20.2.09

Comemoram-se hoje no estado espanhol os 20 anos de lutas anti-militaristas de desobediência e de insubmissão ao serviço militar

ABOLIÇÃO DOS EXÉRCITOS

Breve resumo de 20 anos de insubmissão




http://www.antimilitaristas.org/


Acção antimilitarista contra o Governo Militar de Bilbao

(activistas antimilitaristas dão machadadas nos muros no quartel do governo militar de Bilbao no passado dia 14 de Fevereiro de 2009, enquanto pediam a abolição dos exércitos sob o lema «Abaixo os muros dos Quartéis»)





Objecção insubmissão e antimilitarismo no Estado Espanhol

Desde Pepe Beunza, o primeiro objector de consciencia antimilitarista, la trajectória da objecção de consciência, a insubmissão e o antimilitarismo no Estado Espanhol. Desde a abolição do serviço militar até à abolição dos exércitos


















Hacklab na Casa Viva é hoje, sexta-feira, dia 20 de Fev., às 18h.



PORQUE UM ESPAÇO ASSIM FAZ-NOS FALTA

É já hoje, sexta-feira: ali na zona do Marquês nasce um hacklab!


Andámos a recolher computadores velhos e a torná-los livres com sistemas GNU/Linux; anda visitar-nos para nos ajudares a pensar no que podemos fazer com eles!

O espírito hacker está longe das habituais representações dos media mainstream; somos pessoas de todas as áreas e todas as proveniências, com todo o género de interesses, e com a pica comum de ver coisas bonitas acontecer através de experimentações ingénuas e descuidadas. Se no final rebentar, começaremos de novo, sempre a errar, por vezes acertar, e com isso crescer e partilhar os privilégios do livre conhecimento sem complexos.

O Hacklaviva é o ponto de encontro para tudo isso acontecer. É um espaço aberto que dá as boas-vindas a quem tenha a curiosidade suficientemente aberta para nos querer vir bater à porta. Falamos de wikis, python, gráficos livres, drupal, wordpress, streaming, formatos abertos, sistemas operativos, copyleft, peer2peer, áudio livre, pure data, arduino, dyne:bolic, creative commons; e para quem achar estes termos alienígenas, estamos por cá para mostrar que não há nada a temer em procurar formas novas de fazer coisas novas.

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* Sempre DIY! Nunca RTFM! *Por entre biscoitos open-source, café e chá livres, deathmatches ASCII multiplayer, projecções e playlists de sons criativos e comuns, e conspirações à volta de can-tennas e motherboards, dia 20 a Casa Viva abre as suas portas aos espíritos hacker old e nu-skool, low e high tech, experts e newbies, gurus, gnus e curios@s.

E mesmo sendo recente, o Hacklaviva já tem, para mostra pública, a sua primeira peça de museu: um Apple LC III, o primeiro Macintosh a cores, vivo, operacional e acessível a quem queira matar saudades dos ícones a preto e branco e dos velhinhos screensavers das torradeiras voadoras.

A filosofia é sempre DIY (do-it-yourself), sem medo dos resultados e sem paternalismos nerd — nunca diremos RTFM! (read the fucking manual)

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Trilha pedestre à descoberta do Vale do Coronado (Trofa) no próximo Domingo (22 de Fev., com partida às 9h30)

TRILHA PEDESTRE À DESCOBERTA DO VALE DO CORONADO
Domingo, 22 de Fevereiro -2009 – S.Romão do Coronado

Desde há pelo menos dois anos que o Estado tenta impor na zona de reserva agrícola do Vale do Coronado, entre a Maia e a Trofa, um projecto de “Plataforma Logística” – uma espécie de interposto de grandes armazéns e depósitos de contentores para transporte de mercadorias – que a ser feito porá em risco a continuação da actividade agrícola que envolve várias cooperativas agrícolas e famílias de pequenos agricultores daquela região. De momento o atentado contra esta zona agrícola encontra-se suspenso (talvez por ser ano de eleições…) mas poderá a qualquer altura ser levado a efeito - se a resistência das populações e de quem com elas se solidarizar não se tornar efectiva!

Sendo uma zona de amplos prados e alguma floresta, inserida na Área Metropolitana do Porto, a sua “cimentação” constituirá um atentado à já por si débil “qualidade de vida” das populações locais e envolventes. É POR ISSO QUE VAMOS LÁ VER COMO É !

PRÓXIMO DOMINGO DIA 22 DE FEVEREIRO

.ENCONTRO: ÀS 09.30 NA ENTRADA DA ESTAÇÃO DE S.BENTO (vamos de comboio para S.ROMÃO DO CORONADO – viagem de cerca de meia hora)

.REGRESSO AO PORTO CERCA: DAS 18.30 h.

Pf. Trazer (obrigatório):
- 3,50 Eur. Para transportes
- Mochila c./: Farnel para almoço e garrafa de água
– Sapatos fortes ou botas para caminhar
– chapéu ou boné -
- impermeável –no caso de chuva
- autorização de enc,educação se for menor de 16 anos

Facultativo mas aconselhável:
-máquina fotográfica
-bloco de apontamentos e caneta ou lápis
-guia de plantas silvestres e/ou de avifauna
-binóculos
-vara de caminhante



telem.organização: 967694816

19.2.09

Em defesa do património histórico de S. Pedro da Cova (Gondomar) e pela preservação do património mineiro português

Um grupo de operárias britadeiras e separadoras de carvão



Criou-se um movimento cívico em S. Pedro da Cova (Gondomar) para defesa do património industrial, mais particularmente o emblemático cavalete do Poço de S. Vicente, das minas de carvão, o qual há vários anos aguarda o desfecho do processo de classificação.


Petição em defesa do Cavalete de S.Vicente das minas de S.pedro da Cova, em Gondomar:

Considerações Arquitectónicas:
«O Cavalete do Poço de S. Vicente é uma construção digna de classificação não só como edificação industrial de grande interesse, (…) mas como elemento de um conjunto com grande valor paisagístico.»
Prof. Dr. António Madureira


Pela Preservação do Património Mineiro Português

PETIÇÃO

Em Defesa do Cavalete do Poço de S. Vicente S. Pedro da Cova, Gondomar


O Cavalete do Poço de S. Vicente é, não obstante o seu estado de degradação, o Ex-Libris de S. Pedro da Cova e um dos elementos edificados mais relevantes para a conservação da memória histórica das minas de carvão que, durante cerca de 17 décadas, fizeram da freguesia um centro industrial de inquestionável valor para a economia nacional.De acordo com o Plano de Urbanização de S. Pedro da Cova ― ratificado em Conselho de Ministros[1] ― e considerando o processo que decorre no IPPAR com vista à classificação do Cavalete, assim como a urgência na tomada de medidas para a sua recuperação e preservação enquanto testemunho histórico para gerações vindouras, os signatários deste documento decidem:
1º Manifestar a sua preocupação pelo estado de degradação em que se encontra o referido Cavalete do Poço de S. Vicente, reclamando das entidades competentes (autarquia e governo) medidas indispensáveis à sua protecção efectiva;
2º Reclamar do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e do Ministério da Cultura a rápida conclusão do processo de classificação do Cavalete como objecto material com elevado interesse na arquitectura industrial do século XX.

