18.4.07
Num País à beira-mar plantado existiu uma revolução inacabada.
(a primeira versão é de 1975)*
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
* Letra original,vetada pela censura; gravação editada apenas em Portugal, em 1975.
Tanto Mar - letra e voz de Chico Buarque
(segunda versão, de 1978)
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
http://chicobuarque.uol.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque
Convocada uma Greve Geral em Portugal para o dia 30 de Maio de 2007

Resolução do Conselho nacional da CGTP
O Conselho Nacional da CGTP-IN, reunido na sua sede em Lisboa no dia 17 de Abril de 2007, constatou que:
1. os trabalhadores se deparam com um agravamento contínuo da precariedade no trabalho, tanto no sector privado como no sector público. Esta precariedade está a gerar inseguranças e instabilidades, agravamento do desemprego, redução dos salários e da retribuição do trabalho, perda irreparável de direitos individuais e colectivos, ao mesmo tempo que força à emigração dezenas de milhares de portugueses, em particular jovens;
2. o que se perspectiva com as receitas que estão a ser preparadas contra os trabalhadores – em torno da revisão do Código de Trabalho, da promoção do Livro Verde da UE sobre as Relações Laborais e, sobretudo, com a chamada flexigurança - consubstancia um brutal ataque patronal, visando o despedimento totalmente liberalizado (sem justa causa), a desregulação do trabalho e o aumento dos horários de trabalho, a troco de uma falsa promessa de protecção social;
3. os trabalhadores e a maioria dos portugueses assistem a políticas sociais violentas:
a. o Serviço Nacional de Saúde está a ser destruído a favor dos grandes capitalistas enquanto as pessoas pagam cada vez mais pelos serviços prestados;
b. o ensino e a justiça a degradarem-se, com cortes nas suas estruturas e nos meios disponíveis;
c. a segurança social será pior no futuro, em resultado das alterações ao sistema impostas pelo Governo;
4. nos deparamos com uma cada vez mais injusta distribuição da riqueza e um insuportável agravamento do custo de vida para centenas de milhares de portugueses;
5. os direitos dos trabalhadores são todos os dias violados pela maioria dos patrões, incluindo o patrão-Governo, desvalorizando o trabalho e pondo em causa a dignidade de quem trabalha;
6. as linhas fundamentais das políticas económicas e sociais, que vêm sendo seguidas, submetem-se ao ideário e práticas neoliberais.
Neste contexto, tornou-se imprescindível desenvolver uma forma de luta que, dando continuidade à grande mobilização dos trabalhadores – expressa designadamente na Manifestação de 2 de Março –, constitua um fortíssimo sinal ao patronato de que não nos submeteremos aos seus objectivos de exploração e um cartão vermelho à essência das políticas do Governo, exigindo-lhe mudanças de rumo.
Esta luta, em que confluem todos os processos reivindicativos em curso, será de todos os trabalhadores e concretizar-se-á através de uma Greve Geral a realizar no dia 30 de Maio 2007.
O CN da CGTP-IN apela a todos os dirigentes, delegados e activistas sindicais para que desenvolvam um intenso trabalho de esclarecimento, de mobilização e de organização dos trabalhadores, com vista ao êxito da Greve Geral.
A preparação e concretização de um grande 1º de Maio, a comemorar em todo o País, constituirá um ponto alto da luta que vimos desenvolvendo e um elemento fundamental e decisivo para o êxito da Greve Geral.
Lisboa, 17 de Abril de 2007
Acção de reflorestação na Serra da Aboboreira (21 e 22 de Abril)
Para ser doutor (ou engenheiro) basta, hoje, saber ler, escrever e contar!!!
A crise da "Independente" é a ponta do "iceberg" da situação a que chegou entre nós o ensino superior, em grande parte alegremente entregue, nas últimas décadas, ao mercantilismo privado.
Mais uma pérola da educação à Sócrates: uma avaliação foi realizada depois do seu certificado de habilitações de licenciatura!!!
O site do jornal "Sol” avançou hoje que a aprovação de José Sócrates na cadeira de Inglês Técnico na Independente foi obtida com um trabalho feito em casa numa folha A4, enviado ao reitor e acompanhado de um cartão com o timbre do seu gabinete de secretário de Estado. Ainda de acordo com o jornal, o texto em inglês é o único documento de avaliação que consta do dossier de aluno de Sócrates e responde a menos de uma dúzia de alíneas.
Por sua vez, o semanário “Expresso” noticiou hoje na sua página na Internet que a prova escrita de Inglês Técnico realizada por José Sócrates para a Universidade Independente tem uma data posterior à conclusão da sua licenciatura, segundo o certificado de habilitações entregue à Câmara da Covilhã, onde o primeiro-ministro mantém vínculo laboral
O Município de Seattle pagará 1 milhão de dólares como indemnização aos manifestantes presos durante os protestos contra a OMC em 1999
O governador da cidade de Seattle concordou em pagar 1 milhão de dólares as/aos manifestantes presos/as durante os protestos contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) em 1999. O dinheiro será dividido entre as 160 pessoas presas em Westlake Park no dia primeiro de Dezembro de 1999. Também foi acordado que todos os registros criminais serão apagados da ficha das pessoas.
Durante os protestos em Seattle muitos casos de abuso de poder e violência por parte da polícia foram registrados. A cidade chegou a ser colocada em estado de sítio. Foi também durante as manifestações contra a OMC que o primeiro Indymedia ( Centro de Media Independente) nasceu servindo como um local para os/as manifestantes denunciarem os abusos e a violência cometida pela polícia. Através da publicação aberta foi possível colocar na internet o que os grandes meios não estavam a mostrar e por causa disso, canais de TV como CNN tiveram que desmentir para o público o que eles tinham falsamente noticiado.
