26.10.08

Pensamento Crítico Contemporâneo (2ª edição) - ciclo de conferências em Lisboa no espaço «Fábrica Braço de Prata» a partir de 1 de Novembro



PENSAMENTO CRÍTICO CONTEMPORÂNEO - SEMINÁRIO DE INTRODUÇÃO (2ª EDIÇÃO)

Local:
Fábrica de Braço de Prata
http://www.bracodeprata.com/
Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1 em LISBOA
(em frente aos Correios do Poço do Bispo).

1 de Novembro de 2008 a Fevereiro de 2009

Aos Sábados, das 16h às 19h

Inscrições [lugares limitados]: cursopcc@gmail.com

ORGANIZAÇÃO
UNIPOP NÚMENA

APOIO
Le monde diplomatique – edição portuguesa

No próximo dia 1 de Novembro de 2008 inicia-se em Lisboa a segunda edição do Seminário de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo

Tomando como eixo um amplo conjunto de autores contemporâneos e as correntes e sensibilidades que os atravessam, este seminário pretende mapear algumas das principais problemáticas que hoje desafiam um pensamento crítico. Desenrolando-se ao longo de dez sábados, o seminário decorrerá num lugar privilegiado na cidade de Lisboa: a Fábrica de Braço de Prata.
Em cada sábado serão abordados dois autores. Na primeira parte de cada sessão serão apresentadas duas comunicações, que estão a cargo de um conjunto de convidados que vai da Filosofia ao Jornalismo, passando pela História, a Antropologia, a Sociologia, os Estudos Literários e a Musicologia. Na segunda parte haverá oportunidade para debate entre todos os participantes no seminário.
O seminário tem um objectivo introdutório e destina-se ao público em geral, dispensando qualquer tipo de formação académica prévia. Serão disponibilizados materiais de leitura que permitirão uma melhor preparação das sessões e materiais de leitura para que cada pessoa possa posteriormente aprofundar o seu conhecimento sobre os autores e os temas tratados no seminário.
A moderação das sessões estará a cargo dos coordenadores do seminário. Em relação à primeira edição do seminário, esta segunda edição ocupar-nos-á por mais um sábado. Os autores debatidos serão na sua maioria os mesmos que estiveram em foco na primeira edição do seminário, acrescentando-se porém à lista anterior os nomes de T.W.Adorno, André Gorz, Néstor Garcia Canclini e Cornelius Castoriadis.


PROGRAMA

1 NOV
Guy Debord por Ricardo Noronha
Jacques Rancière por Manuel Deniz Silva

8 NOV
Pierre Bourdieu por Nuno Domingos
Michel Foucault por Jorge Ramos do Ó


29 NOV
Georg Simmel por José Luís Garcia
André Gorz por José Nuno Matos

6 DEZ
Jacques Derrida por Silvina Rodrigues Lopes
Giorgio Agamben por António Guerreiro

13 DEZ
Benedict Anderson por João Leal
Edward Said por Manuela Ribeiro Sanches

10 JAN
Néstor Garcia Canclini por Paulo Raposo
Antonio Negri por José Neves

17 JAN
E.P.Thompson por Fátima Sá
James Scott por José Manuel Sobral

24 JAN
Chomsky e/ou Feyerabend por Rui Tavares
Cornelius Castoriadis por Miguel Serras Pereira

31 JAN
Gilles Deleuze por Nuno Nabais
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo

7 FEV
Slavoj Zizek por Nuno Ramos de Almeida
Alain Badiou por Bruno Peixe


PREÇO DO CURSO: 25€ 15€ estudantes do 1º ciclo do Ensino Superior.

No final do seminário, será conferido um certificado de participação a quem solicitar.
Quem pretender apenas inscrever-se numa sessão determinada e não na totalidade do curso, terá que pagar um preço de 4€ por sessão. A inscrição avulsa numa determinada sessão efectua-se no próprio dia, na Fábrica de Braço de Prata, junto ao secretariado do Seminário.

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BREVE APRESENTAÇÃO DOS CONFERENCISTAS

António Guerreiro é crítico literário. Escreve regularmente no semanário Expresso. Encontra-se a realizar uma tese de doutoramento na Faculdade de Letras sobre Walter Benjamin.

Bruno Peixe é investigador da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas, onde tem trabalhado para a Rede Europeia de Informação sobre Racismo e Xenofobia (RAXEN) da Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia.

Fátima Sá é historiadora, professora no ISCTE, onde lecciona matérias relativas à História dos Movimentos Sociais e à História da Cultura Popular. Publicou recentemente, com Maria Alexandra Lousada, uma biografia de D. Miguel. Em 2002 publicou Rebeldes e Insubmissos – Resistências Populares ao Liberalismo, 1834-1844.

João Leal é antropólogo, professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde lecciona, entre outras, uma cadeira sobre nacionalismo e etnicidade. É também investigador do Centro em Rede de Investigações em Antropologia. Entre outros trabalhos, publicou Etnografias Portuguesas (1870-1970) - Cultura Popular e Identidade Nacional e Antropologia em Portugal. Mestres, Percursos, Transições.

