Nos Estados Unidos o mapa ecológico é também o mapa racial.
As fábricas mais poluidoras e as lixeiras mais perigosas estão localizadas nas bolsas de pobreza onde vivem os negros, os índios e a populaçãolatino-americana.
A comunidade negra de Kennedy Heighs, em Huston, Texas, habita terras arruinadas por resíduos de petróleo da Gulf Oil.
Os habitantes de Covent são quase todos negros. Trata-se de uma povoação do Louisiana onde existem 4 das fábricas mais sujas e poluidoras do país.
Também eram, na sua esmagadora maioria, negros, aqueles que foram parar à urgência do hospital quando, em 1993, a General Chemical, deixou libertar chuva ácida no norte da cidade de Richmond, na baía da Califórnia.
Um relatório da United Church of Christ, publicado em 1987, já advertia que era a população negra e os latinos que viviam perto dos aterros tóxicos.
Para não destoar as lixeira nucleares também se situam nas reservas indígenas, em troco de dinheiro e promessas de empregos.