O advogado Tyler Weaver, responsável pela defesa dos/as manifestantes declarou: 'Eu espero que este caso mande uma mensagem, não somente para o município de Seattle, mas para todas os governadores das cidades em todo pais que prendam em massa manifestantes pacíficos, que não estão fazendo nada contra a lei, algo que não será e não poderá ser tolerado."
17.4.07
A Tramóia
Agora em cena, no Rivoli.
"A Tramóia" é uma farsa em três actos sobre o negócio que é a Cultura no Porto.
O encenador Rui Rio pensa que o público está a dormir
Para ver e assistir à Tramóia:
http://atramoia.blogspot.com/

Manifestação por um melhor Serviço de Transportes na cidade do Porto ( dia 21 às 15.30 na Av. dos Aliados)
Foi convocada uma Manifestação por um Serviço de Transportes útil para as populações que necessitam de os usar, bem como para aqueles que os preferiam utilizar e deixar as suas viaturas em casa.
Para isso iremos apelar que todos peçam a demissão do Concelho de Administração da STCP que nada fez até à data senão olhar aos seus próprios interesses e aos seus honorários chorudos sem se preocuparem com a qualidade de vida, do ambiente e de tantas outras coisas (emprego,saúde, ensino, lazer ...) que as suas precipitadas e absurdas decisões tem afectado.
Vamos todos participar e divulgar pelos nossos contactos, de todas as formas possíveis.
Por e-mail com esta mesma mensagem
Por sms com uma simples mensagem como por exemplo:
Todos por uma STCP melhor, dia 21 pelas 15.30 Av. Aliados - Porto - reenvia esta mensagem aos teus contactos
Participem neste acto de cidadania que tanto é necessário para o desenvolvimento da qualidade de vida dos cidadãos.
Pela equipa coordenadora do MUT-AMP
André Dias - 917014753
Domingos Alves - 966526528
transportes.amp@gmail.com
À medida que uma cidade cresce anda-se a maior velocidade e mais dinheiro se gasta
Quanto maior é a cidade onde se vive, mais dinheiro se ganha, mas também mais se gasta. E isto é verdade para todas as cidades do mundo. O mesmo se passa com muitas outras dinâmicas, como por exemplo a velocidade a que se caminha: à medida que as zonas urbanas vão crescendo, as pessoas apressam-se cada vez mais. É velha a ideia que a vida é mais rápida nas grandes cidades, mas agora os cientistas confirmam e explicam porquê.Num artigo publicado na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences, uma equipa de investigadores liderados pelo português Luís Bettencourt, radicado nos EUA, conclui-se que as cidades são todas semelhantes nos seus ritmos, mesmo que não tenham nada a ver umas com as outras.
Apresentação do livro "Os Mundos Separados que Partilhamos" de Paulo Kellerman no dia 20 de Abril(18h.) no Clube Literário do Porto

Sessões informativas sobre G8 no Porto e Coimbra

Porto - 18 Abril - 4ª feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)
A Terra não está a morrer, está a ser assassinada!
No início de Junho de 2007, os governos dos 7 “mais importantes” países industrializados e a Rússia encontrar-se-ão para a cimeira do G8 na Alemanha do Norte, à beira-mar do Mar Báltico, perto de Rostock, Berlim e Hamburgo.
O grupo do G8 é uma instituição sem legitimidade, não obstante, com um auto-denominado governo do mundo, decidir objectivos que afectam toda a humanidade. As políticas do G8 forçam uma globalização neoliberal e desregulada. A política económica é orientada exclusivamente para que o dinheiro investido reverta para as multinacionais e grandes investidores, retirando os direitos dos camponeses, afectando o equilíbrio da Terra, ecossistemas e culturas, investindo mais e mais orçamento em guerras e repressão.
Quem convida a cimeira, convida também a resistência!
Mundialmente foram surgindo várias redes que se mobilizam para a cimeira, que querem fazer acções contra as políticas do G8 e impedi-los de reunir, bloquear os acessos, mostrar um forte sinal de rejeição. Haverá uma cimeira alternativa com debates e soluções alternativas, mais orientado para a humanidade e para a natureza, mostrando que eles mentem, quando dizem: «Não há outras soluções que não as nossas, é o unico caminho». Milhões de pessoas sabem que um outro mundo é possivel e por isso serão organizadas acções pela defesa de direitos para os refugiados, por políticas mais sustentáveis, contra os OGM e contra o militarismo. Haverá uma diversidade de elementos creativos como Clown Army, Rhythms of Resistance , vários grupos do teatro, gigantones, flash mobs, pink and silver... que querem fazer acções espontâneas e imprevistas, mas também grandes marchas tradicionais, onde se espera a participação de mais de 100 mil pessoas. Estarão presentes redes de camponeses, de refugiados, de sindicatos, de anarquistas, de estudantes, religiosas, etc.......
E nós?
Queremos ir para Alemanha?
Ou queremos fazer acções em Portugal? O que podemos fazer em qualquer dos casos?
Participa na sessão informativa sobre o G8!
· O que é o G8?
· Como foram as anteriores mobilizações?
· O que se está a preparar este ano na Alemanha?
· O que acontece em Portugal?
Vem ver documentários, saber mais e talvez preparar acções conjuntas!
O evento é gratuito e conta com a presença de activistas da Alemanha e Bélgica.
Porto - 18 Abril - Quarta-feira - 21h - Casa Viva (Praça do Marquês nº 167)
Coimbra - 19 de Abril - Quinta-feira - local a confirmar
Dúvidas?
Co-incineração: movimento promove piquenique no próximo Sábado
A criação de um espaço de reflexão sobre questões ambientais e co-incineração de resíduos perigosos é o objectivo de um piquenique que o Movimento de Cidadãos pela Arrábida promove sábado, no Parque de Merendas da Comenda, em Setúbal, noticia a agência Lusa.
