11.5.07

Acção Europeia pelo Direito à Habitação ( 12 de Maio )

Convocam-se todos os interessados para estar mais uma vez lutando connosco pelo Direito à Habitação, no dia 12/05 (próximo sábado) às 14h no Metro Baixa-Chiado, na saída do Largo do Camões. Esta acção será conjunta com outros movimentos pela habitação na Europa . Em anexo estão os manifestos de Lisboa e dos movimentos europeus


Colectivo de Moradores de Bairros Periféricos da Área metropolitana de Lisboa
Grupo Direito à Habitação da Associação Solidariedade Imigrante
Rua da Madalena, 8º- 2ºandar, 1100-321 Lisboa

direito.a.habitacao@gmail.com



TODOS OS QUE ESTÃO EM SITUAÇÃO DE HABITAÇÃO PRECÁRIA

De Lisboa a Paris passando por Roma, Bruxelas, Sevilla e São Paulo

JORNADAS DE ACÇÃO! 11 e 12 Maio 2007

Hoje, pela primeira vez, os movimentos de luta pela habitação da rede No-Vox na Europa e no Brasil mobilizam-se juntos contra a especulação imobiliária e pelo direito à habitação! Em Paris, Lisboa, Roma, Bruxelas e Brasília, os moradores e os seus movimentos de luta organizarão acções simultâneas!

Em toda a Europa, a especulação imobiliária fora de controlo: essa especulação tem consequências muito concretas na vida de milhões de moradores, excluídos do accesso a uma habitação digna, sob a ameaça de expulsão, desalojados, afastados dos seus bairros pelas demolições, refugiados em habitações precárias. Esta especulação é incentivada pelas políticas de desregulação actualmente aplicadas pelos governos europeus, que organizam a venda do património público e social, e recusam-se a construir as habitações accessíveis necessárias. Em Itália, o patrimônio público é vendido, em França, o Estado vende a preços baixos o patrimônio das empresas públicas, na Bélgica os organismos locais vendem os seus terrenos aos promotores, em Portugal, o estado sob pressão dos promotores expulsa massivamente os moradores dos bairros de autoconstrução da periferia de Lisboa, em Espanha os governos regionais privatizam a habitação social. Esta especulação é também trasnacional: os grandes investidores, bancos, fundos de pensões, grandes empresas de distribuição, esperam, ao especular nos 4 cantos do mundo, mais-valias rápidas em detrimento da vida de milhões de habitantes. Uma das suas formas é a desocupação: ao mesmo tempo que a crise da habitação está no seu auge afasta às populações modestas dos seus bairros, milhões de m² de habitações e espaços comerciais ficam vazíos, favorecendo assim a especulação (em Portugal 544000 fogos estão vazios, em França 2 milhões, em Espanha mais de 3 milhões).

Classes populares, jovens, migrantes, trabalhadores precários, desempregados, trabalhadores pobres, pessoas vulneráveis tem de enfrentar e suportar o preço crescente da habitação, e a degradação das suas condições de vida. Em toda a Europa, contra a especulação e a crise da habitação, as resistências se organizam : os bairros lutam contra as expulsões e as demolições, as familias ocupam /requisitam os prédios devolutos, os mal-alojados se mobilizam para obter um tecto.

Nós, organizações de base de moradores, de mal-alojados, de sem-tecto, da Bélgica, da Espanha, da França, da Italia, de Portugal, com o apoio de movimentos de luta do Brasil, reclamamos o direito a uma habitação condigna e accessivel para todos e todas.

EXIGIMOS PORTANTO:

- Medidas de urgência para alojar imediatamente os mal-alojados e os sem-tecto, e parar de atirar os moradores para a rua.
- O fim das demolições e da privatização da habitação social, do patrimônio público, dos bairros populares
- Medidas estruturais para lutar contra a especulação imobiliária, em particular, a regulação dos preços do mercado de habitação
- Implementação de habitação social accessível para todos, inclusive ocupando e reabilitando os prédios vazios.

Assinam : Droit Au Logement (França) – Direito à Habitaçãoo, Associação ; Solidariedade Imigrante (Portugal) – Arquitectura y Compromiso Social (Espanha) -ACTion diritti in movimento- ASIA/RDB (Italia) - Comité des Sans Logis (França) - Movimento Nacional de Luta pela Moradia (Brasil).


www.novox.ras.eu.org/site/?lang=pt





Manifesto do Colectivo de Moradores de Bairros Periféricos da Área Metropolitana de Lisboa


Vários bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa já foram destruídos deixando centenas de pessoas sem casa. O Direito à Habitação continua a ser desrespeitado. Cada vez mais bairros estão sob ameaça de serem demolidos e centenas de moradores de serem expulsos e ficarem a morar na rua.

Estes bairros foram construídos há décadas por trabalhadores portugueses migrantes do interior do país, imigrantes e os seus filhos que nasceram em Portugal. Através da luta, resistência e organização dos moradores dos bairros atingidos pelas demolições, o desrepeito pelo direito fundamental à habitação foi evidenciado e denunciado. No entanto, apesar destas denúncias, resta ainda muito para fazer, pois os processos de demolição prosseguem e os moradores continuam a ser esquecidos.

Sendo assim, continuamos a lutar por uma habitação digna, como consagrado no artigo 65 da Constituição da República Portuguesa, que diz: “Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”. A habitação é um direito básico de cada cidadão, fundamental para a sua integração social.

As políticas de habitação até hoje implementadas revelaram-se limitadas, injustas e dão margem à discriminação. Essas políticas não são coerentes com a situação de precariedade laboral que atravessa Portugal e que afecta a maioria da população, dificultando o acesso a uma habitação no exigente mercado privado. Por outro lado, são políticas de subsídios provisórios que não constituem uma solução estrutural e empurram o problema dificultando que o cidadão se torne autónomo no acesso a habitação. Além disso, estas políticas revelam-se caras para o Estado, levando-nos a questionar sobre os reais motivos subjacentes.

EXIGIMOS

Que seja respeitado o direito à habitação para todos, consagrado pelo artigo 65 da Constituição da República Portuguesa.

Que a política de habitação se torne uma prioridade das políticas do governo, e que haja esclarecimentos pormenorizados sobre os programas de acesso à habitação, nomeadamente o Prohabita.

Que parem as demolições arbitrárias enquanto o Estado não crie e aplique uma verdadeira política de habitação para todos.

A intervenção do Estado na regulação do planeamento, da construção e do mercado de compra e aluguer de modo a permitir o acesso à habitação a todos os cidadãos de acordo com os seus rendimentos.

A penalização das casas/edifícios vazios, não utilizados. As casas devolutas devem ser incorporadas nas politicas de habitação. Dar prioridade à reabilitação de prédios degradados ou vazios em vez de proceder a sua demolição ou à construção de novos edifícios.

Um espaço de discussão entre o governo e a sociedade civil na elaboração dos programas de habitação, de modo a realizar uma política que tenha realmente em conta as suas necessidades. Os moradores devem ser parceiros activos em todos os processos de decisão que afectem seu entorno vital. Entendemos que todas estas reivindicações são necessárias não só para os moradores dos bairros afectados pelas demolições mas também para o conjunto da sociedade, sejam eles jovens, idosos, imigrantes, etc.

Colectivo de Moradores de bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa.

O Fórum de Comércio Justo ( em Lisboa) no dia mundial do comércio justo (12 de maio)


“Os cidadãos do Norte não têm consciência de onde vêm os produtos que consomem e não sabem o que custa a nós, os pobres, produzi-los.”Rigoberta Menchú - Prémio Nobel da Paz 1992,

Mais do que enviar dinheiro e alimentos para os países subdesenvolvidos é preciso criar condições para que esses países e esses povos possam produzir e comercializar os seus produtos de forma justa, com condições dignas.

Comprar produtos em lojas do "comércio justo" ajuda a combater a fome, a promover os direitos humanos e a minorar o impacto da produção no meio-ambiente.

Visitem: www.reviravolta.comercio-justo.org


Fórum de Comércio Justo

Este ano a Reviravolta faz uma proposta diferente do habitual. Este ano festejaremos não apenas um dia mas um fim de semana inteiro.

No âmbito do projecto “Consumo Responsável” organisamos em parceria com a Cores do Globo e o Cidac o Fórum de Comércio Justo, que se realizará em Lisboa, nos dias 11, 12 e 13 de Maio, no Jardim da Estrela.

Aí além da oportunidade de adequirir produtos do circuito do Comércio Justo, os visitantes poderão participar em vários workshops, nomeadamente com a presença de produtores e membros de outras organizações de Comércio Justo Europeias, experimentar todo um novo universo de sabores e divertir-se com as várias iniciativas de animação que vamos realizar.

Todos os que se quiserem juntar a nós nesta grande festa, são bem-vindos. Mas aqueles que não puderem estar presentes terão mais tarde a oportunidade de saber o que por lá se passou e debateu, através deste site.

Veja o Programa detalhado em
www.forum-cj.org

Picnic Vegetariano de Primavera do GAIA - 13 de Maio no Parque da Cidade (no Porto)


O vegetarianismo continua ainda a ser desconhecido de uma grande parte da população e, de certa forma, a opção vegetariana, seja por preconceitos ou desconhecimento, contínua a estar fora da maior parte dos hábitos de consumo de uma parte ainda significativa das populações, com as consequências ecológicas, humanas - ao nível da própria saúde - que o consumo de produtos de origem animal, sobretudo a carne, implica.
Esta é pois uma oportunidade para aprender mais sobre o vegetarianismo. No pic nic procuraremos demonstrar práticas concretas relacionadas com a alimentação vegetariana e estilos de vida sustentáveis, nomeadamenteatravés de oficinas temáticas, troca formal e informal de informação sobre o tema, materiais, convívio, etc.


O pic nic será no dia 13 de Maio no Parque da Cidade, mais concretamente no lago junto ao núcleo rural, a partir das 12h.


