31.5.10

Concentração hoje às 17h30 frente à Embaixada de Israel contra o massacre perpetrado pelo exército israelita sobre a frota de ajuda humanitária a Gaza

Concentração hoje (31/5), às 17h30, frente à Embaixada de Israel (Rua António Enes - metro Saldanha) contra mais um acto terrorista do Estado de Israel: desta vez as vítimas foram activistas humanitários e a frota que levava ajuda para a população martirizada de Gaza



http://www.witnessgaza.com/






CALL FROM GAZA FOR GLOBAL RESPONSE TO KILLINGS ON THE FREEDOM FLOTILLA

We, Gaza based Palestinian Civil Society Organizations and International activists, call on the international community and civil society to pressure their governments and Israel to cease the abductions and killings in Israel’s attacks against the Gaza Freedom Flotilla sailing for Gaza, and begin a global response to hold Israel accountable for the murder of foreign civilians at sea and illegal piracy of civilian vessels carrying humanitarian aid for Gaza.


We salute the courage of all those who have organized this aid intervention and demand a safe passage through to Gaza for the 750 people of conscience from 40 different countries including 35 international politicians intent on breaking the Israeli-Egyptian blockade. We offer our sincerest condolences to family and friends who have lost loved ones in the attack.


By sailing directly to Gaza, outside of Israeli waters, with cargo banned illegally by Israel, such as the 10,000 tonnes of badly needed concrete, toys, workbooks, chocolate, pasta and substantial medical supplies, the flotilla is exercising international law and upholding article 33 of the Geneva Convention which clearly states that collective punishment is a crime against humanity.


The hardships of Israel’s closure of Gaza have been well documented by all human rights groups operating, most recently by Amnesty International in their Annual Human Rights Report concluding that the siege has “deepened the ongoing humanitarian crisis. Mass unemployment, extreme poverty, food insecurity and food price rises caused by shortages left four out of five Gazans dependent on humanitarian aid. The scope of the blockade and statements made by Israeli officials about its purpose showed that it was being imposed as a form of collective punishment of Gazans, a flagrant violation of international law.” The United Nations continuously states that only a fraction of the required aid is entering the Strip due to what it calls ‘the medieval siege’, with John Ging the Director of UNRWA in Gaza specifically expressing the need for the Flotilla to enter Gaza. The European Union’s new foreign affairs minister Catherine Ashton has just reiterated its call for, “an immediate, sustained and unconditional opening of crossings for the flow of humanitarian aid, commercial goods and persons to and from Gaza.”


The people of Gaza are not dependent people, but self sufficient people doing what they can to retain some dignity in life in the wake of this colossal man-made devastation that deprives so many of a basic start in life or minimal aspirations for the future.


We, from Gaza, call on you to demonstrate and support the courageous men and women on the Flotilla and join the many now murdered on a humanitarian aid mission. We insist on severance of diplomatic ties with Israel, trials for war crimes and the International protection of the civilians of Gaza. We call on you to join the growing international boycott, divestment and sanction campaign of a country proving again to be so violent and yet so unchallenged. Join the growing critical mass around the world with a commitment to the day when Palestinians are entitled to the same rights as any other people, when the siege is lifted, the occupation is over and the 6 million Palestinian refugees are finally granted justice


Press Contacts:

Dr Haidar Eid: One Democratic State Group and University Teachers’ Association

Dr Mona El Farra: Middle East Children’s Alliance, Gaza 00.972(0)598.868.222

Adie Mormech: International Solidarity Movement 00.972(0)597.717.696

Max Ajl: Gaza Freedom March 00.972(0)597.750.798


Signatory Organisations:

The One Democratic State Group

University Teachers Association

Arab Cultural Forum

Palestinian Students’ Campaign for the Academic Boycott of Israel

Association of Al-Quds Bank for Culture and Info

Popular Committee against the Wall and Settlements

International Solidarity Movement

Palestinian Network of Non-Governmental Organisations

Palestinian Women Committees

Progressive Students Union

Medical Relief Society

The General Society for Rehabilitation

Gaza Community Mental Health Program

General Union of Palestinian Women

Afaq Jadeeda Cultural Centre for Women and Children

Deir Al-Balah Cultural Centre for Women and Children

Maghazi Cultural Centre for Children

Al-Sahel Centre for Women and Youth

Ghassan Kanfani Kindergartens

Rachel Corrie Centre, Rafah

Rafah Olympia City Sisters

Al Awda Centre, Rafah

Al Awda Hospital, Jabaliya Camp

Ajyal Association, Gaza

General Union of Palestinian Syndicates

Al Karmel Centre, Nuseirat

Local Inititiative, Beit Hanoun

Union of Health Work Committees

Red Crescent Society Gaza Strip

Beit Lahiya Cultural Centre

Al Awda Centre, Rafah

30.5.10

Ontem realizou-se mais um passeio pela Avenida, a grande especialidade ( e sucesso) da CGTP


E pronto, lá fui eu passear-me pela Avenida, chamada de Liberdade, para lutar contra a injustiça social que se vive no país e pelo infame ataque aos mais fracos e desprotegidos que está a ser feito em nome da crise.

Ingenuamente quis acreditar que hoje pudesse ser diferente, que fosse uma manifestação de todos contra estas políticas, e não mais um desfile da CGTP que acabou em lindos discursos arrematados pelo obrigatório Hino Nacional.

Fui e não gostei porque se gritou mais CGTP, CGTP que palavras contra o governo. A palavra capitalismo parece que se tornou tabu, a participação dos não alinhados, dos que dizem coisas diferentes, como a palavra "capitalismo", são rodeados pelos "stuarts" da manifestação e forçados a desfilar no passeio.

De Greve Geral não se falou e ficou em aberto a possibilidade de todas as formas de luta permitidas pela Constituição (como se na véspera da Manifestação já não o fossem). Não se sabe para quando, como se não fosse agora a hora de as fazer. Não se sabe quais, como se não fosse a hora de serem todas começando pela Greve Geral.

Uma jornada que devia ter sido de luta e foi simplesmente mais uma de propaganda.

Fui, porque todos nunca seremos demais para acabar com a injustiça e a miséria, voltarei a ir porque pouco é melhor que nada, mas acredito que é preciso fazer muito mais.

Aliás, passeios destes já acontecem há muitos anos e os trabalhadores continuam a ver os seus direitos e poder de compra cada vez mais reduzidos.


Texto e imagem retirados de:
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

Apresentação da reedição do Discurso sobre o Filho-da-Puta, de Alberto Pimenta, com a presença do autor (na livraria-bar Gato Vadio, hoje, às 17h.)




http://gatovadiolivraria.blogspot.com/

Livraria-bar Gato Vadio
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016
email: gatovadio.livraria@gmail.com

“[…] Ao longo do DISCURSO percebemos a reincidência de certos recursos estilísticos, tais como a elipse, o polissíndeto, a anáfora, a palavra-puxa-palavra, etc., que só vêm reforçar a sua estrutura enquanto discurso obediente às regras da gramática e do beletrismo da literatura em língua portuguesa. Assim, mais do que a desintegração, acentuamos a prática subversiva de desfiguração do código, o que vai consolidar a sátira contundente a toda a herança cultural que pesa sobre os nossos ombros. […]”
Do posfácio de Eduardo Kac à edição brasileira de 1983, ed. Codecri.



Discurso Sobre o Filho da Puta pertence a um autor que fará da absoluta irreverência o seu traço distintivo. Nesta obra, o processo iconoclasta passa pela introdução de uma linguagem transgressora e pela paródia de géneros, nomeadamente do discurso ensaístico ("de como o filho da puta existe e praticamente se encontra em todos os lugares, do pouco que se sabe acerca dele, de como os trajes e a conformação física não bastam para o definir, alguns traços distintivos do filho da puta, seus gostos e lugares que ocupa, modos de o filho da puta ser filho da puta" etc.), compondo um discurso aparentemente lógico, fortemente estruturado e até corroborado por notas de rodapé.
Ao longo destas páginas, o prosador propõe-se desmontar, de forma violenta e humorada todos os itens que configuram o "filho da puta", um conceito que nunca é definido com precisão, mas onde se concentram todos os símbolos de situações e seres institucionalizados, de tudo o que é burguês, kitsch, convencional ou falso.