A iniciativa, que tem o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, pretende mobilizar os setubalenses para usufruírem daquele património natural da Arrábida e, simultaneamente, manifestarem a sua oposição à co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, no Outão.
Vivem com menos de 73 cêntimos por dia
Exigência para a anulação dos ensaios de transgénicos já aprovados
Empresas esconderam informação e Ministério deixou-se enganar
O Instituto do Ambiente recebeu, através do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Engº Carlos Nazaré, um documento de um munícipe que plantou milho nas proximidades do recém-aprovado campo para ensaios com transgénicos. Este documento mostra que a empresa Syngenta faltou à verdade com o Ministério do Ambiente e que este foi complacente com a posição da empresa, ao não verificar a veracidade dos documentos associados ao processo.
No passado dia 28 de Março o Ministério do Ambiente (MA) aprovou o pedido da empresa Syngenta para a realização de testes sobre milho transgénico no concelho de Rio Maior. Mas essa autorização tem de ser imediatamente revogada visto que o principal argumento em que se sustenta - a existência de uma faixa de segurança de 400 metros em torno do terreno previsto por forma a evitar a contaminação - acabou de se revelar inválido.*
Em Alcochete e em Salvaterra de Magos, outros dois concelhos visados no pedido, a autorização foi negada pois o MA considerou que nesses locais a distância mínima de segurança de 400 metros até aos restantes campos de milho não estava salvaguardada. No entanto, no caso de Rio Maior, a empresa Syngenta** apresentou duas declarações de vizinhos do terreno visado, dando assim a entender que os tais 400 metros exigidos de faixa de segurança estavam garantidos. Baseado nessa informação, o MA aprovou os ensaios.
Agora a verdade acabou de vir ao de cima: as empresas esconderam o facto de que havia mais vizinhos no perímetro da zona de segurança, vizinhos esses que não se comprometeram a prescindir do cultivo de milho e que não foram sequer avisados ou contactados. O MA já se encontra neste momento na posse da declaração de um desses vizinhos, que aliás tem milho doce semeado no seu terreno, situado a não mais de 150 metros da zona de ensaios.
Para além da evidente má fé e deplorável falta de rigor técnico por parte das empresas em causa (algo que levanta sérias dúvidas sobre o seu comportamento e cuidado durante os ensaios, se eles avançassem), é de salientar a manifesta incapacidade, por parte do Ministério do Ambiente, de analisar com cuidado o processo sobre o qual emitiu decisão. Em vez de verificar activamente os dados apresentados pelas empresas, o Ministério limitou-se a acreditar, ingenuamente, no que leu.
Segundo o Eng. Gualter Baptista, da Plataforma Transgénicos Fora, "o Ministério do Ambiente
revelou não possuir capacidade técnica e humana enquanto Autoridade Competente para os transgénicos. Ao aprovar ensaios experimentais às cegas, o próprio Governo sai descredibilizado, perante a sua total incapacidade de salvaguarda da saúde humana, do ambiente e da própria economia da região". O activista acrescenta que "não se compreende como é que um organismo público aceita e aprova, sem verificação, os documentos apresentados por uma empresa que tem um interesse económico associado à aprovação do projecto."
Na opinião de Gualter Baptista, "ao Ministério do Ambiente não resta outra alternativa senão
revogar imediatamente a sua decisão de aprovação dos ensaios experimentais e colocar uma moratória a quaisquer novos ensaios durante um período mínimo de 3 anos. No interesse dos cidadãos e dos agricultores que colocou em risco, deverá também apresentar a sua justificação perante esta grave negligência."
A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura
integrada por onze entidades não-governamentais
da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança
para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC,
Associação para a Taxação das Transacções
Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CNA,
Confederação Nacional da Agricultura; Colher para
Semear, Rede Portuguesa de Variedades
Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos
Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e
Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de
Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga
para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento
Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente;
QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da
Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em
Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por
dezenas de outras. Para mais informações
contactar info@stopogm.net
Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.
13.4.07
The Living Theatre - video de uma sua representação anti-militarista
Para consultar:
http://www.livingtheatre.org/
http://en.wikipedia.org/wiki/Living_Theater
Resist!
Documentários-video do Living Theatre em representações de rua em 1975
Julian Beck, Judith Malina - The Living Theatre May 17, 1975
Turning the Earth - A Legacy of Cain"
The Living Theatre "Woman Who Knows Something About Love"
O escritor Kurt Vonnegut morre aos 84 anos
Vonnegut é autor de peças, ensaios e obras de ficção.
Nas décadas de 1960 e 1970, o escritor tornou-se uma figura de culto entre os estudantes com os seus clássicos da contracultura americana.
O momento definidor da vida do escritor foi o bombardeamento de Dresden, na Alemanha, pelas forças aliadas em 1945, evento que ele presenciou quando era um jovem prisioneiro de guerra.
Essa experiência serviu de base para a sua obra mais conhecida, Slaughterhouse-Five, publicada em 1969 a meio da guerra do Vietname e a um ambiente de inquietação racial e convulsão social e cultural nos Estados Unidos.
No ano passado, Vonnegut lançou um novo livro, Um Homem sem Pátria.
Os livros do último trimestre
Entretanto, retomamos o hábito inicial do blogue em indicar na coluna do lado direito a selecção dos livros a ler durante o mês da Abril.
- A Beleza da vida, William Morris, & etc
- Carta sobre os cegos para uso daqueles que vêem, Diderot, Veja
- Homo Juridicus, ensaio sobre a função antropológica do Direito, Instituto Piaget
- Direito do Trabalho, Júlio Manuel Vieira Gomes, Coimbra Ed.