Enviar este abaixo – assinado aos Exmos. Senhores:Presidente da República Presidente da Assembleia da República Presidentes dos Grupos Parlamentares da Assembleia da República Ministro da Cultura Presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) Presidente da Assembleia Municipal de Gondomar Grupos Municipais da Assembleia Municipal de Gondomar Presidente da Câmara Municipal de Gondomar Vereadores da Câmara Municipal de Gondomar Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova.

Para assinar esta Petição
www.pnetpeticoes.pt/cavaletesvicente/


Carnaval na aldeia (de 20 a 24 de Fev. em Podence, Matela e Santulhão) para conhecer os caretos e o entrudo de Trás-Os-Montes


Ainda resistem em Portugal algumas celebrações do Entrudo que mantêm a sua singularidade e tradição. Em Trás-os-Montes salientam-se pelo menos duas localidades em que a festa do Entrudo ainda é o que era: Podence e Santulhão.

Em Podence, pequena aldeia situada a poucos quilómetros de Macedo de Cavaleiros, ninguém se atreve a opor às iras dos Caretos. Apenas as Matrafonas (raparigas disfarçadas de homens e vice-versa) são poupadas à sumária justiça carnavalesca, assaz singular no caso da aldeia transmontana: os demónios mascarados lançam-se ao assalto das moças e encostando-se a elas, ensaiam uma dança um tanto erótica, agitando a cintura e fazendo embater os chocalhos que trazem pendurados contra as ancas das vítimas. Na investida bárbara que faz ecoar por toda a aldeia o alarido dos chocalhos e o tropel surdos dos passos, os Caretos levam tudo pela frente, indistintamente. Não conhecem entraves ou proibições: subir às varandas, trepar aos telhados ou correr pelo Largo da Capela. Tudo vale para «chocalhar» e misturar o tilintar dos chocalhos com os risos das raparigas.

Já em Santulhão, aldeia do concelho de Vimioso, a tradição é outra e os mascarados desfilam pelas ruas da aldeia, atirando farinha uns aos outros inclusive aos transeuntes que tentam escapar a tamanha algazarra. A festa espalha-se por toda a localidade, cumprindo-se uma tradição antiga que vai passando de geração em geração. A rebeldia dos mascarados é consumada com um concurso de máscaras e com o julgamento e queima do Entrudo, que encerra as festividades do Carnaval.

Venha conhecer de perto as antigas tradições das aldeias transmontanas, traga consigo uma máquina fotográfica e capte as mais belas paisagens do Rio Sabor nos dias antecedentes aos grandes festejos carnavalescos.


PROGRAMA

Sexta, dia 20 de Fevereiro
Aldeia de Matela, Vimioso

21h30: Recepção dos participantes no Salão do Povo da aldeia de Matela.
Apresentação do programa.

Sábado, dia 21 de Fevereiro
Aldeia de Matela, Vimioso

09h30: Concentração dos participantes no Salão do Povo da aldeia de Matela.

10h00: Mata-bicho

10h30: Inicio da “Expedição Fotográfica: Pelas aldeias do Rio Sabor”

Infelizmente, muito do património natural e cultural do Planalto Mirandês e Vale do Rio Sabor está em perigo devido a uma série de ameaças de diferente tipo e origem. Confrontados com esta realidade óbvia, a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino organiza esta expedição fotográfica, visando a recolha de testemunhos de pessoas que desejam expressar através de fotografias, tanto a sua preocupação sobre o futuro das paisagens desta região, como os impactos e as agressões que sofrem neste momento.

O objectivo é retratar imagens do meio natural (fotografias mostrando locais de grande valor ecológico e paisagístico que estão comportando diferentes impactos), mas também paisagens fortemente influenciadas pela presença humana (fotografias onde está patente o abandono de práticas e construções tradicionais ou o impacto de certas estruturas e edifícios modernos).

13h00: Almoço campestre nas margens do Rio Sabor

14h30: Continuação da Expedição Fotográfica

20h00: Jantar com produtos regionais

21h30: Arraial Tradicional


Domingo, dia 22 de Fevereiro
Aldeia de Matela e Santulhão, Vimioso

09h30: Concentração dos participantes no Salão do Povo da aldeia de Matela.

10h00: Mata-bicho

10h30: Continuação da “Expedição Fotográfica: Pelas aldeias do Rio Sabor”

13h00: Almoço campestre (local a definir)

14h30: Continuação da Expedição Fotográfica

20h00: Jantar com produtos regionais

21h30: Prova de licores caseiros
Projecção das fotografias seleccionadas


Segunda, dia 23 de Fevereiro
ENTRUDO CHOCALHEIRO
Podence, Macedo de Cavaleiros

09h30: Concentração dos participantes na “CASA DO CARETO”

10h00: Passeio com Burro no “Trilho dos Caretos” na Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo

13h00: Almoço

17h00: Prova de Vinhos e Azeites Regionais (org.: Grupo de Caretos de Podence,


20h00: Noite Gastronómica, Restaurantes Locais

21h30: Pregão Casamenteiro (org.: Grupo de Caretos de Podence,



Terça, dia 24 de Fevereiro
CARNAVAL TRADICIONAL DE SANTULHÃO
Santulhão, Vimioso

12h00: Almoço-Convívio

14h00: Carnaval Tradicional na Aldeia de Santulhão

Arruada tradicional com gaita, caixa e bombo em que os mascarados percorrem as ruas da aldeia desafiando tudo e todos para a festa do Carnaval

17h30: Julgamento e queima do entrudo no largo da aldeia

18h30: Lanche regional
Fim dos festejos carnavalescos




Para mais informações, não hesite em contactar-nos quer através do
e-mail
burranco@gmail.com
quer por telefone para 96 6151131/ 96 0050722.


