9.11.08

Viver junto de parques, jardins e áreas verdes reduz os efeitos sobre a saúde provocados pelas diferenças sociais entre ricos e pobres

Residir perto de parques ou outras áreas verdes ajuda a melhorar a saúde das pessoas, independentemente da classe social, sugere um estudo publicado na revista acadêmica The Lancet

Richard Mitchell e Frank Popham, cientistas da Universidade de Glasgow analisaram os certificados de óbito de 366.348 pessoas na Inglaterra entre 2001 e 2005 para verificar a ligação entre diferentes causas de morte e acesso a áreas verdes.

Descobriram então que em regiões onde há mais áreas verdes, a diferença entre ricos e pobres em relação às condições de saúde caía quase pela metade.

O uso de parques e áreas verdes para caminhadas e outras actividades ajuda a combater a pressão alta e reduz os efeitos danosos do stress.

"Nem todos têm o mesmo acesso a áreas verdes, mas quando as pessoas têm acesso, elas tendem a usá-las, independentemente da classe social a que pertencem, e isso tem um impacto directo na sua saúde", disse o pesquisador Richard Mitchell.

O mesmo investigador adiantou que a desigualdade entre ricos e pobres carece de outras medidas, mas as conclusões a que chegou com o seu estudo demonstra a importância das áreas verdes, bem assim o planeamento urbano para a sua criação dentro dos aglomerados urbanos, para garantir o direito à saúde, quer a ricos quer a pobres.

Fonte:
http://www.thelancet.com/ e BBC


Populations that are exposed to the greenest environments also have lowest levels of health inequality related to income deprivation. Physical environments that promote good health might be important to reduce socioeconomic health inequalities.


Título do estudo publicado na revista:

Effect of exposure to natural environment on health inequalities: an observational population study


Studies have shown that exposure to the natural environment, or so-called green space, has an independent effect on health and health-related behaviours. We postulated that income-related inequality in health would be less pronounced in populations with greater exposure to green space, since access to such areas can modify pathways through which low socioeconomic position can lead to disease.

Methods
We classified the population of England at younger than retirement age (n=40 813 236) into groups on the basis of income deprivation and exposure to green space. We obtained individual mortality records (n=366 348) to establish whether the association between income deprivation, all-cause mortality, and cause-specific mortality (circulatory disease, lung cancer, and intentional self-harm) in 2001—05, varied by exposure to green space measured in 2001, with control for potential confounding factors. We used stratified models to identify the nature of this variation.

Findings
The association between income deprivation and mortality differed significantly across the groups of exposure to green space for mortality from all causes (p<0•0001) p="0•0212)," href="http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(08)61689-X/fulltext">aqui