- Obra Poética, Federico Garcia Lorca, Cotovia
- A vida fragmentada: ensaios sobre a moral pós-moderna, Zygmunt Bauman, Relógio d’Água
- A cultura do novo capitalismo, Richard Sennet, Relógio d’Água
- Peças Escolhidas, Henrik Ibsen
- Memórias de um nómada, Paul Bowles, Assírio e Alvim
- Deixa a chuva, Paul Bowles, Assírio e Alvim
- A verdadeira história dos voos da CIA – os táxis da tortura, Trevor Paglen, A.C. Thompson; Campo das Letras
- O livro da pobreza e da morte, R. M. Rilke, ed. Bonecos Rebeldes
- Origem do Drama Trágico Alemão , Walter Benjamin, Assírio e Alvim
- Tratado de Magia, Giordano Bruno, Tinta da China
- O Império da Vergonha, Jean Zigler, Asa
- A Modernidade, Walter Benjamin
- A sociedade do consumo, J. Braudillard, Edições 70
- O longo caminho das mulheres - Feminismos 80 anos depois, Org. Lígia Amâncio, Manuela Tavares, Teresa Joaquim,…,D.Quixote
-O Livro Negro das mulheres, Christine Ockrent, Temas e Debates
- Enciclopédia Ilustrada do Jazz & do Blues, Howard Mandel, Afrontamento
- A arte de viver, Epicteto, Sílabo
- O Peter Pan não existe, reflexões de um ateu, Onofre Varela, Caminho
- As Sirenes de Bagdade, Yasmina Khadra, Bizâncio
- Utopias de Cordel, Jorge Bastos da Silva, Quasi
- Uma grande razão-os poemas maiores, Mário Cesariny,Assírio e Alvim
- À sombra das árvores com história, Paulo Ventura Araújo; Maria Pires de Carvalho,…, Gradiva
- Raiz e Utopia, memória de uma revista (1977-81), reedição
- A mim não me enganam (Um ano sem ir às compras), Judith Levine, Guerra e Paz
- A face oculta do petróleo, Eric Laurent, Temas e Debates
- O roubo das almas ( Salazar, a Igreja e o Totalitarismo), Valentim Alexandre, D.Quixote
- História de Juliette ou as prosperidades do vício, Marques de Sade, Guerra e Paz
- O meu último suspiro, Luís Buñuel, Fenda
- O saque, Joe Olton, Campo das Letras
- A Vingança de Gaia:porque está a Terra a retaliar – e como podemos salvar a Humanidade, James Lovelock, Gradiva
- Aivados, posse da terra, resistência e memória no Alentejo, Inês Fonseca, Dinossauro
- O que Billy quer vestir. Dinâmicas sociaissexuais em Willa Cather e William Faulkner; Campo das Letras
- O Rasga, uma dança negro-portuguesa, José Ramos Tinhorão, Caminho
- Comércio injusto- O Romance das matérias-primas, Jean-Pierre Boris, Asa
- Meridionais, João Pedro Mésseder, Deriva
- Gente independente, Halldór Laxness, Cavalo de Ferro
- A Brasileira do Chiado, 100 anos, ed. A Brasileira
- Técnicas e jogos cooperativos para todas as idades, Xesús R.Jares, Asa
- Identidade e violência,Amartya Sem, tinta da china
- Diálogos com Leucó, Cesare Pavese, Assírio e Alvim
- Saberes partilhados, o lugar da utopia na cultura portuguesa, Fátima Vieira (org.) , Quasi
- Pombas de Guerra, 4 mulheres na Guerra Civil espanhola, Paul Preston, Campo das Letras
- Lobos em Portugal, Paulo Caetano, ed. Má Criação
- Auto-retrato, Freddie Mercury, Campo das Letras
- O cão andaluz, Jorge Seabra
- Responsabilidade e Juízo, Hanna Arendt, D.Quixote
- Um, ninguém e cem mil, Pirandello, Cavalo de Ferro
- Toda a história do mundo, Jean-Claude Barreau, Teorema
- Náufragos no paraíso (os incríveis eventos dos Robinsons Crusoes de carne e osso), James C. Simmons; Antígona
- Bobos na Corte, Conde de Sabugosa, Caleidoscópio
- Como há-de ser o mundo no ano 3000, Émile Souvestre, Quasi
- Como se faz um filósofo, Colin McGinn, Bizâncio
- Agora ou Nunca, Tom Spanbauer, Bizâncio
- Sangue sábio, Flannery O’Connor, Cavalo de Ferro
- A saga de Gosta Berling, Selma Lagerlof, Cavalo de Ferro
- O Processo de Damião de Goes na Inquisição, Raul Rêgo, Assírio e Alvim
- A Vida Conjugal, Sergio Pitol, Assírio e Alvim
- Imagens de Pensamento, Walter Benjamin
- O Mírgorod, Nikolai Gógol
- Álvaro Lapa - Voz das pedras, António Rodrigues
- Viagens no tempo no universo de Eintein, Richard Gott, Quasi
- Patty Diphusa, Pedro Almodôvar, quasi
- A cibernética, onde os reinos se fundem, Porfírio Silva, quasi
- A obra de arte e o seu mundo, Fernando Guimarães, Quasi
- Manuscritos Gertrudes, Manuel Silva Teles, Guerra e Paz
- Memórias, Jorge Silva Melo, Cotovia
-Júlio César, Shakespeare, Cotovia
- A realidade do artista.Filosofias da arte, Mark Rothko, Cotovia
- Ensaios sobre Píndaro, Maria de Fátima Sousa e Silva, outros, Cotovia
- Curso Breve de literatura brasileira-vol XIV, Conversa de burros,banhos de mar e outras crónicas exemplares, Cotovia
- Elas somos nós, O Direito ao Aborto como Reivindicação -Democrática e Cidadã, Andrea Peniche, Afrontamento
- Flausino Torres (1906-1974) ,Documentos e fragmentos de um intelectual antifascista, Paulo Torres Bento, Afrontamento
- Porto: Da cidade inventada, Helder Pacheco, Afrontamento
- Mundo Perdido, Patrícia Melo
- Esquerdas e Esquerdismo - Da Primeira Internacional a Porto Alegre - Octavio Rodríguez Araújo, Campo das Letras
- O Leopardo, Giuseppe Tomasi de Lampedusa
- Vertigens, W. G. Sebald, Teorema
- Babyji, Abha Dawesar, Asa
- Líricas Come On & Anos, Rui Reininho, Palavra
- A dança da Victória, António Skármeta, Dom Quixote
