29.10.08

Concentração de Professores em Setúbal ( dia 1 de Nov. às 18h no Largo da Misericórdia)




Música com Francisco Fanhais

Senhora Ministra da Educação:
Obrigado por nos unir!

Aproxima-se a passos largos o mês de Novembro. Vamos manifestar-nos de novo na capital e dizer bem alto que a escola pública está refém de uma política irresponsável e que os seus profissionais não abdicam do seu compromisso por uma escola de sucesso com qualidade.

Recusamos satisfazer o monstro burocrático desta avaliação de desempenho com que nos querem paralisar, dividir e destruir o trabalho em equipa. Queremos trabalhar melhor e não consumir as nossas melhores capacidades, dias, noites e fins-de-semana sem fim, a preencher dezenas, centenas de páginas e documentos absurdos.

Denunciamos esta espécie de cortina de ferro com que a Senhora Ministra quer sitiar a escola pública, para que não se conheçam as carências, os atrasos e o desinvestimento que é a verdadeira face da política deste governo.

A avaliação que queremos tem de ir ao encontro dos direitos e necessidades dos alunos bem como da sociedade moderna. Tem de promover uma escola que aposta na formação plena e equilibrada dos cidadãos, numa perspectiva construtiva.

Somos professores e professoras e rejeitamos a divisão em duas categorias. Por que razão certos alunos teriam professores de “primeira” categoria e outros de “segunda”?

Para preparar o mês de Novembro, os professores irão concentrar-se, no dia 1 de Novembro, no Largo da Misericórdia, em Setúbal, entre as 18 e as 20 horas. Haverá intervenções das escolas em luta, de convidados, e apontamentos culturais (música e documentário).

Contamos contigo! Reencaminha. Traz outro amigo também!

Setúbal, 27 de Outubro de 2008

A Comissão Promotora (35 colegas de várias escolas e de vários graus de ensino, dos Concelhos de Setúbal e Palmela):

Jaime Pinho
Silvana Paulino
Ana do Carmo
Cristina Vicente
António Almeida
Nazaré Oliveira
Francisco Jesus
Elisabete Fernandes
Dulce Rei
Pedro Fragoso
Isabel Liberato
Leonor Duarte
Maria João Nogueira
Maria José Carvalho
Álvaro Arranja
Patrícia Rosa
Teresa Pontes
Eurico Coelho
Isabel Cruz
Isabel Vaz Oliveira
Maria José Simas
Margarida Figueira
Helena B. Costa
Isabel Castanho
António Vasconcelos
Lídia Reis Pereira
João Paulo Maia
Lígia Penim Marques
Neli Pires
Teresa Rosário
Paulo Tavares
Daniel Pires
Alice Brito
Filipe Pestana
Irene Palma

Com o apoio do Movimento Escola Pública

Encontro do Movimento Escola Pública em Viseu ( no Solar dos Peixotos, dia 31 às 21h30)


Clicar por cima da imagem para ler o convite dirigido a todos os interessados

Colóquio Internacional «Tarrafal - uma prisão, dois continentes»




Mais informações aqui, para além de se poder acompanhar o Colóquio por via da transmissão directa através do blogue Caminhos da Memória

28.10.08

Introdução ao Contacto Improvisação ( workshop, aulas e jam session com David Santos) numa iniciativa da Tenda de Saias




Associação Cultural Tenda de Saias
Constituída desde 20 de Dezembro de 2007, a Associação Cultural Tenda de Saias tem como elementos fundadores, Maria do Carmo Sousa, Olinda Favas, Susana Madeira, Tânia Dinis e Xana Miranda, actrizes formadas em Estudos Teatrais pela ESMAE, Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (IPP) do Porto, em 2006, e com trabalho regular na área da representação e formação de Teatro. É o reflexo da afinidade artística e desejo comum de trabalhar em colectivo dos seus membros.
Os objectivos da Tenda de Saias são culturais e artísticos, e traduzem-se na criação, produção e apresentação regular de espectáculos, promoção de workshops na área do teatro, captação de novos públicos e enriquecimento artístico da cena cultural da cidade do Porto, através do uso de linguagens contemporâneas do espectáculo.
Constituída por cinco actrizes, a Tenda de Saias forma equipa com colaboradores das mais diversas áreas, não necessariamente profissionais do espectáculo, na criação de objectos artísticos, de forma a investir no surgimento de novas dramaturgias, novas formas de cenografar, iluminar ou criar para palco, possibilitando, assim, o cruzamento das artes performativas com outras linguagens artísticas e novos criadores.
A Tenda de Saias é uma Companhia não subsidiada, residente na Fábrica, espaço da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo - IPP existente desde Dezembro de 2005 na qual oito novas Companhias de Teatro e uma Produtora de Cinema desenvolvem actualmente as suas actividades, como recentemente o Festival PortoClown ou alguns dos trabalhos apresentados na Mostra “30 por Noite” produzida pelo Teatro Nacional S. João.

Retirado de:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=361342166




Aulas e Jam session de Contacto Improvisação
( nota:O Workshop de Introdução ao Contacto Improvisação já foi realizado nos dias 25 e 26 de Outubro)

O workshop serviu como uma primeira fase, introdutória a uma intenção de formação contínua (aulas regulares) de contacto improvisação divulgada pela Associação Cultural Tenda de Saias e leccionada por David Santos na Fábrica da Rua da Alegria ( no Porto).

A primeira fase é um pequeno workshop ou uma primeira aula um pouco mais longa, em que vamos mergulhar nos princípios do contacto improvisação através de visionamento de vídeos e prática in loco com o corpo e mente como um todo. A pluridimensionalidade desta prática desenvolve-se através de uma abordagem esférica sensorial de trabalho sobre o corpo na relação com os conceitos da física, da fisiologia e da visualização.

O treino do corpo aborda desde um trabalho mais sensorial ao aeróbico passando por técnicas associadas ao movimento contemporâneo, moderno, body mind centering, técnica de Alexander, meditação entre outras abordagens holísticas ao serviço da prática do contacto improvisação.

Com uma perspectiva de continuidade podemos evoluir em conjunto com diferentes pares, lado a lado, num espaço de desenvolvimento de conhecimento técnico (know-how) de contacto improvisação até partilharmos um sentido de uma linguagem própria singular e comum. Desta forma, quando tivermos as conhecidas Jam´s de Contacto Improvisação poderemos sentir crescer de forma mais consciente, a técnica disponibilidade/consciência do nosso corpo performático no cenário já presente à nossa volta que é o espaço físico que todos habitamos e os corpos que nos rodeiam mas, potenciados a um novo nível de consciência.

O nosso subconsciente é muito mais rápido a percepcionar e reagir ao mundo que nos rodeia que o consciente. Mas é através da disciplina do consciente e do corpo que liberamos e damos autonomia ao subconsciente para intervir junto do consciente.

É essencial ter-se prazer pelo movimento e pelo contacto com outro para realizar esta prática.