Organização e inscrições em:
http://www.aepga.pt/

Freguesia de Santulhão -
http://www.santulhao.net/




"Os Caretos representam imagens diabólicas e misteriosas que todos os anos desde épocas que se perdem no tempo saem à rua nas festividades carnavalescas de Podence – Macedo de Cavaleiros.
Interrompendo os longos silêncios de cada Inverno, como que saindo secretos e imprevisíveis dos recantos de Podence, surgem silvando os Caretos e seus frenéticos chocalhos bem cruzados nas franjas coloridas de grossas mantas."
Em Podence, nos dias de Carnaval, os Caretos surgem em magotes, de todos os sítios, percorrendo a aldeia em correrias desenfreadas, num clima fantástico e fascinante, pleno de sedução e mistério. Ninguém lhes consegue ficar indiferente, aqueles que não se vestirem de Careto abrem as suas adegas aos passantes.
As crianças de sexo masculino, os Facanitos perseguem os Caretos tentando imitá-los, as raparigas solteiras, são o principal alvo dos mascarados, admiram-nos das janelas ou varandas das suas casas, com um certo receio de que o entusiasmo dos Caretos os leve a trepar para as poderem chocalhar.
Mergulhando na raiz profana e carnal, o verdadeiro motivo que move o Careto é apanhar raparigas para as poder chocalhar. Sempre que se vislumbra um rabo de saia, o Careto é impelido pelo seu vigor.
Ao CARETO tudo se permite nesses dias, pois ele assume uma dupla personalidade. O indivíduo ao vestir o fato torna-se misterioso e o seu comportamento muda completamente, ficado possuindo de uma energia transcendental. Existe algo de mágico e de forças sobrenaturais ocultas em todo este ritual de festa que atribui a estas personagens prerrogativas a imunidade interditas a outros mortais. A antiguidade e originalidade desta tradição, cheia de cor e som e a vontade das gentes de Podence, em preservar estas figuras, fizeram dos Caretos personagens famosas para lá dos limites da aldeia... e são cada vez mais frequentes os convites a este grupo etnográfico para deslocações a vários pontos do país e do estrangeiro.


http://caretosdepodence.no.sapo.pt/



Hoje, às 19h., vai passar o filme Money as Debt (+ debate), seguido de Jantar Popular, no Centro Social da Mouraria

Hoje, às 19h., no Centro Social da Mouraria ( à Travessa da Nazaré, em Lisboa) vai passar o filme Money as Debt seguido de debate, após o qual se realiza um Jantar popular, a partir das 20h.30, de grão de bico com abóbora acompanhado de couscous e salada de repolho prensada. A não perder

Iniciativa do GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
http://gaia.org.pt/



http://www.moneyasdebt.net/


Money As Debt















Tributo a José Afonso na Academia Santo Amaro (Alcântara) em Lisboa (22 de Fev. as 16h30)


18.2.09

Com o pretexto de combater os terroristas, certos Estados tornaram-se eles próprios em terroristas, e são hoje Estados policiais!


Uma Comissão Internacional de Juristas, na qual participa, entre outras personalidades, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, divulgou um estudo em que afirma que os Estados Unidos e o Reino Unido questionaram activamente o primado da lei e ameaçaram as liberdades civis, sob o pretexto de combater o terrorismo. No mesmo dia, uma ex-chefe do MI5, a contra-espionagem britânica, afirmou que as medidas policiais levaram os cidadãos britânicos a "viver com medo e sob um estado policial".

Dame Stella Rimington, a primeira mulher a dirigir o MI5 de 1992 a 1996, disse numa entrevista ao diário catalão La Vanguardia que teria sido melhor que o governo britânico reconhecesse que havia riscos, em vez de assustar as pessoas para poder aprovar leis que restringem as liberdades, levando precisamente a um dos objectivos dos terroristas: que as pessoas vivam com medo e sob um estado policial.

Stella Rimington criticou também os Estados Unidos, dizendo que foram demasiado longe com Guantánamo, conseguindo o efeito oposto: dar justificação a que mais e mais pessoas ofereçam para participar em atentados suicidas.

Por seu lado, a Comissão Internacional de Juristas, que ouviu membros de governos e pessoas presas por alegados crimes de terrorismo, apelou ao presidente Barack Obama, dos EUA, para derrogar as políticas criadas pelo paradigma da "guerra contra o terror"."Em particular, deveria renunciar ao uso da tortura e outras técnicas de interrogatório, prisões extraordinárias e detenções secretas e prolongadas sem acusação nem julgamento".

A Comissão afirma que a lei internacional tem sido questionada e que os EUA e o Reino Unido fizeram esse questionamento. A CJI obteve provas de que "os serviços de espionagem efectivamente gozam de impunidade no que diz respeito a violações de direitos humanos. "Ficámos chocados pela extensão dos danos feitos nos últimos sete anos por medidas de contra-terrorismo excessivas", disse um dos membros da comissão, Arthur Chaskelson, ex-presidente do Tribunal Constitucional da África do Sul, citado pelo diário britânico The Independent.

O relatório afirma que a "guerra contra o terror" repetiu os erros cometidos pelos britânicos na Irlanda do Norte, num paralelo "quase surreal" entre o tratamento dado aos presos irlandeses e o dispensado aos detidos em Guantánamo: "Podemo-nos perguntar, 30 anos depois, que impacto tem o tratamento dos detidos de Guntánamo ou Abu Ghraib nos jovens muçulmanos na Grã-Bretanha e no resto do mundo", conclui o relatório.

Fonte:
aqui

Ver a notícia em inglês no jornal The Independent:
aqui


Comissão Internacional de Juristas:

http://www.icj.org/sommaire.php3?lang=en

LER AINDA:

Report: Leading Jurists Call for Urgent Steps to Restore Human Rights in efforts to counter terrorism

In one of the most extensive studies of counter-terrorism and human rights yet undertaken, an independent panel of eminent judges and lawyers today presents alarming findings about the impact of counter-terrorism policies worldwide and calls for remedial action. The Eminent Jurists Panel on Terrorism, Counter-Terrorism and Human Rights, established by the International Commission of Jurists (ICJ), has based its report "Assessing Damage, Urging Action" on sixteen hearings covering more than forty countries in all regions of the world.

Agitações nas prisões portuguesas entre 1994 e 1996


Para descarregar o boletim
http://charivari.ws/presosemluta/presosemluta.pdf

Editorial do Boletim

A 23 de Março de 1996 ocorreu um “motim” no Forte de Caxias, provocado por interesses de Estado, com o objectivo de acabar com as várias lutas em que os presos estavam empenhados. A revolta transpôs muros e instalou-se no debate público, onde algumas opiniões chegaram a questionar a existência da própria prisão e o seu papel na sociedade. Dos 180 detidos armazenados aos montes e indefesos,-entre o 3º esquerdo e o 3º direito- quase todos sofreram selváticos espancamentos durante vários dias. Dessa prática de terror resultaram múltiplas fracturas e comoções cerebrais, tendo ainda um preso ficado cego de um olho devido a um tiro de bala de borracha dos muitos que foram disparados pelos mercenários do Estado.

O Estado não cumpre a sua própria lei. É sabido que este sempre foi mestre na violação das regras que criou não hesitando em praticar qualquer crime, em interesse próprio, por mais horrendo que seja. No caso dos “presos entre muros”, basta uma simples olhadela pela imprensa de 94 a 96 para verificarmos a escandalosa violação sistemática dos “direitos dos presos”. Greves de fome, greves de trabalho, cartas e comunicados contestando e resistindo a tão cruel realidade, fizeram parte do quotidiano dos detidos a essa época. É neste ambiente que, por ordens superiores Estatais, foi provocada uma reacção espontânea dos presos. Distribuiram-se psicotrópicos fora da “refeição” e o director interino da Direcção Geral dos Servicos Prisionais, em “diálogo” com os presos legítimamente indignados demonstrou o seu total desprezo por eles, seria esta a faísca que iria acender a mecha.

