18.4.07

Num País à beira-mar plantado existiu uma revolução inacabada.

Tanto Mar - letra e voz de Chico Buarque
(a primeira versão é de 1975)*

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

* Letra original,vetada pela censura; gravação editada apenas em Portugal, em 1975.



Tanto Mar - letra e voz de Chico Buarque
(segunda versão, de 1978)

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim

http://chicobuarque.uol.com.br/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque



Convocada uma Greve Geral em Portugal para o dia 30 de Maio de 2007


Tornou-se imprescindível desenvolver uma forma de luta que, dando continuidade à grande mobilização dos trabalhadores – expressa designadamente na Manifestação de 2 de Março –, constitua um fortíssimo sinal ao patronato de que não nos submeteremos aos seus objectivos de exploração e um cartão vermelho à essência das políticas do Governo, exigindo-lhe mudanças de rumo. Esta luta, em que confluem todos os processos reivindicativos em curso, será de todos os trabalhadores e concretizar-se-á através de uma Greve Geral a realizar no dia 30 de Maio 2007.


Resolução do Conselho nacional da CGTP


O Conselho Nacional da CGTP-IN, reunido na sua sede em Lisboa no dia 17 de Abril de 2007, constatou que:

1. os trabalhadores se deparam com um agravamento contínuo da precariedade no trabalho, tanto no sector privado como no sector público. Esta precariedade está a gerar inseguranças e instabilidades, agravamento do desemprego, redução dos salários e da retribuição do trabalho, perda irreparável de direitos individuais e colectivos, ao mesmo tempo que força à emigração dezenas de milhares de portugueses, em particular jovens;


2. o que se perspectiva com as receitas que estão a ser preparadas contra os trabalhadores – em torno da revisão do Código de Trabalho, da promoção do Livro Verde da UE sobre as Relações Laborais e, sobretudo, com a chamada flexigurança - consubstancia um brutal ataque patronal, visando o despedimento totalmente liberalizado (sem justa causa), a desregulação do trabalho e o aumento dos horários de trabalho, a troco de uma falsa promessa de protecção social;


3. os trabalhadores e a maioria dos portugueses assistem a políticas sociais violentas:


a. o Serviço Nacional de Saúde está a ser destruído a favor dos grandes capitalistas enquanto as pessoas pagam cada vez mais pelos serviços prestados;


b. o ensino e a justiça a degradarem-se, com cortes nas suas estruturas e nos meios disponíveis;


c. a segurança social será pior no futuro, em resultado das alterações ao sistema impostas pelo Governo;


4. nos deparamos com uma cada vez mais injusta distribuição da riqueza e um insuportável agravamento do custo de vida para centenas de milhares de portugueses;


5. os direitos dos trabalhadores são todos os dias violados pela maioria dos patrões, incluindo o patrão-Governo, desvalorizando o trabalho e pondo em causa a dignidade de quem trabalha;


6. as linhas fundamentais das políticas económicas e sociais, que vêm sendo seguidas, submetem-se ao ideário e práticas neoliberais.


Neste contexto, tornou-se imprescindível desenvolver uma forma de luta que, dando continuidade à grande mobilização dos trabalhadores – expressa designadamente na Manifestação de 2 de Março –, constitua um fortíssimo sinal ao patronato de que não nos submeteremos aos seus objectivos de exploração e um cartão vermelho à essência das políticas do Governo, exigindo-lhe mudanças de rumo.

Esta luta, em que confluem todos os processos reivindicativos em curso, será de todos os trabalhadores e concretizar-se-á através de uma Greve Geral a realizar no dia 30 de Maio 2007.

O CN da CGTP-IN apela a todos os dirigentes, delegados e activistas sindicais para que desenvolvam um intenso trabalho de esclarecimento, de mobilização e de organização dos trabalhadores, com vista ao êxito da Greve Geral.

A preparação e concretização de um grande 1º de Maio, a comemorar em todo o País, constituirá um ponto alto da luta que vimos desenvolvendo e um elemento fundamental e decisivo para o êxito da Greve Geral.

Lisboa, 17 de Abril de 2007





Acção de reflorestação na Serra da Aboboreira (21 e 22 de Abril)

clicar por cima da imagem para ler
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Abril, sementes mil

Para ser doutor (ou engenheiro) basta, hoje, saber ler, escrever e contar!!!

Crónica de Manuel António Pina,
publicada no Jornal de Notícas de hoje

A crise da "Independente" é a ponta do "iceberg" da situação a que chegou entre nós o ensino superior, em grande parte alegremente entregue, nas últimas décadas, ao mercantilismo privado.
Uma obra de que tive conhecimento pela Net, apoiada pelo Governo e editada pela Universidade do Minho, dá conta do que a sociedade portuguesa e os empregadores esperam hoje da Universidade. No final da formação, os diplomados devem, pelos vistos, ter 41 "competências transversais", entre elas a "comunicação oral", definida como "capacidade para comunicar ideias através da fala, de forma a que os outros compreendam"; a "comunicação escrita", ou seja, "escrever de forma eficaz"; a "numeracia", ou "capacidade para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir"; a "autonomia", ou "capacidade para resolver problemas (…) sem perguntar a outras pessoas"; e o "autocontrolo", ou "capacidade para controlar os afectos". Planos de estudos de vários cursos superiores enunciam "competências" do mesmo género "persistência", "motivação", "auto-afirmação", "reflexão", "aceitar as ideias dos outros", etc..
O saber e a investigação emigraram de boa parte da Universidade. Aí, para ser doutor ou engenheiro basta saber ler, escrever e contar. Isso e "motivação" e "auto-afirmação".

Mais uma pérola da educação à Sócrates: uma avaliação foi realizada depois do seu certificado de habilitações de licenciatura!!!


O site do jornal "Sol” avançou hoje que a aprovação de José Sócrates na cadeira de Inglês Técnico na Independente foi obtida com um trabalho feito em casa numa folha A4, enviado ao reitor e acompanhado de um cartão com o timbre do seu gabinete de secretário de Estado. Ainda de acordo com o jornal, o texto em inglês é o único documento de avaliação que consta do dossier de aluno de Sócrates e responde a menos de uma dúzia de alíneas.

Por sua vez, o semanário “Expresso” noticiou hoje na sua página na Internet que a prova escrita de Inglês Técnico realizada por José Sócrates para a Universidade Independente tem uma data posterior à conclusão da sua licenciatura, segundo o certificado de habilitações entregue à Câmara da Covilhã, onde o primeiro-ministro mantém vínculo laboral

O Município de Seattle pagará 1 milhão de dólares como indemnização aos manifestantes presos durante os protestos contra a OMC em 1999


O governador da cidade de Seattle concordou em pagar 1 milhão de dólares as/aos manifestantes presos/as durante os protestos contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) em 1999. O dinheiro será dividido entre as 160 pessoas presas em Westlake Park no dia primeiro de Dezembro de 1999. Também foi acordado que todos os registros criminais serão apagados da ficha das pessoas.
Durante os protestos em Seattle muitos casos de abuso de poder e violência por parte da polícia foram registrados. A cidade chegou a ser colocada em estado de sítio. Foi também durante as manifestações contra a OMC que o primeiro Indymedia ( Centro de Media Independente) nasceu servindo como um local para os/as manifestantes denunciarem os abusos e a violência cometida pela polícia. Através da publicação aberta foi possível colocar na internet o que os grandes meios não estavam a mostrar e por causa disso, canais de TV como CNN tiveram que desmentir para o público o que eles tinham falsamente noticiado.
O advogado Tyler Weaver, responsável pela defesa dos/as manifestantes declarou: 'Eu espero que este caso mande uma mensagem, não somente para o município de Seattle, mas para todas os governadores das cidades em todo pais que prendam em massa manifestantes pacíficos, que não estão fazendo nada contra a lei, algo que não será e não poderá ser tolerado."

17.4.07

A Tramóia

Uma produção do Filipe La Féria, com encenação do Rui Rio.

Agora em cena, no Rivoli.

"A Tramóia" é uma farsa em três actos sobre o negócio que é a Cultura no Porto.

O encenador Rui Rio pensa que o público está a dormir

Para ver e assistir à Tramóia:

http://atramoia.blogspot.com/



Manifestação por um melhor Serviço de Transportes na cidade do Porto ( dia 21 às 15.30 na Av. dos Aliados)


Foi convocada uma Manifestação por um Serviço de Transportes útil para as populações que necessitam de os usar, bem como para aqueles que os preferiam utilizar e deixar as suas viaturas em casa.