Destinatários: todos os interessados

Local: Fábrica da Rua da Alegria
Rua da Alegria nº341, 4000 Porto



Aulas Semanais de Contacto Improvisação
orientação David Santos
Local: (ainda a definir)
Datas: todas as 2ª feiras das 21.30 às 23.30
a começar a 3 de Novembro de 2008
Inscrição: 30 euros mensais
Amigos da Tenda: 21 euros mensais

Jam Session de Contacto Improvisação :
Datas: todos os últimos sábados de cada mês das 19h
às 21h a começar a 29 de Novembro de 2008
Local: (ainda a definir)


David Santos
Nasceu em 1983, no Porto. Tem a licenciatura em Teatro, pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo (ESMAE). Participou em peças encenadas por Ricardo Pais, João Pedro Vaz, Cláudia Marisa Oliveira, Maria Clemência, Denis Bernard, John Britton, Afonso Guerreiro, José Leitão e Gonçalo Amorim. Acompanhou a preparação do espectáculo O Tio Vânia, de Anton Tchékhov, encenação de Nuno Carinhas, e das leituras encenadas …A Tua Mão na Minha, de Carol Rocamora, direcção cénica também da responsabilidade de Nuno Carinhas. Encenou a peça Deus, de Woody Allen, apresentada na sala preta da ESMAE, Festival de Teatro Universitário da Corunha e no evento Serralves em Festa. Participou na produção do Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro, de 2001 a 2003. Foi actor em Debaixo do Pano, filme de Tomás Baltazar. Desempenhou funções de assistente de encenação e apoio ao movimento em produções como a peça D. João, de Moliére, enc. Ricarado Pais, apoio ao movimento no espectáculo Teatro Escasso, enc. António Durães, e Maria de Buenos Aires, enc. João Henriques (TNSJ, 2006) e O Café de Goldonni enc. Giorgio Corsetti (TNSJ 2007/2008). Foi assistente de encenação e coreografia de A Little Madness in the Spring, enc. Giuseppi Frigenni (Produção Casa da Música). Dedicando-se ainda ao ensino, à performance e à dança, tendo já participado em coreografias de Dieter Heitkamp, Ronit Ziv, Nik Hafner,André Guedes, Susana Queiroz, Paola Moreno e Sérgio Cruz.
Actualmente é encenador do grupo de Teatro 'Cenatório' da Universidade Lusíada e professor de Expressão Dramática na Escola Ginasiano e movimento para actores no curso profissional de Teatro do Externato Delfim Ferreira. Já foi por duas vezes convidado a leccionar movimento para actores no curso de Teatro do C.I.T.A.C. – Coimbra e deu também seminários no Balleteatro sendo um deles de Contacto Improvisação. Desde 2006 até à data presente que lecciona Contacto Improvisação e movimento para o elenco do Teatro Nacional São João. Com Dieter Heitkamp, um dos actuais mestres Europeus do Contacto Improvisação, foi intérprete da sua Lecture-Performance 'Hautsache Bewegung' (Movimento da pele) apresentado em Frankfurt am Main, Dusseldorf e Berlin. Realizou recentemente como coreógrafo/performer uma residência, que resultou no espectáculo Peak Leisure Park, com um colectivo de artistas inseridos no P.E.T._1 (Project ensemble Tanzlabor 21) no Teatro Mousonturm em Frankfurt am Main.

Os ricos que paguem a crise que eles próprios provocaram


Concentrações contra a crise financeira do capitalismo: os ricos que paguem a crise!

Um email anda a percorrer por este dias o ciber-espaço a convocar todo o mundo para concentrações para o próximo dia 15 de Novembro em todas as cidades do mundo.
O motivo desse apelo é que nesse dia estarão reunidos em Washington os líderes dos G-20, os 20 países mais industrializados do mundo, com vista a refundarem o capitalismo, um sistema injusto, baseado na exploração da força de trabalho e, além do mais, predatório da natureza.

Todos à rua a 15 de Novembro

Salvar os bancos nos Estados Unidos custou 700.000 triliões de dólares. Ou seja, 5 vezes mais daquilo que a ONU aprovou para alcançar os Objectivos do Milénio. Como se isso não fosse suficiente as ajudas dos Estados europeus ainda são maiores!!!

Os Estados andam a financiar os bancos que estão na bancarrota, esses mesmos bancos que despejam as famílias que não podem pagar as hipotecas!!!

Fica claro para toda a gente que os grandes partidos ( os que gravitam à volta do poder) governam a favor da banca e dos grandes capitalistas.

Só nós, os cidadãos do mundo, podemos denunciar este escândalo.
Nacionalizam os prejuízos dos banqueiros e privatizam os lucros! Ao fazê-los tomam-nos por tolos. Será que vamos deixá-los? Será que a especulação e a injustiça se vai perpetuar? NÃO.
Temos que agir!

No próximo dia 15 de Novembro os cidadão de todo o mundo sairão às ruas para dizer NÃO ao Capitalismo e à manutenção dos privilégios sociais dos ricos que andam a «brincar» com as nossas vidas e a sobrevivência do nosso planeta

Passa esta mensagem.
Divulga e difunde pelos teus contactos

Eles ( os ricos) que paguem a crise!

Leitura de poemas de Jorge de Sena no café Progresso numa sessão promovida pela Livraria Poetria ( dia 30 de Nov. às 21h30- Porto)

Jorge de Sena (1918-1978), poeta e erudito, combativo irreverente e homem de um génio comparável aos homens que ele estudou será alvo de uma sessão monográfica nesta próxima quinta feira, dia 30 de Outubro, perto da data do seu aniversário.


Café Progresso - dia 30 de Nov às 21.30h
poesia lida e intervenções várias


Informação de:



LIVRARIA POETRIA
Rua das Oliveiras 72
Galeria Comercial - Porto4050-448 PORTO
Local da sessão:


Café Progresso
Rua Actor João Guedes, nº 5 - PORTO
(perto da Praça do Leões)

Última sessão do ciclo Arte e Eros na Faculdade de Belas Artes da Universidade Lisboa ( dia 29, às 14h30)


De 8 até ao próximo dia 29 de Outubro de 2008 tem decorrido em Lisboa um Ciclo de Conferências dedicado ao tema "Arte & Eros", uma iniciativa organizada pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) na sequência dos 1º e 2º Ciclos de Conferências de Ciências de Arte anteriormente realizados. Na primeira sessão, dia 8 de Outubro, foram abordadas questões como as relações entre eros, filosofia e psique, o desejo, a orientação sexual e o "amor que não ousa dizer o nome" nas imagens de Proust e de Oscar Wilde. Nesta última sessão, sempre às 14h30, abordar-se-ão diversos temas desde desde a sensusalidade e a escultura passando pela paisagem erotizada, etc.

Erotismo feminino, religião e erotismo, figurações do corpo e lugares do sagrado são questões que tem sido debatidas nas anteriores sessões deste ciclo, que percorre relações entre criação artística, erotismo, pulsão de vida e instâncias de mediação e sublimação.