É necessário trazer: amigos(quantos mais, melhor), os próprios utensílios (de preferência reutilizáveis pois não queremos ser responsáveis pelo desperdício de pratos e copos em papel ou plástico) e comida vegetariana para partihar.


Haverá uma apresentação de dança e uma oficina de materiais reutilizáveis. Será feita uma recolha de donativos (géneros) para o Refúgio das Patinhas, uma associação que recolhe animais abandonados.




Tlm 918120832

A «contenção salarial»

Texto de Manuel António Pina, publicado na edição de ontem do Jornal de Notícias

Ao mesmo tempo que, segundo números da Comissão Europeia, o poder de compra dos trabalhadores portugueses registou, em 2006, a maior descida dos últimos 22 anos, a CMVM anunciou que, entre 2000 e 2005, os vencimentos dos administradores das empresas cotadas em bolsa duplicaram (e nas empresas do PSI 20 mais que triplicaram!).

Isto é, enquanto pagam aos seus trabalhadores dos mais baixos salários da Europa a 25 (e todos os dias reclamam, sob a batuta do governador do Banco de Portugal, por "contenção salarial" e "flexibilidade"), esses administradores duplicam, ou mais que triplicam, os próprios vencimentos, vampirizando os accionistas e metendo ao bolso qualquer coisa como 23,9% (!) dos lucros das empresas.

Recorde-se que o Estado é accionista maioritário ou de referência em muitas dessas empresas, como a GALP, a EDP, a AdP, a REN ou a PT, cujas administrações albergam "boys" e "girls" vindos directamente da política partidária (cada um atribuindo-se a si mesmo, em média, 3,5 milhões de euros por ano!).

Se isto não é um ultraje, talvez os governos que elegemos (e o actual é, presumivelmente, socialista) nos possam explicar o que é um ultraje. O mais certo, porém, é que se calem e continuem a pedir "sacrifícios" aos portugueses. A que portugueses?

10.5.07

Lançamento dos dois primeiros livros da série «Cadernos Schumacher» para a sustentabilidade

Dois novos livros estimulam reflexão e debate em várias cidades do país

Transformar a Economia - Desafio para o terceiro milénio, de JamesRobertson


Criar Cidades Sustentáveis, de Herbert Girardet

são as duas primeiras edições da série Cadernos Schumacher para a Sustentabilidade a ser lançadas em português.


A primeira sessão de lançamento-debate decorrerá no Porto, no dia 14 de Maio, segunda-feira, às 18:00, na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.Os livros serão apresentados pelo Prof. António Figueiredo, Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Economia do Porto, regente pelad isciplina de Globalização e Desenvolvimento Económico, e pelo Engº NunoQuental, Engenheiro do Ambiente, doutorando em engenharia do territóriosobre desenvolvimento sustentável à escala regional. A sessão de lançamento-debate é organizada em cooperação com o Grupo deEstudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e com a Campo Aberto - associação de defesa do ambiente.


A edição é da responsabilidade da Edições Sempre-em-Pé (
www.sempreempe.pt ) com o apoio do projecto http://www.cidadessustentaveis.info/


Para além do Porto (no próximo dia 14) os dois livros serão apresentados num debate alargado e aberto ao público nas cidades de Aveiro (data e local a definir), Braga(terça, 12 de Junho, às 21:30 na Casa dos Crivos), Vila Real (15 de Junho,com a colaboração do Centro de Estudos Transdisciplinares para oDesenvolvimento, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD),Miranda do Douro (9 de Junho), Coimbra (segunda-feira, 18 de Junho, 21:30,na Casa da Cultura), Lisboa (segunda-feira, 25 de Junho, às 18:00, na sededa Associação Nacional de Direito ao Crédito, na Praça José Fontana, 4-5.ºandar, às Picoas)


Transformar a Economia - Desafio para o terceiro milénio
«Uma tese simultaneamente visionária e prática sobre a economia sustentável para o século XXI»

Como poderemos nós dar nova forma ao nosso sistema económico para que ele vá ao encontro das necessidades das pessoas e da Terra no século XXI? Neste Caderno, James Robertson aponta medidas para construir um mundo mais saudável e com maior igualdade e identifica caminhos chave através dos quais as pessoas podem trabalhar em conjunto com vista a transformar a economia da alimentação e da agricultura, do trabalho e dos meios de subsistência, do desenvolvimento local, das viagens e dos transportes, da energia, da tecnologia, da saúde e do comércio internacional. Lança ainda questões inovadoras sobre impostos e tributação para uma economia mais sustentável.

O autor deste livro fez estudos clássicos e de história e filosofia em Oxford. Depois de ter dirigido a Inter-Bank Research Organisation e contribuído para inquéritos sobre o governo, a função pública, o parlamento e o futuro de Londres como centro financeiro,tornou-se escritor e conferencista independente. Desde 1975, juntamente coma mulher, Alison Pritchard (membro do Conselho de Administração da SociedadeSchumacher), editou o boletim semestral Turning Point (ultimamente TurningPoint 2000), tendo ambos contribuído para a fundação da TOES, A OutraCimeira Económica (The Other Economic Summit) e da Fundação para a Nova Economia (New Economics Foundation), em 1984-85. Em 1997 escreveu um informe para políticos sobre uma nova economia dodesenvolvimento sustentável (A New Economics of Sustainable Development),escrito para a Comissão Europeia.

Criar Cidades Sustentáveis


«As cidades são sistemas cujo funcionamento deve imitar os sistemas naturais: devemos fazer tudo o que pudermos para criar cidades que sejam compatíveis com os próprios ecossistemas da natureza, e para isso temos que garantir que, tal como as florestas ou os recifes de corais, elas adoptem deliberadamente um metabolismo circular, produzindo apenas resíduos que possam ser beneficamente reabsorvidos pela natureza.»
As cidades modernas têm enorme impacto sobre o seu ambiente, mas poderiam ainda prosperar se decidissem reduzir drasticamente o seu consumo de recursos e de energia. A reciclagem de resíduos pode reduzir maciçamente a utilização urbana de recursos e ao mesmo tempo criar muitos novos empregos;novos materiais e desenhos arquitectónicos podem melhorar grandemente odesempenho ambiental dos edifícios urbanos. As cidades podem também adoptar novas abordagens imaginativas ao planeamento e gestão dos transportes e à utilização do espaço urbano. Podemos melhorar drasticamente a vivência urbana através da criação de novas aldeias urbanas, reduzindo o desejo das pessoas de escapar às pressões da vida urbana. Como podemos nós devolver o coração a pulsar da convivialidade às nossas cidades? Como podemos nós assegurar a criação de cidades assentes na diversidade para o novo milénio ‹lugares caracterizados pelo vigor cultural e pela beleza física que são também sustentáveis em termos económicos e ambientais? Este Caderno Schumacher aponta o caminho a seguir.

O autor deste livro, Herbert Girardet, foi premiado com o Prémio das Nações Unidas Global 500 e é autor do Atlas Gaia das Cidades (The Gaia Atlas ofCities) e co-autor de Fazer as Cidades Funcionar (Making Cities Work),publicado por Earthscan para Habitat II. Está envolvido desde os anos 90 em projectos relacionados com a sustentabilidade na cidade de Londres.


Os Cadernos Schumacher para a Sustentabilidade

Friedrich Schumacher é o inspirador desta série de livros que aborda todosos aspectos relevantes na busca da sustentabilidade, ou seja, da durabilidade de um desenvolvimento favorável à humanidade e ao ambiente.Ernst Friedrich Schumacher (1911 - 1977) foi uma das primeiras pessoas a falar de desenvolvimento sustentável. O seu contributo específico foi o de explicar que o gigantismo dos modernos sistemas económicos tende a diminuiro bem-estar dos indivíduos e das comunidades e a saúde e diversidade domundo natural. A sua obra mais conhecida, que atingiu rapidamente acelebridade, intitula-se O Pequeno É Belo (Small is Beautiful) e abordap recisamente essa questão.


Projecto Cidades sustentáreis (
http://www.cidadessustentaveis.info/)

Este projecto de informação interactivo visa promover a sustentabilidade nas nossas cidades. O projecto é constituído por uma plataforma, em ambiente Internet, de acesso totalmente livre e gratuito que inclui os seguintes portais:

· http://www.forumdourbanismo.info/index.php : um espaço que retrata, informa, e fornece informações sobre urbanismo, sustentabilidade e qualidade de vida

·
http://www.zeroresiduos.info/index.php : o primeiro portal dedicado ao movimento zero resíduosem Portugal

· http://www.agenda21local.info/index.php : a única plataforma em português onde é possível recolher e trocar informação para a implementação de projectos de Agenda 21Local

Foi desenvolvido e é mantido pelo Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e foi financiado pelo Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento (POS_C)



Para saber mais sobre James Robertson:

www.jamesrobertson.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/James_Robertson_(activist)

http://www.feasta.org/documents/review2/robertson.htm

www.resurgence.org/resurgence/issues/robertson204.htm


Para saber mais sobre Herbert Girardet:

http://www.thinkers.sa.gov.au/hgirardet.html

As 10 maiores mentiras sobre a economia


Hoje Molière teria dirigido os seus gracejos e críticas aos economistas em vez de o fazer a pensar nos médicos. A «terapêutica», panaceia do seu tempo, é hoje substituída pelo sacrossanto «crescimento», remédio «infalível» para todos os males do nosso mundo. As coisas são de tal forma que a economia tem sido um fértil campo para a criação e multiplicação de um palavreado indecifrável para o comum dos mortais e em que a mensagem que vai passando é que tais assuntos são privativos dos «especialistas» que, com competência e zelo, saberão mais do que qualquer um de nós, tratar da nossa felicidade…

Um livro (Les 10 plus gros mensonges sur l'économie) acabado de editar em França poderá, no entanto, deitar por terra essa ideia, e permitir que qualquer pessoa possa recuperar o seu poder sobre a economia, e não mais deixar-se enganar com o paleio do economês…

Um livro contra o pensamento único e as ideias estereótipadas que vamos, consciente ou inconscientemente, interiorizando e que são propagandeadas pela media e os tais «comentadores especialistas».