Para isso iremos apelar que todos peçam a demissão do Concelho de Administração da STCP que nada fez até à data senão olhar aos seus próprios interesses e aos seus honorários chorudos sem se preocuparem com a qualidade de vida, do ambiente e de tantas outras coisas (emprego,saúde, ensino, lazer ...) que as suas precipitadas e absurdas decisões tem afectado.


Vamos todos participar e divulgar pelos nossos contactos, de todas as formas possíveis.

Por e-mail com esta mesma mensagem

Por sms com uma simples mensagem como por exemplo:

Todos por uma STCP melhor, dia 21 pelas 15.30 Av. Aliados - Porto - reenvia esta mensagem aos teus contactos

Participem neste acto de cidadania que tanto é necessário para o desenvolvimento da qualidade de vida dos cidadãos.

Pela equipa coordenadora do MUT-AMP

André Dias - 917014753
Domingos Alves - 966526528

transportes.amp@gmail.com

À medida que uma cidade cresce anda-se a maior velocidade e mais dinheiro se gasta


Quanto maior é a cidade onde se vive, mais dinheiro se ganha, mas também mais se gasta. E isto é verdade para todas as cidades do mundo. O mesmo se passa com muitas outras dinâmicas, como por exemplo a velocidade a que se caminha: à medida que as zonas urbanas vão crescendo, as pessoas apressam-se cada vez mais. É velha a ideia que a vida é mais rápida nas grandes cidades, mas agora os cientistas confirmam e explicam porquê.Num artigo publicado na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences, uma equipa de investigadores liderados pelo português Luís Bettencourt, radicado nos EUA, conclui-se que as cidades são todas semelhantes nos seus ritmos, mesmo que não tenham nada a ver umas com as outras.

O assunto assume hoje uma maior importância, uma vez que, pela primeira vez na História, a humanidade está maioritariamente a viver em cidades. Estas são culpabilizadas pelo aumento do crime ou das pressões sobre o ambiente. Problemas reais, ninguém nega. Mas também há um outro lado.

"A produtividade económica aumenta dez a 15 por cento per capita quando duplica o tamanho da cidade, o número de registo de patentes também cresce, assim como tudo o que está ligado à criatividade", explica ao PÚBLICO Luís Bettencourt, numa entrevista telefónica. Os cientistas analisaram indicadores como a produtividade económica, a inovação, a demografia, o crime, a saúde pública, as infra-estruturas e alguns padrões de comportamento humano. Para concluir que a nível das infra-estruturas como as estradas, os cabos, os fios eléctricos, entre outros, há uma poupança devido ao aumento da densidade populacional que permite reduzir os custos per capita.
Outras variáveis mantiveram-se neutras em relação ao tamanho da cidade, como é o caso da habitação, do emprego ou do consumo de água. Mas "o que realmente aumenta com o crescimento das cidades são as variáveis sociais, tanto positivas - como é a propensão para a criação -, como as negativas, que é o caso do crime", adianta o investigador. A saúde pública já depende muito de cada cidade. Porém, no caso da sida, há um aumento na mesma proporção do crescimento urbano.
Uma das novidades desta investigação é concluir que, quer se esteja em Xangai ou em Nova Iorque, as cidades são estruturas sociais muito semelhantes. "Há uma dinâmica espontânea comum", diz Bettencourt. A diferente forma como as cidades se organizam - na Europa, quanto mais longe do centro, mais se desce na escala social e o inverso ocorre nos EUA - acaba por ser irrelevante.
"Todas as cidades são diferentes geograficamente mas o que descobrimos é que são todas semelhantes nos seus ritmos de vida, nas suas dinâmicas, na forma como se interage." Luís Bettencourt é fruto da geração Erasmus, o programa europeu que permite o intercâmbio de alunos entre universidades europeias. Depois de terminar Engenharia Física no Instituto Superior Técnico em 1992, partiu para o Imperial College, em Londres, onde se doutorou em Física Teórica. Fez pós-doutoramentos em Heidelberg, na Alemanha, no Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, e no MIT. Está há quatro anos como investigador em Los Alamos.
Fonte: jornal Público

Apresentação do livro "Os Mundos Separados que Partilhamos" de Paulo Kellerman no dia 20 de Abril(18h.) no Clube Literário do Porto

É muito simples para quem quiser lá ir. A Rua Nova da Alfândega é na Ribeira, ao número 22, ali junto ao rio (Douro, claro está!). A pé, vai-se para a baixa do Porto; há autocarros e metro. De carro, também não há espiga: estaciona-se nos parques da Ribeira (há dois) ou na Praça D. João I (os estacionamentos da Ribeira são mais baratinhos) e depois vai-se a pé, calmamente, para os lados da Igreja de S. Francisco.
Entra-se no Clube Literário e, depois de dar uma vista de olhos pelos livros expostos, sobe-se ao 2º andar. Atenção que há um bar simpático a meio e convém não ficar lá muito tempo!
Depois de ouvir o Paulo Kellerman e o Fernando Venâncio a falarem dos livros podem, perfeitamente e sem qualquer rebuço, vaguearem, à deriva, pela Ribeira e jantar por lá. Com sorte, ficam para toda a noite.
Até sexta, portanto!


Sessões informativas sobre G8 no Porto e Coimbra

O GAIA está a organizar um conjunto de sessões informativas sobre o G8, como preparação e mobilização para a próxima cimeira que terá lugar no início de Junho em Rostock, na Alemanha. Se pretendes saber mais sobre o G8, conhecer as razões que levam a que milhões de pessoas em todo o mundo se oponham a estes encontros que definem grande parte das políticas globais ou participar nas redes de resistência em Portugal ou na Alemanha, então aparece nas próximas sessões!

Porto - 18 Abril - 4ª feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)



Coimbra - 19 de Abril - 5ª feira - local a confirmar

A Terra não está a morrer, está a ser assassinada!

E nós, que podemos fazer para evitá-lo?


No início de Junho de 2007, os governos dos 7 “mais importantes” países industrializados e a Rússia encontrar-se-ão para a cimeira do G8 na Alemanha do Norte, à beira-mar do Mar Báltico, perto de Rostock, Berlim e Hamburgo.


O grupo do G8 é uma instituição sem legitimidade, não obstante, com um auto-denominado governo do mundo, decidir objectivos que afectam toda a humanidade. As políticas do G8 forçam uma globalização neoliberal e desregulada. A política económica é orientada exclusivamente para que o dinheiro investido reverta para as multinacionais e grandes investidores, retirando os direitos dos camponeses, afectando o equilíbrio da Terra, ecossistemas e culturas, investindo mais e mais orçamento em guerras e repressão.


Quem convida a cimeira, convida também a resistência!


Mundialmente foram surgindo várias redes que se mobilizam para a cimeira, que querem fazer acções contra as políticas do G8 e impedi-los de reunir, bloquear os acessos, mostrar um forte sinal de rejeição. Haverá uma cimeira alternativa com debates e soluções alternativas, mais orientado para a humanidade e para a natureza, mostrando que eles mentem, quando dizem: «Não há outras soluções que não as nossas, é o unico caminho». Milhões de pessoas sabem que um outro mundo é possivel e por isso serão organizadas acções pela defesa de direitos para os refugiados, por políticas mais sustentáveis, contra os OGM e contra o militarismo. Haverá uma diversidade de elementos creativos como Clown Army, Rhythms of Resistance , vários grupos do teatro, gigantones, flash mobs, pink and silver... que querem fazer acções espontâneas e imprevistas, mas também grandes marchas tradicionais, onde se espera a participação de mais de 100 mil pessoas. Estarão presentes redes de camponeses, de refugiados, de sindicatos, de anarquistas, de estudantes, religiosas, etc.......


E nós?
Queremos ir para Alemanha?
Ou queremos fazer acções em Portugal? O que podemos fazer em qualquer dos casos?


Participa na sessão informativa sobre o G8!


Com os tópicos:
· O que é o G8?
· Como foram as anteriores mobilizações?
· O que se está a preparar este ano na Alemanha?
· O que acontece em Portugal?