João Pedro Cachopo é musicólogo. Tem-se interessado por questões de filosofia contemporânea e estética. Redige actualmente, na FCSH-UNL, uma dissertação de doutoramento sobre a estética de Theodor W. Adorno subordinada ao tema: Verdade e enigma no pensamento estético de Adorno.

Jorge Ramos do Ó é historiador, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, onde lecciona matérias relativas à História da Educação. Entre outras obras, publicou O governo dos escolares: uma aproximação teórica às perspectivas de Michel Foucault e O governo de si mesmo. Modernidade pedagógica e encenações disciplinares do aluno liceal: último quartel do século XIX – meados do século XX.

José Luís Garcia, sociólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem-se dedicado, entre outras matérias, ao estudo da ciência e tecnologia contemporâneas. Este mesmo tópico constitui a focalização do seu doutoramento cuja tese se intitula Engenharia Genética dos Seres Humanos, Mercadorização e Ética. Uma Análise Sociopolítica da Biotecnologia. Entre outras publicações, co-editou recentemente o livro Razão, Tempo e Tecnologia - Estudos em Homenagem a Hermínio Martins.

José Manuel Sobral é antropólogo, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Tem sobretudo trabalhado sobre nacionalismos e também sobre tradição e cultura popular. Entre outros, publicou Trajectos: o Presente e o Passado na vida de uma Freguesia da Beira.

José Neves é historiador. Realizou uma tese de doutoramento intitulada Comunismo e Nacionalismo em Portugal – Política, Cultura e História no Século XX e, na mesma área, editou Da Gaveta para Fora – Ensaios sobre Marxistas. Actualmente é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

José Nuno Matos é licenciado e mestrado em Ciência Política pelo ISCSP-UTL. Publicou Acção Sindical e Representatividade.

Manuel Deniz Silva é musicólogo, investigador do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos de Música e Dança, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Realizou doutoramento em Paris sobre a História da Música em Portugal e trabalha actualmente sobre música e cinema.

Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga matérias nas áreas dos estudos culturais, dos estudos pós-coloniais e dos estudos literários. É membro do Centro de Estudos Comparatistas. Editou recentemente Portugal não é um país pequeno” – Contar o império na pós-colonialidade e Deslocalizar a “Europa”. Antropologia, arte, literatura e história na pós-colonialidade.

Miguel Serras Pereira é autor, entre outros, de Da Língua de Ninguém à Praça da Palavra e Exercícios de Cidadania. É igualmente tradutor de inúmeros escritores e ensaístas de referência, entre eles Cornelius Castoriadis, sobre cuja obra se tem debruçado.

Nuno Domingos é mestre em Sociologia Histórica pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e encontra-se actualmente a realizar o seu doutoramento em Antropologia Social pela School of Oriental and African Studies (Universidade de Londres). Editou, com José Neves, A Época do Futebol – O Jogo visto pelas Ciências Sociais. É autor de A Ópera do Trindade.

Nuno Nabais é professor na Universidade de Lisboa, Professor Convidado do Departamento de Teatro da Universidade de Évora e membro do Centro de Filosofia da Ciência da Universidade de Lisboa. É fundador e coordenador da Fábrica de Braço de Prata. É autor de A Metafísica do Trágico. Estudos sobre Nietzsche [Tradução inglesa Nietzsche and the Metaphysics of the Tragic] e de A Evidência da Possibilidade. A questão modal na fenomenologia de Husserl.

Nuno Ramos de Almeida, jornalista e militante. Jornalista de profissão, foi director dos Cadernos Polítika!, repórter dos programas de reportagem da SIC, director-adjunto do Já e director da revista Focus. Foi militante e dirigente na JCP, PCP e Bloco de Esquerda, e activista do movimento alter-global, tendo estado no grupo que organizou o primeiro Fórum Social Europeu de Florença, na movimentação global contra a guerra do Iraque. Foi coordenador do primeiro Fórum Social Português.

Paulo Raposo é antropólogo, professor no ISCTE e investigador do Centro em Rede de Investigações em Antropologia. Entre outras áreas, tem publicado sobre cultura popular e hibridização, ritual e performance, antropologia visual e património e turismo. Faz parte da Comissão Editorial da revista Etnográfica e colaborador do Jornal A Página. Teve formação de actor e actuou como actor profissional, assistente de encenação, músico e produtor musical durante alguns anos em diversos grupos teatrais de Lisboa.

Ricardo Noronha é bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia e encontra-se neste momento a preparar uma tese de doutoramento sobre a nacionalização da banca no contexto da revolução portuguesa de 1974-75. É investigador do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa.
Rui Tavares é historiador, cronista no Público e no Blitz e comentador na SIC Notícias. É autor dos livros O Pequeno Livro do Grande Terramoto, Pobre e Mal Agradecido, O Arquitecto e O Regicídio (em co-autoria com Maria Alice Samara).

Silvina Rodrigues Lopes é professora no departamento de Estudos Portugueses da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autora, entre outros, dos livros A Legitimação em literatura, Exercícios de Aproximação e Literatura: Defesa do Atrito.


Uma breve reportagem do espaço Fábrica Braço de Prata ( em Lisboa)