21.10.08

DocLisboa 2008 – VI Festival Internacional de Cinema Documental ( 16 a 26 Out.)

http://www.doclisboa.org/noticias.html

http://www.apordoc.org/index.htm?no=1000001

Doclisboa é o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário.
Em 2007, na sua quinta edição, o doclisboa apostou na capitalização do renovado interesse dos espectadores portugueses pelo documentário e conseguiu trazer às salas da Culturgest, do Cinema Londres e do Cinema São Jorge, um público muito numeroso e entusiasta. O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e potencialidades. O doclisboa apostou também na descoberta de novos territórios, na grande diversidade, e na vitalidade do cinema do real.

Em 2008 o festival tem como principais objectivos:
Mostrar ao público português filmes importantes e multi-premiados internacionalmente que ainda não chegaram às salas de Lisboa;
Permitir uma reflexão mais aprofundada sobre temas contemporâneos e de actualidade;
Dar a conhecer de forma mais sistemática a cinematografia de outros países;
Organizar debates que mobilizem o público em torno de filmes importantes e de temas transversais, presentes em várias obras

Quatro dias após o início do VI Festival Festival Internacional de Cinema Documental já foram emitidos 15 mil bilhetes. Os quatro cinemas que este ano acolhem o festival têm exibido documentários de realizadores consagrados: Frederick Wiseman, Avi Mograbi, Daniel Schmidt, Joris Ivens, Krzystof Kieslowski, Bruce Weber ou Jia Zhang-ke.
No festival estão já realizadores de diversos países, que vêm apresentar os seus filmes e debatê-los com o público. Destaque desde já para Frederick Wiseman, que este ano é o realizador homenageado com uma retrospectiva da sua obra e que na quarta-feira, dia 22, às 11h00, no grande auditório da Culturgest Wiseman dará uma lição pública de cinema.


PROGRAMAÇÃO DIÁRIA do FESTIVAL

16 de Outubro - quinta-feira

CURSO CLOWN ( com Jorge Pacheco no BalletTeatro – Porto durante o mês de Novembro)



CURSO CLOWN no BalletTeatro – Porto durante o mês de Novembro

Curso de 24 h

6,7,8, / 13,14,15 de Novembro 2008

METODOLOGIA:

Nada neste curso será relacionado a um estilo mas sim, em ver e encontrar, o que é
excepcionalmente engraçado em cada pessoa e como ela pode tornar isso, acessível aos outros.

As sessões do curso pretendem ser energéticas e lúdicas. Os Participantes serão incentivados a se divertirem e a terem prazer, usando isso como um começo. Na minha opinião quando as pessoas se divertem e jogam instintivamente, é então que começam a 'jogar' o tolo, a dizer histórias, a se libertarem a gracejar e a descobrir a sua criatividade.

Curso essencialmente prático, com utilização de dinâmicas que promovam a descoberta e aproximação individual ao 'eu ' Clown.

As dificuldades como plataforma da acção de clown, com espírito lúdico e positivo.

Criar condições para todos vivenciarem as emoções de Clown, através do prazer de jogar e improvisar. A importância do desejo no jogo e na acção.

OBJECTIVOS:

Encontrar no nosso interior, a nossa essência esse toque ingénuo de loucura: as emoções mais nossas, a capacidade de surpreendermos e nos entusiasmar.

Soltar as defesas: a responsabilidade, o excesso de lógica e a compostura.


Reconciliarmo-nos com a nossa própria estupidez e procurar a nossa maneira
genuína de fazer humor, rindo-nos das nossas vulnerabilidades.

Jogar em liberdade, um tempo e um espaço para habitar o nosso corpo com prazer e com orgulho , incluindo a sua dimensão grotesca.


Delirar com o quotidiano.

Dar a conhecer sequências de exercícios, como apoios na descoberta e no desenvolvimento do Clown.

CONTEÚDOS

O Corpo Clown


Jogos de aquecimento e preparação ao imaginário individual e grupo CLOWN.

Rir por dentro, sentir respirando.

O jogo clown e o teatro de máscara .

A improvisação: o espaço preferido do clown.

O que é ser Clown


Emoções biológicas e emoções culturais.

A inocência, sabedoria e coração do Clown.

O proibido e a loucura. A tragédia e o sagrado num clown.

A escuta e o contacto com o momento.

Jogar a verdade. A honestidade emocional.