Assim, se você acredita que:


- O estado fabrica dinheiro, cujo valor é garantido por ouro
-Os bancos emprestam dinheiro dos aforradores
-Não se pode fazer isso, porque custa muito caro
-A dívida empobrece a nação, é preciso pois reembolsar
-Toda a produção não se justifica senão na medida em que é rentável
- É preciso apoiar o crescimento para dinamizar o emprego
-Descer os preços é defender o poder de compra
-É necessário lutar contra a inflação para salvaguardar o emprego
-Vivia-se melhor se pagássemos menos impostos
-A globalização é uma promessa de prosperidade para todos os povos

…se, por mero acaso, alguém estiver ingenuamente de acordo com qualquer uma destas afirmações acima referidas, então não pode deixar de ler o livro «As 10 maiores mentiras sobre economia» que acabou de ser editado em França.

Enquanto esperamos pela sua tradução para português os interessados poderão ler algumas páginas (em francês) de cada capítulo do livro:

http://www.10mensonges.org/index2.html


Quem estiver interessado em acompanhar o debate sobre o conteúdo do livro pode fazê-lo por meio do fórum criado para o efeito:

http://www.10mensonges.org/forum/

9.5.07

Tertúlia na BOESG sobre a Religião num processo de mudança global com o prof. Moisés Espírito Santo


A BOESG convida-vos a participarem numa tertúlia sob o tema «A Religião num Processo de Mudança Global» com a presença do Professor Moisés Espírito Santo

Data: Sábado, 12 de Maio, às 15h30

Biblioteca dos Operários e Empregados da Socied. Geral (BOESG)
R. das Janelas Verdes 13 - 1º Esq. Santos (perto do Museu Nacional de Arte Antiga)


mailto:boperarios@yahoo.com

A mentira como técnica de governação - filme seguido de debate na CasaViva (dia 11 às 21h.30)

Para terminar o ciclo de cinema "Iraque - 4 anos de ocupação, 4 anos de resistência" organizado ao longo das últimas semanas vai passar na CasaViva na cidade do Porto o filme «Armas de desinformação» de Danny Schenchter.
Após o filme haverá debate com a presença de jornalistas.


21h30 – Cinema “Armas de Desinformação” de Danny Schechter. 97,49 min. Legendado em português. Neste filme-documentário de longa-metragem legendado em português, o jornalista e realizador, ex-repórter da ABC e da CNN, escalpeliza o papel dos grandes media em todas as fases da guerra contra o Iraque, desde a sua preparação até à ocupação militar daquele país. Ao melhor estilo do grande jornalismo audiovisual americano, Danny Schechter põe em causa, além do comportamento de muitos dos seus colegas, as «ligações perigosas» entre os projectos agressivos do Pentágono e da Casa Branca e os grandes grupos mediáticos que acabam por condicionar uma opinião pública frágil e desprotegida. No final do filme o autor pergunta directamente aos espectadores: «Esta situação é grave e parece ultrapassar-nos: que podemos fazer contra isto? Que podem vocês fazer quanto a isto?».


23h15 - “A mentira como técnica de governação. A guerra contra o Iraque, os media e os poderes”. Com Rui Pereira (jornalista) e Paulo Esperança (Tribunal do Iraque Porto).

Casa Viva - Praça do Marquês de Pombal, 167 - Porto

Festival da Fábrica - dança contemporânea no Porto entre 10 e 19 de Maio


Ver a programação aqui

A programação do Festival da Fábrica 2007 continuará sua ênfase na apresentação de trabalhos que reflictam sobre a condição humana. Procurando mostrar não uma reflexão interna, mas um reflexo da acção e interacção da sociedade, entendida como um conjunto de formas de agir e pensar diferenciados, mas que vivem e interagem em consonância com uma realidade. A realidade do local onde as pessoas estão inseridas.
E a programação reflecte justamente esta preocupação ao ser composta maioritariamente por criadores nacionais, com especial destaque aos criadores que desenvolvem seu trabalho na região Norte.
Outro aspecto da programação 2007, é reflectir sobre a coreografia, como experiência do movimento. Seja através da construção de uma narrativa por onde o coreógrafo constrói a sua obra, seja pela exploração da dinâmica do movimento que indica a construção coreográfica no espaço.
Muitas possíveis realidades. Muitas realidades diferentes e diferentes abordagens da mesma realidade são possíveis. Cabe ao artista reflectir e transmitir suas reflexões, através da sua obra, de tudo o que o rodeia.
Pela primeira vez estabelecemos uma co-produção com o Espaço Maus Hábitos para a realização de um evento denominado – Mostra Show Rooms -, que pretende ser uma mostra de diversos criadores que continuamente cruzam fronteiras entre a dança e a performance, e que em muitos casos, privilegiam a performance como meio de comunicação.


FÁBRICA DE MOVIMENTOS


A FÁBRICA DE MOVIMENTOS, é uma associação cultural sem fins lucrativos, que surge em 1998, com uma proposta muito clara: criar, propor, produzir e realizar diversos proejctos na área cultural, tanto na cidade do Porto, como em outras cidades do País.
Um dos seus projectos mais imediatos foi a criação de um festival de dança contemporânea. Em 1999, surge o Festival da Fábrica, ainda não com este nome, mas denominado “Dança no Museu do Carro Eléctrico”. Isto porque foi apoiado e desenvolvido nas instalações do Museu do Carro Eléctrico, em Massarelos/Porto.
Neste primeiro festival, foi pedido aos artistas que trouxessem alguns vídeos dos seus trabalhos que pudessem ser visionados pelo público, enquanto aguardava o início dos espectáculos. Desta actividade surgiu a idéia de criar o FRAME – Festival Internacional de Vídeo-Dança, que teve sua primeira edição no ano de 2001.
Para além destes eventos, outros foram surgindo, procurando desenvolver de uma forma original, uma estreita relação, ora com a formação, ora com as artes do espectáculo, ora com outras áreas de intervenção artística, algumas vezes trabalhando na sua concepção, ede outras vezes, simplesmente na sua produção: surgiram a Plataforma de Improvisação, o Projecto 06 aos 16, O Caminho das Letras, as Comemorações do Dia Mundial da Poesia, entre outros.
E muitos outros projectos ainda estão por vir!!


A Fábrica de Movimentos pretende, justamente isto: criar movimentos!!

Encontro Internacional de Poetas - Coimbra (24 a 27 de Maio)

Notícia relacionada já publicada neste blogue: ver aqui

O texto seguinte foi retirado do jornal O Primeiro de Janeiro

No “palco” dos Encontros Internacionais de Poetas, em Coimbra, este ano na sexta edição, já um judeu abraçou um palestiniano e alguns casamentos se fizeram entre autores que, desde 1992, por ali passaram.
A iniciativa realiza-se entre 24 e 27 de Maio e tem como tema «Poesia e Violência».


Organizado pelo Grupo de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o VI Encontro Internacional de Poetas, que se realiza de três em três anos, vai decorrer este mês entre os dias 24 e 27 e tem como tema «Poesia e Violência».
Numa altura em que o mundo assiste a múltiplos conflitos – do Iraque ao Darfur (Sudão), passando pelo que opõe israelitas a palestinianos – e porque “os poetas não vivem fora da História”, Graça Capinha, um dos seis elementos do Grupo de Estudos Anglo-Americanos que organizam o encontro, entende que “o tema faz todo o sentido”.
“Basta – disse à Agência Lusa – estar atento ao que se faz na poesia de todo o mundo para se perceber que essas tensões e conflitos surgem reflectidos na obra poética de inúmeros autores”.
A longevidade da iniciativa, admite Graça Capinha, não está apenas no seu lado académico.
“Está também no facto de se ter transformado num local de confraternização”, sendo disso exemplo, recorda, os abraços públicos entre um poeta judeu israelita e um palestiniano, “numa altura em que isso não era nada comum”, ou ainda os casamentos entre pessoas que se conheceram em Coimbra graças à iniciativa.

Para a edição deste ano, quatro dezenas de poetas são esperados, com destaque para os nomes dos norte-americanos Forrest Gander e C. D. Wright, do chinês Xiao Kaiyu, da Finlandesa Rita Dahl, do palestiniano Murid Barghuti, do israelita Yitzhak Laor e ainda Cláudia Roquette-Pinto e Márcio-André, do Brasil, Alberto Pimenta e Gastão Cruz, de Portugal e a galega Hellen Villar Janeiro. Angola, Cuba, Espanha, Itália, Irlanda e Reino Unido estão igualmente representados na VI Edição do Encontro Internacional de Poetas de Coimbra.

No topo dos objectivos desta iniciativa, que começou em 1992 com um tributo ao poeta norte-americano Walt Witman, na celebração do centenário da última edição de «Leaves of Grass», está, explica Graça Capinha, a “democratização do cânone literário”, levando a poesia, na sua língua de origem, dos salões para as ruas.
A docente sublinha ter sido a “pressão” dos poetas participantes que levou à multiplicação das edições, porque a ideia original era realizar apenas o tal tributo a Witman.
Como um dos exemplos desta democratização do cânone surge na memória dos encontros a experiência, que “resultou na quase perfeição”, de uma leitura protagonizada em conjunto pelo Prémio Nobel Seamus Heaney e por uma poeta popular portuguesa, nas ruínas de Conimbriga.
“Esta experiência agradou tanto ao Seamus Heaney que ele disse que gostaria de repetir”, contou Graça Capinha, adiantando ser este um dos bons exemplos do êxito que têm sido os encontros ao juntar nomes consagrados com outros menos conhecidos.
Os encontros têm um ritmo que se tem repetido de edição para edição, com as manhãs preenchidas por sessões de carácter mais académico e as tardes e noites com sessões de leitura de poesia oferecidas à “rua”, havendo sempre um dia inteiro em que se sai de Coimbra.

