10.3.11

Amartya Sen dirige um simpósio, e vai ser doutor honoris causa pela Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra (dia 13 e14 de Março)


Vivemos um mundo de opulência sem precedentes, mas também de privação e opressão extraordinárias. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de cidadão" - Amartya Sem



A Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra atribui, no próximo dia 13 de Março, Domingo, às 10:30h, na Sala Grande dos Actos da Universidade de Coimbra, o Doutoramento Honoris Causa a Amartya Sen.

Os fundamentos da decisão do Conselho Científico da FEUC encontram-se em
www.uc.pt/feuc/documentos/destaqueDocs/Docs11/HonorisCausa-AmartyaSen.pdf.

Economista de grande relevo, figura intelectual de vasta cultura, a quem foi concedido, em 1998 o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, Sen personifica uma intensa convivência com os grandes debates intelectuais das últimas décadas, designadamente quando estão em causa temas como os das escolhas colectivas, da justiça, dos valores, da pobreza, do desenvolvimento, da ética ou da capacitação das pessoas para uma inserção plena na sociedade e na economia. A Faculdade de Economia, ao conferir a Sen esta distinção, quer homenagear o seu notável contributo para as ciências sociais e sublinhar o significado que atribui a valores como os que se referiram para que tanto a Ciência Económica como a vida económica assumam plena grandeza.


Simpósio de Amartya Sen e Emma Rothschild
sobre Justiça, Valores Humanos e Economia Política,
dia 14 de Março, às 14:30h no Auditório da FEUC

Na Segunda-Feira, dia 14, às 14:30h, no Auditório da Faculdade, tem lugar um Simpósio durante o qual, numa primeira parte, Amartya Sen e Emma Rothschild proferirão duas Conferências sobre Justiça, Valores Humanos e Economia Política.
Na segunda parte do Simpósio, para ilustrar o modo como os trabalhos de Sen estão presentes na investigação e no ensino que aqui se desenvolvem, haverá apresentações de Adelino Fortunato, Clara Murteira, João Rodrigues, Lina Coelho e Vítor Neves.


Na nota autobiográfica1 que associou à atribuição do Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, em 1998, Amartya Sen declarou que nasceu num Campus Universitário (Santiniketan, 3 de Novembro de 1933) e que lhe parece ter passado a sua vida de um campus para outro. De facto, ele estudou e ensinou em Calcutá e em Cambridge, foi professor na Delhi University, na London School of Economics, em Oxford e em Harvard University e foi visitante no M.I.T., em Stanford, em Berkeley e em Cornell.

Na sua formação económica, a conjugação de dois ambientes universitários diferentes, Calcutá e Cambridge, deram lugar a questões marcantes como as da identidade cultural, da tolerância e do pluralismo ou do debate sobre a matéria substantiva da ciência económica. A partilha de ambientes comuns com Kenneth Arrow, John Rawls, Luigi Pasinetti, Nicholas Kaldor, Joan Robinson, Albert Hirschman ou Piero Sraffa, entre muitos outros, faz dele um economista sofisticadíssimo. E a convivência com problemas centrais do século XX, como o problema da fome e da discriminação na Índia ou a utopia da construção europeia vista ao lado de um federalista como Spinelli, fizeram dele um académico profundamente envolvido no mundo.

Ainda na Índia, a publicação em 1951 do livro de Kenneth Arrow Social Choice and Individual Values e o seu “teorema da impossibilidade”, com a demonstração de que nenhum mecanismo de escolha social não-ditatorial pode conduzir a decisões coerentes, abriu-lhe um imenso campo de estudo e debate. Ao publicar, em 1970, Collective Choice and Social Welfare, Sen procurou responder positivamente a esta pergunta e, com isso, abriu um campo frutuoso que marcou toda a sua obra e, com ela, o pensamento económico, renovando-o e superando alguns dos seus dilemas mais notórios. A ideia de que é razoável uma escolha social mesmo considerando as diferenças entre as preferências, interesses e valores dos indivíduos tornou-se central.