Entusiasmo e desejo de um objectivo.

1º Nascimento de Clown.

Criar e crer nos imaginários.

O nariz - a mais pequena máscara e a que mais revela.

Criação e desenvolvimento


O tempo, o espaço, a voz, o vestuário e os objectos no jogo clown

Trabalhar o olhar como meio de transmitir emoções e de receber.

Bases de improviso para o desenvolvimento do Clown (Siameses, Cumplicidade, Duelos, Irmão maior e irmão mais pequeno). Improvisações individuais, em pares e trios.

Renascimento Clown . Festa final com um bolo de anos

Avaliação, temas para reflexões finais: - O Clown como actor / actriz social na história dos povos. - Clown ou Palhaço no novo circo?


Jorge Pacheco

Palhaço do mundo, abri os olhos em 61 em Lisboa e fui descobrindo que afinal tinha um nariz vermelho, como todas as outras pessoas. Em 1981, descobri a mímica na rua e o Circo com um curso de mímica com Yass Hakochima e num estágio de Clown / Técnica da Escola Russa- no Fabrik Circus em Berlim.
Curioso fiz Formação de Actor e de movimento, de 1990 a 2007, (Michael Tchekov, Stanislavsky, Comédia dell Arte, Alexander Technique, Contact Improvisation, Laban, Pilates) estagiei em Milão com Mamadou Diome da escola de Peter Brook e em New York na escola Lee Strasberg.
O que é ser CLOWN, agradeço em particular a Philippe Gaulier, Jesus Jara e Virgínia Imaz (que trabalhou 3 anos no Cirque du Soleil) e a Leo Bassi, Jango Edwards, Fraser Hooper, Koldobika Vio, sendo com Virgínia e Jesus que fiz mais horas de formação, identifico-me muito com as suas metodologias, seguidoras da escola de Philippe Gaulier e da escola humanista Bataclown - França.
Encantado com o Teatro do Oprimido, aprendi com Iwan Brioc, José Soeiro e Julian
Boal .Teatro- Ferramenta de Intervenção na FPCE.UP. Sou também Actor desde 1986, participei em mais ou menos 48 espectáculos. De 1993 a 2008, encenei vários espectáculos para adultos. Dei formação de Expressão corporal e dramática no ensino profissional, básico e secundário. .Workshop: 'Acção / Teatro' 3 edições(ESAP) . Orientei oficinas de expressão em ESTGAD-Caldas da Rainha, ESBAL, ESBAP, Universidade de Medicina e Psicologia -Lisboa. FLUP, ICBAS-Porto, ZDB-Lisboa, Encenei para e com as crianças na F.C.Gulbenkian, Oficinas de Teatro CML 1994/98. Associação Infante Sagres- Lisboa. Dei formação sobre a expressão de CLOWN em Milão e na Croácia (Festival Internacional de Pula) e Portugal (Balleteatro, Barcelos,TUM e IPJ Braga, Amares, Guarda, Idanha-a-Nova, Abrantes, Lisboa) .
Actualmente, dou aulas e promovo encontros em torno da expressão dramática. Faço parte do programa de itinerâncias da DGLB para a promoção da leitura com acções de formação e ateliers. Colaboro com Municípios em projectos educativos de animação e expressão teatral. Preparo um espectáculo e a abertura de um espaço de pesquisa e Clowning. Com Virgínia Imaz faço um'Clown in progress', no Pais Vasco, continuando a aprender e a investigar o 'mundo' do Clown.

INFORMAÇÕES

Local: Balleteatro - Porto

Curso aberto a todos, c/ e s/ experiência, maiores de 16 anos,


Recomenda-se vir com uma atitude lúdica, positiva, apaixonada e receptiva para viver uma aventura cheia de emoções e divertidos desastres.

Pré - Inscrições - até ao dia 4 de Novembro 2008

Nº limite de participantes - entre 8 e 18

Materiais colectivos: Um bolo para a festa final

Material individual: um nariz com elástico se tiveres... roupas confortáveis.

Vestuário: que tenha a ver com o teu herói infantil ou com alguém que tu admirasses em pequeno.


Objectos: instrumentos musicais, gorros, roupas usadas e tudo aquilo que consideres 'divertido'.

HORÁRIO
Dias 6, 7 e 13, 14 de Nov..,................. 18.30 H - 21 H
8 e 15 de Nov. ................... 10 H /13 H - 15 H /19 H

Duração............ 24 H
Custo................. 50 ¤

Pré-inscrição (até 4 de Novembro por transferência) ...... 25 e.