- Travessia de Vaia, Truman Capote, Dom Quixote
- Concerto das Artes, Kelly Basílio (org.), Campo das Letras
- Estado de Guerra, A história secreta da CIA e da Administração de Bush, James Risen, ed. Quidnovi
- Lendas de Trás-Os-Montes e Alto Douro, José Viale Moutinho, esfera do caos
- Vidas Novas, José Luandino Vieira, Caminho
- A medida do mundo, Daniel Kehlmann, Presença
- A uma deus desconhecido, John Steinbeck, Livros do Brasil
- Ratos e homens, John Steinbeck, Livros do Brasil
- Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, Livros do Brasil
- A mulher Nua, Desmond Morris, Relógio d’Água
- Biotecnologia(s) e propriedade intelectual, J.P. Remédio Marques, Almedina
- O lugar do direito na protecção do ambiente, Maria da Glória Garcia, Almedina
- Ver, compreender, analisar as imagens, Laurent Gervereau, Edições 70
- Atlas de Música-vol. II do barroco à actualidade, Ulrich Michels, Gradiva
- Raul Brandão, do texto à cena, Rita Martins, Imprensa Nacional
- O Espírito da letra, ensaios de hermenêutica da modernidade, Leonel Ribeiro dos Santos
- A Charneca ao entardecer, Florbela Espanca, Quasi
- Do pós-modernismo à exposição zero, Isabel Nogueira, Veja
- O Fundo da Baía, Joseph Mitchell, Âmbar
- A face da guerra, Marta Gelhorn, D. Quixote
- Ouve-se sempre a Distância Numa Voz. Rui Nunes, relógio d’Água
- Para a compreensão histórica da infância, Vários, Campo das letras
- Os direitos da criança- da participação à responsabilidade. O sistema de protecção das crianças e jovens, Paulo Delgado, Profedições
- Marxismo e educação – vol 1, vários, Profedições
- Mário Barradas, um homem no teatro, ed. Adágio
- A morte melancólica do rapaz ostra & outras histórias, Antígona
- Alentejo Blues, Mónica Ali, ed. Caderno
- Memórias, Edmundo Pedro, Âncora edições
- Um cruzamento de fronteiras. O discurso dos concelhos da Guarda em cortes, Maria Helena Cruz Coelho e Luís Miguel Repas, Campo das Letras
- Hannah Arendt, Os mundos da razão, Margarida Amaral, Esfera do Caos
- Serviços secretos portugueses, José Vegar, A esfera dos livros
- A cidade como arquitectura, Nuno Portas, Livros Horizonte
- A filosofia na Alcova, Marquês de sade, Antígona
- Andreas, Hugo Von Hofmannsthal, Relógio d’Água
- Descrição da mentira, António Gamoneda, Quasi
- Os náufragos do mar de palha, João Medina, Livros Horizonte
- Memória de um inconformista, Gonzalo torrente Ballester, âmbar
- Minoria eróticas e agressores sexuais, Afonso Albuquerque, D.Quixote
- A terra sobre a corda bamba, Éric Lamben, Inst-Piaget
- Voz das mulheres de Timor Leste; Teresa Cunha, Afrontamento
- A Nuvem do não saber, obra mística do séc. XIV de autor anónimo, Assírio e Alvim
- Manifestos e Conferências, José de Almada Negreiros, Assírio e Alvim
- Música minha antiga companheira desde os ouvidos da infância,José Gomes Ferreira, Campo das Letras
-P ensar a música, mudar o mundo- Fernando Lopes Graça, Mário Vieira de Carvalho, Campo das Letras
- As Marionetas e o Anão - O Cristianismo Entre Perversão e Subversão, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- As Metástases do Gozo, 6 ensaios sobre a mulher, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- A subjectividade por vir, Slavoj Zizek, Relógio D'Água,
- Cartas a uma jovem matemática, Ian Stewart, Relógio d’Água
- Bilitis, Rui Reininho, Quasi
- As origens do Totalitarismo, Hanna Arendt, D. Quixote
- Amor Louco, André Breton
- Morte no Verão, Yukio Mishima, Estampa
- O pássaro pintado, Jerzy Kosinski, Livros de Areia
- O silêncio do patinador, Juan Manuel de Prada, Âmbar
- A crise das identidades, Claude Dubar, Afrontamento
- O último negreiro, Miguel Real, Quidnovi
- Ventos da minha alma, Sebastião Alba
- Voz consonante (traduções), António Ramos Rosa, Quasi
- Plea Bargaining, aproximação à justiça negociada nos EUA, Pedro Soares de Albergaria,
- Diário da guerra aos porcos, Adolfo Bioy Casares, Cavalo de Ferro
- Requiem, António Tabucchi, D.. Quixote
- História do Aborto, Giulia Galeotti, Edições 70
- Crematório sentimental, Golgona Anghel, Quasi
- Hereditas, Vasco Araújo, Assírio e Alvim
- A história da educação em Portugal, Vários, Asa
- Auto-retrato, Freddie Mercury, Campo das Letras
- O cão andaluz, Jorge Seabra
- A arte de amar da burguesia, José Machado Pais, ICS
- Sou todo ouvidos, Joseph Mitchel, Âmbar
- Pantagruel, Rabelais, Frenesi
- Vida coetânea, Raimundo Llull, Ariadne
- A musa irregular, Fernando Assis Pacheco, Teorema
- A realidade do artista. Filosofia da arte, Mark Rothko, Cotovia
- Paulo Freire na história da educação o tempo presente, Afonso Celso Scocuglia, Afrontamento
- A Informação. Da compreensão do fenómeno e construção do objecto científico, Armando Malheiro da Silva, Afrontamento
Cédula profissional do Sr. Engenheireiro Sócrates

12.4.07
Todo o cinema de Debord na Culturgest, a 13 e 14 de Abril

Nada quero conservar da linguagem desta arte ultrapassada, nada a não ser talvez o contracampo do único mundo que observou e um travelling sobre as ideias passageiras de uma época.