25.5.10

Capitalistas atacam os trabalhadores: salários baixam na Grécia, Portugal e Espanha


Capitalistas atacam os trabalhadores.: salários baixam na Grécia, Portugal e Espanha

Com a actual crise mundial, que se manifestou em 2008 inicialmente nos EUA e que agora se aprofunda na União Europeia, fica claro que o capitalismo não é capaz mais de manter as condições já precárias em que vivem os trabalhadores neste sistema de produção, até mesmo nos países mais privilegiados por uma acumulação anterior.

Nos EUA, na Inglaterra e na Europa em geral, graças à anterior super-exploração colonial dos trabalhadores da América Latina, África e Ásia, conseguiam-se sustentar uma série de vantagens para boa parte da sua classe trabalhadora. Isto fazia com que largas camadas dos trabalhadores desses países se adaptassem ao sistema capitalista e dessem sustentação aos partidos reformistas, trabalhistas ou social-democratas, aliados dos patrões.

Basta observar alguns factos recentes que mostram o rumo desesperado que toma conta da classe trabalhadora à escala mundial. Nos EUA, na economia mais rica do planeta, de 2008 para cá, desapareceram nada menos que 8 milhões de empregos. A chamada breve "recuperação”que foi anunciada como se a crise já houvesse passado, conseguiu criar apenas 500 mil empregos. E antes que o falso optimismo conseguisse crescer e convencer alguém, já se manifestaram as consequências europeias da crise norte-americana que parecem mais devastadoras ainda.

Se no caso norte-americano assistimos à falência apenas de uma série de bancos, na verdade, diversos Estados dos EUA possuem dívidas que já são consideradas gravíssimas, não tendo tomado maiores dimensões graças ao apoio provisório do governo Federal que não permite a decretação de falências estatais. Mas, diversos Estados e cidades norte-americanas assistiram as suas fábricas sendo fechadas sistematicamente, criando zonas semi-desérticas povoadas por desempregados.

Porém, por outro lado, o que vem ocorrendo na Europa? Estados como a Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha mostram-se em situações gravíssimas, com dívidas enormes em relação à totalidade do que esses países produzem, o seu PIB (Produto Interno Bruto). No caso da Europa, existe a União Europeia, que seria uma espécie de nação européia única composta hoje por 27 Estados membros. Trata-se de um sonho que começou a ser elaborado um pouco após a Segunda Grande Guerra, em 1951, que visava, pouco a pouco, superar os Estados Nacionais e, sobretudo, os conflitos nacionalistas económicos-políticos catastróficos que levaram à morte de pelo menos 30 milhões de pessoas, claro que, em geral, vindas da classe operária.

No entanto, como se retornássemos no tempo, longe de uma verdadeira solidariedade, vemos a União Europeia reproduzir dentro de si os conflitos pré-Segunda Guerra. Os países com forças produtivas mais desenvolvidas foram massacrando as economias mais frágeis, quebrando os seus sistemas produtivos graças à abertura dos mercados e, agora, aqueles que estão à beira da falência são socorridos parcialmente, mas, ao mesmo tempo, ameaçados de expulsão caso não obedeçam a programas de severa “austeridade”.

Evidentemente, a chamada “austeridade” exigida pelos países mais poderosos recai directamente sobre a classe trabalhadora dos países semi-falidos. Em troca das ajudas que serão concedidas, Grécia, Portugal e Espanha, assim como os outros, terão que fazer cortes nas aplicações orçamentárias destinadas a finalidades sociais. Além disso, claro, entre as medidas exigidas, as principais são sempre reduzir aposentadorias e baixar os salários, fora que com os cortes orçamentários vem sempre o aumento do desemprego.

Na última semana de Maio , destacam-se as medidas a serem tomadas pela Espanha. A situação da Espanha, como se sabe, já é gravíssima, com um desemprego que chega a 20%, um déficit fiscal de 11,2 % e uma dívida pública de 53,2 %, ambos em relação ao PIB produzido durante o ano de 2009. Ora, estando nessas condições péssimas, tinha uma previsão de crescimento de apenas 1,8% em 2010, índice totalmente insuficiente para sair da crise. Porém, com as medidas que o país foi obrigado a tomar, o PIB deve crescer ainda menos este ano, prevendo-se somente o índice de 1,3%.

Entre as medidas propostas já aprovadas na Espanha estão a redução de 5% nos salários do funcionalismo, congelamento em 2011, suspensão de reajustes nas aposentadorias, fim das aposentadorias parciais e outras medidas directamente voltadas contra os trabalhadores. Curiosamente, o governo dito “socialista” do primeiro ministro Rodriguez Zapatero, pressionado pelo sector mais à esquerda do seu partido, diz que pretende aprovar também um novo imposto para quem possui ganhos anuais acima de 1 milhão de euros, mas, esta proposta não foi ainda confirmada, sendo adiada provisoriamente.

Como já ocorreu e continua a ocorrer na Grécia, os protestos dos trabalhadores começaram a tomar conta das ruas da Espanha e tendem a se generalizar por toda a Europa. Mesmo os países credores que realizam os empréstimos, tais como a Alemanha, sofrem grandes pressões da população e dos trabalhadores, pois, afinal os empréstimos nada mais são do que mais-valia extraída também do suor da classe trabalhadora dos países exploradores.

Diante dessas situações que vivem os trabalhadores europeus e norte-americanos, mais do que nunca é possível objectivamente a construção da unidade mundial da classe trabalhadora. Ao contrário do que ocorria há algumas décadas atrás, quando sectores da classe operária mundial possuíam maiores diferenças em seus níveis de vida, hoje os problemas se aproximam e a uniformidade programática se universaliza mais concretamente.

Os ataques que os companheiros norte-americanos, portugueses, gregos, espanhóis hoje recebem nos seus salários, nos seus direitos mínimos, na sua garantia a um emprego digno, são os mesmos ataques sistemáticos que os trabalhadores brasileiros e latino-americanos já conhecem há muito tempo. Objectivamente, hoje, mais do que nunca, é possível a construção da unidade mundial dos trabalhadores de todo o mundo em defesa dos seus salários e em defesa dos seus empregos.

http://www.movimentonn.org/

Desemprego aumenta mas apoio aos desempregados diminuiu em Portugal ( texto do economista Eugénio Rosa)

DESEMPREGO AUMENTA MAS APOIO AOS DESEMPREGADOS DIMINUIU, DESTRUIÇÃO DE EMPREGO CONTINUA, E NOS ÚLTIMOS 4 MESES FORAM ELIMINADOS 185.705 DESEMPREGADOS DOS FICHEIROS DOS CENTROS DE EMPREGO QUE O IEFP CONTINUA A RECUSAR EXPLICAR

Fonte:
AQUI


RESUMO DESTE ESTUDO

Segundo o INE, o desemprego oficial e o efectivo continuam a aumentar em Portugal de uma forma significativa. No 1º Trim.2010, o numero oficial de desempregados atingiu 592,2 mil, e a taxa oficial de desemprego alcançou 10,6%. Mas o numero efectivo de desempregados, também calculada com base em dados publicados pelo INE, atingiu 729,3 mil desempregados, e a taxa de desemprego efectiva subiu para 13%, o valor mais elevado verificado depois do 25 de Abril.

Sócrates, durante a entrevista que deu à RTP em 18.5.2010, procurando desvalorizar a gravidade do problema social que aqueles números revelam, afirmando que o desemprego registado (desempregados inscritos nos Centros de Emprego) tinha diminuído em Abril de 2010 (-986), o que mostrava, segundo ele, que a situação não era assim tão grave. No entanto, por ignorância ou para enganar os portugueses, esqueceu-se de dizer o seguinte: em 1 de Janeiro de 2010 existiam inscritos nos Centros de Emprego, segundo o IEFP, 524.674 desempregados.