Falta de apoio na divulgação

Apesar da dimensão que os encontros têm além-fronteiras, Graça Capinha, em tom de lamento, diz que, em Portugal, onde tanta futilidade recebe grande atenção, esta iniciativa tem, pelo contrário, “lamentavelmente passado ao largo das prioridades mediáticas”.
Isto apesar de terem sido feitas aqui das primeiras, ou quase, leituras públicas de poesia em Portugal. Em 1992, poetas como Yvette Centeno e Fiama Hasse Pais Brandão ali leram, pela primeira vez, os seus textos em público.
Mas há outra novidade que o Grupo de Estudos Anglo-Americanos vai fazer “detonar” este ano, com o arranque de um programa que era uma ambição desde 1992: ter um poeta-residente a colaborar com a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Graça Capinha ressalva que o ideal seria, como fazem outras universidades, ter um poeta-residente a dar aulas.
Todavia, com a colaboração da câmara de Idanha-A-Nova, esse objectivo será “quase conseguido” através da criação de um programa que vai permitir a um poeta fixar residência numa habitação disponibilizada na Vila de Monsanto, com despesas pagas pela autarquia, habitação, água, luz e gás, e viagens suportadas pela universidade.
Essa possibilidade, observou a docente, passará pela celebração de um protocolo com a Câmara de Idanha-A-Nova, já em 2008.
Capinha deixa um último recado: todas as iniciativas dos encontros são de entrada grátis e mais pormenores poderão ser encontrados em http://www.uc.pt/poetas/home.htm



Iniciativa pioneira no País

Estes encontros de Coimbra foram dos primeiros em Portugal a pôr poetas de múltiplas latitudes a lerem a sua poesia e na língua original em locais públicos.
Este ano estão previstas saídas para o Jardim da Sereia ou a Biblioteca
Joanina. No tal dia fora de Coimbra, ir-se-á à Figueira da Foz e haverá leituras no Hotel Costa da Prata e no Palácio Sotto-Mayor.
Neste ano em que se assinalam os 250 anos do nascimento de William Blake, um registo que consta das “sinalizações” do encontro, vai ainda realizar-se uma conferência por C. D. Wright, mesas-redondas sobre o tema central e o lançamento de “mais uma” Antologia Bilingue, a quinta, com poemas de autores presentes.

Festival Résistances alternatives (em Paris de 11 a 20 de Maio de 2007)




Programa

Vendredi 11 Mai, 18h, Barbizon - Atoll 13
Ouverture du FRAP
Apéro, repas festif
, projection ‘Derrière les arbres’ de Bénédicte Pagnot, 2004, 51min, discussion en présence réalisatrice, concert de Double Bémols

Samedi 12 Mai, 13h, Rio
Journée Irrécupérable
Documentaire sur la RAF, discussion avec auteurs « RAF : Guerilla urbaine en Europe occidentale » Loic Debray et Anne Steiner,
projection ‘Terre Révolutionnaire’ de François Caron, 75min, 2005, sur Révolution Mexicaine, débat en présence réalisateur.

Dimanche 13 Mai, 13h-0h30, Ecobox
Dimanche Révolutionnaire ou Révolutionnaire du Dimanche
14h, ‘Doit-on vivre dans une bulle alternative ?’ : sous-reserve Film "Volem rien foutre al Païs" de Pierre Carles, débat "Etre révolutionnaire aujourd’hui",
17h, ‘Doit-on et peut-on autogérer la société ?’, ‘The take’ (autogestion en Argentine) ou "A pas lentes" de Collectif CinéLuttes, 1977, 40min Film sur « vécu » des femmes de l’usine Lip, débat sur autogestion,
20h, débat ’Quand les ouvriers voulaient faire la rvolution !’ avec Thierry Renard (AL), sur charte d’Amiens, militants d’Oblomof (anti-scientisme),
21h Banquet révolutionnaire, concert Riton La manivelle + Les Assédichs, impro théâtrale : Le divan du militant

Lundi 14 Mai, 19h30, Barbizon - Atoll 13
Soirée débat : La Prostitution : Un révélateur de la domination masculine
Projection ‘Au parfum des trottoirs’ de Véro Leduc, 35min, sur prostituées de Toulouse, avec Collectif contre le Publisexisme, débat, expo « Paysages du sexisme ordinaire » de Sylvie Travaglianti

Mardi 15 Mai, 18h, la Villa Joa
Soirée ‘ Le fascime d’état
19h apéro, 20h, Projection ‘L’orchestre noir’ de FLaurent, FCalvi et JMMeurice, 1997, 1h50, sur attentats en Italie fin des années 60 et sur celui du 12 déc.1969, Piazza Fontana, à Milan, discussion.

Mercredi 16 Mai :
15h Thé de préparation de l’action SVEF à Friche et nous la paix.

17h, Action Souriez-Vous-Êtes-Filmés. RDV M° Vavin

19h30-2h, Coup de coeur hors FRAP : Concert « Décolonisons » en soutien à Survie, à la Belleviloise, 19 rue Boyer, M°Gambetta, 12euros, 8euros RMI, moins de 15 ans, prévente : Bellevilloise, Survie 210 rue St Martin, www.decolonisons.com
Synaps (rap electro,Paris), Apkass(slam jazz, Paris- Congo Kinshase), Kajeem (reggae, Côte d’Ivoire), Axiom (rap,Lille), MAP-Ministère des affaires populaires (rap populaire festif, Lille), Komandant Simi Ol in the Arrr Force (rock reggae, Côte d’Ivoire), Jahwise (ragga, Congo Kinshasa)


Jeudi 17 Mai, 14h30, Goumen Bis
I. Les media face à la contestation sociale : 14h30 Projection "La révolution ne sera pas télévisée" de KBartley et D O’Brian, 2002, 52min,
16h Les médias face aux mobilisations sociales : conf autour dernier livre Acrimed avec HMaler, MReymond ou GRzepski, débat. 17h30 Intermède mouvement anti-CPE et media par Télé Bocal. 17h45 Concert Berthold (rock) + Synaps (rap-Electro).19h Repas .
II. II. La contestation sociale face au media : 19h30 Projection ‘Bové, le cirque médiatique’ de D Doignot, 2007, 54min : intervenir dans média sans critique préalable
20h30 Débat sur manière intervenir (ou pas) dans média quand on est contestataire, avec Acrimed et/ou Plan B (Pierre Rimbert ?), militants, 21h30 intermède ‘Etats généraux des médias’ de Zaléa, 22h Conf-Débat sur mobilisation face problèmes posés par gros média : Etats généraux pour pluralisme dans média (Acrimed et/ ou...), Convergence média du tiers secteur (avec Zalea et/ou...).

Vendredi 18 Mai,15h, Murs à pêche avec Sens de l’Humus puis 20h30 Libertalia
Journée sur l’Autonomie Alimentaire au Nord et au Sud
15h Atelier « Plantation », 17h Débat sur ’alternatives dans l’agriculture et permaculture’, 19h Soupe aux orties, votre pique nique végétarien bio ?. Musique.
21h à Libertalia : Projection 21h30 ‘Life and debt’, de SBlack, docu, USA, 1h22, 2001, 22h, Débat : ‘Agriculture des pays riches et des pays pauvres’, 23h ‘Terre vivante’ de Jean-François Vallée, docu, 52min, 2005 sur alternatives dans agriculture

Samedi 19 Mai, 19h, Ministère de la Crise du Logement + Place de la bourse
Journée sur les Résistances Globales
10h Départ de la marche anti-G8 de la Bourse du Travail de Saint-Denis, arrivée aux Halles en début d’après-midi, fin manif place de la bourse, animations sur la place 19h-21h.
19h, place Bourse : arrivée marche précaires anti-G8, fête de rue, théâtre.
20h Min Crise Log : discussions sur pratiques militantes avec Jeudi noir, faucheurs OGM, déboulonneurs (ss-rés).
21h, Min Crise Log. : soirée anti OGM, concert.


Dimanche 20 Mai, 11h, divers lieux, Barbizon – Atoll 13
Lieux de Résistances,
Déambulation en milieu urbain, passage dans différents lieux alternatifs. 11h, Petit-déjeuner dans 12e, repas la rotisserie, pause-art à Frichez-nous la paix . Fermeture du FRAP à l’Atoll 13 : avec film Danie Ropers sur Barbizon et spectacle de Théâtre ’Le retour de Blanche-Neige’

EXPOSITIONS - ATELIERS

Exposition photo ‘Paysages du sexisme ordinaire’ de Sylvie Travaglianti, au Barbizon Atoll 13

Du 14 au 20 Mai, tous les jours de 14 à 18h, Frichez-nous la paix
Exposition affiches, peintures, pochoirs Spliff Gachette, Epsylon . , Sorcière + infokiosque + atelier réalisation pochoirs/affiches/stickers Lundi/Mardi à 14h (en présence de pochoiristes anartistes)

LOCAIS do Festival 2007
- Barbizon - Atoll 13, 175ter rue de Tolbiac , Paris 13ème, M° Tolbiac ou Place d’Italie
- Ecobox, 33 rue Pajol, 11e, M° La Chapelle ou Marx-Dormoy
- Friche et nous la paix, 22 rue Dénoyez, 20e M° Belleville 20é
- Goumen Bis, 2 bis Cité Aubry, 20e, M° A Dumas
- Lieu associatif LIBERTALIA, 89av de la République, Bagnolet M°Robespierre/Galieni
- Ministère de la crise du logement, 24 rue de la Banque, 2e, M° Bourse
- Murs à pêches, impasse Gobétue (au fond) à Montreuil, M° Mairie de Montreuil
- Villa Joa (Ganneron), 61 rue Ganneron, 18e, M° Place Clichy
- RIO,1 place rio de Janeiro, 8e, M° Monceau

Foi lançado o jornal alternativo «Mudar de Vida»


“Mudar de vida” é o título da publicação lançada no final do passado mês de Abril e que pretende divulgar informações não difundidas pelos outros meios de comunicação social