Como é possível que, com total descaramento, treze anos depois, venha o Estado pretender culpar 25 detidos à época, acusando-os em processo judicial de motim, incêndio e danos qualificados?! Alega o Ministerio Público que os presos começaram a organizar-se com lutas de greve de fome e de trabalho duas semanas antes de 23 de Março. Pretendem assim silenciar o contexto de corrupção, de impunidade, e de graves violações à dignidade humana, assim como as lutas de resistência ocorridas nos dois anos anteriores!…

Contra tal “branqueamento” individualidades e diversos colectivos resolveram criar esta publicação, no sentido de relembrar os acontecimentos ocorridos entre 94 e 96 em quase todas as prisões nacionais, manifestar repúdio perante tão absurdo processo judicial, desmontando a farsa da acusação e denunciar a actuação repressiva dos organismos Estatais, que tiveram um papel activo no aumento do terror vivido nas prisões portuguesas nos anos 90- e que ainda hoje tristemente continua- com o assustador e esclarecedor número de mortes, doentes sem o devido tratamento, presos a cumprirem “condenações” perpétuas encapotadas, mantendo esta escandalosa situação num limbo camuflado e invisível.

Governo, Procuradoria Geral da República e DGSP foram e são os responsáveis pelo que ocorreu e continua a ocorrer com total hipocrisia e silêncio no interior das prisões. O que saíu nos media é apenas a ponta do iceberg. A haver um julgamento com as regras do Estado de Direito, deveria ser o Estado a sentar-se no banco dos réus e nunca quem sofreu essa estruturada, premeditada e incomensurável violência. Se as pessoas pudessem integralmente conhecer a realidade do interior das prisões, ainda que por uma hora apenas, certamente se levantariam em peso para repudiar veementemente este “novo holocausto”, como diz o dissidente criminólogo Nils Christie.

Recentemente, na Europa, várias lutas ocorreram e algumas continuam: em Agosto de 2008 cerca de 550 presos estiveram em greve de fome nas prisões alemãs, reivindicando “melhorias” no sistema prisional; em Novembro a quase totalidade da população prisional da Grécia esteve também em greve de fome -acções de informação e solidariedade em relação a esta greve repercutiram-se por toda a Europa-; em Itália, onde existe prisão perpétua, quase todos os presos afectados por essas condenações levam a cabo desde 1 de Dezembro uma jornada de luta; vários presos de Córdoba e de outras partes de Espanha encetaram uma greve de fome em solidariedade com os prisioneiros de Itália reivindicando ao mesmo tempo uma série de reivindicações ao sistema penal e judicial do Estado espanhol; no verão, Amadeu Casellas, prisioneiro na Catalunha (Espanha) esteve 78 dias em greve de fome. Por cá, em Monsanto -um dos Guantanamos do país- vários detidos estiveram, no mês de Outubro, em greve de fome protestando contra as torturas de que são alvo e contra a total impunidade com que actuam os carcereiros desta cadeia.

A luta pela dignidade e pela liberdade jamais poderá ser contida seja em que prisão fôr!

Solidariedade e absolvição para os 25 de Caxias!

O poema ébrio - leitura de poemas de Rimbaud na livraria-bar Gato Vadio ( dia 19 de Fev. às 22h30)


O barco ébrio - Poemas de Rimbaud

(…)

Quando eu atravessava os Rios impassíveis,
Senti-me libertar dos meus rebocadores.
Cruéis peles-vermelhas com uivos terríveis
Os espetaram nus em postes multicores.
Eu era indiferente à carga que trazia,
Gente, trigo flamengo ou algodão inglês.
Morta a tripulação e finda a algaravia,
Os Rios para mim se abriram de uma vez.

Imerso no furor do marulho oceânico,
No inverno, eu, surdo como um cérebro infantil,
Deslizava, enquanto as Penínsulas em pânico
Viam turbilhonar marés de verde e anil.


(Tradução: Augusto de Campos)


O barco ébrio
Leitura livre de poemas de Rimbaud

Quinta-feira, dia 19 de Fevereiro, 22h30
na livraria-bar Gato Vadio


Leitura ébria e aberta a todos de poemas de Rimbaud. No original ou com a tua “língua”…Traz o livro e embarca na bebedeira…
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016

Sábado ( dia 21 de Fev.) à tarde, há cinema comunitário na Casa Viva


Sábado, 21 fevereiro às 16h30 na Casa Viva (Praça do Marquês nº 161 -Porto)

entrada livre

Sessão mensal de cinema comunitário

A Valsa com Bashir, de Ari Folman
[em Hebraico, com legendas em Português, 90']


Em Junho de 1982, Israel invade o Líbano e dá início àquela que foi chamada a primeira guerra do Líbano. Depois de dois meses de incessantes bombardeamentos, é finalmente negociado o retiro das tropas israelitas de Beirute. No ano seguinte, como represália pelo assassinato do adorado líder Bashir Gemayel, as milícias libanesas invadem os campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila e massacram os civis, um ataque em área controlada pelo exército israelita e com conhecimento do mesmo.

A Valsa com Bashir é um filme de animação realizado por um ex-militar israelita que combateu nessa guerra, com história baseada em dados biográficos:

"Uma noite num bar, um velho amigo de Ari Folman fala-lhe de um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães enraivecidos. Todas as noites a mesma quantidade de monstros. Os dois homens chegam à conclusão que há uma ligação com o exército israelita, durante a sua primeira missão na primeira guerra do Líbano no início dos anos 80. Ari fica surpreendido pelo facto de já não se lembrar de nada desse período da sua vida. Intrigado pelo enigma, decide entrevistar velhos amigos e camaradas por todo o mundo. Ele precisa de descobrir a verdade sobre essa altura e sobre ele próprio. Enquanto Ari se envolve cada vez mais no mistério, a sua memória começa lentamente a despertar imagens surreais…"


Título Original Waltz With Bashir (Israel/Alemanha/França/EUA, 2008)
Realização Ari Folman
Argumento Ari Folman
Intérpretes Ari Folman Ron Ben-Yishai Ronny Dayag
Animação David Polonsky
Música Max Richter


www.waltzwithbashir.com

http://cinemacomunitario.blogspot.com/

16.2.09

Seminário «As principais correntes do pensamento contemporâneo» na livraria-bar Gato Vadio com sessões mensais de Fevereiro a Julho


A livraria Gato Vadio continua a dedicar-se sobretudo à vadiagem do pensamento e às suas formas de expressão. Propomos realizar um fórum livre dedicado às principais correntes do pensamento contemporâneo. Longe de ser exaustivo, a sua finalidade será fundamentalmente estimular e promover a pesquisa e a reflexão partilhada sobre as múltiplas perspectivas teóricas que contrariam o reducionismo empobrecedor do pensamento único (e dos vários fundamentalismos doutrinários), da monocultura massificada (induzida pela chamada cultura de massas que esvazia e anula a diversidade cultural das culturas populares), e do pretenso fim da história celebrado pelos arautos do neo-conservadorismo dominante.


