Rábula anti-militarista de Raul Solnado sobre a guerra em que o maior humorista português diz a certo momento com a sua proverbial ironia:
«(…) o jornal trazia o anúncio da guerra. E diz a minha tia:
- Por que é que não aproveitas o emprego? A guerra é uma coisa muito boa, porque a gente mata, mata, mata, e nunca vai presa!!!...»
«(…) o jornal trazia o anúncio da guerra. E diz a minha tia:
- Por que é que não aproveitas o emprego? A guerra é uma coisa muito boa, porque a gente mata, mata, mata, e nunca vai presa!!!...»
A ida à guerra de 1908 foi o primeiro grande êxito de Raúl Solnado, inspirado num sketch do espanhol Miguel Gila, e que foi adaptado por humorista português. É interpretado na revista "Bate o Pé", no Teatro Maria Vitória em 1961. É depois editado em disco, em 1962, e bateu todos os recordes de vendas. Durante três anos, Solnado contou a história da sua ida à guerra, um monólogo que de forma irónica denunciava a guerra. Recorde-se que Portugal vivia em plena Guerra Colonial sob o regime fascista de Salazar e a censura impedia a liberdade de expressão