"A ideia é difundir o que a imprensa não difunde ou difunde de uma maneira mentirosa”. As palavras são de Renato Teixeira, um dos criadores do projecto, e resumem o cariz do “Mudar de vida”.
Trata-se de uma publicação lançada a nível nacional por um grupo de jornalistas, entre os quais José Mário Branco, e por um conjunto de activistas políticos “que doutra forma não conseguiriam furar a censura imposta nos órgãos de comunicação social”, explica o antigo estudante da Universidade de Coimbra e actual jornalista da revista Focus.
O jornal foi lançadoem Coimbra, na República Prakistão, numa sessão informal dirigida a activistas e pessoas que queiram juntar-se ao projecto.
Segundo Renato Teixeira, “Mudar de vida” não tem periodicidade definida por enquanto, saindo “sempre que haja informação suficiente”. “Existe também uma versão pdf do jornal que está a circular na internet”, acrescenta.
A publicação não tem preço definido, sendo distribuída ao público, simbolicamente, em troca de uma moeda, de modo a contribuir para o seu financiamento. A fatia restante das despesas de impressão é suportada pelos cooperantes

retirado de:
http://acabra.net/index.php



7.5.07

A propósito do recém-eleito presidente francês e presumido liquidatário do espírito de Maio de 68

Libelo dirigido ao Sr. Sarkozy recém-eleito presidente francês e presumido liquidatário do espírito de Maio de 68

«Recusamos tornarmo-nos professores ao serviço da selecção escolar de que os filhos da classe operária são as vítimas; sociólogos fabricantes de slogans para as campanhas eleitorais governamentais; psicólogos encarregados de fazer «funcionar» as «equipas de trabalhadores» segundo os interesses dos patrões; cientistas cujo trabalho de investigação seja utilizado para os interesses exclusivos da economia do lucro»

Excerto de um panfleto do "Mouvement du 22 mars" com data de 4 de Maio de 1968.


Nós somos todos filhos do Maio de 68
Quer tenhamos hoje 60, 50, 40, 30 ou 20 anos
Quer tivéssemos, ou não, ficado com os olhos a arder no Quartier latin
Quer tivéssemos cantado, ou não, com a Joan Baez pela paz no Vietname
Quer tivéssemos ocupado, ou não, a Sorbonne
Quer tivéssemos feito, ou não, piquete de greve nas fábricas
Todos os que um dia pediram o impossível
Somos todos filhos de Maio de 68

Quer tivéssemos sido beatnik, hippie, punk, rasta, grunge ou rapper
Quer tivéssemos, ou não,lido Debord, Deleuze, Foucault
Quer sejamos, ou não, franceses de primeira-segunda-terceira geração
Quer tivéssemos sido, depois, camponeses, operários, funcionários, patrões, intelectuais ou políticos
Quer tivéssemos optado pelo assalariamento, pela empresa ou profissão liberal
Quer tivéssemos ido viver para o 16º bairro ou para os bairros periféricos ou mesmo para a província
Quer sejamos hoje ricos, sortudos, precários ou pobres,
Quer sejamos de direita, do centro ou de esquerda
Todos os que um dia tiveram um sonho impossível
Somos todos filhos de Maio de 68


Os acontecimentos deo Maio de 68 francês são a nossa história comum, a nossa memória.
Eles foram um furacão, uma vento de ar fresco necessário, uma sã revolta contra a ordem e a moral rígida, e uma alegre insurreição do pensamento contra uma sociedade em que o deus-dinheiro, a televisão e a publicidade ditam as suas leis.
Tivemos um sonho, uma aventura, uma história para contar, por vezes, uma nostalgia para recordar
Eles são e serão um fragmento de história, uma referência, uma interrogação, uma curiosidade para os que vieram depois.



Maio de 68 é uma realidade e, ao mesmo tempo, um mito. Um espírito que soprou por meio de nós e que influenciou décadas inteiras
O senhor Sarkozy, presidente francês, recém-eleito, disse que pretende erradicar o espírito do Maio de 68
A esse liquidatário nós gritamos alto e bom som: Você nunca matará a nossa história, jamais conseguirá apagar a nossa memória; nunca nos conseguirá impor o seu pensamento, a não ser que nos elimine.
Não sonhe alto demais nem se entregue a delírios assombrados, pois nós nunca o deixaremos.


Os filhos do Maio de 68
(adaptação para português de um texto encontrado na Internet)



A revolta de Maio de 68 em França e o Maio de 69 em Coimbra

(vídeo em português)

As novas sonoridades musicais dos Olivetree

Nota: os Olivetree vão estar no Festival Islâmico de que se dá conta no post seguinte, e estarão também no café-concerto do ESMAE na próxima quinta-feira (10 de Maio) em mais uma sessão das Quintas do ESMAE, no Porto


Os Olivetree são um trio de grande energia que mistura as influências latinas e afro-brasileiras com os sons anciãos do didgeridoo e os ritmos contemporâneos do tecno para criar uma vibrante e fresca “dancemusic” caracterizada por tempos irregulares cheios de ataque e saborosos grooves.
Usando apenas instrumentos reais com uma capacidade estonteante, sem qualquer efeito ou sample, os Olivetree praticam uma música de dança acústica numa combinação pura de emoções fortes provocadas pela elevação dos batimentos cardíacos através do som cheio do didgeridoo. A viagem é garantida em plena alegria e bem-estar predispondo o ouvinte a uma incapacidade total de manter o corpo parado. Do currículo da banda contam-se inúmeras actuações em festivais eespaços como os Maus Hábitos, Hard Club, B-Flat, Teatro Sá da Bandeira, Teatro Municipal da Guarda, etc.

OLIVETREE é uma “ode” aos sons da terra e vem dar ênfase à música de dança produzida apenas com instrumentos acústicos. É uma ideia simples de contextos rítmicos complexos.

Pura combinação de emoções fortes provocadas pela elevação dos batimentos cardíacos a fluir neste som cheio de “speed” do didgeridoo. A viagem é garantida em plena alegria e bem-estar predispondo o ouvinte a uma incapacidade total de manter o corpo parado. Esta ligação expressa-se na fórmula mais orgânica que a musica dança pode assistir resultando numa ideia simples de contextos rítmicos complexos.

OliveTREE – drums N' Didj / trance acústico / rocking church / progressivo / psicoacústico – é um projecto relativamente recente criado por Renato Oliveira (elemento do colectivo ROOTSCARAVAN) em 2003 Liverpool. A genialidade deste som cativante e bastante energético é conseguida usando apenas instrumentos reais com uma capacidade estonteante, sem qualquer delay, overdub ou sample...

Depois de “DEEP INSIDE THE ORGANIC”, editado em finais de 2003, virado para a world music, que entrou em mercados como os da Bélgica, Suiça, Espanha, Holanda e principalmente em Inglaterra, é a vez de “Didgedance all” o segundo trabalho do trio a dar cartas.

O grupo é constituído por:
Oliver, didgeridoo
Tito, bateria
Cavernas, percussão


Consultar para mais informação os sítios 1 e 2



Festival Islâmico (Mértola, 17 a 20 de Maio)


Programa do Festival Islâmico a realizar em Mértola

7 e 8 de Maio - WORKSHOP DE CULINÁRIA

11 e 12 de Maio (sexta- feira e sábado)
Conferência Internacional – “ INTERCÂMBIO DE PRODUTOS NO MEDITERRÂNEO ANTIGO:OS OBJECTOS DE COMÉRCIO”
Projecto MERCATOR


17 de Maio (quinta- feira)
10.00h - Abertura das Exposições e Museus
10.30 h – Abertura Oficial do 4.º Festival Islâmico de Mértola
Abertura do Souk
11.00 h – Homenagem a António Borges Coelho
Inauguração do Centro de Estudos Islâmicos e do Mediterrâneo
Abertura da exposição “ Mértola. O último Porto do Mediterrâneo”
19.00 h - Lançamento do livro "Cidades da Água"
Bar Alsafir
20.00 h – Encerramento das Exposições e Museus
21.30 h –Teatro “ Os homens são escravos do perdão” pelo grupo Wadi Actos
Cine-tearo Marques Duque
22.00 h - Encerramento do Souk
22.30 h – Espectáculo no Castelo de Mértola “IN CANTO” –
24.00 h – Espectáculo na Praça Luís de Camões ENSEMBLE ADAFINA
Animação de rua com:
“ Boukdir” (Marrocos)
“ Troupe Chelbi” (Tunísia)
Eduardo Ramos

18 de Maio (sexta- feira)
Dia Internacional dos Museus
10.00 h – Oficina de dança oriental
Salão da Junta de Freg. de Mértola
10.00 h - Abertura das Exposições e Museus
10.30 h – Abertura do Souk
16.00 h - Apresentação do Museu Virtual “ À descoberta da Arte Islâmica” por Santiago Macias.
Sede do Parque Natural do Vale do Guadiana
17.00 h - Conferência "Antigo Regime/Novo Regime - Um Olhar do Islão"
Hajj Mohammed Farid Bermejo

Salão Nobre da Câmara Municipal de Mértola
Org. Comunidade Islâmica em Espanha

19.30 h – Teatro “ Os homens são escravos do perdão” pelo grupo Wadi Actos
Cine-teatro Marques Duque
Ao pôr-do-sol – Noite de Dikra

20.00 h – Encerramento das Exposições e Museus

21.30 h – Teatro “ Os homens são escravos do perdão” pelo grupo Wadi Actos
Cine-teatro Marques Duque

22.00 h - Encerramento do Souk

22.00 h – Espectáculos no Cais do Guadiana
“ À luz do véu” Dança Oriental pelo Baubu Teatro Dança
MOULAY SHERIF (Marrocos)

00.30 h – OLIVETREE
Praça Luís de Camões
Animação de rua com:
“ Boukdir” (Marrocos)
“ Troupe Chelbi” (Tunísia)
Eduardo Ramos