PROGRAMA

8 de Outubro de 2008

14h30 - Apresentação
António Sampaio Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa

15h00 - Eros e Filosofia
Alexandre Franco de Sá (FL-UC)

15h30 - Eros e Psique
João Peneda (FBAUL)

16h00 - Máquinas Desejantes – Eros pós-Humano
Hugo Ferrão (FBAUL)

16h30 - Pequeno debate seguido de breve intervalo

17h45 - Modernidade, Transgressão Sexual e Percepções da Negritude na Recepção do Jazz em Portugal nas Décadas de 1920 e 1930
Pedro Roxo (IE-UNL)

17h15 - O amor que não ousa dizer o nome. Imagens de Proust e Oscar Wilde
Maria João Ortigão (FBAUL)

16h45 - Eros musical ou a metafísica da mulher sem sombra
Carlos Couto (FL-UL)

18h15 - Poesia ordinária (perfomance poética)
Ricardo Bargão (KCA)

Mediador: Fernando António Baptista Pereira


15 de Outubro de 2008

14h30 - Vénus, Majas e Olímpia: Metamorfoses do erotismo feminino
Fernando António Baptista Pereira (FBAUL)

15h00 - Entre Cristianismo e Erotismo: Reflexões em torno de um dos paradoxos da cultura artística do século XVI
Margarida Calado /FBAUL)

15h30 - Étant donnés: 1º la chute d’au 2º le gaz d’éclairage vs. L’Origine du monde
Catarina Patr’cio (Artista Plástica)

16h00 - Pequeno debate seguido de breve intervalo

16h15 - Com-tacto: a intimidade de Calle e a inquietação de Kaprow
Ana Pais (ESTC)

16h45 - O Surrealismo e a Linguagem do Desejo
Eurico Gonçalves

17h15 - Quentin Tarantino: Eros Cinemático
Edmundo Cordeiro (UL)

17h45 - Visionamento de excertos de vários filmes
de Quentin Tarantino

Mediadora: Cristina Tavares


22 de Outubro de 2008

14h30 - O Eros e a escultura portuguesa
Cristina Azevedo Tavares (FBAUL)

15h00 - O nu no romantismo e naturalismo
Eduardo Duarte (FBAUL)

15h30 - Imagens do erótico na nova-figuração portuguesa
Fernando Dias (FBAUL)

16h00 - Pequeno debate seguido de breve intervalo

16h15 - Eros e Design
Bárbara Coutinho (MUDE)

16h45 - Eros e a Dança Sagrada
António Cadima Mendonça (ESTAL)

17h15 - Lugares Sagrados: Corpo e Sensualidade no Cinema
Inês Gil (UL)

17h45 - Excertos do filme: O Odor da Papaia Verde (1993) de Tran Anh Hung

Mediador: José Quaresma


29 de Outubro de 2008

14h30 - De Afrodisias - a propósito de uma estatueta do Museu de Évora
Luís Jorge (FBAUL)

15h00 - Corpo: entre sensualidade e carnalidade
João Pais (FBAUL)

15h30 - Erotização da paisagem na pintura francesa do século XVIII
José Quaresma (FBAUL)

16h00 - Pequeno debate seguido de breve intervalo

16h15 - A criança imortal (o segredo do artista, 3)
Tomás Maia (FBAUL)

16h15 - A Libido Ostentatória de Domingos Mendes - ou os interiores do palacete na rua da Horta Seca
Joana Cunha Leal (FSCH-UN)

16h45 - Cinematografias da Dor
Susana Sousa Dias (FBAUL)

17h45 - Visionamento de excertos de filmes de Andrei Tarkovsky e Peter Greenway

Mediadora: Margarida Calado


Mais info: aqui

Infância e espaço público - ciclo de conferências de sociologia da infância na universidade do Minho, em Braga

Infância e Espaço Público - Ciclo de Conferências em Sociologia da Infância ( de 30 de Outubro de 2008 a 4 de Junho de 2009)
Local:
Auditório do Centro Multimédia da Universidade do Minho



O Ciclo de Conferências em Sociologia da Infância é uma iniciativa do Instituto de Estudos da Criança em colaboração com o Instituto de Ciências Sociais que se realizará durante o ano lectivo de 2008-2009, no Auditório do Centro Multimédia da Universidade do Minho.


Com este Ciclo de Conferências pretende-se prosseguir a tradição de apresentação, partilha e discussão de questões teóricas e metodológicas relativas à Investigação na área da Sociologia da Infância.

Programa


30 Outubro, 2008
Anália Torres
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Departamento de Sociologia
"Protecção de Crianças e Políticas Públicas."


11 de Dezembro, 2008
João Teixeira Lopes
Universidade do Porto
Faculdade de Letras
"Espaço Público e Gerações."


15 de Janeiro, 2009
Virginia Morrow
Universidade de Londres - Inglaterra
Instituto de Educação
"Methods and ethics of research with children about their environments."

12 de Fevereiro, 2009
Rita Marchi
Universidade Regional de Blumenau
Santa Catarina, Brasil
"Radicalizaçao do processo histórico de individualização das crianças e a crise social da infância."


12 de Março, 2009
Ivan Pascual Rodríguez
Universidade de Huelva, Espanha
Departamento de Sociologia e Trabalho Social
"La mirada sociológica: una aproximación nueva al mundo de la infancia?"


2 de Abril, 2009
Allison James
Universidade de Sheffield, Inglaterra
Centro de Estudos da Infância e Juventude
"New challenges of Childhood Studies."

14 de Maio, 2009
Giangi Schibotto
Universidade Alma Mater de Bolonha, Itália
Faculdade de Ciências da Educação
"El complejo camino de construcción de un espacio público para la participación, la actoría social y el protagonismo de la infancia y adolescencia."


4 de Junho, 2009
Julie Delalande
Universidade da Baixa Normandia - Caen, França
Departamento de Ciências da Educaçao
"Les lieux des enfants."



contactos
________________________________________
Profª Natália Fernandes
email:
natfs@iec.uminho.pt

Para mais info: aqui

27.10.08

Durão Barroso (do bando dos quatro da cimeira dos Açores) é o mordomo de serviço de Bush e Sarkozy...

Vejam lá se uma imagem não vale às vezes por mil palavras!

O Mordomo de serviço na bagageira ...


(fotografia retirada do site da revista The Economist:

www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=12470591&fsrc=nwl)

O Bando dos Quatro nos Açores
( responsáveis pela invasão e ocupação
do Iraque, ex-país soberano)

Segundo Chomsky os Estados Unidos da América têm um sistema de partido único: «The United States Has Essentially a One-Party System»

Numa entrevista concedida à conhecida revista alemã Der Spiegel , Noam Chomsky reconhece que o sistema político existente actualmente nos Estados Unidos da América é caracterizado por ser um sistema de partido único ( «The United States Has Essentially a One-Party System»).

Com efeito, a dado passo da entrevista questionam-no sobre a existência de diferenças entre republicanos e democratas, ao que ele respondeu nos seguintes termos:

«- Claro que há diferenças, mas não são fundamentais. Ninguém deve alimentar ilusões. Os Estados Unidos têm essencialmente um sistema político de partido único e o partido governamental é o partido empresarial.»

Mais adiante, acrescenta:

« - Num certo aspecto, McCain é mais honesto que Obama, pois diz explicitamente que nesta eleição não se trata de escolher temas e opções políticas, mas antes e sobretudo personalidades. Os democratas não são tão honestos.


Para ler o resto da entrevista: aqui

Alexandra Svoboda: uma heroína da classe trabalhadora



O campo de batalha não são as minas do condado de Harlan na década de 1930, nem a violência contra os sindicatos na Colômbia ou nas Filipinas. O cenário é Rhode Island e estamos em 2007.

Nesse ano, num Sábado de Agosto, mais propriamente a 11 de Agosto de 2007, Alexandra Svoboda não fez aquilo que as pessoas costumam fazer. Não ficou em casa; não foi fazer compras ao centro comercial; nem ainda dsperdiçou o seu tempo no MySpace.

A trabalhadora de 22 anos, estudante e militante sindical, preferiu antes comparecer a uma pacífica manifestação sindical que reivindicava os legítimos direitos dos trabalhadores. Não obstante, a coluna de manifestantes foi brutalmente atacada pela polícia. A perna de Alexandra fica terrivelmente desfigurada, e por pouco não tinha de ser mutilada. Ainda assim, a activista sindical irá ficar mutilada para toda a vida. Não suficiente com isso, ela é acusada por múltiplos delitos!