O nº de inscrições é limitado.

Inscrição CURSO (1º dia de curso)..... 25 e.

Apesar de ser muito pouco provável, caso o curso não se realize por motivos de força maior, os custos pagos serão devolvidos na sua totalidade.

No final da formação, será emitido um certificado de participação

Informações e pré-inscrições:
Balleteatro (arca d' água) on line em: http://www.balleteatro.pt/


Balleteatro (arca d' água)
Praça 9 de abril, 76
4200-422 Porto
Tel: 225 508 918
Mail to:
formacao@balleteatro.pt
transportes: 304, 600, 704 . Metro pólo universitário

contacto de Jorge Pacheco. Tel 964678507


Mail to:clowncurso@gmail.com, manupacheco@sapo.pt

Já saiu o nº 81 da Revista Crítica das Ciências Sociais com um dossier sobre os movimentos estudantis ( os números até ao nº 76 estão em acesso livre)




Já disponíveis integralmente, em regime de acesso livre, os números da Revista Crítica de
Ciências Sociais do nº 1 (1978) ao nº 76 (2006).

Consultar:
http://www.ces.uc.pt/publicacoes/rccs/



Saiu entretanto o nº 81 da revista crítica das ciências sociais corrspondente ao mês de Junho de 2008. Reproduzimos a seguir o seu Índice:


Memória e actualidade dos movimentos estudantis― Elísio Estanque e Rui Bebiano

Jovens, estudantes e ‘repúblicos’: Culturas estudantis e crise do associativismo em Coimbra (p. 9-41) Elísio Estanque

Some Reflections on Student Movements of the 1960s and Early 1970s (p. 43-91) Colin Barker
El Movimiento Estudiantil español durante el Franquismo (1965-1975) (p. 93-110) Miguel Gómez Oliver

Memórias incómodas e rasura do tempo: Movimentos estudantis e praxe académica no declínio do Estado Novo (p. 111-131) Miguel Cardina

A Universidade e o Estado Novo: De “corporação orgânica” do regime a território de dissidência social (p. 133-153) Álvaro Garrido

A juventude e a(s) política(s): Desinstitucionalização e individualização (p. 155-177) Nuno Miguel Augusto

Cultura e política: A experiência dos coletivos de cultura no movimento estudantil (p. 179-207)
Marcos Ribeiro Mesquita

Já saiu o nº 11 do jornal Mudar de Vida ( edição em papel)




Os meios políticos e capitalistas nacionais começaram por fazer crer que a crise era “americana” e que o sistema financeiro português não iria sofrer grandes danos. Agora, que a recessão é dada como certa, aproveitam a mundialização da crise para justificar a deterioração das condições de vida dos trabalhadores. A afirmação do ministro da Economia de que acabou “o mundo de prosperidade (?) em que vivemos durante 10 a 15 anos” é um primeiro sinal de uma nova ofensiva sobre o trabalho a coberto das “dificuldades”.
O facto de termos um capitalismo débil faz com que as consequências por cá sejam ainda mais graves. As empresas com alguma expressão, sendo subcontratantes das transnacionais, serão as primeiras sobre as quais o grande capital sacudirá os custos da crise que, por sua vez, serão sacudidos sobre os trabalhadores.
Enquanto o capitalismo durar, os trabalhadores terão um dilema que é uma das armas mais fortes dos capitalistas. Se se recusam a suportar o peso da crise e o empurram para o capital, os lucros dos patrões diminuirão, os investimentos mais se retrairão e o desemprego aumentará. Se cedem à ilusão de pacto entre capital e trabalho para ultrapassar a crise “em conjunto”, a deterioração das condições de vida é consentida pelos trabalhadores ou pelos seus “representantes” sindicais. A história mostra que a agudização das crises, em vez de proporcionar melhores condições de luta, tem servido para vergar a resistência dos trabalhadores.
A resposta agora tem de ter por base o interesse de classe dos assalariados, contra o interesse de classe dos capitalistas. Não há interesses “nacionais” ou “económicos gerais” que estejam acima deste confronto. É pois urgente dar voz a todas as lutas, impedir o seu isolamento, estimulá-las, reforçar a solidariedade entre os trabalhadores. É o que nós, Mudar de Vida, procuraremos fazer.