Dia 19 de Maio (sábado)
10.00 h – Oficina de dança oriental
Salão da Junta de Freg. de Mértola
10.00 h - Abertura de Exposições e Museus
10.30 h – Abertura do Souk

16.00 h - Apresentação do Museu Virtual “À descoberta da Arte Islâmica” por Santiago Macias
Sede do Parque Natural do Vale do Guadiana
17.00 h - Conferência "Assabiya - A força da coesão na sociedade"
Hajj jalid Nieta
Org. Comunidade Islâmica em Espanha
17.30 h – Teatro “ Os homens são escravos do perdão” pelo grupo Wadi Actos
Cine-teatro Marques Duque
18.00 h - Dança pelo Núcleo de Dança Oriental da AMDA
Praça Luís de Camões
20.00 h – Encerramento das Exposições e Museus

21.30 h –Teatro “ Os homens são escravos do perdão” pelo grupo Wadi Actos
Cine-tearo Marques Duque22.00 h Encerramento do Souk
22.00 h - Encerramento do Souk
22.30 h – Espectáculos no Cais do Guadiana
Aïda Nadem (Iraque)
Baba Zula (Turquia)
D’J Raquel Bulha
VJ'S Ibn Ammar e Al-mutamid
Animação de rua com:
“ Boukdir” (Marrocos)
“ Troupe Chelbi” (Tunísia)
Grupo de música tradicional alentejana “ Alentejanos”
“ Violas Campaniças”


Dia 20 de Maio (domingo)
10.00 h - Abertura das Exposições e Museus
10.30 h – Abertura do Souk
16.00 h – Encerramento do 4º Festival Islâmico de Mértola

Animação de rua com:
“ Boukdir” (Marrocos)
“ Troupe Chelbi” (Tunísia)
Eduardo Ramos
Grupo de música tradicional alentejana “ Alentejanos”
Grupo Coral Guadiana de Mértola
Violas Campaniças
“ Sons do Vagar “

Mais info: aqui e aqui
Museu virtual de arte islâmica:

Conferência sobre «Outros Habitats» ( no ISCTE)

Notícia relacionada: ver aqui

http://outrosmundostecnicos.blogspot.com

No dia 10 de Maio, pelas 18:00, no Auditório Afonso de Barros da Ala Autónoma do ISCTE, vai ter lugar a última sessão do Ciclo de Conferências . Esta sessão será subordinada à temática “Outros Habitats” e contará com a presença de David J. Hess que nos apresentará a seguinte conferência:

Rethinking the Sustainable City: Exploring the Potential of Local Social Enterprises”

“The problems of global warming, resource depletion, persistent pollution, and habitat destruction suggest that human civilization is no longer adapted to its global habitat. The technology for achieving a transformation to a more sustainable relationship with the environment already exists in the form of green buildings, renewable energy, public transportation, and sustainable agriculture. However, the implementation of the transformation is proceeding at a very slow pace, and it occurs alongside ongoing growth of environmental deposits and withdrawals. This talk examines the argument that an economic system based on the large, publicly traded corporation with its emphasis on short-term growth creates a growth logic that is not adapted to the global ecology. The emergence of the localist movement in the United States—around small businesses, nonprofits, and local government agencies—is examined for its potential to generate a more liveable human habitat and an economy that is more adapted to life within the planet’s carrying capacity.”

David J. Hess (http://www.davidjhess.org )
(Science and Technology Studies Department, Rensselaer Polytechnic Institute, NY)

Textos para download:

“Alternative Pathways in Science and Industry: Activism, Innovation, and the Environment in an Era of Globalization” (2007) MIT Press, Cambridge, MA
http://mitpress.mit.edu/catalog/item/default.asp?ttype=2&tid=11183


“Enhancing Justice and Sustainability at the Local Level: Affordable Policies for Urban Governments”, (2006) with Langdon Winner, research funded by the National Science Foundation, Social and Economic Sciences, SES Award No. 0425039
http://www.davidjhess.org/PolicyPaper.pdf

A BOESG apresenta exposição de fotografia a partir de 19 de Maio


O Instituto Português de Fotografia e a B.O.E.S.G. ( Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade em Geral, situada na Rua das Janelas Verdes nº 13 - 1º esq., em Lisboa) apresentam uma exposição fotográfica intitulada "FOTOGRAFIA: TESTEMUNHOS REAIS

No dia 19 de Maio pelas 17h será exibido o filme "WAR PHOTOGRAPHER" de Christian Frei seguido de debate com fotojornalistas e fotógrafos convidados (ver cartaz em anexo).
Recorde-se que o referido filme foi nomeado para o óscar de melhor documentário, e trata do trabalho e vida de james Nachtwey, célebre fotojornalista de guerra.

Globalização e Multiculturalismo - colóquio com Michel Wieviorka

No próximo dia 14 de Maio de 2007 a Fundação Calouste Gulbenkian e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL) organizam uma Conferência dedicada ao tema "Globalização e Multiculturalismo", com Michel Wieviorka, director de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS/CNRS) e do Centre d'Analyse et d'Intervention Sociologiques (CADIS), presidente da Associação Internacional de Sociologia e autor de trabalhos sobre racismo, xenofobia e diferença.

A anteceder a conferência será realizada uma apresentação do livro A Nova Primavera do Político, organizado por Michel Wieviorka.

14 de Maio de 2007
Auditório 3, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa)
18.00h - Apresentação do livro A Nova Primavera do Político, organizado por Michel Wieviorka

Colaboram no livro: Élie Barnavi, Judith Boxser Liwerant, João Caraça, Isidro Cisneros, Nilufer Gole, Pasquale Pasquino, Elias Sanbar, Asaf Savas Akat, Simonetta Tabboni, Alain Touraine, Sérgio Zermeño, Giovanna Zincone

18.30h - Conferência: Globalização e Multiculturalismo
Com Michel Wieviorka, director de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales e do Centre d'Analyse et d'Intervention Sociologiques (EHESS/CNRS), presidente da Associação Internacional de Sociologia

Mais informação sobre o trabalho desenvolvido por Michel Wieviorka disponível aqui.

www.multiculturas.com

A interculturalidade na expansão portuguesa ( colóquio)

No âmbito do plano de actividades do Observatório da Imigração, o ACIME organiza no próximo dia 9 de Maio de 2007 uma sessão de apresentação do estudo A Interculturalidade na Expansão Portuguesa, desenvolvido por João Paulo Oliveira e Costa, professor da FCSH/UNL e investigador do Centro de História de Além-Mar (CHAM/UNL), e Teresa Lacerda, investigadora do CHAM/UNL e mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa.
O presente estudo, que aborda o tema da interculturalidade no período da expansão portuguesa entre os séculos XV e XVIII, é o primeiro número publicado na Colecção Portugal Intercultural, uma nova colecção de estudos lançada pelo ACIME.

9 de Maio de 2007, 15.00h
Padrão dos Descobrimentos (Lisboa)

Apresentação
"O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), procurando aprofundar o conhecimento de todas as temáticas relacionadas com a imigração, tem vindo a promover, através do seu Observatório de Imigração, a realização de vários estudos científicos. Seguindo uma filosofia de conhecer mais para agir melhor, procura-se assim estimular a reflexão acerca de políticas públicas de integração de imigrantes em Portugal e divulgar os resultados de investigações científicas sobre imigração.

Neste âmbito várias colecções de estudos têm vindo a ser criadas. Em 2003, foi criada a colecção de Estudos do Observatório de Imigração que conta já com 22 obras publicadas (todas disponíveis em www.oi.acime.gov.pt). Em 2005, procurando colmatar algumas lacunas existentes na edição de dissertações de mestrado e teses de doutoramento sobre imigração e minorias étnicas em Portugal, o ACIME, através do Observatório de Imigração, decidiu apoiar também a publicação de teses de reconhecido interesse.

Dando continuidade a este trabalho fundamental de, através de factos científicos, promover um melhor conhecimento acerca da imigração em Portugal, combatendo assim mitos e estereótipos acerca dessa realidade, o ACIME está a lançar uma nova colecção de estudos: a Colecção Portugal Intercultural. Com esta colecção procura-se demonstrar, a partir de marcas históricas, a presença e cruzamento de povos e culturas na identidade portuguesa.

No primeiro estudo desta colecção – A Interculturalidade na Expansão Portuguesa (séculos XV-XVIII) – da autoria do Professor João Paulo Oliveira e Costa e da Dra. Teresa Lacerda, é bem ilustrado como a interculturalidade foi um traço marcante da Expansão portuguesa dos séculos XV a XVIII e como influenciou o nosso património cultural e a nossa identidade colectiva. Estes resultados são particularmente interessantes de realçar, em particular quando a História pode ter um papel crucial na projecção que se quer para o futuro de uma sociedade marcada pela riqueza da diversidade cultural."