A manifestação sindical era promovida pelo lendário sindicato IWW ( Industrial workers of world) de que Alexandra pertence, e o seu motivo era protestar contra os abusos dos empregadores, dos salários em atraso e do excesso de horas de trabalho de um estabelecimento comercial de guloseimas que empregava trabalhadores imigrantes em Queens, Nova Iorque.


Alexandra solidarizou-se com quem sempre foi explorado e oprimido. Como os outros marchou e manifestou-se ao lado dos outros jovens trabalhadores. A polícia de Providence decidiu atacar. Brutal e inexplicavelmente. Três polícias cercaram Alexandra e começaram a desferir-lhe golpes em todo o corpo até lhe partirem a perna e esmagarem o joelho. Outros manifestantes foram também atacados com gaz pimenta.

Levada para o hospital, Alexandra foi submetida a uma operação cirúrgica de emergência. Seguiram-se mais três intervenções cirúrgicas, todas elas acompanhadas com dores tremendas e inúmeras horas de reabilitação. E o caso não era para menos: os policias tinham-lhe cortado a artéria poplítea no seu joelho, fracturado a tíbia e o principal osso da perna. Não obstante isso, sobre Alexandra recaem acusações infundadas: agressão a um agente da polícia, resistência à autoridade e alteração à ordem pública!

O acto público teve mesmo assim efeitos, uma vez que o estabelecimento visado teve que encerrar as portas, e deixar de explorar impunemente os trabalhadores.

Alexandre Svoboda é mais um exemplo de um lista infindável de heróis da classe dos trabalhadores que foram feridos ou assassinados só porque clamavam por justiça. Naquele fatídico dia Alexandra marcou presença na luta por condições dignas no trabalho e na reivindicação de justiça.

Hoje, Alexandra Svoboda precisa de todo o nosso apoio, moral e financeiro.

Apelamos que lhe escrevam para o seguinte email: providenceiww@gmail










Poema dedicado a Alexandra Svoboda


26.10.08

Professores do Agrupamento de Escolas do concelho de Vila do Bispo requerem a suspensão da aplicação do Modelo de Avaliação dos professores

Professores do Agrupamento de Escolas do Concelho da Vila do Bispo requerem suspensão da avaliação, cujo documento foi divulgado em Conferência de Imprensa. Transcreve-se o documento:



Os professores do Agrupamento de Escolas do Concelho da Vila do Bispo reunidos em Plenário no dia 21 de Outubro de 2008, pelas 18 horas, consideram o seguinte, tendo em conta o desenrolar do processo de avaliação do desempenho:

Todos os professores apoiam uma avaliação de desempenho que sirva para a efectiva melhoria das aprendizagens dos alunos e para uma verdadeira valorização do seu trabalho de professores e educadores – o que não acontece com o presente modelo.

Todos os professores consideram que os resultados dos seus alunos não dependem exclusivamente do trabalho individual de cada professor, ainda que dedicado e persistente mas, e também, do conselho de turma (tal como preconiza a legislação em vigor) e sobretudo do contexto económico, social e cultural de cada aluno.

Os professores avaliadores não sentem legitimidade científica e pedagógica para procederem à avaliação do trabalho dos seus pares, atendendo à diversidade disciplinar criada pelos novos mega departamentos e à falta da respectiva formação em supervisão pedagógica.

Os professores estão de tal maneira submergidos no processo de avaliação, que se encontram sem tempo para se dedicarem aos seus alunos como antes, embora trabalhando muitas mais horas que as 35h de lei, sem qualquer reconhecimento salarial ou profissional.

A componente de trabalho individual dos professores deixa muito pouco tempo para a preparação das aulas e restantes tarefas dirigidas aos alunos. A obrigatoriedade de permanência na escola durante muitas horas semanais, em condições precárias de trabalho, impede que as tarefas mais importantes dos professores sejam feitas de forma eficaz.

Os professores consideram que o ME não cumpriu a sua parte neste processo, já que, entre outros factos, não conseguiu pôr no terreno os necessários inspectores para a avaliação dos coordenadores, tal como preconizou.

Os professores consideram pois necessário um tempo de preparação, reflexão e esclarecimento das seguintes dúvidas:

Como é possível começar a avaliar se a formação ainda não terminou ou em muitos casos começou sequer ?

Como é possível avaliar cientificamente professores de áreas diferentes do avaliador ?

Devem, sim ou não, ser incluídos indicadores de medida na definição dos objectivos individuais ?

Como é que os objectivos de acordo com a lei, podem ser “referência essencial” na classificação dos professores ?

Como é que os professores podem avaliar imparcialmente os seus alunos, quando são parte interessada nessa avaliação, nos termos do Código de Procedimento Administrativo ?

Porque é que a avaliação externa influencia a avaliação de desempenho, quando apenas algumas disciplinas e ciclos são sujeitas a exame ou prova nacional ?

Como gerir os elementos não observáveis na observação de aulas ?

Como se avalia a relação com a comunidade ?

Como se pode avaliar doze colegas de departamento quando o avaliador apenas dispõe de três horas lectivas no seu horário de trabalho ?

Como é que um avaliador que já cumpre horário em duas partes do dia, manhã e tarde, vai avaliar colegas que apenas leccionam à noite ?

Não havendo tempo para cumprir todas as tarefas de professor e avaliado ou avaliador, o que é prioritário, as tarefas dirigidas aos alunos ou as da avaliação ?

Como é que a classificação, de acordo com as recentes intenções manifestadas pelo ME em matérias de concurso docente, pode vir a condicionar a graduação profissional ?

Como é que um processo que se pretende comum a todos os professores pode assumir carácter tão diverso de escola para escola ?

Como é que uma educadora não titular, mas em situação de equiparada a titular, pode avaliar uma colega titular de um Conselho Executivo, órgão que também tem a incumbência de a avaliar a ela ?

Os professores requerem pois a suspensão do processo de avaliação do desempenho docente até verem esclarecidas todas as dúvidas acima mencionadas, pela incapacidade de todos em continuarem a ser professores e executores deste processo sem grave prejuízo das suas tarefas mais importantes e relevantes.

Lista de Escolas que já pediram a suspensão do actual Modelo de Avaliação dos professores

RESISTÊNCIA NAS ESCOLAS

LISTA DE ESCOLAS QUE, DE NORTE A SUL DO PAÍS, RECLAMAM PELA SUSPENSÃO DO ACTUAL MODELO DE AVALIAÇÃO, POR FERIR A QUALIDADE DO ENSINO E DA EDUCAÇÃO E A DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE


Lista Actualizada a 26 de Outubro


Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra / Algarve
Agrupamento das Escolas de Ourique / Alentejo
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento de Escolas de Forte da Casa / Lisboa
Agrupamento Vertical Escolas de Azeitão
Escola Secundária Jaime Magalhães Lima / Aveiro
Escola de Aradas / Aveiro
Escola Secundária D. João II / Setúbal
Escola de Arraiolos
Escola Secundária c/ 3ª ciclo Manuel da Fonseca / Santiago do Cacém
Escola Secundária c/ 3º ciclo Rainha Santa Isabel /Estremoz
Escola B1 de Sta Marisa de Beja - Demissão do Conselho Executivo e de todos os Órgãos intermédios
Escola Alice Gouveia / Coimbra
Escolas do Concelho de Chaves
Escola Secundária da Amadora / Sintra
Escola EB23 DR. Rui Grácio / Sintra
Escola Secundária Ferreira Dias / Cacém
Escola secundária c/ 3ª ciclo Camilo Castelo Branco / Vila Real
Escola Secundária Dr. Júlio Martins / Aveiro
Escola Jaime Magalhães / Aveiro
Secundária Alcaides de Faria / Barcelos
Departamento de Expressões da Escola Eugénio de Castro / Coimbra
Departamento de Expressões da Escola Secundária Filipa de Vilhena / Porto
Departamento de História, Filosofia e E.M:R. da Escola Secundária de Odivelas
Declaração da Demissão de Avaliador do Prof. José Maria Barbosa Cardoso,
Declaração de Demissão da maioria dos professores Avaliadores n/ Coordenadores, da Escola Secundária Camões.