Vem ver documentários, saber mais e talvez preparar acções conjuntas!


O evento é gratuito e conta com a presença de activistas da Alemanha e Bélgica.

Porto - 18 Abril - Quarta-feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)


Coimbra - 19 de Abril - Quinta-feira - local a confirmar


Dúvidas?


Escreve para porto@gaia.org.pt ou liga para 937267541.

Co-incineração: movimento promove piquenique no próximo Sábado

Encontro no parque da Arrábida serve para mobilizar consciências

A criação de um espaço de reflexão sobre questões ambientais e co-incineração de resíduos perigosos é o objectivo de um piquenique que o Movimento de Cidadãos pela Arrábida promove sábado, no Parque de Merendas da Comenda, em Setúbal, noticia a agência Lusa.

A iniciativa, que tem o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, pretende mobilizar os setubalenses para usufruírem daquele património natural da Arrábida e, simultaneamente, manifestarem a sua oposição à co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, no Outão.
Segundo Fernanda Rodrigues, do Movimento de Cidadãos pela Arrábida, o piquenique «pretende mobilizar as pessoas e o movimento associativo porque usufruir a Arrábida é o primeiro passo para a defender».«Não é com a co-incineração que se vai resolver o problema do passivo ambiental do país», disse Fernanda Rodrigues, defendendo que o governo devia proceder à instalação dos CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos) antes de avançar com a co-incineração, e que nunca deveria permitir a queima de resíduos perigosos no interior de um parque natural.
No piquenique, previsto para as 10h de sábado, no Parque de Merendas da Comenda, em pleno Parque Natural da Arrábida, estão previstos espaços de poesia, música, yoga, BTT, escalada e um passeio pedestre, que serão organizadas por colectividades e associações da região.
Aderiram ao piquenique promovido pelo Movimento de cidadãos pela Arrábida as colectividades Clube de Campismo de Setúbal, Clube de Montanhismo da Arrábida, Club Setubalense, Quintajense (secção de BTT) e as associações Lusa Ioga, José Afonso, Sebastião da Gama e Lebres do Sado

Vivem com menos de 73 cêntimos por dia

Continuam a existir disparidades substanciais entre as diferentes regiões do mundo e entre os pobres e os ricos de cada país, reconhecem os indicadores mundiais de desenvolvimento agora publicados pelo Banco Mundial, como complemento ao seu relatório sobre desenvolvimento que apresentara em Setembro do ano passado, numa conferência em Singapura.
A pobreza extrema foi reduzida em 21 por cento a partir de 1990, mas isso não significa de modo algum que ainda não existam 985 milhões de pessoas (num total de 6500 milhões) a ter de procurar sobreviver com menos de um dólar diário (73 cêntimos). E não consegue esconder que, em 2004, ainda havia 2600 milhões de pessoas, quase metade da população dos países ditos em desenvolvimento, com um rendimento inferior a dois dólares diários (menos de um euro e meio).
O Banco Mundial declara existir um consenso sobre a necessidade de se reduzir a pobreza extrema, que é o maior risco para que as doenças se perpetuem e haja mortes prematuras. Só que ainda ninguém conseguiu garantir de forma satisfatória melhor acesso de todos ao ensino, melhoria da condição das mulheres e de outros grupos marginalizados e um adequado desenvolvimento rural.
A mortalidade entre os menores de cinco anos diminuiu mais de 36 por cento nos países de mais elevado rendimento, de 1990 a 2005, mas apenas 20 por cento nos países em desenvolvimento. E não se pode, de forma alguma, esquecer que a mortalidade infantil devida ao paludismo duplicou no fim do século passado, principalmente na África subsariana.
Alguns países africanos, como o Lesoto, a Zâmbia e o Zimbabwe, com elevados índices de mortalidade por sida, têm hoje em dia uma esperança de vida inferior a 40 anos, enquanto no Canadá, na França ou no Japão já começa a ser normal esperar viver-se mais de 80 anos. Vulnerabilidade à doençaA pobreza torna as pessoas dos países pobres mais vulneráveis à doença.
Quase um terço das pessoas da Ásia Meridional e metade dos habitantes da África subsariana vivem com menos do equivalente a um dólar por dia, na sua maioria sem acesso a água potável ou a saneamento básico.
Quase metade da população a sul do Sara, em países como o Zimbabwe ou a República Centro-Africana, não tem os medicamentos essenciais; e até mesmo em países mais desenvolvidos da Europa se verifica que os pobres tendem a morrer cinco a 10 anos antes dos ricos.
Entre os países que, na última década, têm conseguido sair das listas do Banco Mundial referentes aos de rendimento baixo e médio, para passar à classe das economias mais desenvolvidas, contam-se a Grécia, Malta, Porto Rico, a Arábia Saudita e a Eslovénia, mas, no seu conjunto, constituem menos de dois por cento da população mundial.
E das 10 economias mundiais actualmente com uma maior quantidade de reservas nenhuma pertence ao continente africano, perpetuando-se assim a tendência para a África, na sua generalidade, ser quase como que um sinónimo de pobreza. As grandes reservas, que tornam as economias menos vulneráveis e as libertam da dependência de instituições como o Banco Mundial (BM) ou do Fundo Monetário Internacional (FMI), são actualmente em primeiro lugar as do Japão, da China, de Taiwan e da Coreia do Sul, seguidas pelas dos Estados Unidos e da Federação Russa.
Fonte: jornal Público

Exigência para a anulação dos ensaios de transgénicos já aprovados


Empresas esconderam informação e Ministério deixou-se enganar


O Instituto do Ambiente recebeu, através do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Engº Carlos Nazaré, um documento de um munícipe que plantou milho nas proximidades do recém-aprovado campo para ensaios com transgénicos. Este documento mostra que a empresa Syngenta faltou à verdade com o Ministério do Ambiente e que este foi complacente com a posição da empresa, ao não verificar a veracidade dos documentos associados ao processo.

No passado dia 28 de Março o Ministério do Ambiente (MA) aprovou o pedido da empresa Syngenta para a realização de testes sobre milho transgénico no concelho de Rio Maior. Mas essa autorização tem de ser imediatamente revogada visto que o principal argumento em que se sustenta - a existência de uma faixa de segurança de 400 metros em torno do terreno previsto por forma a evitar a contaminação - acabou de se revelar inválido.*

Em Alcochete e em Salvaterra de Magos, outros dois concelhos visados no pedido, a autorização foi negada pois o MA considerou que nesses locais a distância mínima de segurança de 400 metros até aos restantes campos de milho não estava salvaguardada. No entanto, no caso de Rio Maior, a empresa Syngenta** apresentou duas declarações de vizinhos do terreno visado, dando assim a entender que os tais 400 metros exigidos de faixa de segurança estavam garantidos. Baseado nessa informação, o MA aprovou os ensaios.

Agora a verdade acabou de vir ao de cima: as empresas esconderam o facto de que havia mais vizinhos no perímetro da zona de segurança, vizinhos esses que não se comprometeram a prescindir do cultivo de milho e que não foram sequer avisados ou contactados. O MA já se encontra neste momento na posse da declaração de um desses vizinhos, que aliás tem milho doce semeado no seu terreno, situado a não mais de 150 metros da zona de ensaios.

Para além da evidente má fé e deplorável falta de rigor técnico por parte das empresas em causa (algo que levanta sérias dúvidas sobre o seu comportamento e cuidado durante os ensaios, se eles avançassem), é de salientar a manifesta incapacidade, por parte do Ministério do Ambiente, de analisar com cuidado o processo sobre o qual emitiu decisão. Em vez de verificar activamente os dados apresentados pelas empresas, o Ministério limitou-se a acreditar, ingenuamente, no que leu.

Segundo o Eng. Gualter Baptista, da Plataforma Transgénicos Fora, "o Ministério do Ambiente
revelou não possuir capacidade técnica e humana enquanto Autoridade Competente para os transgénicos. Ao aprovar ensaios experimentais às cegas, o próprio Governo sai descredibilizado, perante a sua total incapacidade de salvaguarda da saúde humana, do ambiente e da própria economia da região". O activista acrescenta que "não se compreende como é que um organismo público aceita e aprova, sem verificação, os documentos apresentados por uma empresa que tem um interesse económico associado à aprovação do projecto."