O cinema ocupou um lugar central no pensamento e na prática de Guy Debord, na sua crítica das formas de representação e do papel social das imagens. As estratégias e modos de composição formal que caracterizam os seus filmes estão já contidos no seu primeiro gesto cinematográfico, o filme Letrista, Hurlements en faveur de Sade (1952) em que as frases ditas, “desviadas” do seu contexto original, e a poesia concreta, alternadas no ecrã branco (sonoro) e preto (em silêncio), contêm já o seu projecto para uma “dialéctica da desvalorização/revalorização” dos diferentes elementos em jogo e da negação do cinema tal como o conhecemos. Os filmes posteriores prolongam a prática da apropriação e montagem de imagens de fontes diversas (excertos de jornais filmados, filmes publicitários, filmes de ficção, imagens de banda desenhada, fotografias), de imagens realizadas por Debord, conjugadas com os textos escritos e lidos, igualmente desviados do seu contexto original (citações, textos do próprio autor) a que se acrescenta a utilização pontual da música que serve de contraponto lírico às imagens. As imagens utilizadas constituem ao mesmo tempo documentos e artefactos, contendo de forma imanente a sua própria crítica, em comentários sobre o cinema e os géneros cinematográficos, as combinações entre a imagem e o texto, as relações pessoais e sociais, a ideologia, a luta de classes e a política e o lugar do Homem na História e no sistema espectacular que expõe e critica. Os filmes de Guy Debord intensificam aquilo que na obra do seu autor reflecte um discurso sobre o potencial revolucionário da juventude, sobre a amizade, o amor, conjugando o lirismo e as suas reflexões sobre a cidade, o urbanismo e a arquitectura, num constante olhar retrospectivo sobre o exercício do seu pensamento. As obras cinematográficas de Guy Debord estiveram praticamente invisíveis, interditadas de qualquer projecção pública pelo próprio realizador, após o assassinato do seu produtor Gérard Lebovici em 1984. Disponíveis sobretudo na sua forma escrita numa compilação de textos e imagens organizada pelo autor, os filmes de Guy Debord foram recentemente disponibilizados de novo para circulação, o que permite que possa ser exibida, neste ciclo, a sua obra integral.
Em complemento apresenta-se o filme Letrista L’Anticoncept de Gil J Wolman, de 1952, um dos mais importantes filmes de vanguarda do pós-guerra e influência determinante para Guy Debord. O filme vai ser apresentado no seu dispositivo original, projectado num balão sonda.
Sexta 13 de Abril
Cinema was central in Guy Debord’s thinking and critique of society. His films, finally available for public screening, reflect the different phases of his thought and influences. His filmic essays convey a particular poetics of “self-criticism” through the images and texts themselves, used as a commentary underlining his major concerns, be it the place of man in History, social and class relations or just the plain nostalgia of lost dreams and rememberance.
http://www.culturgest.pt/actual/debord.html
Notícia obtida junto de blogue:
http://sismografo.wordpress.com/
A livraria Skakespeare and Company em Paris (video)

A livraria Shakespeare and Comapany fica no número 37 da rue de la Bucherie, nas margens do rio Sena. Trata-se de um lugar apertado, repleto de livros, e dirigida por um velhinho de aparência excêntrica e sua bela filha e que vende livros majoritariamente em inglês
A Shakespeare and Co. foi aberta em 1919, noutro endereço, pela americana Sylvia Beach. Era um misto de livraria e biblioteca, com sistema de assinatura e pagamento de taxa por livros emprestados. Também era um ponto de encontro e endereço postal. Ali se organizavam leituras e dava-se aos escritores refúgio dos rigorosos Invernos de Paris.
Entre os seus frequentadores contam-se nomes como o do dramaturgo inglês Bernard Shaw, os dos poetas americano EzraPound e francês Paul Valéry, o do romancista francês André Gide e, claro, o do escritor irlandês James Joyce, além da "geração perdida" de escritores americanos, cujos maiores expoentes foram Emest Hemingway e F. Scott Fitzgerald.
Joyce foi, inclusive, o responsável indirecto pelo encerramento do negócio de Sylvia Beach. Ela continuou com o estabelecimento até um dia de 1941. Paris vivia sob a ocupação alemã. Um oficial nazi veio à livraria e quis comprar o exemplar do livro de Joyce "Finnegan's Wake" autografado pelo autor e que ficava em exposição na vitrine. Ela recusou a vendê-lo. O oficial disse que voltaria com soldados e confiscaria todos os livros do local, além de fechá-lo para sempre. Ela então chamou os amigos, tirou todos os livros dali e pintou a fachada. Algumas horas mais tarde, quando o oficial voltou acompanhado, não havia mais sinal da livraria.
Dez anos mais tarde, o também americano George Whitman, o velhinho de aparência excêntrica., mudou-se para Paris e fundou uma livraria nos moldes da de Sylvia, de quem era admirador. Chamou-a Le Mistral. Ficava ao lado da Notre Dame e serviu de ponto de encontro para toda a "geração vencida" de escritores americanos, como os beatniks que nos anos 50 tomaram de assalto a literatura dos Estados Unidos. Na Le Mistral, por exemplo, o poeta Allan Ginsberg passou algumas temporadas.