"L Brano de San Martino" - Passeio de Burro e Magusto (de 7 a 9 de Novembro) em Vimioso e Miranda do Douro - S. Joanico - Paradela

INSCRIÇÕES:
http://www.aepga.pt/portal/PT/111/EID/74/DETID/9/default.aspx

http://www.aepga.pt/portal/PT/60/default.aspx


Venha passear entre castanheiros centenários, colher castanhas e participar num magusto e arraial tradicional ao som da gaita-de-foles mirandesa. Escolha a companhia de um burrico das Terras de Miranda e venha conhecer os mais belos trilhos do Parque Natural do Douro Internacional e as aldeias típicas do concelho de Vimioso.

De 7 a 9 de Novembro de 2008 - "L Brano de San Martino"

Vimioso e Miranda do Douro - S. Joanico - Paradela

Passeio de Burro e Magusto Tradicional



“Que lindos outeiros
e ao longe a montanha
que bons castanheiros
que bela castanha.

E a terra fria
com soutos e fontes
que bela castanha
a de Trás-os-Montes.

Por entre os arbustos
do monte já velho
fumegam magustos
há lume vermelho.

A gente da aldeia
de roda à porfia
dançando semeia
canções de alegria.

Que vida tamanha
por esses outeiros
que bela castanha
que bons castanheiros”



PROGRAMA

Dia 7 de Novembro
Aldeia de S. Joanico, Vimioso

21h00 – Recepção dos participantes no salão do povo, na aldeia de S. Joanico

21h30 – Projecção de um filme

Dia 8 de Novembro
Aldeia de S. Joanico, Vimioso

09h30 – Concentração dos participantes no centro da aldeia de Angueira

10h00 – Inicio do passeio de Burro e BTT até à aldeia de Serapicos

13h00 – Almoço-convívio (aldeia de Serapicos)

15h00 – Continuação do passeio até à aldeia de S. Joanico

19h30 – Jantar Micológico em S. Joanico

20h30 – Magusto e Arraial Tradicional pela noite dentro com “Velha Gaiteira”
(http://www.myspace.com/velhagaiteira)

Dia 9 de Novembro
Aldeia de Paradela, Miranda do Douro

9h30 – Concentração dos participantes no centro da aldeia de Paradela

10h00 – Inicio do Passeio de Burro e BTT de Paradela até à capela de S. Martinico

13h00 – Almoço campestre junto da capela de S. Martinico, seguido de arraial ao som da gaita, caixa e bombo

16h00 – Partida dos participantes


O preço inclui:
- O almoço, jantar e o magusto de Sábado;
- O almoço de Domingo;
- Aluguer do burro em grupo.

Sócios: 35 euros
Não sócios: 50 euros


Informações complementares:
As dormidas, inclusive a reserva, ficam a cargo de cada participante.

Para mais informações, contacte:
Miguel Nóvoa (96 6151131)
Joana Braga (96 0050722)

INSCRIÇÕES:
www.aepga.pt/portal/PT/111/EID/74/DETID/9/default.aspx

Pensamento Crítico Contemporâneo (2ª edição) - ciclo de conferências em Lisboa no espaço «Fábrica Braço de Prata» a partir de 1 de Novembro



PENSAMENTO CRÍTICO CONTEMPORÂNEO - SEMINÁRIO DE INTRODUÇÃO (2ª EDIÇÃO)

Local:
Fábrica de Braço de Prata
http://www.bracodeprata.com/
Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1 em LISBOA
(em frente aos Correios do Poço do Bispo).

1 de Novembro de 2008 a Fevereiro de 2009

Aos Sábados, das 16h às 19h

Inscrições [lugares limitados]: cursopcc@gmail.com

ORGANIZAÇÃO
UNIPOP NÚMENA

APOIO
Le monde diplomatique – edição portuguesa

No próximo dia 1 de Novembro de 2008 inicia-se em Lisboa a segunda edição do Seminário de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo

Tomando como eixo um amplo conjunto de autores contemporâneos e as correntes e sensibilidades que os atravessam, este seminário pretende mapear algumas das principais problemáticas que hoje desafiam um pensamento crítico. Desenrolando-se ao longo de dez sábados, o seminário decorrerá num lugar privilegiado na cidade de Lisboa: a Fábrica de Braço de Prata.
Em cada sábado serão abordados dois autores. Na primeira parte de cada sessão serão apresentadas duas comunicações, que estão a cargo de um conjunto de convidados que vai da Filosofia ao Jornalismo, passando pela História, a Antropologia, a Sociologia, os Estudos Literários e a Musicologia. Na segunda parte haverá oportunidade para debate entre todos os participantes no seminário.
O seminário tem um objectivo introdutório e destina-se ao público em geral, dispensando qualquer tipo de formação académica prévia. Serão disponibilizados materiais de leitura que permitirão uma melhor preparação das sessões e materiais de leitura para que cada pessoa possa posteriormente aprofundar o seu conhecimento sobre os autores e os temas tratados no seminário.
A moderação das sessões estará a cargo dos coordenadores do seminário. Em relação à primeira edição do seminário, esta segunda edição ocupar-nos-á por mais um sábado. Os autores debatidos serão na sua maioria os mesmos que estiveram em foco na primeira edição do seminário, acrescentando-se porém à lista anterior os nomes de T.W.Adorno, André Gorz, Néstor Garcia Canclini e Cornelius Castoriadis.


PROGRAMA

1 NOV
Guy Debord por Ricardo Noronha
Jacques Rancière por Manuel Deniz Silva

8 NOV
Pierre Bourdieu por Nuno Domingos
Michel Foucault por Jorge Ramos do Ó


29 NOV
Georg Simmel por José Luís Garcia
André Gorz por José Nuno Matos

6 DEZ
Jacques Derrida por Silvina Rodrigues Lopes
Giorgio Agamben por António Guerreiro

13 DEZ
Benedict Anderson por João Leal
Edward Said por Manuela Ribeiro Sanches

10 JAN
Néstor Garcia Canclini por Paulo Raposo
Antonio Negri por José Neves

17 JAN
E.P.Thompson por Fátima Sá
James Scott por José Manuel Sobral

24 JAN
Chomsky e/ou Feyerabend por Rui Tavares
Cornelius Castoriadis por Miguel Serras Pereira

31 JAN
Gilles Deleuze por Nuno Nabais
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo

7 FEV
Slavoj Zizek por Nuno Ramos de Almeida
Alain Badiou por Bruno Peixe


PREÇO DO CURSO: 25€ 15€ estudantes do 1º ciclo do Ensino Superior.