Entre 1 de Janeiro e 30 de Abril de 2010, inscreveram-se nos Centros de Emprego mais 252.806 novos desempregados. Durante o mesmo período, os Centros de Emprego só conseguiram arranjar emprego para 21.007 desempregados. Se somarmos aos que estavam inscritos nos Centros de Emprego em 1.1.2010 – 524.674 – os que se inscreveram durante os primeiros 4 meses de 2010 – 252.806 – obtém-se 777.480. E se a este total retirarmos todos os que os Centros de Emprego arranjaram emprego – 21.007 – ainda ficam 756.473 . No entanto, o numero de desempregados registados nos Centros de Emprego que o IEFP divulgou em 30 de Abril de 2010 foi apenas de 570.768. É evidente que o IEFP para obter este total, utilizado pelo 1º ministro na entrevista à RTP, teve de eliminar dos seus ficheiros 185.705 desempregados. E a situação é grave porque o IEFP procura ocultar tal facto, assim como também a falta de consistência dos números que divulga para avaliar o desemprego, continuando a recusar divulgar, na Informação Mensal que publica, as razões da “limpeza” que todos os meses faz nos ficheiros de desempregados.

O desemprego tanto oficial como efectivo está a aumentar bastante. Apesar disso, o apoio aos desempregados está a diminuir em Portugal. Segundo dados divulgados pela Segurança Social, que é a entidade que paga o subsidio de desemprego, o numero de desempregados a receber subsidio de desemprego diminuiu entre o 4ºTrim.2009 e o 1º Trim. 2010, pois passou de 360,2 mil para 359,9 mil. Mas entre Fevereiro e Março de 2010, diminuiu de 373,2 mil para 359,9 mil.

Como consequência, a taxa de cobertura do subsidio de desemprego em Portugal desceu, entre o 4ºTrim2009 e o 1ºTrim2010, de 63,9% para 60,8% (se se considerar o desemprego oficial) e de 51,2% para 49,3% (se se considerar o desemprego efectivo). Como tudo isto já não fosse
suficiente, o governo pretende alterar a lei do subsidio de desemprego, para reduzir ainda mais o número de desempregados que ainda recebem o subsidio de desemprego, com o falso argumento de que os desempregados não querem trabalhar.

Mas como se pode dizer isso, e afirmar que não é difícil arranjar emprego em Portugal, quando se continua a destruir a um ritmo elevado o pouco emprego existente, como revelam também os dados do INE. Entre o 2º Trim.2008 e o 1. Trimestre de 2010, foram destruídos em Portugal 219,4 mil postos de trabalho. Apesar desta tão elevada destruição de emprego, o que torna cada vez mais difícil arranjar trabalho em Portugal, o governo, dando satisfação às exigências do patronato, que pretende ter mão de obra ainda mais barata, com salários de miséria e sem respeito por qualquer horário de trabalho, para perpetuar o modelo de baixos salários e aumentar a exploração dos trabalhadores, aprovou uma proposta de lei, que vai agora para a Assembleia da República, que estabelece que o subsidio de desemprego não poderá ser superior a 75% do salário liquido que o trabalhador recebia no período anterior ao despedimento (este salário liquido é calculado, de acordo com a proposta do governo, deduzindo ao salário ilíquido os 11% para a Segurança Social mais a taxa de retenção de IRS), sendo depois, o desempregado obrigado a aceitar qualquer emprego desde que uma entidade patronal ofereça um salário ilíquido que seja superior ao subsidio de desemprego mais 10% (recorde-se que o subsidio de desemprego é inferior a 75% do salário liquido recebido pelo trabalhador no emprego anterior) .

E isto durante o primeiro ano, porque ao fim de 12 meses de desemprego o trabalhador é obrigado a aceitar o emprego desde que o salário ilíquido oferecido seja igual ao valor do subsidio de desemprego, em qualquer actividade, podendo ser numa profissão que nunca teve, sob pena de perder o direito ao subsidiode desemprego. É este um dos resultados do “tango” Sócrates /Passos Coelho

24.5.10

Grande manifestação nacional contra o desemprego e por emprego com direitos (29 de Maio)

A CGTP-IN, apela ao teu contributo, participando e mobilizando, para a Grande Manifestação do sector Privado e Público, que se vai realizar no dia 29 de Maio, em Lisboa.

Vamos exigir a abolição das medidas penalizadoras dos trabalhadores, que Sócratas e Passos Coelho nos querem impôr.

Vamos juntar todos os descontentamentos e protestos na luta pela defesa da dignidade de quem trabalha.


EM 29 DE MAIO, NA RUAVAMOS SER CLAROS:

NÃO DESCULPAMOS, NEM COMPREENDEMOS… LUTAMOS!


A ONDA DE INDIGNAÇÃO E PROTESTO VAI INVADIR LISBOA E CONTA CONTIGO… CONTA COM TODOS!



O direito à indignação

O Governo ameaça os trabalhadores e a população mais desfavorecida com aumentos de impostos, o que é de todo intolerável perante as gritantes desigualdades que grassam pelo país, a todos os níveis.

O Governo semeia injustiça em cada medida. É uma marca da sua política classista a favor dos mais poderosos.

Para obter mais receitas o Governo admite aumentar o IVA, o que se traduziria numa diminuição do poder de compra da generalidade dos trabalhadores, pensionistas e outras camadas da população vulneráveis. Os impostos indirectos, pela sua regressividade, penaliza fortemente os que menos rendimentos têm.

O Governo admite tributar os salários e o subsídio de Natal, mas sobre a riqueza mobiliária e imobiliária, os lucros escandalosos dos accionistas das empresas e do sector financeiro e o fim dos benefícios fiscais sem fins sociais, não avança com medidas.

Não venha o Governo a sustentar estas pretensões com a demagogia de que também tomaram medidas para tributar os rendimentos dos mais ricos, como por exemplo as mais-valias.
Apesar de toda a mediatização, os efeitos do regime fiscal proposto para as mais-valias a nível de obtenção de receitas, serão reduzidos.


A proposta do Governo em relação ao Código IRS apenas revoga a isenção do saldo das mais-valias e as menos-valias de acções detidas por pessoas singulares mais de 12 meses, e considera o saldo de mais e menos valias de obrigações e outros títulos de dívida.

O Governo aumenta a taxa de IRS de 10% para 20%, relativamente ao saldo das mais-valias e das menos-valias resultantes de alienação de partes sociais de empresas; a operação relativa a instrumentos financeiros derivados; a operação relativa a certificados que atribuem ao titular o direito de receber um valor de determinado activo subjacente.

Portanto, a proposta do Governo abrange apenas um pequeno conjunto de activos, os de maior dimensão poderão continuar a fugir à tributação agora criada através de vários expedientes admitidos pela própria lei.

A nível do Estatuto de Benefícios Fiscais, a Proposta de Lei do Governo introduz apenas uma alteração no que trata os Fundos de Investimento, em que o saldo positivo entre as mais e menos-valias, resultantes de acções detidas por fundos de investimento durante mais de 12 meses, as obrigações e outros títulos de dívida pública, ficam excluídas da tributação.

Exceptuam-se os casos dos saldos obtidos por fundos de investimento mistos ou fechados, de subscrição particular, aos quais se aplicam as regras previstas ao Código do IRS.

De acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), em 31.12.2009, o valor dos activos dos Fundos de Investimento Mobiliários Abertos era de: 4,487,6 milhões de euros; dos Fundos de Investimento Imobiliário Fechados: 5.023,2 milhões de euros; dos Fundos de Gestão de Patrimónios: 59.059,9 milhões de euros; das SGFP: 21.431 milhões de euros.

Dados divulgados recentemente indicam que apenas uma pequena parcela do saldo de mais-valias e de menos-valias poderão ser atingidas pela proposta de lei do governo sobre tributação de mais-valias. Basta apenas ter presente o seguinte: Segundo a CMVM, de Janeiro a Abril de 2010, as transacções na bolsa de Lisboa atingiram 44.813,3 milhões de euros, quando em idêntico período de 2008 tinha alcançado apenas 20.745,2 milhões de euros, ou seja, menos de metade. E que os investidores estrangeiros, portanto não residentes, que continuam isentos do pagamento de mais-valias já controlam actualmente cerca de 60% das transacções na bolsa portuguesa. E estas não são as únicas entidades que, com a proposta de lei do governo, continuarão isentas da tributação de mais valias.