Os encontros-sessões terão uma duração aproximada de 3 horas e realizar-se-ão aos Domingos (entre as 17h e as 20h), com excepção da 1ª sessão marcada para o último sábado de Fevereiro, dia 28.


As principais correntes do pensamento contemporâneo

Dinamizador: António Alves da Silva

6 sessões mensais ( de Fevereiro a Julho de 2009)

Participação livre e gratuita mediante inscrição prévia

(Os interessados devem enviar um Email de confirmação com o nome e contacto electrónico para
gatovadio.livraria@gmail.com ).


PROGRAMA

1ª sessão (dia 28 de Fevereiro, 17h) - Pensamento político – Fascismo, Liberalismo, Marxismo, Anarquismo, Feminismo e Ecologismo.

2ª sessão (Março) - Pensamento sociológico – do Funcionalismo à Etnometodologia, passando por Bourdieu, Max Weber, Ulrich Beck e Boaventura Sousa Santos

3ª sessão (Abril) - Pensamento económico – da Escola clássica à Neuro-economia, passando por Marx, teoria marginalista , Keynes e o institucionalismo

4ª sessão (Maio) - Pensamento jurídico e criminológico – da Teoria Pura do Direito ao Pluralismo jurídico, passando pela conceptualização dos direitos humanos e as problemáticas criminológicas

5ª sessão (Junho) – Pensamento literário – do cânone literário às literaturas de vanguarda, passando pela teoria e crítica literária, e pelas várias concepções de poética

6ª sessão (Julho) – Foucault – pensamento foucaultiano desde a filosofia e a concepção de poder, até à educação, e o uso recorrente das ferramentas conceptuais de um dos pensadores mais importantes do mundo contemporâneo.

Ler devia ser proibido! A leitura torna o homem inconformado, perigosamente mais humano...

Ler devia ser proibido. A leitura torna o homem inconformado, perigosamente mais humano, e há por aí gente que não gosta de pessoas que não se conformam com a situação em que vivem, muitas pessoas a viver nos limites do humano.





Desde os tempos remotos os homens poderosos têm escondido conhecimentos da humanidade. Tornar as pessoas ignorantes para não lutarem pelos seus ideais, não correrem atrás de seus sonhos, não conhecerem o mundo em que vivem, são algumas das razões para esse crime.

Mas uma fonte inesgotável de conhecimento perdura nos livros. Mentes brilhantes que enxergam o colorido da vida e o dom de libertar o pensamento, exumam do arcabouço de suas experiências os mais belos conhecimentos que se tornam em palavras que tocam a alma, mexem no coração e libertam a mente fazendo-a vagar livre por um lindo mundo novo.

Numa antítese avassaladora, que me corrói o íntimo, penso por vezes que essa fonte de conhecimento não deveria estar mais disponível, devia ser proibido o acesso a elas, sem dúvida! Paro para pensar no caos, na infelicidade que é a frustração das pessoas em enxergarem um mundo maravilhoso descortinando-se diante de seus olhos e, mesmo assim, precisarem de voltarem a viver nesse mundo sujo pela ignorância dos pseudo-sábios.

Aqueles homens que esconderam o conhecimento da humanidade tinham razão? . Talvez não devêssemos provar a doçura de viver a gostosa sensação do conhecimento e da mente livre, pois, voltar para a ignorância é mais doloroso do que viver nela. Ler, de facto, devia ser proibido.
Porque a leitura faz o leitor pensar. Pensando ele tira as suas próprias conclusões. Partindo de suas conclusões, ele pode cuidar da própria vida. No comando da própria vida ele não precisa dar satisfação a ninguém e há sempre alguém que se sente ameaçado por essa liberdade…

E, como essas pessoas se sentem no direito de cuidar da vida de todos, então devemos respeitá-las e proibir a leitura, pois -”pensando bem” - é uma atitude muito perigosa pensar!

15.2.09

Mesa Comum e Movimento Popular de Desempregad@s e Precári@s




Em tempos de "crise" MESA COMUM - União! Dignidade! Apoio Mútuo!


Começámos nesta sexta-feira e vamos continuar, para já todas as sextas, a organizar o nosso jantar de "mesa comum" , gratuito para desempregad@s, na sede da Terra Viva! às 20.30 h., reunindo uma dúzia de NÓS-desempregad@s, precári@s, de diferentes idades e origens - como parte da nossa auto-organização, ao nível local, e por um MOVIMENTO POPULAR DE DESEMPREGAD@S E PRECÁRI@S -além de outr@s "tes@s" que se não revêem nas organizações sindicais partidarizadas nem nas caritativas "sopas dos pobres" de algumas IPSS.s...



Começámos por endereçar uma carta da associação Terra Viva! a várias lojinhas, mini-mercados,padarias e outros estabelecimentos locais de comercialização de produtos alimentares, explicando o nosso projecto e pedindo que contribuam com alguns produtos que sobrem ao fim da semana e que, sem estarem impróprios para consumo já não possam ser comercializados, a fim de os partilharmos na nossa "Mesa Comum". Resultado: minimercados, padarias, lojinhas da nossa zona -além de algumas amigas vendedeiras do Bolhão -responderam ao nosso apêlo...mas não as grandes cadeias de supermercados (pelo menos para já).

Para além disso, alguns de nós estão a tentar encontrar alguns terrenos vagos ou devolutos nas cercanias, onde possamos organizar uma (ou mais)HORTA/s COMUNITÁRIA/s, tentando plantar os legumes que possam abastecer a nossa "Mesa Comum".

Esperamos que outros colectivos venham a participar naquilo que poderá vir a ser uma rede de "mesas comuns" e de grupos locais de desempregad@s e precári@s.

Transcrevemos abaixo a "proposta alargada por um "MOVIMENTO POPULAR de DESEMPREGAD@S E PRECÁRI@S" - que iremos discutir,melhorar (e sobretudo tentar aplicar) na "Mesa Comum", na próxima sexta dia 20 de Fevereiro às 21.30 h.(depois de jantar) na Terra Viva!AES R.Caldeireiros,213-Porto (à Cordoaria)



Proposta alargada por um MOVIMENTO POPULAR de DESEMPREGAD@S & PRECÁRI@S

1- PORQUÊ MOVIMENTO

- Porque MOVER-SE, MEXER-SE e não parar e não se conformar- é o que podem fazer as pessoas VIVAS. Só os mortos é que não se podem mexer! E MOVER-SE como? É IMPORTANTE QUE AS PRÓPRIAS PESSOAS ATINGIDAS PELOS PROBLEMAS –neste caso NÓS, desempregad@s e precári@s- não estejamos toda a vida à espera que os “do alto” (do Estado, dos partidos, das igrejas, das instituições e pessoas interesseiras -que fazem carreira à custa da “ajuda social” e que depois ficam com a parte maior dos apoios que serviriam para “combater a pobreza”- nos venham dizer o que fazer! Poderemos aceitar PROPOSTAS e CONSELHOS de quem quer que seja …Mas DIRECTIVAS “do alto da burra” de quem não é nem precári@ nem desempregad@ …JÁMAIS!

