A nossa opção para o TGV. Abaixo o outro...
"Vejo-me dentro de um filme de terror a ver passar junto de mim uma toupeira gigante que arrasa tudo." Sandra Lopes faz esta analogia para explicar o que sente em relação ao traçado do TGV, que poderá vir a atravessar Casal da Charneca (onde reside), na freguesia de Évora de Alcobaça, em Alcobaça.
A consulta pública, feita em Outubro, deixou centenas de pessoas do concelho em polvorosa. Nas duas hipóteses em discussão, são muitas as habitações, empresas e ruas a ser afectadas. Algumas serão demolidas.
No total, são oito as freguesias atingidas pelo corredor da linha ferroviária de alta velocidade, mas as mais lesadas serão Benedita e Turquel.
No total, são oito as freguesias atingidas pelo corredor da linha ferroviária de alta velocidade, mas as mais lesadas serão Benedita e Turquel.
Os autarcas representam as vozes da oposição em consonância com os moradores. Maria José Filipe, presidente da Junta da Benedita conta ter recebido 1873 queixas. Afirmando que "qualquer uma das possibilidades é má para a freguesia", considera que "a Benedita já foi suficientemente mal tratada". "Temos o IC2, o gasoduto, as linhas de alta tensão. Já chega. Não queremos o TGV", diz.
José Diogo, presidente da Junta de Turquel, não podia estar mais de acordo. "Este é o maior crime que querem cometer contra a população. Nunca assisti, em 19 anos a liderar esta freguesia, a tamanho atentado contra os direitos dos cidadãos", acusa, criticando a maneira como o processo tem sido gerido. "Será esta obra necessária para o país? Não acredito que o desenvolvimento de um país se meça pelo TGV. Temos outras carências que se podiam resolver com menos dinheiro", afirma.
A onda de indignação promete atingir grandes proporções, quando, em Janeiro, for conhecida a opção definitiva do Governo. Recentemente, nasceu o Movimento Anti-TGV, que tenciona marcar uma reunião com a RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade. Bruno Letra, um dos elementos, questiona "se a obra é estruturante para o país e qual será a sua rentabilidade".
"Valerá a pena dividir povoações ao meio, acabar com zonas empresariais, sacrificar o trabalho da vida de tantas pessoas por alguns minutos a menos numa viagem entre Lisboa e Porto?", pergunta, defendendo um estudo, ambiental e económico, de um corredor mais a Este.
Mais a Norte, no concelho da Batalha, a preocupação também está presente. António Lucas, presidente do município, assume que o corredor que melhor serve os interesses do seu concelho é o Leiria-Poente. A outra opção, que atravessa Reguengo do Fetal e Batalha, "é mais cara e os impactes ambientais são superiores". Além disso, "causará inúmeras interferências com as redes de infra-estruturas", refere.
Leiria vai ser servida com uma estação
Segundo a Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE), os estudos de viabilidade incidiram sobre corredores a nascente e a ponte das serras de Aire e Candeeiros, viabilizando a localização intermédia em Entroncamento/Tomar ou em Leiria, respectivamente. Os corredores a nascente foram abandonados, após a decisão de servir Leiria com uma estação.
Edificações afectadas são 129, diz a RAVE
No troço entre Alenquer e Pombal, "prevê-se que sejam afectadas cerca de 129 edificações de vários tipos, desde casas de habitação a simples barracões, estimando-se que destas 60% impliquem demolições".
José Diogo, presidente da Junta de Turquel, não podia estar mais de acordo. "Este é o maior crime que querem cometer contra a população. Nunca assisti, em 19 anos a liderar esta freguesia, a tamanho atentado contra os direitos dos cidadãos", acusa, criticando a maneira como o processo tem sido gerido. "Será esta obra necessária para o país? Não acredito que o desenvolvimento de um país se meça pelo TGV. Temos outras carências que se podiam resolver com menos dinheiro", afirma.
A onda de indignação promete atingir grandes proporções, quando, em Janeiro, for conhecida a opção definitiva do Governo. Recentemente, nasceu o Movimento Anti-TGV, que tenciona marcar uma reunião com a RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade. Bruno Letra, um dos elementos, questiona "se a obra é estruturante para o país e qual será a sua rentabilidade".
"Valerá a pena dividir povoações ao meio, acabar com zonas empresariais, sacrificar o trabalho da vida de tantas pessoas por alguns minutos a menos numa viagem entre Lisboa e Porto?", pergunta, defendendo um estudo, ambiental e económico, de um corredor mais a Este.
Mais a Norte, no concelho da Batalha, a preocupação também está presente. António Lucas, presidente do município, assume que o corredor que melhor serve os interesses do seu concelho é o Leiria-Poente. A outra opção, que atravessa Reguengo do Fetal e Batalha, "é mais cara e os impactes ambientais são superiores". Além disso, "causará inúmeras interferências com as redes de infra-estruturas", refere.
Leiria vai ser servida com uma estação
Segundo a Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE), os estudos de viabilidade incidiram sobre corredores a nascente e a ponte das serras de Aire e Candeeiros, viabilizando a localização intermédia em Entroncamento/Tomar ou em Leiria, respectivamente. Os corredores a nascente foram abandonados, após a decisão de servir Leiria com uma estação.
Edificações afectadas são 129, diz a RAVE
No troço entre Alenquer e Pombal, "prevê-se que sejam afectadas cerca de 129 edificações de vários tipos, desde casas de habitação a simples barracões, estimando-se que destas 60% impliquem demolições".
Texto retirado da edição de hoje do Jornal de Notícias