Em 1964, Whitman passou a usar o nome Shakespeare and Co.. Sylvia Beach, que era sua amiga e organizava chás literários na Le Mistral havia-lhe dado a autorização antes de morrer, em 1962, já que o espírito do empreendimento era o mesmo: ajudar dar escritores e divulgar a literatura escrita em inglês. Na sua homenagem, George deu à filha o prenome de Sylvia Beach. Ela é quem hoje cuida do local. Além de leituras às segundas às 20h, a Shakespeare and Co. também tem quartos à disposição de escritores. .
Sugestões de leitura?
"Paris é uma Festa", de Hemingway, em que há até um capítulo sobre a livraria;
"On the Road", a bíblia dos viajantes à boleia, do beat Jack Kerouac;
http://www.shakespeareco.org/index_francais.htm
Exposição sobre Agostinho da Silva no Museu Nacional da Imprensa

Esta exposição, que pretende evocar a vida e obra de um dos maiores pensadores portugueses do século XX., é composta por cerca de meia centena de publicações, nomeadamente revistas, jornais e livros. Um conjunto de painéis biográficos conta a vida e percurso profissional de Agostinho da Silva.
“Considerações”, “Herta Teresinha Joan”, “Sete cartas a um jovem filósofo”, “Do Agostinho em torno do Pessoa”, “As Aproximações” e “Moisés e outras Páginas Bíblicas” são alguns dos livros de Agostinho que podem ser apreciados nesta mostra.
Agostinho da Silva nasceu e estudou no Porto. Foi perseguido pela ditadura e esteve exilado no Brasil, onde escreveu o livro Considerações. Regressa definitivamente a Portugal em 1969. Revista Águia, Seara Nova, Semanário de literatura e crítica, O Diabo e os célebres “Cadernos de Cultura” foram alguns dos espaços onde Agostinho da Silva registou os seus pensamentos. Morreu em 1994.
A sessão inaugural contou com uma palestra sobre o pensamento e a acção do autor proferida por Renato Epifânio, membro da Associação Agostinho da Silva.
A mostra pode ser vista até 17 de Junho, no horário habitual do museu: todos os dias (incluindo domingos e feriados) das 15h às 20h.
11.4.07
Os poetas ( Antero de Quental)
Antero de Quental

11 de Abril de 1968: Rudi Dutschke sofre um atentado

Um atentado a tiro contra o líder estudantil alemão Rudi Dutschke, em Berlim Ocidental, a 11 de abril de 1968, desencadeou protestos que culminaram em grandes batalhas campais com a polícia.
Na primavera européia de 1968, Rudi Dutschke, e a Oposição Extraparlamentar (Ausserparlamentarische Opposition – APO) e os grupos de esquerda viram a Alemanha Ocidental a caminho de se tornar um Estado policial. Eles responsabilizavam o governo do chanceler federal Kurt Georg Kiesinger e os jornais do grupo editorial Springer pela truculência da polícia e da direita.
Era a época da revolta de milhares de estudantes contra a autoridade dos pais, da universidade e do Estado.
Ainda antes da construção do Muro de Berlim, em 1961, emigrou para o lado ocidental, onde começou a estudar Sociologia na Universidade Livre de Berlim. Um ano depois, participou da criação da Acção Subversiva, que mais tarde se aliou à União Universitária Alemã.
Modernizar a ideia da revolução permanente
Em 1965, Dutschke foi eleito para o conselho político da União e a partir daí passou a participar activamente de manifestações e protestos centradas na crítica ao establishment. Entre as maiores, em Berlim, estavam a passeata contra a guerra no Vietname e a manifestação contra a visita do xá da Pérsia à Alemanha.
Em Abril de 1968 o grupo terrorista alemão Facção do Exército Vermelho (RAF) já detonava suas primeiras bombas. Rudi Dutschke, ao contrário, somente admitia a violência em casos extremos. Considerado um teórico do movimento estudantil e da nova esquerda alemã, distanciou-se claramente das acções terroristas, que mais tarde conceituou como "destruição da razão".
O atentado
Depois da morte do universitário Benno Ohnesorg, baleado por um policial durante uma manifestação em 1967, Dutschke centrou os seus protestos no autoritarismo. Além disso, participou da campanha que exigia a desapropriação dos bens de Axel Springer.
No dia 11 de abril de 1968, foi gravemente ferido por um tiro na cabeça, disparado por um operário tido como de extrema direita. No meio estudantil, o grupo Springer foi acusado de instigar o atentado, com suas reportagens tendenciosas. Seguiram-se protestos tanto na Alemanha quanto no exterior.
Após várias cirurgias, Dutschke buscou recuperação na Suíça, na Inglaterra e na Itália. Durante a convalescença, contou com o apoio de intelectuais de esquerda como o compositor Hans Werner Henze, que o hospedou em sua residência na Itália.
Alemanha socialista independente
Passou a estudar em Cambridge em 1970, mas foi expulso da Inglaterra por "atividades subversivas", passando a lecionar na Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Dois anos depois, retornava a Berlim.
Em 1974, publicou uma forma popularizada de sua dissertação sobre o marxista húngaro Georg Lukács. No livro, Dutschke descreveu como imaginava uma Alemanha socialista, sem a ingerência de Moscou, Pequim ou Berlim Oriental.
Por diversas vezes, viajou para a então Alemanha Oriental, a Noruega e a Itália, onde fez palestras sobre direitos humanos e a Europa Oriental. Além disso, Dutschke escreveu para diversas publicações de esquerda, participou de manifestações contra usinas nucleares e engajou-se pelo Partido Verde.