Também ficam isentas as mais-valias resultantes de transacções realizadas pelas SGPS, que são muito significativas, bem como as feitas por Fundos de Investimento que continuam sujeitas a taxas de IRC reduzidas (10% e 12,5%).

Daqui se conclui que os estrangeiros e SGPS dominam a bolsa, e estes não são pelas novas regras de tributação abrangidos.

O Governo apresentou uma previsão de 200 milhões de euros. Mas é evidente que com todas estas isenções das mais-valias que continuarão a existir, o crescimento efectivo da receita será certamente inferior àquele valor.

As medidas que o Governo se propõe tomar para diminuir o défice têm como efeito diminuição dos rendimentos do trabalho, o empobrecimento de quem vive exclusivamente desses rendimentos e, ainda, pensionistas que maioritariamente vivem das pensões mínimas, além dos desempregados.

Como a CGTP-IN tem referido, os ricos para serem cada vez mais ricos, obrigam os trabalhadores a ficarem mais pobres.

A CGTP-IN apela aos trabalhadores, aos reformados e aos desempregados que se indignem contra estas políticas e exijam outras políticas.

Estas são importantes causas que nos devem mobilizar a todos. Vamos realizar uma grande Manifestação, em Lisboa, no dia 29 de Maio.

Lisboa, 11.05.2010CGTP-IN

23.5.10

Próximas actividades do Centro de Estudos Libertários ( sedeado na Azinhaga da Alagueza, Olivais Velho, Lisboa)

Actividades no Centro de Estudos Libertários
Local: Azinhaga da Alagueza, Olivais Velho, Lisboa

Sábado, 22 Maio, Sessão sobre a antiga LUAR (Liga Unidade Acção Revolucionária) com Hipólito15 horas

Ciclo da Joaquina Dourado e Liberto Serrau

Próximos Sábados às 15 horas: haverá 3 sessões sobre Albert Camus

29 Maio – «Os anos argelinos 1913-1939»

19 de Junho – «Em França 1940-1960»

26 de Junho, sobre «Relações com o pensamento e movimento libertário».

A mobilização global seguido de O Estado-Guerra de Santiago López-Petit

"Só a rejeição total da realidade no-la pode mostrar na sua verdade. Só a rejeição total do mundo nos diz a verdade do mundo. Mas esse gesto radical de rejeição já não é o gesto moderno que, depois da destruição anunciava e preparava um novo começo. Não há começo absoluto porque a «tabula rasa» não nos deixa diante de nenhuma verdade absoluta. A rejeição total da realidade apenas nos oferece «uma» verdade da realidade. Esta é a nossa verdade." Santiago López-Petit in A Mobilização Global


A Mobilização Global seguido de O Estado-Guerra e Outros Textos.

de Santiago López-Petit
Tradução e Comentários de Rui Pereira
Deriva Editores, 2010

http://derivadaspalavras.blogspot.com/





«Os espaços de anonimato representam um verdadeiro desafio para a teoria revolucionária. O estatuto político dos espaços de anonimato (o não serem homogéneos, adicionáveis…) é função e já chega determinado pela essência da própria força do anonimato. É ela que lhes confere aquelas que são as suas características principais: ausência de reivindicação, articulação em torno de um gesto radical que se repete, não-futuro, politização apolítica. A força do anonimato aparece-nos quando tentamos pensar a radicalização da impotência. Essa força vem, então, ter connosco. Com toda a sua carga dissolvente e, ao mesmo tempo, portadora de promessas. Com toda a sua ingovernabilidade.Sentimos a impotência face a essa mobilização global que se faz de nós, connosco — contra nós — que unifica realidade e capitalismo, que proclama «Não há nada a fazer» . Esta frase, «não há nada a fazer» é uma frase estranha que em nada se assemelha a outras frases aparentemente parecidas: não podemos fazer nada, é impossível fazer seja o que for… «Não há nada a fazer» é o nome para uma bifurcação que conduz a dois lugares completamente diferentes: «Não se pode fazer nada» e «Tudo está por fazer». O primeiro caso não nos interessa. O segundo, sim. Quando se diz, de facto, «Não há nada a fazer» porque se bateu realmente no fundo e já não resta esperança alguma, o que então se abre é uma travessia do niilismo. Aí, sim, podemos afirmar que «Tudo está por fazer». A travessia do niilismo inaugurada pelo «Não há nada a fazer» não é outra coisa senão a radicalização da impotência. Uma radicalização que nos conduz ao que Artaud denominava o im-poder. Para ele, radicalizar a impotência é o mesmo que fazer a experiência do im-poder. A impotência aparece referida na sua correspondência com Rivière como a impossibilidade de pensar. A análise deste «querer pensar mas não poder pensar» constituirá o núcleo de todo o primeiro escrito de Artaud. Rapidamente essa impossibilidade haverá de estender-se ao próprio viver. Quero viver, mas não consigo viver." Santiago López-Petit, in Mobilização Global, Deriva Editores



Entrevista com o filósofo Santiago López-Petit, agora editado pela Deriva em Portugal, publicada na última edição da revista Visão.


«E se deixarmos de ser cidadãos?»

Perante a crise financeira, social e política que fragiliza as sociedades europeias que resposta devem dar os cidadãos?
E se deixarmos de ser cidadãos? O cidadão, hoje, não é um homem livre, é uma peça da máquina de opressão que se chama democracia. O cidadão é um homem que acredita no que o poder lhe diz. Agora, o poder diz que há uma crise terrível causada pelo facto do cidadão ter vivido acima das suas possibilidades e a única solução é o sacrifício. É falso. A crise é a fuga para a frente de um capitalismo desenfreado. Deixarmos de ser cidadãos é começarmos a esvaziar as instituições e perder o medo de experimentar outras formas de vida colectiva.

Como se faz isso?
O capitalismo e a realidade confundem-se. Viver já não é viver, é gerir a vida que temos e convertê-la num projecto rentável. Viver, em definitivo, é trabalhar. A nossa vida está precarizada e humilhada. Assinamos um contrato hipotecário com a realidade, mas podemos não o fazer. O nosso querer viver, em vez de funcionar dentro da máquina capitalista, pode transformar-se num desafio. Temos nas mãos a possibilidade de deixar de ser o que a realidade nos impõe e expulsarmos o medo que há em nós.

Nesse contexto, como se condiciona e sobrevive um pensamento livre?
O pensamento está assediado e desactivado. É muito mais do que a mera mercantilização e privatização. Desactivar o pensamento significa que nos expropriam dos saberes que nos veiculam ao mundo e à sua transformação colectiva. As ideias funcionam exclusivamente para o capital. Temos de libertar as ideias da sua sujeição. Em última instância, temos de nos converter num problema para a própria realidade. Isto é um pensamento livre.

Como define aquilo a que chama «Estado-Guerra»?
O Estado-Guerra aparece simbolicamente no 11 de Setembro de 2001 quando os EUA declararam guerra ao terrorismo. A política é a guerra contra o inimigo que o próprio Estado decide escolher. Mas o Estado-Guerra é apenas uma das caras da democracia. A outra é o fascismo pós-moderno baseado no reconhecimento da diferença para poder esterilizá-la e na neutralização mediante a cultura do conflito e a sua evacuação do espaço público

Fonte: http://adevidacomedia.wordpress.com/

22.5.10

Annie Le Brun, a dama de negro, próxima dos surrealistas, acaba de publicar um novo ensaio literário


Próxima dos surrealistas, Leitora e estudiosa de Sade e AlfredJarry, Annie Le Brun, a grande dama de negro, acaba de publicar um novo ensaio literário. Transcrevemos a seguir o texto que se lhe refere publicado na revista Le Nouvel Observateur.



À son poignet minuscule, Annie Le Brun porte désormais deux montres noires. Deux Swatch adolescentes usées, identiques sauf par la taille. La grande, c’est celle du poète croate Radovan Ivsic, décédé à Noël dernier, avec qui elle vivait depuis plus de quarante ans. Quand le pire est arrivé, que reste-t-il ? L’Ecclésiaste dit que d’un surcroît de lucidité découle un surcroît de malheur. On espère que ce n’est pas exact, mais elle se gardera bien d’en parler. L’amour fou, le chagrin sans fond, autant de choses impartageables dans les pages des magazines, surtout pour un écrivain qui a si longtemps refusé d’y apparaître.