2- PORQUÊ POPULAR?

-Porque as redes e iniciativas que já existem de desempregad@s e precári@s são sobretudo de elementos de classe média (quadros técnicos superiores, artistas, investigadores) e não abrangem as classes populares mais atingidas pela pobreza e a miséria social e económica (trabalhadores/as indiferenciad@s, temporári@s das indústrias e dos serviços, imigrantes, etc…) ;

- Porque é sobretudo nos meios mais populares (bairros sociais, zonas velhas das grandes cidades e seus arredores, regiões do interior “esquecidas” pelos Poderes, etc. ) que se encontram as pessoas mais carenciadas .


-Porque são est@s que mais atingid@s são pela actual “crise” e pelos seus efeitos nos tempos presentes e nos tempos mais próximos, sem no entanto estarem organizad@s entre si (associad@s e unid@s) para afirmarem o seu direito natural À DIGNIDADE e fazerem valer os seus direitos naturais e sociais a serem tratados como pessoas humanas e não como párias da sociedade – já que a situação de desemprego e de precaridade (trabalho temporário) NÃO É VOLUNTÁRIA mas sim CAUSADA PELA “CRISE “ ACTUAL - e esta “crise” é por sua vez CAUSADA PELA PERMANENTE GULA DE LUCROS MÁXIMOS SEM OLHAR A MEIOS, POR PARTE DE GESTORES E PATRÕES DAS GRANDES MULTINACIONAIS E BANCOS PARA QUEM A “CRISE” significa AUMENTAR CADA VEZ MAIS OS SEUS LUCROS À CUSTA DA MISÉRIA ALHEIA ( veja-se só os “ordenados” chorudos dos gestores dos grandes grupos financeiros e empresariais deste país – e dos políticos profissionais que favorecem as suas negociatas – e os níveis salariais e dos apoios sociais : para essa malta lá do alto não há “crise”!);

-Porque o número de desempregados e de trabalhadores/as precári@s, temporári@s, está a aumentar rapidamente todos os meses, encerrando empresas e aproveitando-se as que continuam a funcionar, da miséria dos que perderam o seu emprego ou dos jovens à procura do primeiro emprego, para pagarem salários miseráveis que mal dão para sobreviver.



4-O QUE PODEMOS FAZER?

-1º.ORGANIZARMOS CONVÍVIOS E ENCONTROS, para melhor nos conhecermos e organizarmos e decidirmos acções conjuntas a levar a cabo…

-2º.ORGANIZARMO-NOS E UNIRMO-NOS para EXIGIR RESPEITO PELA NOSSA DIGNIDADE HUMANA DE DESEMPREG@DAS E PRECÁRI@S e VERDADE e CLAREZA sobre as reais possibilidades dos chamados “programas de combate ao desemprego”-BASTA DE MENTIRAS ! (nas instituições de apoio social –segurança social, instituto de emprego, etc.)

-3º.CRIARMOS UMA REDE DE APOIOS PARA A NOSSA CAUSA (técnic@s sociais, jornalistas, advogad@s, etc., que nos possam apoiar GRATUÍTAMENTE) …

-4º. ORGANIZARMOS A DIVULGAÇÃO das nossas iniciativas e de informações úteis, com um BLOG NA INTERNET e um BOLETIM INFORMATIVO, para o resto da população (principalmente para quem têm emprego mas que corre sempre o risco de ser despedid@), de foma a UNIR A LUTA D@S SEM TRABALHO e D@S QUE (ainda) O TÊEM...

-5º-CRIARMOS ENTRE NÓS SERVIÇOS DE APOIO AOS MAIS NECESSITADOS ( refeições populares, hortas populares, reciclagem de materiais úteis, serviços de reparações e de ajuda familiar, bolsas de troca de saberes e troca de serviços, etc.) com apoio de ASSOCIAÇÕES OU GRUPOS POPULARES que nos queiram apoiar DESINTERESSADAMENTE…

-6º.ORGANIZARMOS PARA NÓS A INFORMAÇÃO DE TUDO QUE NOS SEJA ÚTIL PARA RESISTIR À MISÉRIA E À DESIGUALDADE ( “centro de recursos”/informação com pastas com informações sobre experiências de movimentos semelhantes noutros lados, com programas possíveis para o combate ao desemprego, etc.)…

-7º.RELACIONARMO-NOS COM GRUPOS E MOVIMENTOS SEMELHANTES, QUE JÁ EXISTAM OU QUE VENHAM A SURGIR, PARA DECIDIR POSSÍVEIS ACTIVIDADES CONJUNTAS...

O QUE SOMOS, O QUE QUEREMOS E NÃO QUEREMOS

Pequeno Manifesto
1.SOMOS SERES HUMANOS E QUEREMOS DEFENDER A NOSSA DIGNIDADE!
2 .QUEREMOS O DIREITO À VIDA PLENAMENTE VIVIDA E NÃO ESMOLAS!
3.NÃO QUEREMOS, NEM NÓS NEM OS NOSSOS FILHOS, TER DE CATAR NO LIXO AS SOBRAS DOS BANQUETES DOS RICOS DESTA SOCIEDADE!
4.NÃO QUEREMOS A CHANTAGEM DE UM TRABALHO A QUALQUER PREÇO! -O TRABALHO ESCRAVO NÃO LIBERTA! ESCRAVIZA! (…”e por tão pouco, não vale a pena!”)
5. QUEREMOS PRODUZIR COISAS ÚTEIS E QUE NÃO POLUAM NEM DESTRUAM O PLANETA NEM OS SEUS SERES !
6. QUEREMOS AUTOORGANIZAR-NOS E AUTOGERIR-NOS E NÃO SERMOS MANIPULADOS PELOS DE SEMPRE (QUE SÓ PENSAM EM NÓS QUANDO AS ELEIÇÕES SE APROXIMAM!)
7.QUEREMOS A IGUALDADE ENTRE NÓS E NÃO PROMOVER QUAISQUER “REPRESENTANTES” E “CHEFINHOS”!
8. QUEREMOS RESISTIR AO CAPITALISMO E ÀS SUAS CRISES E SOLIDARIZAR-NOS COM TOD@S @S EXPLORAD@S E DOMINAD@S!
JÁ BASTA!!!


por um MPDP
Porto, ano da “crise” de 2009




PRÓXIMO ENCONTRO: Dia:20/2/2009 às 21.30 h.

Local: sede da TERRA VIVA!
R.Caldeireiros,213 - PORTO


Oficina de leitura e comunidade de leitores sobre o surrealismo português na Biblioteca Municipal de Almada

Clicar sobre a imagem para ampliar e ler em detalhe



O outro lado da cultura: Surrealismo português

A Biblioteca Municipal, no âmbito do projecto de promoção do livro e da leitura “ De volta dos Livros”, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, organiza mais uma comunidade de leitores este ano sobre o Surrealismo português.