No final do seminário, será conferido um certificado de participação a quem solicitar.
Quem pretender apenas inscrever-se numa sessão determinada e não na totalidade do curso, terá que pagar um preço de 4€ por sessão. A inscrição avulsa numa determinada sessão efectua-se no próprio dia, na Fábrica de Braço de Prata, junto ao secretariado do Seminário.

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BREVE APRESENTAÇÃO DOS CONFERENCISTAS

António Guerreiro é crítico literário. Escreve regularmente no semanário Expresso. Encontra-se a realizar uma tese de doutoramento na Faculdade de Letras sobre Walter Benjamin.

Bruno Peixe é investigador da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas, onde tem trabalhado para a Rede Europeia de Informação sobre Racismo e Xenofobia (RAXEN) da Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia.

Fátima Sá é historiadora, professora no ISCTE, onde lecciona matérias relativas à História dos Movimentos Sociais e à História da Cultura Popular. Publicou recentemente, com Maria Alexandra Lousada, uma biografia de D. Miguel. Em 2002 publicou Rebeldes e Insubmissos – Resistências Populares ao Liberalismo, 1834-1844.

João Leal é antropólogo, professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde lecciona, entre outras, uma cadeira sobre nacionalismo e etnicidade. É também investigador do Centro em Rede de Investigações em Antropologia. Entre outros trabalhos, publicou Etnografias Portuguesas (1870-1970) - Cultura Popular e Identidade Nacional e Antropologia em Portugal. Mestres, Percursos, Transições.

João Pedro Cachopo é musicólogo. Tem-se interessado por questões de filosofia contemporânea e estética. Redige actualmente, na FCSH-UNL, uma dissertação de doutoramento sobre a estética de Theodor W. Adorno subordinada ao tema: Verdade e enigma no pensamento estético de Adorno.

Jorge Ramos do Ó é historiador, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, onde lecciona matérias relativas à História da Educação. Entre outras obras, publicou O governo dos escolares: uma aproximação teórica às perspectivas de Michel Foucault e O governo de si mesmo. Modernidade pedagógica e encenações disciplinares do aluno liceal: último quartel do século XIX – meados do século XX.

José Luís Garcia, sociólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem-se dedicado, entre outras matérias, ao estudo da ciência e tecnologia contemporâneas. Este mesmo tópico constitui a focalização do seu doutoramento cuja tese se intitula Engenharia Genética dos Seres Humanos, Mercadorização e Ética. Uma Análise Sociopolítica da Biotecnologia. Entre outras publicações, co-editou recentemente o livro Razão, Tempo e Tecnologia - Estudos em Homenagem a Hermínio Martins.

José Manuel Sobral é antropólogo, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Tem sobretudo trabalhado sobre nacionalismos e também sobre tradição e cultura popular. Entre outros, publicou Trajectos: o Presente e o Passado na vida de uma Freguesia da Beira.

José Neves é historiador. Realizou uma tese de doutoramento intitulada Comunismo e Nacionalismo em Portugal – Política, Cultura e História no Século XX e, na mesma área, editou Da Gaveta para Fora – Ensaios sobre Marxistas. Actualmente é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

José Nuno Matos é licenciado e mestrado em Ciência Política pelo ISCSP-UTL. Publicou Acção Sindical e Representatividade.

Manuel Deniz Silva é musicólogo, investigador do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos de Música e Dança, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Realizou doutoramento em Paris sobre a História da Música em Portugal e trabalha actualmente sobre música e cinema.

Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga matérias nas áreas dos estudos culturais, dos estudos pós-coloniais e dos estudos literários. É membro do Centro de Estudos Comparatistas. Editou recentemente Portugal não é um país pequeno” – Contar o império na pós-colonialidade e Deslocalizar a “Europa”. Antropologia, arte, literatura e história na pós-colonialidade.

Miguel Serras Pereira é autor, entre outros, de Da Língua de Ninguém à Praça da Palavra e Exercícios de Cidadania. É igualmente tradutor de inúmeros escritores e ensaístas de referência, entre eles Cornelius Castoriadis, sobre cuja obra se tem debruçado.

Nuno Domingos é mestre em Sociologia Histórica pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e encontra-se actualmente a realizar o seu doutoramento em Antropologia Social pela School of Oriental and African Studies (Universidade de Londres). Editou, com José Neves, A Época do Futebol – O Jogo visto pelas Ciências Sociais. É autor de A Ópera do Trindade.

Nuno Nabais é professor na Universidade de Lisboa, Professor Convidado do Departamento de Teatro da Universidade de Évora e membro do Centro de Filosofia da Ciência da Universidade de Lisboa. É fundador e coordenador da Fábrica de Braço de Prata. É autor de A Metafísica do Trágico. Estudos sobre Nietzsche [Tradução inglesa Nietzsche and the Metaphysics of the Tragic] e de A Evidência da Possibilidade. A questão modal na fenomenologia de Husserl.

Nuno Ramos de Almeida, jornalista e militante. Jornalista de profissão, foi director dos Cadernos Polítika!, repórter dos programas de reportagem da SIC, director-adjunto do Já e director da revista Focus. Foi militante e dirigente na JCP, PCP e Bloco de Esquerda, e activista do movimento alter-global, tendo estado no grupo que organizou o primeiro Fórum Social Europeu de Florença, na movimentação global contra a guerra do Iraque. Foi coordenador do primeiro Fórum Social Português.

Paulo Raposo é antropólogo, professor no ISCTE e investigador do Centro em Rede de Investigações em Antropologia. Entre outras áreas, tem publicado sobre cultura popular e hibridização, ritual e performance, antropologia visual e património e turismo. Faz parte da Comissão Editorial da revista Etnográfica e colaborador do Jornal A Página. Teve formação de actor e actuou como actor profissional, assistente de encenação, músico e produtor musical durante alguns anos em diversos grupos teatrais de Lisboa.

Ricardo Noronha é bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia e encontra-se neste momento a preparar uma tese de doutoramento sobre a nacionalização da banca no contexto da revolução portuguesa de 1974-75. É investigador do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa.
Rui Tavares é historiador, cronista no Público e no Blitz e comentador na SIC Notícias. É autor dos livros O Pequeno Livro do Grande Terramoto, Pobre e Mal Agradecido, O Arquitecto e O Regicídio (em co-autoria com Maria Alice Samara).

Silvina Rodrigues Lopes é professora no departamento de Estudos Portugueses da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autora, entre outros, dos livros A Legitimação em literatura, Exercícios de Aproximação e Literatura: Defesa do Atrito.


Uma breve reportagem do espaço Fábrica Braço de Prata ( em Lisboa)


Lançamento do livro-cd «Com Quatro Pedras na Mão» pelo Bando dos Gambozinos com música de Susana Ralha (sessão única no Cinema Batalha, dia 2 às 18h.)


É já no próximo Domingo, dia 2 de Novembro, pelas 18h, que o Livro CD, Com Quatro Pedras na Mão - o Porto cantado por Crianças e Jovens, terá a sua apresentação com uma sessão única no Cinema Batalha cantada pelo Bando dos Gambozinos.

As músicas foram compostas por Suzana Ralha sob poemas de Filipa Leal, João Pedro Mésseder, Joaquim Castro Caldas, Jorge Sousa Braga, José Mário Branco, Luís Nogueira, Luísa Ducla Soares, Matilde Rosa Araújo e Rui Pereira.

As ilustrações do livro são de Emílio Remelhe sob orientação gráfica de Gémeo Luís.