D’André Breton à Guy Debord

Née en 1942 à Rennes, Annie Le Brun rencontre André Breton et côtoie les derniers surréalistes. À la demande de Jean-Jacques Pauvert, elle préfacera les œuvres complètes de Sade. Elle est l’auteur d’études sur Jarry et Roussel, et d’essais parmi lesquels : Du trop de réalité (2000).

Ne pas se laisser happer par le désastre, tel est pourtant aussi l’enjeu du nouveau livre d’Annie Le Brun. Quand on a côtoyé les plus intenses happy few littéraires de son temps, d’André Breton — elle avait alors 20 ans et, quelques années auparavant, Nadja avait enflammé à jamais son ennui provincial — jusqu’à Guy Debord, vers la fin des années 1980, et qu’il faut vivre cependant à l’époque des imposteurs sans réplique, des chaînes d’info en continu et des sites de rencontres, la question ne s’en pose que plus impérieusement : comment continuer ? Comment tenir dans une époque où «la menace véritable a déjà atteint l’homme dans son être», pour reprendre le fameux constat heideggérien ?


La plus grande exégète de Sade, la plus sauvage, la plus fine, a trop vu de naufragés de sa génération se rancir dans la déploration du monde tel qu’il meurt. Elle a appris à se défier de ces poses. La mise en coupe réglée des cerveaux par la marchandisation culturelle, l’hyperérotisation factice de la société, tout cela, elle l’a déjà pointé dans des livres comme Du trop de réalité, paru en 2000. À lire Annie Le Brun aujourd’hui, on acquiert le sentiment que, malgré le désert qui croît, tout demeure possible. L’amour qui reconfigure tout, la liberté contagieuse de celui qui n’a que son refus à opposer à la défiguration du monde. Tout est fini et pourtant tout commence à chaque instant.

Où sont les véritables réfractaires aujourd’hui ? Pas davantage chez les théoriciens d’extrême-gauche qu’ils ne s’y trouvaient avant-hier, aux yeux d’Annie Le Brun. Les maos et autres groupuscules la révulsaient dans les années 1970. Même l’Internationale situationniste lui semblait finalement assez peu attirante. «Jamais la “haine de la poésie” comme déni de la singularité sensible n’aura eu la part aussi belle qu’au cours de ces années-là.» Sans parler du rôle misérable qui y était dévolu aux femmes — un symptôme «tellement énorme, tellement ridicule», explique celle qui fut pourtant la bête noire des féministes après la parution au Sagittaire, en 1977, d’un pamphlet retentissant : Lâchez tout.

On l’aura compris, Annie Le Brun ne fait rien pour entretenir le culte vintage des «années rouges» au sein des jeunes générations. La récente lecture de l’Insurrection qui vient l’a d’ailleurs laissée très sceptique. «La partie critique est intéressante, admet-elle. Les solutions qu’ils prônent sont en revanche atterrantes. Au fond, ce sont des scouts.» Comme frères d’armes, elle ne se reconnaît guère aujourd’hui que la petite galaxie de l’Encyclopédie des Nuisances, où opèrent entre autres Jaime Semprun, René Riesel et Jean-Marc Mandosio, et qui tente d’articuler une critique sociale antiprogressiste à la suite d’Orwell ou de Günther Anders.


Un appel au sursaut

Dans son nouvel essai, Annie Le Brun se demande notamment si, depuis le XXe siècle, artistes et penseurs n’auront pas été célébrés, toutes tendances confondues, en proportion directe de leur «impuissance à penser le corps et le monde sensible». Contre Hegel, Heidegger ou Sartre, elle s’appuie souvent ici sur certains vaincus de l’histoire officielle des idées : Fourier, dont le Nouveau Monde amoureux sera si longtemps occulté, les frères Schlegel ou un pionnier de la pensée sauvage comme Michel Leiris. Tous ceux qui auront donné les moyens d’affronter les ténèbres extérieures et intérieures en plaçant au-dessus de tout le mythe et la poésie — pas celle qui s’affiche dans le métro, celle qui «permet à qui étouffait de respirer», comme l’écrivait Henri Michaux.

Contre la liquidation programmée de la singularité, de l’amour et de l’éperdu, Annie Le Brun appelle chacun au sursaut. Tout le monde s’inquiète désormais de la déforestation et de la fonte des glaces. L’intense brindille en noir veut croire qu’un jour ils seront aussi nombreux, ceux qui se préoccupent du massacre de la vie intérieure.


Aude Lancelin - Le Nouvel Observateur, 13 mai 2010.




Sobre Annie Le Brun
http://fr.wikipedia.org/wiki/Annie_Le_Brun

Aos domingos a horta do EcoPorto (Centro de pesquisa e práticas ambientais, sociais e espirituais) está acessível a todos que queiram colaborar




Ecoporto - Dia Aberto na horta ( 23/05/2010 - 11:00 )
encontrar, visitar, socializar,
almoçar, trabalhar na horta e ....

Queres ver o espaço? Aos domingos é aberto para tod@s.
Podes ver, e também ajudar!
Traz conhecimento, mãos na horta, materiais e boa disposição.

Se tens e já não usas, precisamos de:
- paletes de madeira (para construções)
- ferramentas para a horta (mesmo aquelas antigas, podemos recupera-las)

Escadaria da rua da Bela Fontinha, 10 (perto do largo da Fontinha)

Cantiga D'um Marginal do Século XIX




Cantiga Dum Marginal do Século XIX
Coz: Vitorino
Composição: Vitorino

Não me pergunto onde vou
Os caminhos nunca acabam
Andorinhas de asa negra
Só vivem enquanto voam

De polícia já estou farto
Civil ou republicana
De presidente de estado
Bem fardado ou à paisana

Chapéu preto bem nos olhos
Residente em parte incerta
Trago bombinhas com mel
E os sentidos sempre alerta

Da natureza nascemos
Vivemos com a razão
Vendo luas e não pago
Imposto de transacção.

21.5.10

Diga Não às Privatizações - tribuna pública do sector ferroviário (dia 26 de Maio, às 10h. no Jardim S.Pedro de Alcantâra, Lisboa)




O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, conjuntamente com as Comissões de Trabalhadores da EMEF, CP-Carga e CP e com as Comissões de Utentes das linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e Sado, vai realizar, no dia 26 de Maio - Quarta Feira - uma Tribuna Pública, com o lema "DIGA NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES".


Esta iniciativa que contará com a presença de sindicalistas britânicos do Sindicato RMT (Rail, Maritime and Transports), terá inicio às 10 horas, em Lisboa, no Jardim S. Pedro de Alcântara

20.5.10

Feminismo em Portugal : Debate na livraria-bar Gato Vadio ( dia 22 às 21h30)


“A palavra "feminismo", de significação elástica, deturpada, corrompida, mal interpretada, já não diz nada das reivindicações feministas. Resvalou para o ridículo, numa concepção vaga, adaptada incondicionalmente a tudo quanto se refere à mulher. Em qualquer gazela, a cada passo, vemos a expressão "vitórias do feminismo" – referente, às vezes, a uma simples questão de modas! (…)

É a razão por que não posso aceitar nem o feminismo de votos e muito menos o feminismo de caridades. E enquanto isso a mulher se esquece de reivindicar o direito de ser dona de seu próprio corpo, o direito da posse de si mesma. Sou "indesejável", estou com os individualistas livres, os que sonham mais alto, uma sociedade onde haja pão para todas as bocas, onde se aproveitem todas as energias humanas, onde se possa cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as forças interiores (…).”

Maria Lacerda de Moura (1887-1945)



Na livraria-bar Gato Vadio vai ter lugar uma noite de conversa sobre um dos mais importantes movimentos revolucionários.