Oficina de Leituras e outras actividades surrealistas vão acontecer durante os meses de Março e Abril, dinamizadas por Ezequiel Xavier.

A participação nesta actividade está sujeita a inscrição prévia, de 10 a 27 de Fevereiro, no horário de funcionamento da biblioteca.

Público-alvo: Adultos
Lotação máxima: 20 / 25 participantes
Inscrição prévia: António Toscano
bibl.mun.alm@cma.m-almada.pt
21 272 49 29



Sugestões de Leitura

Surrealismo Português

Livros disponíveis na Biblioteca Municipal de Almada.

Obras históricas e/ou académicas:
O Surrealismo, Yvonne Duplessis, 1950 (Inquérito)
História da Literatura Erótica, Alexandrian, 1989 (Cículo Leitores)
Intervenção Surrealista, Mário Cesariny de Vasconcelos, 1966 (Assírio & Alvim)

Precursores fundamentais e surrealismo francês :
Cantos de Maldoror, Conde de Lautréamont (Isidore Ducasse), 1868 (Fenda e Quasi)
Uma Cerveja no Inferno, 1873 e Iluminações, 1875, Jean-Arthur Rimbaud (A&A)
História do Olho, Georges Bataille, 1928 (Bertrand)
As Formigas e outros contos, Boris Vian, (Assírio & Alvim)

Precursores portugueses:
Húmus, Raúl Brandão, 1917 (Mil Folhas Público)
Canções, António Botto,
Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner, 1962 (Portugália)

Livros de Surrealistas portugueses:
Poesia, António Maria Lisboa, (org. Mário Cesariny), 1977 e 1995 (Assírio)
Poesias Completas, Alexandre O’ Neill, 2000 (Assírio)
Um Homem de Barbas, 1944 e Malaquias ou a história de um homem barbaramente agredido, 1953, Manuel de Lima (Estampa)
Contos do Gin-Tónico, 1973, Mário Henrique Leiria (Estampa)
O Surrealismo na Poesia Portuguesa, Natália Correia, 1973 (Europa-América)
A Única Real Tradição Viva (Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa), Perfecto Cuadrado, 1998 (Assírio & Alvim)
Antologia do Cadáver Esquisito, Mário Cesariny, 1989 (Assírio & Alvim)
O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o seu Esplendor, 1961 (?)
Manual de Prestidigitação, Mário Cesariny, 1956 (Assírio & Alvim)
Titânia e a Cidade Queimada, 1977, Mário Cesariny (Assírio & Alvim)
Os Passos em Volta, 1963 e Herberto Helder (Assírio & Alvim)




Fórum Municipal Romeu Correia
Auditório Fernando Lopes Graça
Praça da Liberdade, Almada
Tel:
21 272 4920
Email:bibl.mun.alm@cma.m-almada.pt
Sítio:
http://www.m-almada.pt/bibliotecas

Morreu o músico mexicano Jorge Reyes, uma das figuras mais importantes da etnomusicologia e da etnofusão de músicas

Na última semana desapareceu uma das figuras mais importantes da chamada etnomusicologia e da etnofusão de músicas, o músico e compositor mexicano Jorge Reyes, de 57 anos, pouco conhecido em Portugal, mas bastante estimado por quem se interessa pelo experimentalismo musical. E, já agora, uma das referências musicais do blogue Pimenta Negra.


A música de Jorge Reyes mistura sons autóctones das civilizações pré-hispânicas com a tecnologia musical mais avançada, criando sonoridades e ambientes musicais únicos. A proposta musical de Jorge Reyes ao misturar a música meso-americana com a tecnologia musical contemporânea, especialmente por via do uso de processadores de som, reverberações, ecos, e outra parafernália, fez despertar um renovado interesse pela cultura popular mexicana de raíz maya, dos tempos pré-hispânicos.
Os seus concertos transmutavam-se em autênticas cerimónias rituais pré-hispânicas e estavam por vezes associados a tradições do México ancestral como o Dia dos Mortos e o Equinócio da Primavera.

A sua formação revela influências musicológicas variadas que lhe serviram para criar e compor a sua própria música. A partir do estudo de flauta transversal no México, Jorge Reyes realizou na Alemanha estudos de música clássica, electrónica, jazz, que se ampliaram depois, já na Índia, para a música indiana e tibetana. Cria, entretanto, o grupo de rock progressivo Chac Mool, com o qual procurou sintetizar o resultado das suas pesquisas musicais, para depois seguir uma carreira de solista onde continuará a explorar atmosferas musicais da etnofusão.

Em 2001 fundou o Laboratório de Experimentação Artística e Rádio Educação (LEAS) onde produziu trabalhos como Zocaloop, Epitafio e Los proverbios del infierno.


Gravou cerca de 30 discos. Os seus álbuns mais destacados são:
A la Izquierda del Colibrí (1985),
Comala (1986),
Ek Tunkul (1987),
Viento de Navajas (1988),

Bajo el Sol Jaguar (1991), que é a sua obra mais importante


Jorge Reyes Etnofusão



Jorge Reyes, "sacrificio"



JORGE REYES - A LA IZQUIERDA DEL COLIBRI



JORGE REYES (LA OTRA CONQUISTA)



Concierto e espectáculo de música prehispánica de Jorge Reyes na Ciudad de México, comemorando o Día de Muertos ( 31 de Ouubro de 2006)
Parte 1



Parte 2



Jorge Reyes y Suso Saiz 1/3 (Festival Cultural Zacatecas)






Clandestinos ( texto alheio, onde se invoca este blogue)

O blogue A Carga da Brigada Ligeira brindou o «Pimenta Negra» com um texto, cujo conteúdo subscrevemos por inteiro.
Agradecendo a referência, aproveitamos o momento para convidar todos a visitar o blogue A Carga da Brigada Ligeira que, de uma forma original, trata de várias problemáticas a partir da invocação de um weblog vocacionado para o tema abordado. Reproduzimos abaixo o texto daquele blogue amigo onde se fala da Terra-mãe, do universalismo, da abertura do mundo e dos espíritos, dos imigrantes clandestinos, de Manu Chao, de…



CLANDESTINOS
(texto retirado do blogue :

Hoje visitamos mesmo a propósito o blogue "Pimenta Negra"; Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)


Caros Bloguistas Militantes

Ele existem pensamentos que quando surgem na nossa cabeça julgamos que são só nossos.
Então se esses pensamentos forem "estranhos" à ordem vigente, julgamos para nós (nós somos os nossos maiores julgadores) serem absurdos, isto até lermos um livro ou falarmos com alguém que tenha a mesma "visão" que nós.

É então que repensamos ou deixamos de julgar esse "absurdo" ou essa "visão" como a julgámos até aí e passamos a ver a ideia por outro prisma e até poderemos ter a vontade de a realizar.

