O modelo da mulher doméstica ( e domesticada), dona de casa e submetida ao marido ( definido como o cabeça-de-casal), começou a ser posto em causa e com ele a tríade da moral e da ideologia salazarista do «Deus, Pátria e Família»
A geração bay-boom do pós-Guerra tinha atingido a adolescência e pretendia romper os arquétipos morais e ideológicos que moldaram as mentalidades e os costumes das épocas passadas. A música, o corpo e a indumentária serviram perfeitamente para esse objectivo. O rock (com o seu ritmo endiabrado), a dança lasciva que a acompanhava, e as roupas leves foram o sinal premonitório para as lutas emancipadoras pela liberdade de costumes e de ideias que se prologaram pelos anos seguintes.
Portugal, apesar da censura e dos apertados controles da ditadura de Salazar, não foi excepção ao vento que soprava por maior liberdade.
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