Na opinião de Gualter Baptista, "ao Ministério do Ambiente não resta outra alternativa senão
revogar imediatamente a sua decisão de aprovação dos ensaios experimentais e colocar uma moratória a quaisquer novos ensaios durante um período mínimo de 3 anos. No interesse dos cidadãos e dos agricultores que colocou em risco, deverá também apresentar a sua justificação perante esta grave negligência."


A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura
integrada por onze entidades não-governamentais
da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança
para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC,
Associação para a Taxação das Transacções
Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CNA,
Confederação Nacional da Agricultura; Colher para
Semear, Rede Portuguesa de Variedades
Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos
Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e
Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de
Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga
para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento
Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente;
QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da
Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em
Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por
dezenas de outras. Para mais informações
contactar info@stopogm.net


Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.

13.4.07

The Living Theatre - video de uma sua representação anti-militarista

No vídeo que se segue o célebre grupo teatral anarco-pacifista The Living Theatre realiza uma representação contra os centros de recrutamento do exército norte-americano.





Para consultar:

http://www.livingtheatre.org/

http://en.wikipedia.org/wiki/Living_Theater

Resist!







Documentários-video do Living Theatre em representações de rua em 1975

Julian Beck, Judith Malina - The Living Theatre May 17, 1975
Turning the Earth - A Legacy of Cain"





The Living Theatre "Woman Who Knows Something About Love"

O escritor Kurt Vonnegut morre aos 84 anos

Um dos maiores expoentes da moderna literatura americana, o escritor Kurt Vonnegut morreu aos 84 anos, em Nova York.
Vonnegut é autor de peças, ensaios e obras de ficção.
Nas décadas de 1960 e 1970, o escritor tornou-se uma figura de culto entre os estudantes com os seus clássicos da contracultura americana.
O momento definidor da vida do escritor foi o bombardeamento de Dresden, na Alemanha, pelas forças aliadas em 1945, evento que ele presenciou quando era um jovem prisioneiro de guerra.
Essa experiência serviu de base para a sua obra mais conhecida, Slaughterhouse-Five, publicada em 1969 a meio da guerra do Vietname e a um ambiente de inquietação racial e convulsão social e cultural nos Estados Unidos.
No ano passado, Vonnegut lançou um novo livro, Um Homem sem Pátria.

http://www.vonnegutweb.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/Kurt_Vonnegut

http://www.levity.com/corduroy/vonnegut.htm

Os livros do último trimestre

Com bastante atraso só agora aparece a nossa selecção dos livros editados em Portugal ao longo dos meses de Janeiro, Fevereiro, Março. Uma lista que não está totalmente completa, e que iremos conclui-la nos próximos tempos.
Entretanto, retomamos o hábito inicial do blogue em indicar na coluna do lado direito a selecção dos livros a ler durante o mês da Abril.


- A Beleza da vida, William Morris, & etc
- Carta sobre os cegos para uso daqueles que vêem, Diderot, Veja
- Homo Juridicus, ensaio sobre a função antropológica do Direito, Instituto Piaget
- Direito do Trabalho, Júlio Manuel Vieira Gomes, Coimbra Ed.
- Obra Poética, Federico Garcia Lorca, Cotovia
- A vida fragmentada: ensaios sobre a moral pós-moderna, Zygmunt Bauman, Relógio d’Água
- A cultura do novo capitalismo, Richard Sennet, Relógio d’Água
- Peças Escolhidas, Henrik Ibsen
- Memórias de um nómada, Paul Bowles, Assírio e Alvim
- Deixa a chuva, Paul Bowles, Assírio e Alvim
- A verdadeira história dos voos da CIA – os táxis da tortura, Trevor Paglen, A.C. Thompson; Campo das Letras
- O livro da pobreza e da morte, R. M. Rilke, ed. Bonecos Rebeldes
- Origem do Drama Trágico Alemão , Walter Benjamin, Assírio e Alvim
- Tratado de Magia, Giordano Bruno, Tinta da China
- O Império da Vergonha, Jean Zigler, Asa
- A Modernidade, Walter Benjamin
- A sociedade do consumo, J. Braudillard, Edições 70
- O longo caminho das mulheres - Feminismos 80 anos depois, Org. Lígia Amâncio, Manuela Tavares, Teresa Joaquim,…,D.Quixote
-O Livro Negro das mulheres, Christine Ockrent, Temas e Debates
- Enciclopédia Ilustrada do Jazz & do Blues, Howard Mandel, Afrontamento
- A arte de viver, Epicteto, Sílabo
- O Peter Pan não existe, reflexões de um ateu, Onofre Varela, Caminho
- As Sirenes de Bagdade, Yasmina Khadra, Bizâncio
- Utopias de Cordel, Jorge Bastos da Silva, Quasi
- Uma grande razão-os poemas maiores, Mário Cesariny,Assírio e Alvim
- À sombra das árvores com história, Paulo Ventura Araújo; Maria Pires de Carvalho,…, Gradiva
- Raiz e Utopia, memória de uma revista (1977-81), reedição
- A mim não me enganam (Um ano sem ir às compras), Judith Levine, Guerra e Paz
- A face oculta do petróleo, Eric Laurent, Temas e Debates
- O roubo das almas ( Salazar, a Igreja e o Totalitarismo), Valentim Alexandre, D.Quixote
- História de Juliette ou as prosperidades do vício, Marques de Sade, Guerra e Paz
- O meu último suspiro, Luís Buñuel, Fenda
- O saque, Joe Olton, Campo das Letras
- A Vingança de Gaia:porque está a Terra a retaliar – e como podemos salvar a Humanidade, James Lovelock, Gradiva
- Aivados, posse da terra, resistência e memória no Alentejo, Inês Fonseca, Dinossauro
- O que Billy quer vestir. Dinâmicas sociaissexuais em Willa Cather e William Faulkner; Campo das Letras
- O Rasga, uma dança negro-portuguesa, José Ramos Tinhorão, Caminho
- Comércio injusto- O Romance das matérias-primas, Jean-Pierre Boris, Asa
- Meridionais, João Pedro Mésseder, Deriva
- Gente independente, Halldór Laxness, Cavalo de Ferro
- A Brasileira do Chiado, 100 anos, ed. A Brasileira
- Técnicas e jogos cooperativos para todas as idades, Xesús R.Jares, Asa