Esse pensamento foi rapidamente ligado ao estudo das desigualdades, da pobreza, do emprego e, sobretudo, ao das implicações da liberdade, dos direitos e da justiça. As duas colecções de artigos que publicou em 1982 e 1984, respectivamente, Choice, Welfare and Measurement e Resources, Values and Development consolidaram esse caminho que prosseguiria com os temas das desigualdades de sexo e do papel das mulheres, tanto na Índia como através de comparações internacionais, como se mostra em Commodities and Capabilities, 1985, e em “Gender and Cooperative Conflict", 1990.

Mas já desde meados dos anos 70 que o objectivo de combater a fome o juntou ao World Employment Programme da International Labour Organization, para o qual escreveu em 1981 o livro Poverty and Famines. Em 1993, juntamente com Mahbub ul Haq, foi o criador do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), usado desde então pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

A sua imensa produção teórica não ficaria completa sem a referência a On Ethics and Economics e, mais recentemente, a A Ideia de Justiça, que acaba de ser publicado em Portugal e que ilustra todo o seu debate com John Rawls.

Sessões públicas do Tribunal-Iraque e exposição sobre a ocupação do Iraque (12 e 13 de Março)


Os 8 anos de ocupação do IRAQUE e a situação no mundo árabe

Tribunal-Iraque (Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque) em colaboração com a Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro realiza nos próximos dias 12 e 13 duas sessões com a projecção de documentários, exposição, e debates


Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, Lisboa
Metro Telheiras


12 Março, sábado,15 horas
Exposição Os 8 anos de Ocupação do Iraque
Projecção dos documentários

Faluja, o massacre escondido (20’)
Testemunhos de Faluja (33’)


13 Março, domingo,15 horas
Exposição Os 8 anos de Ocupação do Iraque
Projecção do documentário Objectivo Iraque (54’)

Debate sobre as revoltas populares nos países árabes

Desde Janeiro, revoltas populares alastram pelos países árabes, do Magrebe ao Médio Oriente. Os EUA e a Europa, que sempre viram estes países como colónias, ou bases estratégicas, ou fontes de abastecimento de energia, enfrentam uma realidade nova. Os povos árabes repudiam os regimes que o Ocidente apoiou durante décadas. Querem liberdade, rejeitam a miséria, exigem melhor vida. Uma nova geração está a dar corpo a lutas sociais que reclamam direitos humanos básicos.


www.tribunaliraque.info

Manifestação pacífica pelo Tibete hoje, dia 10 de Março, às 19h., em Lisboa



MANIFESTAÇÃO PACÍFICA PELO TIBETE

COMEMORAÇÃO DO 52º ANO DA REVOLTA NACIONAL TIBETANA

Esta quinta-feira dia 10 Março às 19h00

frente à embaixada da R.P.C em Lisboa (Rua de Santana à Lapa, 2)

Compareçam !

Tragam bandeiras, T-shirts e posters !

Os Tibetanos no Tibete necessitam da vossa ajuda, do vosso apoio

http://grupodeapoioaotibete.blogspot.com/

Uma nova revolução está em curso no Tibete.
Uma nova geração de Tibetanos - no Tibete e no exílio - ergue-se.
Apesar do poderio e controlo militar chinês sobre a sua nação, os Tibetanos afirmam resolutamente a sua identidade e o seu desejo por liberdade.
A revolução está em curso via videos, canções, poemas e literatura.


Veja e partilhe o video seguinte:

Participe na acção global pela libertação de Norzin Wangmo, condenada a cinco anos de prisão pelo envio de informação acerca da violação dos direitos humanos, para o exterior, via telemóvel e internet:
http://www.freetibetanheroes.org/

- Leia e partilhe: "Tiananmen 2.0: Why China Is Not Immune to the Tunisia Effect" por Tendor do Students for a Free Tibet

Marina Rosenfeld, compositora, artista sonora e visual, dá hoje um concerto no Porto com uma perfomance musical participativa: Rainbow Gathering


Marina Rosenfeld, compositora, artista sonora e visual, dá hoje um concerto no Porto, no Mosteiro de S.Bento da Vitória, pelas 22h. ( bilhetes a 5 euros), com uma perfomance musical participativa a que deu o nome de Rainbow Gathering . A iniciativa está integrada na exposição Às Artes, Cidadão, do Museu de Serralves.

A artista está também associada à improvisação e às práticas estéticas situacionais, sendo já uma figura importante na música experimental.