Atenção: As entradas serão aceites por convite. As pessoas que estiverem interessadas em assistir ao espectáculo dirigir-se-ão ao
blogue Deriva das palavras, ou ao Bando dos Gambozinos, com indicação do nome e contacto (morada, telemóvel e/ou mail) a fim de serem remetidos, ou guardados, os bilhetes. Atenção que já existem só alguns.

Consultar:
http://derivadaspalavras.blogspot.com/

Partidela tradicional da Amêndoa em Moncorvo ( no Museu do Ferro)



Realizou-se ontem, Sábado, dia 25 de Outubro, a 5ª Partidela Tradicional de Amêndoa, no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.

Este ano a Partidela Tradicional teve a presença sa Associação de Amigos do Museu do Douro, sedeada em Peso da Régua.A sessão foi animada com música tradicional, a cargo da Tuna da Lousa e arredores (sendo a maior parte dos artistas do lado Oeste do concelho de Torre de Moncorvo). No final houve uma merenda composta por produtos da terra, tal como se servia dantes, ao final das “partidas” ou “partidelas” da amêndoa. Estes géneros são oferta de produtores e do comércio local.


Recorde-se que a “partição” ou “partida” da amêndoa, consistia na reunião das famílias, vizinhos e amigos, para, ao serão, durante as noites frias de Outono ou Inverno, se “entreterem” a quebrar a casca lenhosa das amêndoas, a fim de venderem o grão, pois assim era mais bem pago pelos negociantes de frutos secos. Era um momento de trabalho, mas também de confraternização e de amena cavaqueira.

Este sistema de entreajuda, um pouco na linha do comunitarismo transmontano, era sobretudo usado pelos pequenos e médios proprietários.


Os grandes proprietários, por seu lado, chamavam gente à geira, normalmente mulheres, para executarem esse trabalho, o qual era pago consoante os alqueires que enchiam, completamente a transbordar. Disso nos dá conta o escritor moncorvense Campos Monteiro (1876-1933) na sua novela “Tragédia de um coração simples, in Ares da Minha Serra (editada por volta de 1932):

“A partição da amêndoa, em casa da Srª D. Clotilde Paredes, começava por alturas das oito horas da noite e terminava infalivelmente às dez e meia (…) E toda a bendita noite, erguendo e descendo o braço, as mulheres despediam pancadas secas, separando as duas valvas da casca lenhosa de onde surgia, como pérola baça em concha de ostra, a semente oblonga e saborosa”.

É preciso recordar que boa parte do concelho de Torre de Moncorvo se situa na chamada Terra Quente Transmontana, com um microclima mediterrânico, onde se dão bem a vinha, a oliveira e a amendoeira. Esta última cultura, que é também responsável pelo cartaz turístico da Amendoeira em Flor, tem conhecido uma certa regressão nas últimas décadas, razão pela qual as “partidas” da amêndoa deixaram de se verificar. Já antes disso, as máquinas britadeiras tinham começado a substituir a mão humana.


O Museu do Ferro, querendo recuperar estas tradições e, simultaneamente, desenvolver uma certa “museologia de proximidade”, envolvendo pessoas de todas as idades e de diversas proveniências (habitantes locais e visitantes de outras paragens) volta a reeditar esta actividade que já vai na sua 5ª edição.


Retirado de :
http://parm-moncorvo.blogspot.com/


De que real é a actual crise o espectáculo? ( texto do filósofo Alain Badiou)

Será que é admissível continuar a afirmar que é impossível tapar com milhões o buraco da segurança social, mas que devemos tapar, com biliões, o buraco dos bancos?

(...)

Nas últimas semanas, falou-se sistematicamente da “economia real” (a produção de bens). Oposta a ela está a “economia irreal” (a especulação), de onde viria todo o mal, visto que os seus agentes se teriam tornado “irresponsáveis”, “irracionais” e “predadores”. Essa distinção é, evidentemente, absurda. O capitalismo financeiro é, desde há cinco séculos, uma peça central do capitalismo em geral. Quanto aos proprietários e animadores desse sistema, eles não são só, por definição, os responsáveis pelos lucros, e a sua “racionalidade” não é apenas medida pelos lucros. De facto, eles são não só os predadores como ainda têm o dever de o ser.

(...)

Será que é possível continuar a afirmar que é impossível tapar com milhões o buraco da segurança social, mas que devemos tapar, com biliões, o buraco dos bancos?



Tal como nos é apresentada, a crise planetária das finanças parece-se a um desses maus filmes produzidos pela indústria de sucessos pré-fabricados que chamamos hoje de cinema. Nada falta nele, incluindo mesmo os clarões que provocam terror: é impossível impedir a sexta-feira negra, parece que tudo se vais desmoronar, mesmo tudo ...

Mas a esperança permanece. Diante do espectáculo, aterrorizados e concentrados como num filme-catástrofe, a pequena quadrilha dos poderosos, os bombeiros do fogo monetário, os Sarkozy, Paulson, Merkel, Brown e outros Trichet, gastam milhares de milhões para encher um buraco central. “Salvar os bancos!”. Esse nobre grito humanista e democrático é lançado por todas as gargantas políticas e mediáticas. Para os actores principais do filme, ou seja, os ricos, como também os seus serventuários, assim como para os seus parasitas e todos aqueles que os incensam, um final feliz é inevitável, face ao que eles e o mundo são hoje, e os políticos que os cercam.

Mas voltemo-nos antes para os espectadores desse show, a multidão atónita que ouve como uma algazarra longínqua os gritos alucinantes dos banqueiros, imagina os fins-de-semana cansativos da ilustre equipa de chefes de governo, vê passar diante dos seus olhos estatísticas, tão gigantescas quanto obscuras, e compara tudo isso mecanicamente com os recursos com os quais vive, ou mesmo, para uma parte muito considerável da humanidade, a pura e simples falta de recursos que forma o fundo amargo e corajoso de sua vida. Eu digo que aí é que está o real, ao qual não teremos acesso enquanto não nos desviarmos da tela do espectáculo para considerar a massa invisível daqueles para quem o filme-catástrofe, incluindo um inesperado final cor-de-rosa ( com Sarkozy a abraçar Merkel, e todo mundo chora de alegria), nunca deixou de ser um teatro de sombras.

Nas últimas semanas, falou-se sistematicamente da “economia real” (a produção de bens). Oposta a ela está a “economia irreal” (a especulação), de onde viria todo o mal, visto que os seus agentes se teriam tornado “irresponsáveis”, “irracionais” e “predadores”. Essa distinção é, evidentemente, absurda. O capitalismo financeiro é, desde há cinco séculos, uma peça central do capitalismo em geral. Quanto aos proprietários e animadores desse sistema, eles não são só, por definição, os responsáveis pelos lucros, e a sua “racionalidade” não é apenas medida pelos lucros. De facto, eles são não só os predadores como ainda têm o dever de o ser.

Não há, portanto, nada de mais real na produção capitalista que a sua febre mercantil ou a sua pulsão para a especulação. O retorno ao real não é, assim, o movimento que conduz da má especulação “irracional” à saudável produção. Esse retorno é antes o retorno à vida, imediata e reflectida, de todos aqueles que habitam esse mundo. É a partir dessa posição que se pode observar sem fraquejar o capitalismo e o filme-catástrofe que ele nos apresenta nestes dias. O real não é o filme, mas a sala.