- Identidade e violência,Amartya Sem, tinta da china
- Diálogos com Leucó, Cesare Pavese, Assírio e Alvim
- Saberes partilhados, o lugar da utopia na cultura portuguesa, Fátima Vieira (org.) , Quasi
- Pombas de Guerra, 4 mulheres na Guerra Civil espanhola, Paul Preston, Campo das Letras
- Lobos em Portugal, Paulo Caetano, ed. Má Criação
- Auto-retrato, Freddie Mercury, Campo das Letras
- O cão andaluz, Jorge Seabra
- Responsabilidade e Juízo, Hanna Arendt, D.Quixote
- Um, ninguém e cem mil, Pirandello, Cavalo de Ferro
- Toda a história do mundo, Jean-Claude Barreau, Teorema
- Náufragos no paraíso (os incríveis eventos dos Robinsons Crusoes de carne e osso), James C. Simmons; Antígona
- Bobos na Corte, Conde de Sabugosa, Caleidoscópio
- Como há-de ser o mundo no ano 3000, Émile Souvestre, Quasi
- Como se faz um filósofo, Colin McGinn, Bizâncio
- Agora ou Nunca, Tom Spanbauer, Bizâncio
- Sangue sábio, Flannery O’Connor, Cavalo de Ferro
- A saga de Gosta Berling, Selma Lagerlof, Cavalo de Ferro
- O Processo de Damião de Goes na Inquisição, Raul Rêgo, Assírio e Alvim
- A Vida Conjugal, Sergio Pitol, Assírio e Alvim
- Imagens de Pensamento, Walter Benjamin
- O Mírgorod, Nikolai Gógol
- Álvaro Lapa - Voz das pedras, António Rodrigues
- Viagens no tempo no universo de Eintein, Richard Gott, Quasi
- Patty Diphusa, Pedro Almodôvar, quasi
- A cibernética, onde os reinos se fundem, Porfírio Silva, quasi
- A obra de arte e o seu mundo, Fernando Guimarães, Quasi
- Manuscritos Gertrudes, Manuel Silva Teles, Guerra e Paz
- Memórias, Jorge Silva Melo, Cotovia
-Júlio César, Shakespeare, Cotovia
- A realidade do artista.Filosofias da arte, Mark Rothko, Cotovia
- Ensaios sobre Píndaro, Maria de Fátima Sousa e Silva, outros, Cotovia
- Curso Breve de literatura brasileira-vol XIV, Conversa de burros,banhos de mar e outras crónicas exemplares, Cotovia
- Elas somos nós, O Direito ao Aborto como Reivindicação -Democrática e Cidadã, Andrea Peniche, Afrontamento
- Flausino Torres (1906-1974) ,Documentos e fragmentos de um intelectual antifascista, Paulo Torres Bento, Afrontamento
- Porto: Da cidade inventada, Helder Pacheco, Afrontamento
- Mundo Perdido, Patrícia Melo
- Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araújo, Campo das Letras
- O Leopardo, Giuseppe Tomasi de Lampedusa
- Vertigens, W. G. Sebald, Teorema
- Babyji, Abha Dawesar, Asa
- Líricas Come On & Anos, Rui Reininho, Palavra
- A dança da Victória, António Skármeta, Dom Quixote
- Travessia de Vaia, Truman Capote, Dom Quixote
- Concerto das Artes, Kelly Basílio (org.), Campo das Letras
- Estado de Guerra, A história secreta da CIA e da Administração de Bush, James Risen, ed. Quidnovi
- Lendas de Trás-Os-Montes e Alto Douro, José Viale Moutinho, esfera do caos
- Vidas Novas, José Luandino Vieira, Caminho
- A medida do mundo, Daniel Kehlmann, Presença
- A uma deus desconhecido, John Steinbeck, Livros do Brasil
- Ratos e homens, John Steinbeck, Livros do Brasil
- Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, Livros do Brasil
- A mulher Nua, Desmond Morris, Relógio d’Água
- Biotecnologia(s) e propriedade intelectual, J.P. Remédio Marques, Almedina
- O lugar do direito na protecção do ambiente, Maria da Glória Garcia, Almedina
- Ver, compreender, analisar as imagens, Laurent Gervereau, Edições 70
- Atlas de Música-vol. II do barroco à actualidade, Ulrich Michels, Gradiva
- Raul Brandão, do texto à cena, Rita Martins, Imprensa Nacional
- O Espírito da letra, ensaios de hermenêutica da modernidade, Leonel Ribeiro dos Santos
- A Charneca ao entardecer, Florbela Espanca, Quasi
- Do pós-modernismo à exposição zero, Isabel Nogueira, Veja
- O Fundo da Baía, Joseph Mitchell, Âmbar
- A face da guerra, Marta Gelhorn, D. Quixote
- Ouve-se sempre a Distância Numa Voz. Rui Nunes, relógio d’Água
- Para a compreensão histórica da infância, Vários, Campo das letras
- Os direitos da criança- da participação à responsabilidade. O sistema de protecção das crianças e jovens, Paulo Delgado, Profedições
- Marxismo e educação – vol 1, vários, Profedições
- Mário Barradas, um homem no teatro, ed. Adágio
- A morte melancólica do rapaz ostra & outras histórias, Antígona
- Alentejo Blues, Mónica Ali, ed. Caderno
- Memórias, Edmundo Pedro, Âncora edições
- Um cruzamento de fronteiras. O discurso dos concelhos da Guarda em cortes, Maria Helena Cruz Coelho e Luís Miguel Repas, Campo das Letras
- Hannah Arendt, Os mundos da razão, Margarida Amaral, Esfera do Caos
- Serviços secretos portugueses, José Vegar, A esfera dos livros
- A cidade como arquitectura, Nuno Portas, Livros Horizonte
- A filosofia na Alcova, Marquês de sade, Antígona
- Andreas, Hugo Von Hofmannsthal, Relógio d’Água
- Descrição da mentira, António Gamoneda, Quasi
- Os náufragos do mar de palha, João Medina, Livros Horizonte
- Memória de um inconformista, Gonzalo torrente Ballester, âmbar
- Minoria eróticas e agressores sexuais, Afonso Albuquerque, D.Quixote
- A terra sobre a corda bamba, Éric Lamben, Inst-Piaget
- Voz das mulheres de Timor Leste; Teresa Cunha, Afrontamento
- A Nuvem do não saber, obra mística do séc. XIV de autor anónimo, Assírio e Alvim
- Manifestos e Conferências, José de Almada Negreiros, Assírio e Alvim
- Música minha antiga companheira desde os ouvidos da infância,José Gomes Ferreira, Campo das Letras
-P ensar a música, mudar o mundo- Fernando Lopes Graça, Mário Vieira de Carvalho, Campo das Letras
- As Marionetas e o Anão - O Cristianismo Entre Perversão e Subversão, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- As Metástases do Gozo, 6 ensaios sobre a mulher, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- A subjectividade por vir, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- Cartas a uma jovem matemática, Ian Stewart, Relógio d’Água
- Bilitis, Rui Reininho, Quasi
- As origens do Totalitarismo, Hanna Arendt, D. Quixote
- Amor Louco, André Breton
- Morte no Verão, Yukio Mishima, Estampa
- O pássaro pintado, Jerzy Kosinski, Livros de Areia
- O silêncio do patinador, Juan Manuel de Prada, Âmbar
- A crise das identidades, Claude Dubar, Afrontamento
- O último negreiro, Miguel Real, Quidnovi
- Ventos da minha alma, Sebastião Alba
- Voz consonante (traduções), António Ramos Rosa, Quasi
- Plea Bargaining, aproximação à justiça negociada nos EUA, Pedro Soares de Albergaria,
- Diário da guerra aos porcos, Adolfo Bioy Casares, Cavalo de Ferro
- Requiem, António Tabucchi, D.. Quixote
- História do Aborto, Giulia Galeotti, Edições 70
- Crematório sentimental, Golgona Anghel, Quasi
- Hereditas, Vasco Araújo, Assírio e Alvim
- A história da educação em Portugal, Vários, Asa
- Auto-retrato, Freddie Mercury, Campo das Letras
- O cão andaluz, Jorge Seabra
- A arte de amar da burguesia, José Machado Pais, ICS
- Sou todo ouvidos, Joseph Mitchel, Âmbar
- Pantagruel, Rabelais, Frenesi
- Vida coetânea, Raimundo Llull, Ariadne
- A musa irregular, Fernando Assis Pacheco, Teorema
- A realidade do artista. Filosofia da arte, Mark Rothko, Cotovia
- Paulo Freire na história da educação o tempo presente, Afonso Celso Scocuglia, Afrontamento
- A Informação. Da compreensão do fenómeno e construção do objecto científico, Armando Malheiro da Silva, Afrontamento

Cédula profissional do Sr. Engenheireiro Sócrates

Após aturada investigação nos arquivos da Ordem dos Engenheireiros conseguimos encontrar fotocópia da cédula profissional do Dr. Engenheireiro José Sócrates. Para que não restem dúvidas da rectidão e do cáracter do primeiro-ministro português.

12.4.07

Todo o cinema de Debord na Culturgest, a 13 e 14 de Abril

Foi uma sociedade específica e não uma tecnologia específica, que fez o cinema tal como é. Em vez disso, podia ter sido análise histórica, teoria, ensaio, memórias. Podia ter consistido de filmes como o que faço neste momento.
Nada quero conservar da linguagem desta arte ultrapassada, nada a não ser talvez o contracampo do único mundo que observou e um travelling sobre as ideias passageiras de uma época.
Guy Debord
In girum imus nocte et consumimur igni