O projecto rainbow gathering, de Marina Rosenfeld, aborda de forma lúdica a contínua relevância do arco-íris para práticas utópicas – tanto políticas como estéticas –, ao juntar o simbólico e o sónico numa performance musical participativa.

Esta peça convida membros da comunidade musical do Porto, de músicos pop a instrumentistas experimentais, a reunirem-se para formar uma estrutura sónica temporária – um arco-íris composto inteiramente de som –, seguindo uma notação gráfica e integrando o seu próprio “fazer da música”, no âmbito de uma partitura electro-acústica criada pela artista.

Usando instrumentos, voz, canções e som abstracto, o rainbow gathering (encontro arco-íris) de Rosenfeld pede aos participantes para se situarem dentro de um dado espectro de frequência e para ouvirem o seu vizinho.

Marina Rosenfeld é uma compositora e artista sedeada em Nova Iorque. O seu trabalho tem sido apresentado na Europa e nos Estados Unidos, na Whitney Biennial, na Bienal de Liverpool, no Stedelijk Museum (Amesterdão), na Tate Modern, e em festivais como o Ultima (Oslo), Donaueschingen Musiktage, Ars Electronica (Linz), Wien Modern, Maerz Musik (Berlim), Mutek (Montreal), entre outros. Colaborou com a Merce Cunningham Dance Company e editou discos com as chancelas Charhizma, Softl, Room 40 e Innova. Em Abril, irá apresentar um trabalho paralelo a rainbow gathering no MoMA, em Nova Iorque.

http://www.marinarosenfeld.com/

Marina Rosenfeld is a composer and turntablist. She initiated a decade-long engagement with composition, improvisation, performance and situational aesthetic practices while still a student in 1994 with her "sheer frost orchestra:" a performance realized by 17 women on floor-bound electric guitars, deploying nail-polish bottles as sound-producing implements.








Para saber mais:
http://newyork.timeout.com/articles/art/26736/marina-rosenfeld
http://whitney.org/www/2008biennial/www/?section=artists&page=artist_rosenfeld
www.room40.org/releases-plasticmaterials.shtml

Eu Vou (resposta de um arquitecto à pergunta porque é que ia ao Protesto da Geração à Rasca do dia 12)

Clicar sobre a imagem para ler em detalhe


Esta resposta foi enviado para a imprensa

Professores também estarão no Protesto da Geração à Rasca na Avenida da Liberdade, Lisboa, em solidariedade com os professores precários

PROFESSORES também estarão no PROTESTO da Geração à Rasca na Avenida da Liberdade, Lisboa, em solidariedade com os PROFESSORES PRECÁRIOS


Dia 12 de Março, às 14h30, à frente do Diário de Notícias
(no início da Avenida da Liberdade, do lado esquerdo, de quem desce do Marques de Pombal).

http://3rs-spgl.blogspot.com/


DIA 12 MARÇO VAMOS ENCHER A AVENIDA DA LIBERDADE

O Movimento de professores e educadores 3R’s esteve em todas as lutas contra o governo e as suas políticas anti-educativas. Estivemos e ajudámos a mobilizar, sem sectarismos, as lutas dinamizadas pelos dirigentes sindicais mas também lutas que não foram dinamizadas por aqueles: 15 Novembro 2008, 24 Janeiro 2009, 13 Setembro 2010, 4 Março 2011, etc.


No entanto nunca concordámos que as direcções sindicais tradicionais tenham apenas por objectivo negociar e fazer acordos e entendimentos com o governo que nem sequer são debatidos e decididos democraticamente pela classe e são mesmo prejudicais à base. Defendemos a necessidade de Renovar, Refundar e Rejuvenescer (3Rs) o movimento reivindicativo, ajudando assim a construir uma alternativa democrática e combativa. É fundamental começar a construir algo de novo. A mobilização que se está a construir em torno do Protesto dos Precários/Geração à Rasca do próximo sábado, dia 12 de Março, na Avenida da Liberdade, poderá dar passos importantes para a construção daquela alternativa nova, democrática e combativa.


A classe docente possivelmente é a mais precária da função pública e é fundamental que, perante o ataque unido do governo Alçada-Sócrates em precarizar todas as relações de trabalho e os próprios direitos da generalidade dos efectivos, enchendo assim os bolsos da banca e boys, estejamos unidos com outros sectores precarizados ou com direitos ameaçados na Avenida da Liberdade no dia 12 de Março.

