril de 2008

Hoje pode-se ver um documentário seguido de debate sobre a Venezuela ( no Porto é na Casa Viva às 15h.)

Porto, às 15h.
Casa Viva no Porto
Praça Marquês de Pombal, nº 167 - edifício velho ao lado da Igreja


Lisboa, às 15h.
Biblioteca-Museu República e Resistência
Rua Alberto de Sousa, nº10 -
metro cidade universitária


Em discussão estarão temas como as conquistas sociais em matéria de educação, alfabetização, saúde, os conselhos comunais, o controlo operário, a autogestão, o socialismo do século XXI e o poder popular.

Iniciativa do colectivo Tirem as Mãos da Venezuela, organização de solidariedade revolucionária ligada à campanha internacional Hands Off Venezuela.

O 25 de Abril de 1945 marca o derrube do fascismo em Itália

Em 25 de Abril de 1945 os guerrilheiros (partisanos) anti-fascistas italianos libertam Milão da ocupação nazi-fascista. Um pouco por todo o norte de Itália a população insurge-se e criam-se zonas livres mesmo antes da chegada das tropas dos exércitos aliados. As tropas nazis não têm outra solução que não seja bater em retirada levando consigo os seus apaniguados italianos colaboracionistas.














25.4.08

Reviver lágrimas de alegria pelo 25 de Abril de 1974





Grândola vila morena cantada por
José Afonso, Vitorino e Francisco Fanhais
na Herdade Torre Bela ocupada pelos trabalhadores







O Sexto Cesto (Governo) está Roto









Vídeos sobre o 25 de Abril de 1974

Cantores de Intervenção - Página Márius 70


Sons do "Pulsar da revolução"

Rendição de Cavalaria 7 (Voz de Salgueiro Maia)






25 de Abril – nunca é demais relembrar ó povo cinzento que um dia foste livre













A revolução dos Cravos – 25 de Abril – parte 1







Parte 2





Parte 3






Capitães de Abril - Filme de Maria de Medeiros (excerto)

Resistir é vencer ( concerto de José Mário Branco no Coliseu em 2004)

RESISTIR É VENCER



Parte 1






Parte 2






Parte 3

Fausto – Grande, grande é a viagem - Concerto ao vivo em 1990 de Fausto Bordalo Dias

Parte 1





Parte 2





Parte 3


Sérgio Godinho ao vivo no Coliseu em 2004

Parte 1






Parte 2






Parte 3


24.4.08

IndieLisboa - o 5º festival internacional de cinema independente arranca hoje


Hoje, quinta-feira, 24 de Abril, arranca o Festival IndieLisboa 2008 em vários espaços, constituindo, sem dúvida, um dos poucos momentos onde se pode ver e apreciar cinema não-comercialóide.
O INDIELISBOA é um local privilegiado para a descoberta de novos autores e tendências do cinema mundial e integra uma competição de longas e curtas metragens de novos realizadores.

Encenação teatral a partir de Loucos por Amor de Sam Shepard


Sinopse
Um motel. Eddie, um homem que regressa à sua amada. May, uma mulher sensual e selvagem. Martin, um outro homem.
Um amor que está, ou parece estar, condenado ao fracasso. Um desejo que não pode ser cumprido.



Encenação Manuel Tur
Assistência de Encenação António Parra
Interpretação André Brito, Teresa Arcanjo e Tiago Correia
Cenografia Ana Gormicho e Daniel Teixeira
Figurinos Anita Gonçalves
Desenho de Luz Francisco Teles
Sonoplastia Filipe Azevedo
Direcção de Cena e Produção Joana Neto
Design Gráfico Inês Ferreira




bilhete para estudantes: 3 euros
bilhete normal: 5 euros

Lotação 25 Lugares por marcação
nº 91 843 16 54

maria vai com as outras
loja de livros, tabacos, chás, artesanato, mobiliário, vinhos, outras cores, outros cheiros, outros sabores


R. do Almada, 443, Porto
tel.220167379


segunda a quinta: 16h00-24h00 sextas e sábado: 16h00-20h00/ 22h00-24h00 domingos e feriados: 16h00-20h00
domingos e feriados: 15h00-20h00

Amsterdam é a nova capital mundial do livro



A cidade holandesa de Amsterdam substituiu desde ontem a cidade de Bogotá como Capital Mundial do livro. Trata-se de mais uma iniciaitva da Unesco que selecciona cada ano uma cidade capital do livro como forma de servir de referencial geográfico para a promoção do livro, constituindo o dia mundial do livro ( 23 de Abril) como o momento de passagem do testemunho.

Como é fácil de imaginar Amsterdam já tem pronto um programa anual repleto de actividades em torno do livro. Para começar está previsto um Simpósio sobre sobre o livro e os direitos de autor na era da Internet The Book in the Internet Era: Copyright and the future for Authors, Publishers and Libraries), e uma exposição intitulada Amsterdam em palavras Amsterdam in Words).