O cinema ocupou um lugar central no pensamento e na prática de Guy Debord, na sua crítica das formas de representação e do papel social das imagens. As estratégias e modos de composição formal que caracterizam os seus filmes estão já contidos no seu primeiro gesto cinematográfico, o filme Letrista, Hurlements en faveur de Sade (1952) em que as frases ditas, “desviadas” do seu contexto original, e a poesia concreta, alternadas no ecrã branco (sonoro) e preto (em silêncio), contêm já o seu projecto para uma “dialéctica da desvalorização/revalorização” dos diferentes elementos em jogo e da negação do cinema tal como o conhecemos. Os filmes posteriores prolongam a prática da apropriação e montagem de imagens de fontes diversas (excertos de jornais filmados, filmes publicitários, filmes de ficção, imagens de banda desenhada, fotografias), de imagens realizadas por Debord, conjugadas com os textos escritos e lidos, igualmente desviados do seu contexto original (citações, textos do próprio autor) a que se acrescenta a utilização pontual da música que serve de contraponto lírico às imagens. As imagens utilizadas constituem ao mesmo tempo documentos e artefactos, contendo de forma imanente a sua própria crítica, em comentários sobre o cinema e os géneros cinematográficos, as combinações entre a imagem e o texto, as relações pessoais e sociais, a ideologia, a luta de classes e a política e o lugar do Homem na História e no sistema espectacular que expõe e critica. Os filmes de Guy Debord intensificam aquilo que na obra do seu autor reflecte um discurso sobre o potencial revolucionário da juventude, sobre a amizade, o amor, conjugando o lirismo e as suas reflexões sobre a cidade, o urbanismo e a arquitectura, num constante olhar retrospectivo sobre o exercício do seu pensamento. As obras cinematográficas de Guy Debord estiveram praticamente invisíveis, interditadas de qualquer projecção pública pelo próprio realizador, após o assassinato do seu produtor Gérard Lebovici em 1984. Disponíveis sobretudo na sua forma escrita numa compilação de textos e imagens organizada pelo autor, os filmes de Guy Debord foram recentemente disponibilizados de novo para circulação, o que permite que possa ser exibida, neste ciclo, a sua obra integral.

Em complemento apresenta-se o filme Letrista L’Anticoncept de Gil J Wolman, de 1952, um dos mais importantes filmes de vanguarda do pós-guerra e influência determinante para Guy Debord. O filme vai ser apresentado no seu dispositivo original, projectado num balão sonda.

Sexta 13 de Abril
18h30
Guy Debord, son art et son temps, 1994
1h00, vídeo de Guy Debord, realizado por Brigitte Cornand, leg. em português
21h30In girum imus nocte et consumimur igni, 19781h45, 35mm, leg. em português

Sábado 14 de Abril
17h00L’Anticoncept de Gil J. Wolman, 1952
1h00, 35mm, sem legendasHurlements en faveur de Sade, 19521h15, 35mm, sem legendas
21h30
Sur le passage de quelques personnes à travers une assez courte unité de temps, 1959
18 min, 35mm, leg. em português
Critique de la séparation, 196
119 min, 35mm, leg. em português
La Société du spectacle, 1973
1h20, 35mm, leg. em português
Réfutation de tous les jugements, tant élogieux qu’hostiles, qui ont été jusqu’ici portés sur le film “La Société du spectacle”, 1973
22 min, 35mm, leg. em português


Cinema was central in Guy Debord’s thinking and critique of society. His films, finally available for public screening, reflect the different phases of his thought and influences. His filmic essays convey a particular poetics of “self-criticism” through the images and texts themselves, used as a commentary underlining his major concerns, be it the place of man in History, social and class relations or just the plain nostalgia of lost dreams and rememberance.



http://www.culturgest.pt/actual/debord.html

Notícia obtida junto de blogue:

http://sismografo.wordpress.com/

A livraria Skakespeare and Company em Paris (video)





A livraria Shakespeare and Comapany fica no número 37 da rue de la Bucherie, nas margens do rio Sena. Trata-se de um lugar apertado, repleto de livros, e dirigida por um velhinho de aparência excêntrica e sua bela filha e que vende livros majoritariamente em inglês



A Shakespeare and Co. foi aberta em 1919, noutro endereço, pela americana Sylvia Beach. Era um misto de livraria e biblioteca, com sistema de assinatura e pagamento de taxa por livros emprestados. Também era um ponto de encontro e endereço postal. Ali se organizavam leituras e dava-se aos escritores refúgio dos rigorosos Invernos de Paris.



Entre os seus frequentadores contam-se nomes como o do dramaturgo inglês Bernard Shaw, os dos poetas americano EzraPound e francês Paul Valéry, o do romancista francês André Gide e, claro, o do escritor irlandês James Joyce, além da "geração perdida" de escritores americanos, cujos maiores expoentes foram Emest Hemingway e F. Scott Fitzgerald.



Joyce foi, inclusive, o responsável indirecto pelo encerramento do negócio de Sylvia Beach. Ela continuou com o estabelecimento até um dia de 1941. Paris vivia sob a ocupação alemã. Um oficial nazi veio à livraria e quis comprar o exemplar do livro de Joyce "Finnegan's Wake" autografado pelo autor e que ficava em exposição na vitrine. Ela recusou a vendê-lo. O oficial disse que voltaria com soldados e confiscaria todos os livros do local, além de fechá-lo para sempre. Ela então chamou os amigos, tirou todos os livros dali e pintou a fachada. Algumas horas mais tarde, quando o oficial voltou acompanhado, não havia mais sinal da livraria.



Dez anos mais tarde, o também americano George Whitman, o velhinho de aparência excêntrica., mudou-se para Paris e fundou uma livraria nos moldes da de Sylvia, de quem era admirador. Chamou-a Le Mistral. Ficava ao lado da Notre Dame e serviu de ponto de encontro para toda a "geração vencida" de escritores americanos, como os beatniks que nos anos 50 tomaram de assalto a literatura dos Estados Unidos. Na Le Mistral, por exemplo, o poeta Allan Ginsberg passou algumas temporadas.



Em 1964, Whitman passou a usar o nome Shakespeare and Co.. Sylvia Beach, que era sua amiga e organizava chás literários na Le Mistral havia-lhe dado a autorização antes de morrer, em 1962, já que o espírito do empreendimento era o mesmo: ajudar dar escritores e divulgar a literatura escrita em inglês. Na sua homenagem, George deu à filha o prenome de Sylvia Beach. Ela é quem hoje cuida do local. Além de leituras às segundas às 20h, a Shakespeare and Co. também tem quartos à disposição de escritores. .

Sugestões de leitura?
"Paris é uma Festa", de Hemingway, em que há até um capítulo sobre a livraria;


"On the Road", a bíblia dos viajantes à boleia, do beat Jack Kerouac;

http://www.shakespeareco.org/index_francais.htm







Exposição sobre Agostinho da Silva no Museu Nacional da Imprensa

Clicar por cima da imagem para ler o texto de apresentação da exposição sobre Agostinho da Silva
O Museu Nacional da Imprensa tem patente ao público, na sala “Rodrigo Álvares”, a mostra Agostinho da Silva: o “filósofo da liberdade” na imprensa.

Esta exposição, que pretende evocar a vida e obra de um dos maiores pensadores portugueses do século XX., é composta por cerca de meia centena de publicações, nomeadamente revistas, jornais e livros. Um conjunto de painéis biográficos conta a vida e percurso profissional de Agostinho da Silva.


“Considerações”, “Herta Teresinha Joan”, “Sete cartas a um jovem filósofo”, “Do Agostinho em torno do Pessoa”, “As Aproximações” e “Moisés e outras Páginas Bíblicas” são alguns dos livros de Agostinho que podem ser apreciados nesta mostra.


Agostinho da Silva nasceu e estudou no Porto. Foi perseguido pela ditadura e esteve exilado no Brasil, onde escreveu o livro Considerações. Regressa definitivamente a Portugal em 1969. Revista Águia, Seara Nova, Semanário de literatura e crítica, O Diabo e os célebres “Cadernos de Cultura” foram alguns dos espaços onde Agostinho da Silva registou os seus pensamentos. Morreu em 1994.


A sessão inaugural contou com uma palestra sobre o pensamento e a acção do autor proferida por Renato Epifânio, membro da Associação Agostinho da Silva.


A mostra pode ser vista até 17 de Junho, no horário habitual do museu: todos os dias (incluindo domingos e feriados) das 15h às 20h.

O Museu Nacional da Imprensa está instalado na cidade do Porto, a montante da Ponte do Freixo e a cinco minutos da Estação CP/Metro de Campanhã.



11.4.07

Os poetas ( Antero de Quental)

«Foram honrados. Foram simples. A estes tais chamo eu poetas. »
Antero de Quental


A um poeta


Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,


Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...


Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções...
Mas de guerra...e são vozes de rebate!


Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!

