(Na imagem acima os estudantes expulsos da Universidade. Destaca-se à esquerda Campos Lima, que é ainda hoje uma das referências históricas mais importantes do anarquismo português)O Almocreve das Petas e o Almanaque Republicano em boa hora recordam-nos do centenário da Questão Coimbrã e da Greve Geral dos estudantes da Universidade de Coimbra ocorrida em 1907.
Tratou-se de um movimento estudantil espontâneo onde se destacaram alguns estudantes com claras simpatias pelo anarquismo, como é o caso de Campos Lima e de outros.
Escusado será dizer que aquelas acções estudantis contribuíram igualmente para o descrédito das instituições monárquicas e nessa medida ajudaram ao ocaso da Monarquia portuguesa.
Não podemos deixar de reproduzir um excerto dos textos clandestinos que então circularam e que fomos respigar às mesmas fontes:
"Abaixo a Universidade Fradesca, a Universidade Inquisição
A Universidade de Coimbra não viverá enquanto não morrer.
A Universidade de Coimbra, verdadeiramente, já não vive.
A Universidade de Coimbra é um espectro, é um corpo gangrenado, é um foco de infecção, é uma vergonha, como documento da nossa civilização ..."
[in Suplemento do Jornal de Coimbra, A Verdade, 27 de Fevereiro de 1907]
[in Suplemento do Jornal de Coimbra, A Verdade, 27 de Fevereiro de 1907]
