Por intermédio do seu blogue soubemos que já se encontram nos escaparates das casas da especialidade as edições mais recentes da livraria Pulga (sito no Centro comercial Itália, Rua Júlio Dinis, 752-1º dto, loja 70, Porto), a saber:
" Manual do Desempregado", de Liberato
“ Saloon”, de A. Pedro Ribeiro
“Teatro d’Abjecção”, de A. Dasilva Ó
“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais
Do prefácio deste último (“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais) retiramos este excerto:
“ Esta é uma história de amor e traição. Vive-se num momento de turbilhão revolucionário. Estamos em Paris, Maio de 1968, eternizado pela tomada das ruas pelo movimento estudantil revoltado contra a vida manietada, contra a guerra imperialista contra o nivelamento conformista, pelos lazeres de uma sociedade de plástico. Jovens que ergueram barricadas que se organizaram solidários para que o poder de decisão sobre as suas próprias vidas lhes fosse restituído.A ordem vigente acolheu-os com a repressão violenta das forças policiais militarizadas. O confronto sangrento paralisou toda uma nação. Solidária, outra geração ergueu a voz face à barbárie. Intelectuais e operários, os pais que viam a sua descendência, nas ruas, brutalizada pelos cães da guerra. Estava constituído um novo movimento urdido no diálogo e na acção revolucionária. Já não se tratava apenas de fazer voar as pedras da calçada. Havia debates na Sorbonne, mas também nas avenidas e nas esquinas de Paris amotinada contra a intolerância dos que se agarram ao poder a todo o custo (mesmo o da vida humana). Por toda a França discutia-se o futuro, a autogestão, os caminhos da emancipação dos gestos quotidianos, a autoridade de cada indivíduo em expressar-se consoante a sua verdade.Estes foram alguns dos factos. A História encarregou-se de mastigá-los, digeri-los à imagem de outras conveniências que não as motivações originais do movimento revolucionário de 68. Conveniências de "objectos culturais" a serem consumidos, roupas de marca, compêndios e livros, anúncios para a venda de automóveis: "sejam razoáveis, exijam o impossível".”
( excerto do prefácio DE AUTORIA DE J.C.JERÓNIMO PAULO BERNARDINO RIBEIRO)
Para mais informação consultar o bloque da livraria
" Manual do Desempregado", de Liberato
“ Saloon”, de A. Pedro Ribeiro
“Teatro d’Abjecção”, de A. Dasilva Ó
“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais
Do prefácio deste último (“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais) retiramos este excerto:
“ Esta é uma história de amor e traição. Vive-se num momento de turbilhão revolucionário. Estamos em Paris, Maio de 1968, eternizado pela tomada das ruas pelo movimento estudantil revoltado contra a vida manietada, contra a guerra imperialista contra o nivelamento conformista, pelos lazeres de uma sociedade de plástico. Jovens que ergueram barricadas que se organizaram solidários para que o poder de decisão sobre as suas próprias vidas lhes fosse restituído.A ordem vigente acolheu-os com a repressão violenta das forças policiais militarizadas. O confronto sangrento paralisou toda uma nação. Solidária, outra geração ergueu a voz face à barbárie. Intelectuais e operários, os pais que viam a sua descendência, nas ruas, brutalizada pelos cães da guerra. Estava constituído um novo movimento urdido no diálogo e na acção revolucionária. Já não se tratava apenas de fazer voar as pedras da calçada. Havia debates na Sorbonne, mas também nas avenidas e nas esquinas de Paris amotinada contra a intolerância dos que se agarram ao poder a todo o custo (mesmo o da vida humana). Por toda a França discutia-se o futuro, a autogestão, os caminhos da emancipação dos gestos quotidianos, a autoridade de cada indivíduo em expressar-se consoante a sua verdade.Estes foram alguns dos factos. A História encarregou-se de mastigá-los, digeri-los à imagem de outras conveniências que não as motivações originais do movimento revolucionário de 68. Conveniências de "objectos culturais" a serem consumidos, roupas de marca, compêndios e livros, anúncios para a venda de automóveis: "sejam razoáveis, exijam o impossível".”
( excerto do prefácio DE AUTORIA DE J.C.JERÓNIMO PAULO BERNARDINO RIBEIRO)
Para mais informação consultar o bloque da livraria