Antero de Quental

11 de Abril de 1968: Rudi Dutschke sofre um atentado


A «revolucionarização» dos revolucionários é a condição decisiva para a «revolucionarização» das massas.- Rudi Dutschke

Um atentado a tiro contra o líder estudantil alemão Rudi Dutschke, em Berlim Ocidental, a 11 de abril de 1968, desencadeou protestos que culminaram em grandes batalhas campais com a polícia.


Na primavera européia de 1968, Rudi Dutschke, e a Oposição Extraparlamentar (Ausserparlamentarische Opposition – APO) e os grupos de esquerda viram a Alemanha Ocidental a caminho de se tornar um Estado policial. Eles responsabilizavam o governo do chanceler federal Kurt Georg Kiesinger e os jornais do grupo editorial Springer pela truculência da polícia e da direita.


Era a época da revolta de milhares de estudantes contra a autoridade dos pais, da universidade e do Estado.


Rudi Dutschke vinha de uma família protestante do leste alemão. Devido à sua confissão religiosa, não recebeu licença para ingressar na universidade na antiga Alemanha comunista, restando-lhe a opção de um curso superior técnico.


Ainda antes da construção do Muro de Berlim, em 1961, emigrou para o lado ocidental, onde começou a estudar Sociologia na Universidade Livre de Berlim. Um ano depois, participou da criação da Acção Subversiva, que mais tarde se aliou à União Universitária Alemã.


Modernizar a ideia da revolução permanente


Em 1965, Dutschke foi eleito para o conselho político da União e a partir daí passou a participar activamente de manifestações e protestos centradas na crítica ao establishment. Entre as maiores, em Berlim, estavam a passeata contra a guerra no Vietname e a manifestação contra a visita do xá da Pérsia à Alemanha.


Não passava um dia sem que o jornal sensacionalista Bild, do grupo Springer, usasse nas suas manchetes a palavra "terrorismo" associada à imagem de Dutschke, então com 28 anos de idade. O estudante pretendia dar uma nova feição à ideia da revolução permanente.
Em Abril de 1968 o grupo terrorista alemão Facção do Exército Vermelho (RAF) já detonava suas primeiras bombas. Rudi Dutschke, ao contrário, somente admitia a violência em casos extremos. Considerado um teórico do movimento estudantil e da nova esquerda alemã, distanciou-se claramente das acções terroristas, que mais tarde conceituou como "destruição da razão".



O atentado



Depois da morte do universitário Benno Ohnesorg, baleado por um policial durante uma manifestação em 1967, Dutschke centrou os seus protestos no autoritarismo. Além disso, participou da campanha que exigia a desapropriação dos bens de Axel Springer.
No dia 11 de abril de 1968, foi gravemente ferido por um tiro na cabeça, disparado por um operário tido como de extrema direita. No meio estudantil, o grupo Springer foi acusado de instigar o atentado, com suas reportagens tendenciosas. Seguiram-se protestos tanto na Alemanha quanto no exterior.


Após várias cirurgias, Dutschke buscou recuperação na Suíça, na Inglaterra e na Itália. Durante a convalescença, contou com o apoio de intelectuais de esquerda como o compositor Hans Werner Henze, que o hospedou em sua residência na Itália.


Alemanha socialista independente


Passou a estudar em Cambridge em 1970, mas foi expulso da Inglaterra por "atividades subversivas", passando a lecionar na Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Dois anos depois, retornava a Berlim.
Em 1974, publicou uma forma popularizada de sua dissertação sobre o marxista húngaro Georg Lukács. No livro, Dutschke descreveu como imaginava uma Alemanha socialista, sem a ingerência de Moscou, Pequim ou Berlim Oriental.


Por diversas vezes, viajou para a então Alemanha Oriental, a Noruega e a Itália, onde fez palestras sobre direitos humanos e a Europa Oriental. Além disso, Dutschke escreveu para diversas publicações de esquerda, participou de manifestações contra usinas nucleares e engajou-se pelo Partido Verde.


Porém as sequelas do grave atentado de 1968 o consumiram lentamente, enfraquecendo-o até causar sua morte em 24 de dezembro de 1979, aos 39 anos de idade, na Dinamarca. O militante de longos cabelos escuros, o menos dogmático dentre os líderes da esquerda alemã, morreu afogado na banheira, durante um ataque de epilepsia, que desenvolvera em consequência do ferimento na cabeça.


Fonte: DeutscheWelle





Organização Internacional do Teatro do Oprimido (ITO)




Declaração de princípios

Preâmbulo

1.O objectivo básico do Teatro do Oprimido é humanizar a Humanidade.


2.O Teatro do Oprimido é um sistema de exercícios, Jogos e Técnicas baseados no Teatro Essencial para ajudar os homens e as mulheres a desenvolver o que possuem dentro de si mesmos: o teatro

Teatro Essencial

3.Todo o ser humano é teatro


4.O teatro define-se como a existência simultânea – no mesmo espaço e contexto – de actores e espectadores. Cada ser humano é capaz de observar a situação e de se observar a si próprio em situação.


5.O teatro essencial consiste em 3 elementos: Teatro subjectivo, teatro Objectivo, e Linguagem Teatral.


6.Cada ser humano é capaz de actuar: para sobreviver temos que necessariamente produzir acções e observar essas acções e os seus efeitos sobre o mundo exterior. Ser Humano significa ser teatro: a coexistência do actor e do espectador no mesmo indivíduo. Isto é Teatro subjectivo.


7.Quando os seres humanos se limitam à observação de um objecto, de uma pessoa ou de um espaço, negando a sua capacidade e necessidade de actuar, a energia que seria usada para actuar transfere-se para aquele espaço ou objecto, criando um espaço subjectivo no espaço físico que já existia: isso é o Espaço Estético. Isto é o Teatro Objectivo.


8.Todo o ser humano usa, nas suas vidas quotidianas, a mesma linguagem que os actores usam no cenário: as suas vozes, os seus corpos, os seus movimentos e as suas expressões traduzem as suas ideias, emoções e desejos em Linguagem teatral.

Teatro do Oprimido

9.O Teatro do Oprimido oferece a cada um o método estético para analisar o seu passado no contexto do seu presente, e para poder inventar o seu futuro, sem esperar por ele. O Teatro do Oprimido ajuda os seres humanos a recuperar uma linguagem que já possuem – aprendemos como viver na sociedade fazendo teatro. Aprendemos como sentir, sentindo; como pensar, pensando; como actuar, actuando. O Teatro do Oprimido é um ensaio para a realidade.


10.Chamamos oprimidos aos indivíduos ou grupos que são social, cultural ou politicamente, ou então por razões de raça, sexualidade ou qualquer outro motivo, desapossados do seu direito ao Diálogo, ou impedidos a exercer esse direito.


11. Diálogo define-se como o intercâmbio livre entre pessoas livres – indivíduos ou grupos. Significa a participação na sociedade humana com iguais direitos, e no respeito mútuo pelas diferenças.


12.O Teatro do Oprimido baseia-se na premissa que todas as relações humanas devem ser do tipo dialógico: entre homens e mulheres, entre raças, famílias, grupos e nações, o diálogo deve sempre prevalecer . Na realidade, todos os diálogos têm a tendência em transformar-se em monólogos, e são estes que criam a relação opressores-oprimidos. Reconhecendo esta realidade o princípio fundamental do Teatro do Oprimido é ajudar a restaurar o diálogo entre os seres humanos.

Princípios e Objectivos

13.O Teatro do Oprimido é um movimento mundial estético, não violento que procura a paz, mas não a passividade.


14.O Teatro do Oprimido procura activar as pessoas num esforço humanista, tal como diz a expressão: teatro de, por e para o oprimido. Um sistema que facilite as pessoas a agir na ficção do teatro para transformar-se em protagonistas, isto é, em sujeitos activos da sua própria vida.


15.O Teatro do Oprimido não é ideologia nem partido político, não é dogmático nem compulsivo, mas antes respeitador de todas as culturas. É um método de análise e uma forma de tornas as sociedades mais felizes. Pelo seu carácter humanista e democrático ele é utilizado em todo o mundo, em todas as áreas de actividades humanas tais como a educação, a cultura, a arte, a política, o trabalho social, a psicoterapia, a alfabetização e a saúde pública.


