2.12.09

Libertários vão a julgamento no próximo dia 7 de Dezembro


No próximo dia 7 de dezembro vai começar o julgamento dos detidos na manifestação anti-autoritária de 25 de abril de 2007, em Lisboa. Alguns dos condenados, 11 no total, enfrentam acusações que podem levar a penas de seis meses a cinco anos de prisão por terem participado numa manifestação que sofreu uma carga policial sem qualquer ordem de dispersão.]

Que acusações são essas? Resumindo: Agressão à polícia.

O curioso é quem ficou ferido, para variar – neste sapal à beira-mar sedimentado –, foram os manifestantes – as imagens dessa manifestação que circulam pela net e o testemunho de quem lá esteve podem comprová-lo.

Mas não é isso que interessa. Somos Anarquistas!

O que importa aqui não é a atuação da polícia, pois para quem luta pela liberdade o que está em causa é a existência da própria polícia. Nem tão pouco é a liberdade de manifestação, pois a liberdade individual é a essência do Eu, jamais poderá ser legislada e, como tal, o que está em causa é a existência do Estado – esse indiscutivelmente autoritário na sua essência.

É, também, como anarquistas que sabemos que o Estado pode pôr diversas máscaras, da mais estalinista à farsa democrática. E que nesta sua, do Estado, roupagem de farsa democrática, quando não se contesta da forma que ele próprio define, mostra a sua essência repressora e lança os seus cães contra quem o ataca.

Enquanto houver Estado haverá repressão. Haveremos sempre, sempre lutar contra ela – e contra ele – com todas as nossas armas e seremos sempre solidários com quem o fizer de modo semelhante.

Identificando a manifestação que deu origem a este processo como uma ação que vai ao encontro dos nossos métodos, queremos afirmar a nossa solidariedade para com os condenados e apelar a todos, que se identificarem com tal, a não deixarem que o processo se resolva no circo, que é o tribunal, mas nas ruas. Em todo lado e de qualquer forma, vamos incendiá-las, quer figurativa quer literalmente. Vamos sair e dar-lhes trabalho!

Ainda que com happy end, quando o processo cessar nós não.
(texto recebido por email)