Porém as sequelas do grave atentado de 1968 o consumiram lentamente, enfraquecendo-o até causar sua morte em 24 de dezembro de 1979, aos 39 anos de idade, na Dinamarca. O militante de longos cabelos escuros, o menos dogmático dentre os líderes da esquerda alemã, morreu afogado na banheira, durante um ataque de epilepsia, que desenvolvera em consequência do ferimento na cabeça.
Organização Internacional do Teatro do Oprimido (ITO)


Preâmbulo
1.O objectivo básico do Teatro do Oprimido é humanizar a Humanidade.
Teatro Essencial
3.Todo o ser humano é teatro
Teatro do Oprimido
9.O Teatro do Oprimido oferece a cada um o método estético para analisar o seu passado no contexto do seu presente, e para poder inventar o seu futuro, sem esperar por ele. O Teatro do Oprimido ajuda os seres humanos a recuperar uma linguagem que já possuem – aprendemos como viver na sociedade fazendo teatro. Aprendemos como sentir, sentindo; como pensar, pensando; como actuar, actuando. O Teatro do Oprimido é um ensaio para a realidade.
Princípios e Objectivos
13.O Teatro do Oprimido é um movimento mundial estético, não violento que procura a paz, mas não a passividade.
A Organização Internacional do Teatro do Oprimido (ITO)
17.A ITO é uma organização que coordena e promove o Teatro do Oprimido em todo o mundo segundo os princípios e objectivos desta declaração.
www.theatreoftheoppressed.org/en/index.php?nodeID=141
Nota Histórica
O Teatro do Oprimido nasceu no Brasil em 1971 sob a forma de Teatro Periódico com o objectivo específico de tratar problemas locais, mas cedo se expandiu por todo o país. O Teatro do Fórum apareceu no Peru em 1973 como parte do Programa de alfabetização, e aquilo que se tinha criado a pensar para a América do Sul é hoje uma prática alargada a mais de 70 países.
O Teatro do Oprimido desenvolver o Teatro Invisível na Argentina como uma actividade política, e o Teatro Imagem para estabelecer diálogo entre as várias Nações Indígenas e descendentes hispânicos, na Colômbia, Venezuela, México,… Hoje estas formas são utilizadas em todos os tipos de diálogo.
Na Europa o Teatro do oprimido expandiu-se a surgiu no Arco íris do Desejo – primeiro para tentar entender problemas psicológicos, e mais tarde para criar personagens numa obra.
De regresso ao Brasil, aparece o Teatro Legislativo para ajudar a que o Desejo da população chegue a ser lei – e isso aconteceu, pelo menos, em 13 vezes. Agora, mesmo o Teatro Subjunctivo dá os seus primeiro passos.
Descobrimos que todas estas formas, independentemente do lcoal onde foram criadas, podem ser desenvolvidas e usadas por todo o mundo, simplesmente porque constituem uma Linguagem Humana.
O Teatro do oprimido era usado pelos camponeses e trabalhadores, mais tarde por professores e estudantes; hoje, também, por artistas, trabalhadores sociais e psicoterapeutas, ONGs,…em espaços pequenos, no início, mas depois, nas ruas, escolas, igrejas, sindicatos, prisões, teatros convencionais,…
O Teatro do Oprimido é o Jogo do Oprimido: jogamos e aprendemos juntos: Todo o tipo de Jogo deve ter disciplina – regras claras que devem ser seguidas. Ao mesmo tempo, os Jogos têm necessidade absoluta de criatividade e Liberdade. O ITO é a perfeita síntese entre a antítese da Disciplina e da Liberdade.
Sem Disciplina não há Vida Social; sem Liberdade, não há Vida.
A Disciplina do nosso Jogo é a nossa crença que devemos reestabelecer o direito a cada qual de existir com dignidade. Acreditamos que somos muitos, muito melhores do que pensamos ser. Apostamos na solidariedade.
A nossa Liberdade é para criar maneira de ajudar a humnanizar a Humanidade, invadindo livremente todos os campos de actividade humana: social, pedagógica, política, artística… O Teatro é Linguagem pelo que pode ser usado para falar de todos os assuntos humanos e não para ser limitado ao teatro em si mesmo.
Acreditamos na Paz, não na Passividade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_do_oprimido
III Encontro Internacional do Teatro e educação «Intervenção teatral na vida pública» ( Barcelona, de 18 a 22 de Abril de 2007)
Objectivos do encontro:
- Tornar o teatro participativo numa forma alternativa de aprendizagem na denúncia e intervenção social.
- Frazer um intercâmbio de novos conhecimentos e metodologias de intervenção social realizados pelos diferentes profissionais, criando um ponto de encontro.
-Partilhar experiências nos diversos países sobre temas relacionados com a educação e a vida pública.
-Satisfazer a procura existente de formação prática nesta área já que a que existe não é suficiente nem suficientemente inovadora.
-Projecto de formação para profissionais e trabalhadores no âmbito social por via de técnicas de teatro inter-activo.
-Realizar acções concretas com incidência na vida pública a partir do teato.
www.theatreoftheoppressed.org/en/index.php?nodeID=13&id=3&id=331
Festa das bruxas em Montalegre (sexta-feira, dia 13)

As Mãos e os Frutos - livro de Eugénio de Andrade faz 60 anos
A Cooperativa Árvore ( no Porto) vai celebrar nesta semana os 60 anos de As Mãos e os Frutos (a contar da data de conclusão e não da data de publicação), a obra que inscreveu Eugénio de Andrade no quem é quem da poesia portuguesa do século XX.
O programa inclui uma conferência de Eduardo Lourenço, que estará no Porto no dia 14 para apresentar Paraísos sem Mediação e Outros Ensaios sobre Eugénio de Andrade, o seu mais recente ensaio.