Programa

15.00h - Sessão de Abertura pelo Coordenador do Observatório de Imigração
Roberto Carneiro, professor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (FCH/UCP), investigador do CEPCEP/UCP

15.15h – Apresentação do Estudo A Interculturalidade na Expansão Portuguesa
João Oliveira e Costa, professor da FCSH/UNL e investigador do Centro de História de Além-Mar (CHAM/UNL), e Teresa Lacerda, investigadora do Centro de História de Além-Mar (CHAM/UNL)

16.00h – Discussão com comentários
Luís Filipe Barreto, Presidente do Centro Científico e Cultural de Macau
Rui Loureiro, Director de Projecto da Câmara Municipal de Lagos e investigador do Centro de História de Além-Mar (CHAM/UNL)

16.30h - Debate

Marcha global pela Marijuana no Porto (video)

Foi no Sábado passado, 5 de Maio, que no Porto se realizou pela primeira vez uma marcha a favor da legalização da cannabis. A iniciativa chamou-se mgmporto e contou com cerca de 2000 pessoas a desfilar pelas ruas num ambiente festivo e descontraído!

http://www.mgmporto.org/





6.5.07

Como a mini-saia subverteu o moralismo tradicionalista imposto por Salazar às mulheres portuguesas

No início dos anos 60 o aparecimento da mini-saia um pouco por todo o lado veio a minar a moralidade dominante e a subverter todo o tradicionalismo conservador e reaccionário que Salazar e os seus comparsas do integralismo lusitano, com o Cardeal Cerejeira à frente, quiseram impor aos portugueses ao longo da sua ditadura que começou com o golpe militar a partir de 1926 e se consolidou com o regime do Estado Novo da Constituição Corporativa de 1933

O modelo da mulher doméstica ( e domesticada), dona de casa e submetida ao marido ( definido como o cabeça-de-casal), começou a ser posto em causa e com ele a tríade da moral e da ideologia salazarista do «Deus, Pátria e Família»


A geração bay-boom do pós-Guerra tinha atingido a adolescência e pretendia romper os arquétipos morais e ideológicos que moldaram as mentalidades e os costumes das épocas passadas. A música, o corpo e a indumentária serviram perfeitamente para esse objectivo. O rock (com o seu ritmo endiabrado), a dança lasciva que a acompanhava, e as roupas leves foram o sinal premonitório para as lutas emancipadoras pela liberdade de costumes e de ideias que se prologaram pelos anos seguintes.
Portugal, apesar da censura e dos apertados controles da ditadura de Salazar, não foi excepção ao vento que soprava por maior liberdade.

Ver o vídeo sobre o assunto:


É possível combater o aquecimento global: novos estilos de vida podem melhorar clima

Alterações nos comportamentos do dia-a-dia podem contribuir para combater o aquecimento global: comer menos carne (por exemplo, segundo os cálculos efectuados, um quilo de bife corresponde a 3,7 quilos de CO2


Pequenas alterações nas rotinas diárias de cada pessoa, como o uso de transportes públicos, podem corresponder a uma diminuição significativa do fenómeno climático do aquecimento global. Pelo menos, é isso o que afirmam o grupo intergovernamental de especialistas da evolução do clima (GIEC) que esteve reunido esta semana em Banguecoque.
Das medidas aconselhadas no relatório fazem parte o recurso aos transportes públicos, em detrimento de carro próprio, a regulação adequada da temperatura nos ecritórios ou nas casas climatizadas e até a redução do consumo de carne. «Se as pessoas comessem menos carne, não só estavam a contribuior para uma alimentação mais saudável, como para a redução de emissões geradas pela criação bovina», refere o presidente da GIEC, Rajendra Pachauri.
Os presentes concluíram, de resto, pela necessidade de se introduzirem mudanças significativas no actual padrão de vida da população dos países ditos desenvolvidos de forma a que o estilo de vida não seja prejudicial para o meio ambiente



Controlar emissões de dióxido de carbono custaria 0,12 por cento do crescimento económico anual

Combater as alterações climáticas é urgente, possível e relativamente barato. É esta a principal conclusão de mais um relatório da ONU sobre o problema do aquecimento global, divulgado ontem em Banguecoque.
É o último volume de uma trilogia de relatórios concluída este ano pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), criado em 1988 e que a cada cinco ou seis anos passa a pente fino tudo o que se sabe sobre o tema.O novo relatório conclui que as emissões de gases que estão a aquecer o planeta - como o dióxido de carbono - subiram 70 por cento entre 1970 e 2004. E poderão aumentar mais 25 a 90 por cento até 2030, se nada for feito.

Não faltam opções para inverter este quadro. O relatório diz que "existe um significativo potencial para mitigar as emissões de gases com efeito de estufa nas próximas décadas, compensando o crescimento projectado das emissões globais ou reduzindo-as abaixo dos níveis actuais".

A acção tem de ser imediata, diz o IPCC. Para limitar a 2,0 graus Celsius o aumento da temperatura global até 2100 - valor usualmente defendido como tolerável -, as emissões só podem continuar a subir até 2015. Depois, têm de começar a descer. Em 2050, terão de ser 50 a 85 por cento menores do que em 2000.
São números gordos, mas, na avaliação do IPCC, a factura não é muito elevada. Seria preciso abdicar de 0,12 por cento do crescimento anual da economia global. O PIB mundial cresceria três por cento a menos até 2030 e 5,5 por cento a menos até 2050."É um prémio baixo a pagar para reduzir o risco de grandes prejuízos pelo clima", disse Bill Hare, assessor da organização ambientalista Greenpeace, citado pela Reuters. "Podemos limitar e reduzir as nossas emissões de dióxido de carbono sem destruir a economia mundial", comentou Yvo de Boer, secretário-geral da Convenção Quadro para as Alterações Climáticas, da ONU.
O relatório do IPCC faz um balanço das opções para a redução de emissões. Mas um caminho claro está dependente de negociações que definam qual o esforço que deve ser feito e por quem. Os Estados Unidos, o maior poluidor do planeta, recusam-se a aceitar limites para as suas emissões e estão a apostar forte no desenvolvimento de tecnologias limpas.
"É ingénuo acreditar que o mero desenvolvimento de tecnologias em laboratórios será a solução. A não ser que haja um pacote de políticas, que haja forças de mercado, neste caso representadas pelo preço do carbono", disse porém o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, numa conferência de imprensa em Banguecoque.
Do rol de alternativas apontadas pelo IPCC consta a energia nuclear. "Mas a segurança, a proliferação de armas e os resíduos permanecem como obstáculos", diz o relatório.


Desafios e oportunidades identificados no relatório

Transportes
Sózinhos, os instrumentos de mercado, incluindo o preço dos combustíveis, não terão grande influência na redução de emissões. Também o efeito positivo dos veículos mais eficientes esbarra nas preferências dos consumidores por carros maiores e mais potentes. Utilização de transportes de massa é a aposta mais certa. Na calha está a segunda geração de biocombustíveis, aviões mais eficientes e melhores carros eléctricos e híbridos.
Edifícios
Cerca de 30 por cento das emissões associadas aos edifícios podem ser evitadas até 2030, sem custos, pelo contrário, com poupanças para o cidadão. Há tecnologias disponíveis no mundo todo: lâmpadas de baixo consumo, electrodomésticos mais eficientes, painéis solares, melhores materiais de construção. Espera-se também uma disseminação maior de edifícios inteligentes e da geração doméstica de electricidade.
Indústria
Existem muitas opções disponíveis para reduzir as emissões das indústrias que consomem muita energia. Mas elas não estão a ser utilizadas tanto quanto poderiam. Reduções significativas podem ser obtidas pela reconversão das unidades mais antigas. Para as próximas décadas, aposta-se no armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono das fábricas, além de mais avanços na eficiência energética.
Florestas
É possível reduzir emissões nas florestas e aumentar a sua capacidade de absorver CO2. Cerca de 65 por cento do potencial está nos trópicos, metade do qual reduzindo a desflorestação. Até 2030, conta-se com o desenvolvimento de espécies mais produtivas de árvores e também com melhores sistemas de monitorização das alterações de uso do solo e do carbono retido nos sistemas florestais.
Energia
Difusão ampla de tecnologias mais limpas pode levar décadas. Reduzir a procura, através de mais eficiência energética, é mais barato e eficaz. Renováveis podem chegar a 30-35 por cento da electricidade consumida. Nuclear pode ajudar, mas há restrições quanto à segurança, proliferação de armas e resíduos. Tecnologias em estudo incluem armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono produzido em centrais térmicas.
Fonte: JN e Público

Alguns exemplos da repressão policial em Portugal nos últimos anos

Para a história da repressão policial contra lutas perfeitamente legítimas da população


A repressão e a ocupação policial contra os trabalhadores da Lisnave em 1983 quando estes se manifestavam contra os seus salários em atraso




Repressão policial contra o buzinão da ponte de 25 de abril

3º Curso Livre de Cooperativismo e Economia Social

O Centro de Estudos Cooperativos da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra organiza:
(HTTP://WWW4.FE.UC.PT/CEC)

3º CURSO LIVRE DE COOPERATIVISMO E ECONOMIA SOCIAL

de 25 de Maio a 30 de Junho de 2007
Sextas-feiras, 14.30-19.00
Sábados, 10.00-13.00

Local: FEUC

Objectivos
Neste curso, vão ser estudados alguns dos aspectos do cooperativismo e da economia social com maior relevância actual. Discutir-se-á também o conceito de economia solidária, valorizando-se particularmente a experiência brasileira.
As práticas cooperativas serão analisadas em conjugação com outras experiências de solidariedade social, sejam elas protagonizadas por mutualidades, por associações ou por fundações.
A especial atenção sobre o funcionamento destas organizações não impedirá a evocação de algumas problemáticas mais genéricas, em cujo contexto se afirmam com especial energia as virtualidades do cooperativismo e da economia social.
O natural relevo do que se passa em Portugal não levará ao esquecimento do que ocorre na Europa e no mundo.



Programa
1. Conferências de Abertura
[ 6ª feira - 25 de Maio – 14 h 30 ]
- A formação para o terceiro sector ─ um projecto pioneiro: a Universidade Cooperativa Europeia.
- Dr. Manuel Canaveira de Campos
(Pres. do Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo – INSCOOP)

- Economia Solidária no Brasil : conceitos e práticas.
- Prof. Doutor Paul Singer
(Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho do Brasil . Universidade de São Paulo).