Feminismo em Portugal

Debate

Sábado, 22 de Maio, 21h30

Entrada Livre



Programa:

- Principais conquistas no âmbito dos direitos das mulheres em Portugal

Ana Paula Canotilho (Directora executiva da UMAR para a prevenção da violência de género)


- A mulher na sociedade portuguesa do século XXI - direitos adquiridos e por adquirir

Vânia Martins (Psicóloga, membro da UMAR e da Marcha Mundial das Mulheres)


- Os jovens e as questões de género - relatos

Luísa Saavedra (Feminista, docente da Universidade do Minho e investigadora em estudos de género)

«Como Triunfou a Republica» editado pela Letra Livre


A Livraria Letra Livre acaba de editar, numa edição fac-similada, um dos mais interessantes livros sobre a Revolução Republicana de 1910. O livro «Como Triumphou a Republica» foi publicado pelo jornalista Hermano Neves logo após a Revolução, ainda em 1910, tendo tido então algumas reedições.

A obra não voltou a ter qualquer edição nas décadas seguintes.Esta obra detalha a participação popular nos acontecimentos que levaram à derrubada da monarquia muitos dos quais raramente referidos na restante historigrafia da Revolução republicana.

A nova edição é prefaciada pelo Professor António Ventura, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.



Como Triumphou a Republica. Subsidios para a História da Revolução de 4 de Outubro de 1910.Hermano Neves

Letra Livre, Lisboa, 2010



143pp. 12,00



Sobre Hermano Neves:

Capitalistas e Estado, a mesma luta

Capitalistas e Estado, a mesma luta
Os Estados demonstraram, claramente, a propósito da crise financeira, que são instrumentos do capitalismo, somente intervindo a favor da multidão, como forma de apoio ou salvaguarda dos interesses do capital.

Índice
1 - O papel dos Estados na crise
2 – O regresso do deficit
3 - A miserável gestão PS/PSD das contas públicas
3.1 – A dívida pública
3.2 – O PIB e a economia paralela
3.3 – Repartição do rendimento
3.4 – Apoios aos empresários
a. Ajudas do Estado às empresas
b. As parcerias público-privado
c. QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
d. Os apoios anti-crise
e. Convites ao incumprimento fiscal e contributivo
f. Prescrições de dívida
g. Anulações
h. Os benefícios fiscais
i. A dívida fiscal e de contribuições para a Segurança Social
3.5 - Privatizações
4 - Quadro-síntese

Ver texto completo:
AQUI

O PEC – Programa de Empobrecimento Colectivo e o bloqueio económico e político

O PEC – Programa de Empobrecimento Colectivo e o bloqueio económico e político

Primeiro, o orçamento, agora o PEC. Haverá quem ainda não tenha percebido que, há muitos anos estamos em processo de empobrecimento, agora acelerado, a caminho do genocídio?

Sumário

1 - Um plano de fundo
2 - As especificidades do reino socratóide
2.1 – As debilidades da inútil burguesia portuguesa
2.2 – A História recente
3 – O famoso PEC
3.1- O RSI ou Regime de Supressão de Indigentes
3.2- Subsídio de desemprego
3.3- Perseguição aos desempregados
3.4- Apoios para manutenção do emprego ou aos desempregados
3.5- O papel do congelamento do IAS (Indexante dos Apoios Sociais)
3.6- O aumento da carga fiscal
3.7- Rendimentos de gestores de empresas com prejuízos
3.8- Pagamento de prémios a gestores
3.9 - Eliminação dos benefícios fiscais associados a seguros de vida e acidentes pessoais
3.10 - As privatizações
3.11 - Os intocáveis na gestão do Estado socratóide

Texto completo em:
AQUI

O Pentágono e a NATO. Gastos militares e armamentos

Pentágono e a NATO. Gastos militares e armamentos


Sumário

Enquadramento da política belicista do Pentágono e do seu alter ego, a NATO
O volume dos gastos militares
A dimensão das forças armadas
O armamento dos principais paises
Empresas produtoras de armamento
Países vendedores de armamento
Vendedores por tipo de armamento
Países compradores de armamento

Ver texto em:
AQUI

Contra os muros nas favelas cariocas



CONTRA OS MUROS DAS FAVELAS CARIOCAS

Sabiam que estão a ser gastos 20 milhões de reais

para a construção de Muros para cercar as favelas?



http://www.blocosebenzequeda.com/


Vídeo da Campanha "Contra o Muro da Vergonha", promovida pelo coletivo Bloco Se Benze que Dá!

Trata-se de uma reflexão acerca da construção de muros em torno das favelas cariocas, uma estratégica política utilizada pelos governos Municipal e Estadual para segregar as favelas da cidade, sob a alegação falsa de melhoria de qualidade de vida para as populações do entorno. "









O Se Benze que Dá, além de ser um bloco carnavalesco de embalo, é um instrumento de luta Política, Cultural e Educacional, constituído por moradores e amigos do bairro Maré, maior complexo de favelas da cidade do Rio de Janeiro.

Motivado principalmente pela dificuldade de circulação interna de seus moradores entre as diferentes comunidades que constituem a Maré e pela vontade de interferir positivamente em sua realidade social, o Bloco que fez o seu primeiro desfile no carnaval do ano de 2005, tem se firmado ao longo dos últimos anos como um importante movimento de resistência cultural e de contestação acerca da criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. A média de integrantes varia, mas quando vai às ruas da Maré, além da bateria e passistas que somam por volta de 70 pessoas, este número cresce exponencialmente ao som da chamada “Vem pra rua, morador”!

O Bloco desfila anualmente aos sábados que precede e sucede o calendário oficial do carnaval, sempre às 9h, com pontos de encontro que variam a cada ano. Fazendo jus ao seu lema, “Diversão sem Alienação”, participa constantemente de manifestações e atos públicos, como é o caso do Grito dos Excluídos (veja texto no mês de...). Em 2008, em pleno surto da epidemia de Dengue, foi realizado um desfile temático pelas ruas da Maré, com ótimos resultados e adesão dos moradores, alertando para a necessidade de ação conjunta contra a doença. Em 2009 além do Grito, o Bloco participou do ato “Outra Maré é possível”, uma caminhada pela valorização da vida e o fim da violência (veja texto no mês de …).

Ao longo destes cinco anos de existência, o Se Benze que Dá – que teve seu nome inspirado no desafio de transpor as barreiras impostas pela violência no bairro – tem sido um espaço de integração e compartilhamento de saberes. Ao contrário do que acontece nas grandes escolas de samba, o pré-requisito para a participação no nosso Bloco não é saber tocar com maestria qualquer instrumento que seja: mas tão somente querer participar, aprender e fortalecer a luta popular por um mundo diferente.








Pelo direito de ir e vir! Diversão sem alienação!

Vem pra rua morador!

Se Benze que Dá!

Onde há cooperação, não existe exploração - pela economia solidária!



A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda
Paulo Freire

GEP – Grupo Educação Popular -o que é?

Participamos de projetos em educação popular para que as pessoas e os grupos aumentem ou criem suas redes de autonomia e sintam a liberdade na pele. Para que as pessoas e os grupos rompam com as cadeias que nos prendem ao capitalismo, sua visão individualista e consumista do mundo. Para que as pessoas e os grupos se autogovernem e criem suas redes de resistência e criação.

http://levantefavela.wordpress.com/

19.5.10

Novas Poéticas de Resistência - colóquio internacional no CES em Coimbra (25 de Maio)


Colóquio Internacional
Novas Poéticas de Resistência

25 de Maio 2010, Sala de Seminários do CES, 2º Piso, Coimbra


Programa

08h30: Recepção dos/as participantes

09h: Abertura do Colóquio

Mesa Temática: Estudos Linguísticos e do Discurso (Sociolinguística)

09h15:"Letras e reciclagens: (dois) espaços em escrita" - Clara Keating e Olga Solovova


Mesa Temática: Estudos de Tradução

09h45: "Resistir à Linguagem: a Tradução"- Isabel Pedro

10h00: "Linguajar, ou a alteridade radical do poema" - Adriana Bebiano

10h15: Coffee-break


Mesa Temática: Estudos Literários I

10h30: "Semânticas de identidade na escrita de mulheres portuguesas emigrantes em França e no Canadá" - Clara Moura Lourenço

10h45: "A (Re)constituição do Feminino em dois exemplos - Poetas Irlandesas e Portuguesas Hoje" – Gisele Wolkoff

11h00: Debate

12h00-14h00: Almoço


Mesa Temática: Estudos Literários II

14h00: "Observatório da Poesia Electrónica Portuguesa" - Manuel Portela e Rita Grácio

14h30: "Movimentos e Revistas de Poesia em Portugal" - Jorge Fragoso e Cristina Néry


Apresentação dos Projectos em Rede

15h00: "Novas Poéticas de Resistência" – Graça Capinha

15h30: "PennSound: Hearing Voices in Poetry's Coming Digital Present" – Charles Bernstein

16h00: “Uma guerrilha chamada Sibila”- Regis Bonvicino

16h30: "Portuguesia" - Wilmar Silva

17h00: Coffee-break

17h15: Debate

18h15: Leitura de Poemas

18h45: Encerramento dos Trabalhos


http://www.ces.uc.pt/eventos/evento206.php

Inscrições
www.ces.uc.pt/eventos/evento206_inscricao.php


Novas Poéticas de Resistência:
o século XXI em Portugal

Este projecto usa a palavra “poética” a partir da sua raiz etimológica: o primeiro fazer da primeira forma – dar forma a partir da raiz do som. Como diz o poeta e principal teórico da L=A=N=G=U=A=G=E School, Charles Bernstein, a linguagem é “a primeira coisa forjada”, a primeira extensão da forma do corpo: uma cópia e uma ilusão.