Note-se que Amsterdam é a oitava cidade-capital do livro, depois de Madrid, Alexandría, Nova Deli, Amberes, Montreal, Turim e Bogotá.
Consultar também:

www.uba.uva.nl/news/news.cfm ( biblioteca da Universidade de Amsterdam)

www.bookstoreguide.org/ ( guia das livrarias europeias)

www.sjakoo.nl/ livraria libertária de Amsterdam




Fotos da Sjakoo, livraria libertária em Amsterdam




23.4.08

Ler, ler e nunca parar de ler... ( a propósito do dia mundial do livro)

Pode-se avaliar a beleza de um livro
pelo vigor dos safanões que ele nos deu
e pelo tempo que levamos depois a recompor-nos.
Flaubert










1. Quem lê, vê mais.

2. Quem lê, sente mais.

3. Quem lê, vive mais.

4. Quem lê, ama mais

5. Quem lê, sonha mais.

6. Quem lê, decide melhor.

7. Quem lê, governa melhor.

8. Quem lê, escreve melhor.

9. Quem lê, argumenta melhor.

10. Quem lê, pensa melhor








A verdadeira Universidade, nos nossos dias, é uma boa colecção de livros
Thomas Carlyle






Ai, palavras, ai, palavras,
Que estranha potência a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
Sois de vento, ides no vento,
No vento que não retorna,
E, em tão rápida existência,
Tudo se forma e transforma!

(...)

A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...

(...)

Detrás de grossas paredes,
De leve, quem vos desfolha?
Pareceis de tênue seda,
Sem peso de ação nem de hora...
- e estais no bico das penas,
- e estais na tinta que se molha,
- e estais nas mãos dos juízes,
- e sois o ferro que arrocha,
- e sois barco para o exílio,
- e sois Moçambique e Angola!

(...)

Ai, palavras, ai, palavras,
Que estranha potência, a vossa!
Éreis um sopro de aragem...
- sois um homem que se enforca!


Cecília Meireles




Há o hábito de pensar que se entra numa biblioteca para procurar um livro. Não é verdade. Sim, por aí se começa, mas o que na realidade se busca é a aventura.
Umberto Eco



A leitura não é a mesma coisa aos vinte anos que aos sessenta. O jovem lê tudo. (…) Com a idade as leituras vão-se reduzindo. Dizia um filósofo que o importante é saber não o que se há-de ler, mas sim o que «não» há que ser lido.
Azorin

22.4.08

A Carta da Terra ( versão integral)


A carta da Terra é o resultado de um diálogo intercultural que se estendeu ao longo de anos e que pretendeu fazer uma síntese de valores e objectivos de vida partilhados por pessoas de várias culturas e sociedades e que reúne igualmente um conjunto de aspirações comuns.




A Carta da Terra -Versão Integral


PREÂMBULO


Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça económica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.


Terra, Nosso Lar


A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A protecção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.


A Situação Global


Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.


Desafios Para o Futuro


A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios, ambientais, económicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções inclusivas.


Responsabilidade Universal


Para realizar estas aspirações devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos ao mesmo tempo cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual, a dimensão local e global estão ligadas. Cada um comparte responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem estar da família humana e do grande mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo presente da vida, e com humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.



PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA


1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente do uso humano.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.



2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger o direito das pessoas.
b. Afirmar que, o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder comporta responsabilidade na promoção do bem comum.



3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e dar a cada a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justiça económica propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.



4. Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as actuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de acção de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo termo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.



Para poder cumprir estes quatro extensos compromissos, é necessário:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA



5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adoptar planos e regulações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas em perigo.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como a água, solo, produtos florestais e a vida marinha com maneiras que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.
f. Manejar a extracção e uso de recursos não renováveis como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminua a exaustão e não cause sério dano ambiental.



6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de protecção ambiental e quando o conhecimento for limitado, tomar o caminho da prudência.
a. Orientar acções para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica seja incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ónus da prova àqueles que afirmam que a actividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais, cumulativas, de longo termo, indirectas e de longa distância.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioactivas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que actividades militares causem dano ao meio ambiente.



7. Adoptar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Actuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adopção e a transferência equitativa de tecnologias ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal ao cuidado da saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
f. Adoptar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num mundo finito.



8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e uma ampla aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a protecção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a protecção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.



III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÓMICA


9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, económico e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e dar seguro social [médico] e segurança colectiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se a si mesmos.
c. Reconhecer ao ignorado, proteger o vulnerável, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.



10. Garantir que as actividades económicas e instituições em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição equitativa da riqueza dentro e entre nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e aliviar as dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transacções comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a protecção ambiental e normas laborais progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais actuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas consequências de suas actividades.



11. Afirmar a igualdade e a equidade de género como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, ao cuidado da saúde e às oportunidades económicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
b. Promover a participação activa das mulheres em todos os aspectos da vida económica, política, civil, social e cultural como parceiros plenos e paritários, tomadores de decisão, líderes e beneficiários.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a criação amorosa de todos os membros da família.



12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, dando especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas na raça, cor, género, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os para cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis, de significado cultural e espiritual.



IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ



13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, a participação inclusiva na tomada de decisões e no acesso à justiça.
a. Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e actividades que poderiam afectá-las ou nos quais tivessem interesse.
b. Apoiar sociedades locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na toma de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembleia pacífica, de associação e de oposição [ou discordância].
d. Instituir o acesso efectivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo mediação e rectificação dos danos ambientais e da ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes e designar responsabilidades ambientais a nível governamental onde possam ser cumpridas mais efectivamente.



14. Integrar na educação formal e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e a jovens, oportunidades educativas que possibilite contribuir activamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades assim como das ciências na educação sustentável.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massas no sentido de aumentar a conscientização dos desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.



15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento externo, prolongado o evitável.



16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a protecção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações correctas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE


Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adoptar e promover os valores e objectivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objectivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efectiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.