Muitos professores naturalmente vão estar também no Campo Pequeno no dia dia 12 de Março conforme convocatória dos dirigentes da FENPROF e de outros sindicatos; o Movimento 3Rs, mais uma vez sem sectarismo, também aí estará presente.


No entanto, para começarmos a dar a volta a isto – não ficarmos sempre condenados a escolher o mal menor ou obrigados a aceitar acordos sem democracia de base… - teremos que nos unir aos outros sectores. Queremos ajudar a construir movimentos novos, sem "velhos vícios sindicais" (que têm impedido de responder eficazmente aos ataques governamentais e feito perder as oportunidades que as mobilizações históricas da classe têm proporcionado…), e por isso apelamos para a participação do protesto na Avenida da Liberdade.


Pela unidade de todos os sectores contra a precariedade no emprego e nos direitos! Todos, cada vez mais, somos precários!


Despedimentos e ataques no ensino são para pagar bancos e boys!


Na Avenida da Liberdade e com o Movimento 3Rs, vem ajudar a construir uma alternativa democrática e combativa!


Dia 12 de Março, às 14h30, à frente do Diário de Notícias
(no início da Avenida da Liberdade, do lado esquerdo, de quem desce do Marques de Pombal).


JUNTA-TE A NÓS: professores, funcionários, estudantes e todos os outros sectores são bem vindos!

Declaração do escritor José Luís Peixoto de Apoio ao Protesto de dia 12 de Março.



Sobre José Luís Peixoto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Lu%C3%ADs_Peixoto
http://www.joseluispeixoto.net/

Protesto da Geração à Rasca também fora do país - Convocatória para concentração junto às embaixadas portuguesas

www.facebook.com/?tid=1913426000769&sk=messages#!/event.php?eid=115213511889768




Convocatória para concentração junto às embaixadas portuguesas, em consonância com o Protesto da Geração à Rasca:


Cidades que já aderiram:
Haia -
http://www.facebook.com/event.php?eid=146039612126925
Londres -
http://www.facebook.com/event.php?eid=115159275228106
Barcelona -
http://www.facebook.com/event.php?eid=151479054913797
Madrid -
http://www.facebook.com/event.php?eid=131203940284900
Berlim -
http://www.facebook.com/event.php?eid=204655686212547
Estugarda -
http://www.facebook.com/event.php?eid=203258626367171
Paris -
http://www.facebook.com/event.php?eid=204096852949454
Copenhaga -
http://www.facebook.com/event.php?eid=102942183120241


Para todos aqueles que se revejam no protesto que se vai realizar em Portugal. Seja porque que tenham emigrado por falta de oportunidades, em busca de melhores condições de vida ou simplesmente porque estejam solidários com a precaridade laboral vivida por milhares de portugueses e reconheçam a gravidade do que isso implica para a estabilidade e bem-estar social no país.

Não fiquem à espera que vos digam se vai haver manif ou não no país onde residem. Iniciem o vosso próprio evento e convidem o maior numero de pessoas possível! Há muito que passamos a fase da meia-dúzia de gatos pingados e ainda seremos muitos mais!!!

Não se trata apenas dum protesto duma geração ou classe desfavorecida. A precaridade laboral é um problema que afecta a todos, directa ou indirectamente: cria instabilidade social, contribui para a deterioração das qualificações do mercado laboral e como consequência é um obstáculo para a retoma económica do país a longo prazo.

Não se trata apenas dum protesto para fazer reivindicações, mas sim duma oportunidade para um ponto de viragem a nível social. A democracia não se pode limitar a uma escolha entre esquerda e direita, mais estado ou mais sector privado. É preciso introduzir uma nova força que interfira e que contrabalance os poderes instituídos e essa forca é a participação activa dos cidadãos na resolução dos problemas da sociedade. Só assim se pode contribuir para a melhoria da situação económica, politica e social do pais.

Por isso, não deixem de participar! E mesmo que não possam estar presentes por morarem longe da embaixada, enviem para lá uma carta com o manifesto e propostas vossas!
Enviem também essas propostas para a organização do protesto - geracaoarasca@gmail.com