A partir desse primeiro momento, aquilo a que chamamos o real não é mais do que um real humana e socialmente “forjado”: um artifício cuja artificialidade se transforma em “objectividade fantasma” (Michael Taussig).


Tendo como cerne estas “formas de forjar o mundo”, este projecto procura as formas contra-hegemónicas deste fazer na linguagem.

Isto significa que se centra em políticas de linguagem através da observação de alguns discursos que, das suas margens, produzem o centro, ao mesmo tempo que o desafiam e lhe resistem: “servindo o que não é” (Dante), re-inventando e investigando os violentos territórios do excesso (Jean-Jacques Lecercle) onde se encontram todas as formas da linguagem do desaprovado, do improvado e do ainda por provar (Susan Howe).

As “novas poéticas de resistência” residem nesse território fundador e nas suas infinitas possibilidades: em formas literárias experimentais e transformadas pelas novas tecnologias; em inevitáveis e impossíveis esforços da tradução; no conhecimento da incompletude de uma hermenêutica dia(multi)tópica (Sousa Santos) exigida pelo multiculturalismo, o bilinguismo e trajectórias migratórias e multi-étnicas; numa pesquisa epistemológica baseada na procura permanente de linhas de fuga (Deleuze e Guattari) que levam a práticas descentradas e nómadas de desterritorialização das palavras e das identidades por elas forjadas.

A memória biográfica surge aqui como evento da “escrita do corpo”, referência histórica e motor de identidades híbridas em que crenças multiculturais e a saudade acendem a imaginação e se transformam em elementos significativos de uma cultura portuguesa dinâmica que hoje enfrenta os novos desafios impostos pela globalização.

Tentaremos participar numa epistemologia de presenças e ausências (Sousa Santos) oferecida pela transversalidade dos diferentes saberes.

Este projecto interdisciplinar cruza 4 áreas (Estudos Literários, Sociologia, Estudos de Tradução, Linguística) em 9 sub-projectos: (a) “Poéticas para Novos Mundos”, (b) “Observatório da Poesia Electrónica Portuguesa”, (c) “Movimentos e Revistas de Poesia em Portugal”, (d) “Resistir à Linguagem: a Tradução”, (e) “Para uma Sociologia do Autor: o Áudio-Visual”, (f) “A Poesia e o Design de Fernando: política, exílio e imigração”, (g) “Semântica da Identidade na Palavra Migrante de Autoras Portuguesas em Paris e Montréal”, (h) “Poética de Resistência e Literatura Oral — Vozes de Mulheres Judias nas Comunidades de Belmonte (Portugal) e Bom Fim (Brasil)”, (i) “Letras, Identidades e Contextos: reciclagem discursiva, desenvolvimento e transformação identitária em dois contextos de escrita e leitura”.

A poesia constitui-se como núcleo principal (a resistência enquanto “erro” e “malformação” no experimentalismo com a voz, o corpo, a imagem e através das novas tecnologias), mas o campo analítico inclui uma perspectiva comparada com outras dimensões contextualizantes e problematizadoras (a resistência como “erro” e “malformação” no âmbito do exílio, da imigração, da etnicidade e da terapia anti-toxicodependência).

“Poéticas para Novos Mundos” funcionará em network com o projecto “pennsound”, http://writing.upenn.edu/pennsound/ (áudio e vídeo) e com o “Electronic Poetry Center”, http://epc.buffalo.edu/authors/bernstein/blog/ (texto e links), dirigidos por Charles Bernstein da Universidade da Pennsylvania, Philadelphia, e ainda com um grupo de S. Paulo, no Brasil, à volta do poeta Régis Bonvicino e a revista de poesia Sibila,
http://lgpessoa.web.br.com/sibila2

A popularização das tecnologias electrónicas na produção e circulação de imagens re-equacionou a importância da dimensão material dessas imagens nas práticas sociais a elas associadas. Será que a Internet cria práticas culturais mais democráticas? Olhando o poeta como actor social e a experiência da visualização como experiência situada pela materialidade das imagens e pelo seu poder, quais são os impactos sociais destas novas práticas culturais?
Tentaremos perceber de que forma a linguagem e a ideologia dominantes podem ser desterritorializadas através de novos fazeres poéticos que introduzem a malformação e o erro como possibilidade para uma cidadania em devir – em usos da palavra que procuram, não só referir, mas interferir na ordem do mundo.
48 anos de silêncio – e um poema visual era considerado subversivo – têm implicações nas práticas culturais portuguesas. Eles significaram a impossibilidade de desenvolver um debate, uma verdadeira troca democrática nos campos da cultura, da literatura e do pensamento sobre a língua portuguesa – uma língua cuja diversidade e potencial de transgressão permanecem por descobrir.


Mais info: aqui

Oficinas sobre desobediência civil, não-violência e sensibilização ambiental no Projecto270 para celebrar a biodiversidade (22 e 23/5)


Celebrar a Biodiversidade @ projecto270
Dias 22 e 23 de Maio, pelas 16h



Proteger uma semente tem o mesmo significado que proteger uma gota de água, um metro de terra. A dimensão deste acto é do tamanho de uma árvore com a imensidão dos oceanos, directamente dependente do sustento de milhões de formas de vida.
Partir do principio que "OS OUTROS" o farão, é negar a nossa existência futura.
Na noite escura, ao olharmos para o céu, repararemos nos muitos incógnitos, e conhecidos, que percorrem o mesmo caminho que nós.

Este ano foi considerado pelas Nações Unidas o ano da Biodiversidade.
Um pouco por toda a parte surgem iniciativas ligadas à temática.
Por todo o lado cometem-se actos que levam a que a mesma seja colocada em causa.
As contradicções nas várias formas adoptadas para a sua defesa ajudam que, a cada segundo, a Biodiversidade venha a ser reduzida.

No contexto em que reside, o projecto270 apresenta algumas actividades que podem contribuir para a Introdução de Conceitos para uma Natureza Biodiversa,
Protegendo a Paisagem Alterando Funcionamentos e Consciencializando para a Construcção de uma Ideia Criativa Natural e Biológica, Destruindo Estigmas e Garantindo Alternativas para a Sustentabilidade, Juntando Ferramentas para a Construcção de uma Consciência com Capacidade de Mudança Ambiental.

Sendo assim elaborámos um programa, sem contudo o fecharmos, de modo a que possa albergar tudo e todos aqueles que de certa maneira possam a vir a dar um contributo para evitar que o nosso mundo seja homogenizado.

22 de Maio, 16h:
Assembleia – Caracol:
Desobediência Civil, Acção Directa e Não-Violência

23 de Maio, 16h:
Oficinas Sensibilização Ambiental


Mais info: 91 408 23 18


PROJECTO270
Costa de Caparica, Portugal, 2826-901


No facebook: aqui
organic agriculturecontemporary artlive music, dj's, live actsenvironmental educationworkshops, coursestherapy, massagesdesign and maintenance of sustainable green spaces

Roda de Mulheres: encontros da Lua Nova no Recanto das Romãs ( dia 23/5 na Praia da Luz)



Encontros da Lua Nova no Recanto das Romãs

Dança, Partilha, Meditação, Riso, Contos e muito mais...
(Todos os meses no Recanto das Romãs - Praia da Luz)

Próximo encontro da Lua Nova é no domingo dia 23 de Maio às 15h
.