2. Outras Conferências
- Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: um exemplo e um desafio.
- Dr. António Santos Luís ( Adjunto da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa). [ Sábado - 2 de Junho – 10 h 30 ]
- A qualidade em organizações da área social
- Prof.ª Dr.ª Glória Antunes( Instituto Politécnico de Setúbal). [ Sábado - 16 de Junho – 10 h 30]
- A estratégia europeia para o emprego e a economia social.
- Prof.ª Doutora Margarida Antunes (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ Sábado - 23 de Junho – 10 h 30 ]
- As cooperativas sociais em Espanha
- Prof.ª Doutora Gemma Fajardo Garcia (Universidade de Valência). [ 6ª feira - 29 de Junho – 14 h 30 ]
- O papel das empresas sociais na criação do próprio emprego
- Prof. Doutor Pedro Hespanha (FEUC e Centro de Estudos Sociais). [ 6ª feira - 29 de Junho – 16 h 45 ]

3. Módulos Temáticos
1. A identidade cooperativa e a economia social ─ tensões e sinergias
- Prof. Doutor Rui Namorado (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC e Centro de Estudos Sociais). [ 6ª feira – 1 de Junho – 14 h 30 ]

2. Algumas particularidades contabilísticas das organizações sem fim lucrativo.
- Prof.ª Doutora Ana Maria Rodrigues (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 1 de Junho – 16 h 45 ]

3. Quadros jurídicos do cooperativismo e da economia social .
- Prof. Doutor Rui Namorado (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC e Centro de Estudos Sociais)
[ 6ª feira - 15 de Junho – 14 h 30 ]

4. Princípios da gestão pela qualidade total e sua aplicação no terceiro sector.
- Prof.ª Doutora Patrícia Moura e Sá (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 15 de Junho – 16 h 45 ]

5. Contrato social e psicológico: compromisso e desempenho no terceiro sector.
- Prof.ª Doutora Teresa Carla Oliveira (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC) . [ 6ª feira - 22 de Junho – 14 h 30 ]

6. As iniciativas do terceiro sector para o desenvolvimento local.
- Dr. Bernardo Campos (Com. de Coordenação da Região Centro e Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 22 de Junho – 16 h 45 ]

4. Experiências Vivas do Cooperativismo e da Economia Social
[ Sábado, 30 de Junho – 10 h 00 ]
- Dr. Fernando Martinho (UNINORTE- União Cooperativa Polivalente da Região Norte).
- Sr. Manuel Ferreira (AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave).
- Dr. Mário Aboim ( FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social).

Duração: 30 horas

Preço: 150 Euros ; 75 Euros ( para Estudantes).
(inclui material de apoio)

Certificado de participação no Curso:
Será passado certificado de participação a quem assistir, pelo menos, a 2/3 das aulas.

Inscrição (Data limite: 15 de Maio de 2007)

APEU - Associação Para Extensão Universitária
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Unidade de Estudos e Projectos
Av. Dias da Silva, 165 •3004-512 COIMBRA • PORTUGAL
Telef.: +351 239 790 500 - ext. 411 • Fax: +351 239 790 514
Email: apeu@fe.uc.pt

Mais info:
http://www4.fe.uc.pt/apeu/curso_cooperativismo3.htm

Acentuada queda da natalidade no concelho do Porto

Entre 1991 e 2005, o Porto passou de 302.472 habitantes para 233.465.
O declínio demográfico de cerca de 69 mil residentes é explicado pela diminuição da taxa de natalidade, mas a crescente mudança de residência dos jovens casais para a periferia faz grande parte da diferença.

“O declínio demográfico e o acentuado envelhecimento da população são os principais traços da evolução do Porto nos últimos 20 anos”. A conclusão consta de um trabalho de análise realizado pelo Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Câmara do Porto – que contou com o apoio do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) – na sequência de uma moção apresentada pela CDU e aprovada em finais de Setembro do ano passado pelo executivo municipal. O estudo denominado «Notas sobre a Evolução Demográfica do Concelho do Porto [1991-2005]» especifica que a quebra populacional teve início nos anos 80, cifrando-se em 8 por cento, e agravou-se na década de 90.

Nos Censos de 2001, a população residente era de 263.131 contra 302.472 em 1991 (decréscimo foi de cerca de 13 por cento). Entre 2001 e 2005, a tendência de diminuição manteve-se, tendo o Porto passado de uma situação em que tinha 263.131 residentes para um valor populacional de 233.465. Ou seja, em quatro anos, a cidade perdeu 29.666 mil habitantes (inclui-se aqui o saldo natural - óbitos - que foi de 4.000 indivíduos), o que significa cerca de 20 habitantes a menos por cada dia que passou. Neste cenário, há ainda a considerar que entre 1991/05 e 2001/5 (em 10 anos) os nados vivos passaram de 15.982 para 11.368, ou seja, a taxa de natalidade reduziu de 11 por cento para 9,2. Já a taxa de mortalidade aumentou, situando-se em 2001 em 12,3 por cento. Como consequência, o crescimento natural acabou por ser negativo e superou nos cinco anos, entre 2001/5, o valor da década de 90.


A crescente perda de população, principalmente de casais jovens, pode ser explicada pelos “elevados custos da habitação no Porto e a oferta crescente de novas habitações na periferia”. No entanto, é ressalvado, tal não significa que a mudança de residência afecte o vínculo que as pessoas têm à cidade, uma vez que a maioria mantém o seu trabalho e local de estudo na Invicta. O estudo conclui que apesar de o Porto perder a sua importância ao nível da função residencial, “continua a desempenhar um papel chave como local privilegiado de concentração de serviços, de actividades económicas, educativas, culturais, de emprego qualificado, de centros de investigação, que atraem uma população flutuante que faz com que o Porto movimente ao longo do dia cerca de meio milhão de pessoas”.


No relatório, pode ler-se ainda que em 2001 o concelho concentrava cerca de 218 mil postos de trabalho, dos quais 133 mil correspondem a empregados residentes noutros concelhos. A cidade absorvia mais de um terço do emprego total do Grande Porto.

Tendo em conta o declínio populacional, o estudo do GEP da autarquia revela que a sua inversão “é um desafio exigente, em tempo e recursos, difícil de vencer e que, no actual quadro de atribuições e competências, escapa à intervenção do município”. Porém, a este compete-lhe nomeadamente tratar de facilitar condições atractivas que passam pela revitalização do edificado e recuperação da função residencial.

Fluxos entre 1995 e 2001

Ao analisar os fluxos de entradas e saídas do Porto entre 1995 e 2001, o estudo constata que as saídas corresponderam a cerca do dobro das entradas, tendo tal facto resultado numa perda efectiva de 21.300 habitantes. Naquele período mudaram-se para outros concelhos 41.497 pessoas, vieram de outros municípios para o Porto 17.074, do estrangeiro chegaram 3.126 imigrantes, e mudaram de freguesia de residência na Invicta 26.076 pessoas. Neste último item, destaque-se que Paranhos e Ramalde captaram 39 por cento do movimento interno. Já a maioria, 45 por cento, dos imigrantes que fixaram residência no município do Porto provinham do Grande Porto, mas as freguesias do Centro Histórico apenas conseguiram atrair 3,4 por cento destas pessoas.
Sobre os que saíram da cidade para outros concelhos, saliente-se que grande parte optou por ir residir em Vila Nova de Gaia e Gondomar. Curioso é verificar que dos emigrantes 51 por cento (13.000) desloca-se diariamente para o Porto para trabalhar ou estudar. “Esta situação é bem evidente no caso dos concelhos de Gondomar, Matosinhos e Vila Nova de Gaia”, é observado. Em contraposição, apenas 29 por cento dos que foram residir para concelhos limítrofes trabalham ou estudam na cidade para onde mudaram morada.
Quanto ao nível de instrução da população que imigrou para o Porto, esta apresentava em 2001 níveis académicos mais elevados do que a que saiu da cidade e mais ainda do que a que se manteve. Do total de entradas, 26 por cento são pessoas com ensino médio ou superior. Já do total de saídas e dos que mantiveram residência, aquele índice baixou para 19 e 15 por cento, respectivamente.

NúmerosPopulação residente
•2005 – 233.465
•2001 – 263.131
•1991 – 302.472

Entradas e saídas entre 1995 e 2001
• Residentes no Porto provenientes de outros concelhos - 17.074
• Residentes no Porto vindos do Estrangeiro - 3.126
• Pessoas que saíram do Porto para outros concelhos - 41.497
• População que mudou de freguesia dentro do Porto - 26.076


• Entre 1991/05 e entre 2001/5 (em 10 anos) os nados vivos passaram de 15.982 para 11.368

• Taxa de mortalidade em 2001 – 12,3 por cento

• Em 2001 o concelho concentrava cerca de 218 mil postos de trabalho, dos quais 133 mil correspondem a empregados residentes noutros concelhos. A cidade absorvia mais de um terço do emprego total do Grande Porto


Importância do custo da habitação
Na tomada de decisão para a mudança de residência do Porto para concelhos limítrofes parece pesar muito o factor do custo da habitação. Ao analisar esta situação, o estudo refere em primeiro lugar que a “esmagadora maioria” da população que saiu do Porto (cerca de 80 por cento) foi residir para casa própria. O contrário verificou-se em relação aos novos residentes chegados ao Porto entre 1995 e 2001, sendo a percentagem de proprietários 63 por cento. Também os arrendamentos têm maior expressão entre os que fixaram residência na Invicta. Ao examinar os encargos com a habitação, o GEP constatou que estes são “significativamente superiores” na população que fixou residência no Porto, na ordem dos 15 a 18 por cento (compra e renda, respectivamente), em relação aos suportados por aqueles que optaram por mudar de concelho. “Esta constatação é perfeitamente congruente com a ideia apresentada em muitos inquéritos realizados de que uma das principais razões deste movimento migratório se prende com os preços do mercado da habitação e dos solos na cidade quando comparados com os praticados nos concelhos vizinhos”, indica o relatório. A título de exemplo, refira-se que em 2001 os que estabeleceram residência em casa por si comprada no Porto após 1995 tinham encargos mensais médios de 488 euros. A renda média dos que optaram por arrendar era de 330 euros/mês. Já os emigrantes pagavam pela aquisição aproximadamente 425 euros/mês e pelo arrendamento cerca de 275 euros. “O Porto destaca-se como o concelho com o custo de aquisição de casa mais elevado”, é sublinhado no trabalho que complementa que a Maia e Valongo tiveram um crescimento exponencial do parque habitacional com aumentos superiores a 50 por cento entre 1994 e 2004.
Fonte: jornal O Primeiro de Janeiro