19.5.10

Hoje, no Pátio das Letras ( Faro), há poesia de Mário Sá-Carneiro dita por Afonso Dias


Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro


Biografia