O que é que vemos? Vemos coisas simples e conhecidas de longa data: o capitalismo não é nada mais que um banditismo, irracional na sua essência e devastador para o futuro. Ele sempre cobrou por algumas curtas décadas de prosperidade selvaticamente desiguais, um preço que é traduzido por crises ou pelo desaparecimento de quantidades astronómicas de valores, ou então por expedições punitivas sanguinárias em todas as zonas consideradas por ele como estratégicas ou ameaçadas, ou ainda com guerras mundiais através das quais a sua saúde é refeita.

Deixemos ao filme-crise, assim revisto, a sua força didáctica. Poderemos ainda assim ousar, face à vida das pessoas que assistem, elogiar um sistema que remete a organização da vida colectiva às pulsões mais baixas, à cobiça, à rivalidade, e ao egoísmo automatizado? Fazer o elogio de uma “democracia” onde os dirigentes são tão impunemente os serventuários da apropriação financeira privada que até espantaria o próprio Marx, que já qualificava esses governantes, há 160 anos, como os funcionários do poder do capital? Será que é possível continuar a afirmar que é impossível tapar com milhões o buraco da segurança social, mas que devemos tapar, com biliões, o buraco dos bancos?

A única coisa que podemos desejar nesta questão é que descubramos o poder didáctico nas lições que podem ser tiradas para os povos, e não para os banqueiros, para os governos que os servem e para os jornais que servem aos governantes, em toda esse sombrio espectáculo. Eu vejo dois níveis articulados deste retorno do real. O primeiro é claramente político. Como o filme tem mostrado, o fetiche “democrático” não passa de um serviço solícito aos bancos. O seu verdadeiro nome, o seu nome técnico, como proponho há muito tempo, é: capital-parlamentarismo. Convém, pois, como múltiplas experiências começaram a fazer nos últimos vinte anos, organizar uma política de natureza diferente.
Ela é e estará - por muito tempo ainda, sem dúvida – distante do poder do Estado, mas pouco importa. Ela começa, na base do real, pela aliança prática das pessoas mais imediatamente disponíveis para inventá-la: os novos trabalhadores vindos da África ou de outros lugares, e os intelectuais herdeiros das batalhas políticas das últimas décadas. Ela ampliar-se-á em função do que houver a fazer, ponto por ponto. Ela não manterá nenhuma espécie de relação orgânica com os partidos existentes e o sistema, eleitoral e institucional, que os mantém vivos. Ela inventará a nova disciplina daqueles que não têm nada, a sua capacidade política, a nova ideia do que será sua vitória.

O segundo nível é ideológico. É preciso inverter o velho veredicto segundo o qual estaríamos vivendo “o fim das ideologias”. Vemos hoje, muito claramente, que essa pretensão não tem outra realidade do que a expressa pela palavra de ordem “salvemos os bancos”. Nada é mais importante do que reencontrar a paixão das ideias e contrapor ao mundo, visto como uma hipótese geral, a certeza antecipada de um outro curso de acontecimentos totalmente distinto. Ao espectáculo maléfico do capitalismo, nós opomos o real dos povos, a existência de todos no movimento próprio das ideias. A motivação pela emancipação da humanidade não perdeu em nada a sua força. A palavra “comunismo”, que durante muito tempo nomeou essa força, foi certamente aviltada e prostituída.

Mas, hoje, o seu desaparecimento só serve os defensores da ordem, os actores febris do filme-catástrofe. Nós iremos ressuscitá-la com a sua nova claridade. Que é também a sua antiga virtude, expressa quando Marx dizia, a propósito de comunismo, que ele “rompia da forma mais radical com as ideias tradicionais” e que fazia surgir “uma associação onde o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos”.
Ruptura total com o capital-parlamentarismo, uma política inventada com base no real popular, e na soberania da ideia: tudo está aí para nos tirar do filme da crise e nos lançar para na fusão do pensamento vivo e da acção organizada.

Texto publicado no Le Monde de 18 de Outubro de 2008

Para saber mais sobre Alain Badiou, consultar:
http://en.wikipedia.org/wiki/Alain_Badiou

25.10.08

Só 23 Estados proíbem os castigos corporais infligidos a crianças!


Só 23 países proíbem os pais de bater nos filhos

Os castigos corporais a crianças, mesmo os praticados no seio da família, são proibidos e punidos em Portugal desde o ano passado segundo o relatório anual da "Global Initiative To End All Corporal Punishment of Children".

Desde 2007 que dar um estalo ao seu filho passou a ser punido por lei. No relatório da "Global Initiative To End All Corporal Punishment of Children", movimento que defende o fim de todos os castigos corporais infantis, Portugal aparece como um dos 23 países que já têm já legislação que proíbe e pune totalmente os castigos corporais a crianças, incluindo os praticados no seio da família e 108 proíbem ainda estes actos nas escolas, o que representa 41,2 % da população infantil.

Portugal foi um dos últimos países a ter alterado a legislação. O artigo 152 do código penal português foi revisto em 2007 e estabelece que os castigos corporais, a privação da liberdade das crianças e as ofensas sexuais são punidos com penas de um a cinco anos de prisão, podendo as penas aumentar consoante a gravidade da ofensa.

O relatório surge na sequência do estudo das Nações Unidas sobre Violência contra as Crianças, apresentado em 2006, que estabelecia como meta a proibição universal desta prática até 2009.

O número de países a aderir a estas novas regras, adianta o documento, está a crescer, e 17 países já assumiram o compromisso de adesão. A nível europeu há mesmo uma intenção do Conselho da Europa de acabar com os castigos corporais nos 47 países membros, tendo aquele organismo lançado uma campanha em 2007 com esse objectivo.

Os castigos corporais são permitidos por lei em 148 países que não assumiram ainda qualquer compromisso para que um dia venham a ser proibidos.

http://www.endcorporalpunishment.org/


Fonte: Jornal de Notícias

Um em cada três citadinos vive em bairros de lata

As grandes cidades do mundo albergam cada vez mais pobres, que se concentram em bairros precários. Uma avaliação das Nações Unidas renova agora as chamadas de atenção para este grau de pobreza, bem como para os riscos que correm as grandes concentrações humanas no litoral, devido à subida dos oceanos.

Todas as semanas chegam às cidades dos países em desenvolvimento mais três milhões de pessoas e isto fará com que a meio do século 70% da população mundial seja urbana, quando agora a cifra atingiu os 50%. O relatório bienal das Nações Unidas sobre o estado das cidades indica que o fenómeno será mais acentuado na Ásia, por enquanto com mais gente nos campos e aldeias. Mas a tendência é já evidente em África, acrescentando mais gente às maiores cidades. Isto só não tem expressão em 46 países, incluindo a Alemanha, Itália, Japão e parte da ex-União Soviética. Tal deve-se ao envelhecimento e menor natalidade, compensados em parte apenas pela imigração.

A procura do litoral é uma das preocupações evidenciadas pelo relatório deste ano. Poucas cidades costeiras serão poupadas à subida das águas provocada pelo aquecimento global e isso não ocorrerá apenas nos países pobres; a Europa também terá graves problemas.

As condições de vida dos habitantes das cidades evidenciam fossos, mesmo nos países desenvolvidos, sendo muitas cidades norte-americanas tão pouco igualitárias como outras de África e da América Latina. Pequim surge como a metrópole mais igualitária. No que toca às condições de vida, o terço da população citadina que vive em bairros sem condições tem sobretudo falta de acesso a água potável, saneamento, condições para cozinhar, espaço por pessoa e educação. E.F.