É minha ideia de há muito tempo que:
O planeta Terra pertence a todos os que aqui habitam.
Tudo o que fazemos ou que nos fazem com maior ou menor grau tem consequências globais, vai sempre mexer com algo e/ou com alguém e tem sempre um efeito dominó.
Por exemplo: a bomba atómica que caiu em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, teve consequências globais, quer fosse pela radiação,quer fosse pelo horror, quer fosse pelo terror, quer fosse pelo solo que não se pode cultivar, quer fosse pelo destruir da biosfera.
Outro exemplo, os testes nucleares no atol da Muroroa na Polinésia francesa ou noutro local qualquer, a poluição marítima, a poluição dos rios, a poluição da atmosfera, a economia, tudo, mas tudo tem influência nas nossas vidas do dia a dia.

Como diz o corolário da teoria do Caos: Algo tão pequeno como o bater de asas de uma borboleta pode causar um Tufão gigante do outro lado do mundo"

Se o que uns fazem influência positiva ou negativamente a vida dos outros, se todos nascemos no mesmo planeta embora em pontos geográficos diferentes, porque é que determinados pontos do globo tem de ser de uns e tem de ser interditos a outros?

Tem de haver quem governe, é certo – pelo menos até que os seres viventes atinjam a capacidade inata de se respeitarem a si próprios e uns aos outros e contribuírem para a vivência em sociedade.

O caos não se pode instalar, concordamos com isso, mas daí a interditar que os seres humanos se desloquem de um lado para outro, no seu próprio planeta, vai um passo de gigante.

Resumindo, nós não concordamos que existam fronteiras à livre circulação de pessoas.

Se me apetece ir para a Austrália, pois vamos. Se quisermos ir viver em França, com as regras dos Franceses pois muito bem, nós iremos viver.

Nós não nos damos com o clima português, calor seco e frio húmido não é cá para "nous", por isso queremos mudar.

Ter de aturar papeis para esse fim, vistos passaportes e porcarias para nos deslocar dentro do planeta onde nós nascemos... não concordamos, não concordamos e pronto.

Se ainda fossemos para Marte, ou Júpiter ou dar uma voltinha no espaço, e nos pedissem depois papeis para entrar dentro do planeta... ainda quase que era aceitável. Agora para nos deslocarmos dentro do nosso próprio planeta?

Não .... e não!

Não aceitamos e custa-nos ver seres humanos a quererem migrar para outras partes do planeta, e serem espoliados de todas as maneiras, serem transportados de maneiras que nós não permitimos que animal algum fosse transportado assim.

Não aceitamos e custa-nos ver pessoas a enriquecer com o tráfico de migrantes, e tudo isto devido a uma política estúpida seguida pelos países desenvolvidos.

Tratámos outros países como se de segunda ou terceira categoria fossem, roubámos e destruímos terras, escravizámos e assassinámos milhares de naturais desses países, fizemos as nossas guerras nos territórios deles, impusemos-lhes o nosso modo de vida, incutimos a riqueza e a ambição a quem bastava estar no seu local e usufruir das coisas que a natureza lhes dá para estarem bem na vida, para no fim dizermos não a quem quer vir para o nosso continente,para o nosso país para tentar ter uma vida melhor e dar sustento a quem no país de origem ficou.

A UE impôs a PAC e subsidiou a agricultura e os seus excedentes, deixámos de comprar produtos agrícolas aos países que "artesanalmente" os produziam, fomos estreitando o laço que estava sobre a garganta desses países, não ajudámos no desenvolvimento da sua agricultura, harmonizando a mesma com a natureza.

Os "colonos" e as grandes empresas agora, contribuem para a desertificação, desflorestação (com todas as consequências que daí adveem) dessas regiões com consequências planetárias, tirámos o sustento aos naturais desses países e depois dizemos que não queremos imigração?
Então e a FOME? a MISÉRIA? as Mortes? a SUBNUTRIÇÃO? a SOBREPOPULAÇÃO?

Fomos nós que impusemos com esta política de brancos, somos nós que temos as armas e a força, logo pensamos que isso é sinónimo de inteligência... quão enganados nós estamos.

Nós os Europeus de primeira ou de segunda mal disfarçada, não queremos nem aceitamos a imigração ilegal!

Venha ela de onde vier, seja de África, da América do Sul, da Europa de Leste (estes do nosso próprio continente), ou seja não queremos ninguém de lado nenhum.

Mas esta postura não é aceitável.

Não pode ser, algo está mal nas mentes e nas mentalidades de todos os que assim pensam e querem impor o seu pensamento.

Falta-lhes visão do futuro, tolerância, sabedoria e conhecimento do passado.

Eu não aceito a imigração ilegal!

E não aceito a imigração ilegal, porque não reconheço o termo. Não o aceito.

O caso de Portugal, que viveu anos e anos de Emigração, quando éramos um país mais pobre que o que ainda somos, e tivemos de migrar para outros destinos, e construímos fortunas mas também construímos "bidonvilles", migramos para todos os países do mundo, em todos os países do mundo existe um português.

Temos até Paris que é ou que era a segunda cidade com mais população portuguesa.

Andamos nós agora armados em "mete nojo", a dizer mal dos imigrantes, que fazem e acontecem, que ocupam o trabalho dos portugueses.

Nós, portugueses, que estamos melhor na vida do que estávamos nas décadas de 50, 60 ou 70.
Nós, portugueses, que não queremos ser empregados de café, trabalhar nas obras, ser canalizadores e outras profissões em que é preciso sujar as mãos, profissões essas que são ocupadas pelos migrantes de outros países.

Não fora eles, e os atrasos que estamos habituados ainda seria maiores por falta de mão de obra.

Nós que temos um deficit populacional, conseguimos colmatar grande parte desse deficit com a vinda de migrantes de outros países, para no fim de contas ainda os tratarmos mal e dizermos mal deles?

Parece-me que não é uma atitude muito acertada.
Acusá-los de marginalidade?
Marginalidade essa que nós os estamos a empurrar, como empurrámos os migrantes de 1974 e anos seguintes, para a periferia, quando vieram de África, expulsos ou fugidos de um país que era deles.

Estamos no "bom caminho" não haja dúvida, nós os Portugueses e todos os outros povos dos países chamados civilizados.

Reafirmamos "nascemos no Planeta TERRA e temos o direito de andar por qualquer parte do planeta onde nós nascemos."

Não somos clandestinos em nenhum lado e recusamo-nos a ser tratados como clandestinos no nosso planeta, e recusamo-nos a tratar como clandestino qualquer ser humano que se queira deslocar no planeta onde todos nós vivemos.

Se o ser humano se desloca por vezes é porque quer, mas a maior parte das vezes será por necessidade...

Por isso : Não julgues nenhum Homem até teres caminhado com os seus sapatos durante um tempo ... Provérbio Índio.

Clandestino - Manu Chao

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Pa' una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la dejé
Entre Ceuta y Gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley
Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana ilegal
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Mano negra ilegal