Comparece e traz uma amiga!


Neste encontro iremos debater sobre o feminino.
A nossa querida Gisela irá falar sobre o lar e o nosso espaço sagrado. Como criar um lar mais harmonioso e aprender a encontrar lugares que nos revitalizem e regenerem.
E também meditações, contos, histórias, dança, movimento e muito mais.

(Tragam algo para partilhar no lanche)

Doação para o espaço:5€

Por favor confirma a tua presença: 969979787



Os Círculos de mulheres agem em diversos níveis, são eles:

"Físico: É comprovadamente cientifico que quando duas ou mais mulheres permanecem juntas em um mesmo espaço físico seus ciclos menstruais se auto-regulam. E, segundo as medicinas tradicionais, a mulher se oportuniza do processo de menstruação quando este ocorre nas fases MINGUANTE/NOVA, pois assim temos maior influência do SOL na TERRA e, desta forma, eliminamos mais e melhor. E, além disso, quando diversas mulheres estão juntas, o corpo aciona a produção de um hormônio chamado OCITOSINA, que causa sensação de felicidade e bem-estar. Menstruação regulada cura e nos ensina a viver ciclicamente, entendo que morrer é necessário, tanto quanto renascer e viver plenamente.

Emocional: O CÍRCULO é um arquétipo igualitário, traz noção de pertencimento e de sacralidade à palavra, pois todas ao redor do centro estão à mesma distância, desta forma, não existe hierarquia. Cada palavra é ouvida. Cada batida de coração é sentida. Estar em Círculo CURA as feridas. Sana sem demora as mágoas e ressentimentos. Abre espaço no ventre e coração para a renovação e para realização plena.

Social: Pretende gerar um grupo, ou Círculo de Mulheres que ocupe o vazio comunitário criado pelo capitalismo/pa iarcado. Fazendo circular e estimular o conhecimento e a partilha. Estimulando as mulheres a ocupar e a se manifestar em espaços públicos levando os pontos de vistas femininos.

Espiritual: Em um local onde a mulher possa dar voz a sua essência, o espírito feminino se sente livre para se manifestar, proporcionando insigths, conexões com os arquétipos interiores e intuição mais apurada e visão de olhos de águia, além do alcance, dentro e fora da situação, mediando seus aspectos internos e a vivencia externa."

(extraido de: Êxtase das Deusas)


http://circulosacro.blogspot.com/
Um círculo em honra à Grande Mãe, Deusa do Universo e da Terra e ás mães e deusas dentro de nós.
Para honrar a nossa femininidade e também para nos compreendermos melhor e compreender os processos plos quais passamos. Assim queremos crear um espaço dentro de nós onde podemos crescer como mulheres bem equilibradas que são capazes de interagir em harmonia com o nosso entorno durante o nosso quotidiano. Aprender a utilizar a energia feminina creadora. Isto são só algumas das coisas que os círculos nos podem ajudar a alcançar.De netas a avós, todas bem-vindas, pois sempre aprendemos umas das outras independentemente das idades

Hoje, no Pátio das Letras ( Faro), há poesia de Mário Sá-Carneiro dita por Afonso Dias


Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro


Biografia

Já está disponível o nº10 da revista online O Comuneiro


Com algum atraso, motivado por razões de ordem pessoal, efectuamos a publicação do nº 10 de O Comuneiro, com a qual completamos cinco anos de intervenção constante desta revista electrónica. Com ela procuramos abrir um espaço próprio e reconhecível, no mundo da língua portuguesa, onde se discutissem os temas e as ideias que pudessem ajudar a rasgar caminhos que tornem possível um outro mundo, no mundo babélico e em decomposição que é o nosso. Neste momento, a crise nas finanças privadas derrama-se numa crise das finanças públicas europeias, mas essa é apenas uma das muitas horrendas cabeças de dragão que a sobreprodução capitalista é capaz de exibir. Não faz sentido recriminar a cupidez infrene de alguns, quando se continua a considerar a busca do ganho individual como a virtude cívica cardial e o esteio fundamental de toda a vida em sociedade.

A primeira contribuição para este número cabe à palavra irrepetível do nosso companheiro Daniel Bensaïd, cujo desaparecimento recente nos deixou a todos, no campo da revolução anticapitalista, um pouco mais sós e inseguros. Sobre todas as questões cruciais do nosso tempo, das mais comezinhas análises de política social aos grandes debates filosóficos, habituáramo-nos a contar com o esteio da sua opinião, para a qual não vai ser fácil encontrar um substituto. De uma forma sempre generosa, audaz, informada e lúcida, ele desbravava hipóteses e revelava tensões, rumo ao futuro, como não se vê mais ninguém capaz de replicar. Podemos constatar isso mesmo, lendo aqui uma das suas últimas entrevistas.

Uma outra contribuição que prezamos muito é a de John Bellamy Foster, actual director da Monthly Review, que para além de ser um digno continuador dos inesquecíveis Paul Sweezy e Harry Magdoff – designadamente na economia política e na teoria do imperialismo -, é também, e sobretudo, um grande investigador e uma voz vigorosa e original no eco-socialismo contemporâneo, como o podemos constatar lendo o artigo de fundo que dele publicamos.

Do filósofo Alain Badiou publicamos um pequeno artigo que, mais que embrenhar-nos na senda complexa dos seus conceitos de evento e situação, nos concita a reflectir historicamente sobre o projecto comunista como convocatória e horizonte de legibilidade do nosso tempo.

Joseph Green, nosso companheiro de debates na internet, demonstra de uma forma bem acessível e despretensiosa, sem ponta de escolástica, como a crítica de economia política de Marx é ainda a melhor ferramenta disponível para analisar a crise contemporânea, desconstruindo pelo caminho os discursos apologéticos das diferentes facções de epígonos ideológicos do sistema.

Miguel d’Escoto e Leonardo Boff são dois vultos proeminentes da teologia da libertação latino-americana. Da sua autoria conjunta publicamos um documento de grande interesse que, para além de um apelo à radical reinvenção da Organização das Nações Unidas, contém sobretudo uma Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da Humanidade. Numa altura em que se encerra na cidade lutadora de Cochabamba (Bolívia) a primeira Conferência Mundial dos Povos sobre as Mutações Climáticas, é oportuno escutar este apelo a um reencantamento e sacralização da nossa Mãe Terra, independentemente das convicções religiosas de cada um, que pela nossa parte se quedam por um prudente Espinozismo.

Do nosso editor Ronaldo Fonseca publicamos também uma nova reflexão estratégica sobre a transição ao socialismo, na articulação possível entre as suas várias frentes de luta, e no desenho assimétrico entre os diversos espaços onde se fazem sentir, presentemente, as tensões principais, as dores de parto e a ansiedade pelo futuro.

O projecto liberal, na sua nudez mais crua, continua a ser objecto da nossa atenção, no campo da pura história (ou arqueologia) das ideias políticas. Neste número de O Comuneiro, para além de um ensaio de Jean-Claude Michéa que prossegue e desenvolve outras intervenções suas já por nós publicadas, cabe-nos a grata tarefa de apresentar uma reflexão aguda, pertinaz e bem provocatória de Dany-Robert Dufour, que desvenda na floresta neónica destes tempos de consumismo desbragado e egocentrismo sem freio, o eco e o desenvolvimento lógico dos urros do velho marquês de Sade, às voltas na sua cela da Bastilha.

Por fim (last, but not the least), do nosso companheiro Ivonaldo Leite, publicamos uma reflexão sobre a posição de classe do professor, que fazemos nossa, inteiramente, e nos diz tudo quanto poderíamos desejar saber sobre nós próprios, enquanto intelectuais que persistimos neste gesto insensato de dar a compreender e lutar pela transformação do mundo em que vivemos.

Pela Redacção

Ângelo Novo
Ronaldo Fonseca
www.ocomuneiro.com