16.O Teatro do Oprimido é utilizado actualmente em dezenas de nações por todo o mundo e como meio para conseguir descobrimentos sobre nós próprios e sobre o Outro, para clarificar e expressar os nossos desejos e compreender os demais; um instrumento para mudar as circunstâncias que produzem dor e para realizar as que produzem paz; para respeitar diferenças entre os indivíduos e grupos, e para a inclusão de todos os seres humanos no Diálogo; e , finalmente, um meio para conseguir a justiça económica e social, que é o fundamento da verdadeira democracia. Em suma, o objectivo geral do Teatro do Oprimido é o desenvolvimento dos Direitos Humanos essenciais.

A Organização Internacional do Teatro do Oprimido (ITO)

17.A ITO é uma organização que coordena e promove o Teatro do Oprimido em todo o mundo segundo os princípios e objectivos desta declaração.


18.A ITO realiza este ideal conectando os seus praticantes numa rede mundial promovendo o intercâmbio e o desenvolvimento metodológico; facilitando a instrução e a multiplicação das técnicas existentes; concebendo projectos num nível mundial, estimulando a criação de Centros do Teatro do Oprimido (CTOs) a nível local; melhorando e criando as condições do trabalho dos CTOs e dos seus praticantes.


19.A ITO terá o mesmo carácter humanista e democrático como os seus princípios e objectivos: incorporará cada contribuição dos que trabalhem inspirados nesta Declaração de Princípios.


20. A ITO garantirá que qualquer pessoas, utilizando as técnicas do Teatro do Oprimido, possa subscrever esta Declaração de Princípios.


www.theatreoftheoppressed.org/en/index.php?nodeID=141







Nota Histórica

O Teatro do Oprimido nasceu no Brasil em 1971 sob a forma de Teatro Periódico com o objectivo específico de tratar problemas locais, mas cedo se expandiu por todo o país. O Teatro do Fórum apareceu no Peru em 1973 como parte do Programa de alfabetização, e aquilo que se tinha criado a pensar para a América do Sul é hoje uma prática alargada a mais de 70 países.
O Teatro do Oprimido desenvolver o Teatro Invisível na Argentina como uma actividade política, e o Teatro Imagem para estabelecer diálogo entre as várias Nações Indígenas e descendentes hispânicos, na Colômbia, Venezuela, México,… Hoje estas formas são utilizadas em todos os tipos de diálogo.
Na Europa o Teatro do oprimido expandiu-se a surgiu no Arco íris do Desejo – primeiro para tentar entender problemas psicológicos, e mais tarde para criar personagens numa obra.
De regresso ao Brasil, aparece o Teatro Legislativo para ajudar a que o Desejo da população chegue a ser lei – e isso aconteceu, pelo menos, em 13 vezes. Agora, mesmo o Teatro Subjunctivo dá os seus primeiro passos.
Descobrimos que todas estas formas, independentemente do lcoal onde foram criadas, podem ser desenvolvidas e usadas por todo o mundo, simplesmente porque constituem uma Linguagem Humana.

O Teatro do oprimido era usado pelos camponeses e trabalhadores, mais tarde por professores e estudantes; hoje, também, por artistas, trabalhadores sociais e psicoterapeutas, ONGs,…em espaços pequenos, no início, mas depois, nas ruas, escolas, igrejas, sindicatos, prisões, teatros convencionais,…
O Teatro do Oprimido é o Jogo do Oprimido: jogamos e aprendemos juntos: Todo o tipo de Jogo deve ter disciplina – regras claras que devem ser seguidas. Ao mesmo tempo, os Jogos têm necessidade absoluta de criatividade e Liberdade. O ITO é a perfeita síntese entre a antítese da Disciplina e da Liberdade.
Sem Disciplina não há Vida Social; sem Liberdade, não há Vida.
A Disciplina do nosso Jogo é a nossa crença que devemos reestabelecer o direito a cada qual de existir com dignidade. Acreditamos que somos muitos, muito melhores do que pensamos ser. Apostamos na solidariedade.

A nossa Liberdade é para criar maneira de ajudar a humnanizar a Humanidade, invadindo livremente todos os campos de actividade humana: social, pedagógica, política, artística… O Teatro é Linguagem pelo que pode ser usado para falar de todos os assuntos humanos e não para ser limitado ao teatro em si mesmo.

Acreditamos na Paz, não na Passividade.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_do_oprimido




III Encontro Internacional do Teatro e educação «Intervenção teatral na vida pública» ( Barcelona, de 18 a 22 de Abril de 2007)

Objectivos do encontro:


- Tornar o teatro participativo numa forma alternativa de aprendizagem na denúncia e intervenção social.
- Frazer um intercâmbio de novos conhecimentos e metodologias de intervenção social realizados pelos diferentes profissionais, criando um ponto de encontro.
-Partilhar experiências nos diversos países sobre temas relacionados com a educação e a vida pública.
-Satisfazer a procura existente de formação prática nesta área já que a que existe não é suficiente nem suficientemente inovadora.
-Projecto de formação para profissionais e trabalhadores no âmbito social por via de técnicas de teatro inter-activo.
-Realizar acções concretas com incidência na vida pública a partir do teato.


www.theatreoftheoppressed.org/en/index.php?nodeID=13&id=3&id=331

Festa das bruxas em Montalegre (sexta-feira, dia 13)




As “bruxas” regressam a Montalegre na próxima sexta-feira, dia 13, para “assustar” as centenas de pessoas esperadas para a recriação de uma tradição do concelho.


Desde 2002 que a Câmara de Montalegre organiza as “Noites das Bruxas”, que decorrem em todas as “sextas-feiras 13”, e fazem parte integrante do calendário cultural da região.


Também como já é tradição, a nona edição do evento tem como personagem principal “Dom Bruxo”, o padre António Fontes, conhecido por promover os congressos de medicina popular de Vilar de Perdizes.


Sexta-feira, durante o dia, a biblioteca de Montalegre vai dar a conhecer 13 contos e histórias sobre bruxas, ensinar 13 magias, dar 13 sugestões de leitura e revelar 13 superstições.


A partir das 20h00 as “bruxas” invadem os restaurantes “malfadados” da vila de Montalegre, Vilar de Perdizes e Mourilhe.

O “jantar infernal” conta com a presença de “diabos”, “demónios” ou “bruxas” interpretados pelo grupo de teatro Viv’Arte.


Depois do jantar os “seres demoníacos” concentram-se para um cortejo fantasmagórico. Por volta das 23h00, “Dom Bruxo” vai cozinhar a queimada da “mistela abençoada”, que é acompanhada por uma ladainha que historicamente simboliza a “invocação de tudo quanto é mal, que depois arde dentro da caldeira da queimada num calor que se assemelha ao do Inferno”.“Sapos e bruxos, mouchos e crujas, demonhos, trasgos e dianhos” são os primeiros a ser invocados pela ladainha do padre Fontes, que, depois de preparar a queimada com aguardente, limão e açúcar, a vai dar a beber a todos os presentes. Para quem acredita, a queimada pode livrar todos os males de embruxamentos, feitiços e maus-olhados.

As Mãos e os Frutos - livro de Eugénio de Andrade faz 60 anos

Semana de Homenagem a Eugénio de Andrade ( 11 a 18 de Abril) no Porto

A Cooperativa Árvore ( no Porto) vai celebrar nesta semana os 60 anos de As Mãos e os Frutos (a contar da data de conclusão e não da data de publicação), a obra que inscreveu Eugénio de Andrade no quem é quem da poesia portuguesa do século XX.
O programa inclui uma conferência de Eduardo Lourenço, que estará no Porto no dia 14 para apresentar Paraísos sem Mediação e Outros Ensaios sobre Eugénio de Andrade, o seu mais recente ensaio.
A semana de homenagem a Eugénio abre na quarta-feira, 11, com duas exposições e dois filmes de Jorge Campos, O Poeta e O Rosto Precário.
Até dia 18, as sessões decorrem a um ritmo diário na Árvore: conferência de Maria Alzira Seixo no dia 13 (a ensaísta discutirá a obra em prosa de Eugénio), intervenções de Mário Cláudio e Luís Neiva Santos no dia 17, leituras nos dia 16, 17 e 18 (por Filipa Leal, António Durães e José Manuel Mendes). No dia 15, a homenagem transfere-se para a Casa da Música, onde a Oficina Musical interpretará o ciclo As Mãos e os Frutos, de Fernando Lopes-Graça, e obras de compositores que formaram o gosto de Eugénio (Brahms, Schoenberg, Debussy e Fauré).