10.11.10

Para salvar o planeta livrem-se do capitalismo - conferência de Hervé Kempf na Faculdade de Economia de Coimbra ( dia 19 de Nov.)



Para Salvar o Planeta Livrem-se do Capitalismo
Conferência de Hervé Kempf (jornalista e escritor)
Local: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Auditório 3.1
19 de Novembro de 2010, 17.30

Para salvar o planeta devemos descartar-nos do capitalismo e reconstruir uma sociedade onde a economia não seja rainha, mas uma ferramenta. Onde prevaleça a cooperação sobre a concorrência, e onde o bem comum seja mais importante do que o lucro. O futuro não reside na tecnologia, mas num novo arranjo das relações sociais.

A convicção e a celeridade com que exigirmos maior solidariedade humana é o que vai fazer a diferença. É esta a mensagem veiculada pelo jornalista francês Hervé Kempf, que a 19 de Novembro dará uma conferência na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra intitulada «Para Salvar o Planeta Livrem-se do Capitalismo», precisamente o título do seu mais recente livro(2009).
O autor explica como o capitalismo se transformou ao longo dos anos de 1980 ao conseguir impor o seu modelo comportamental individualista, marginalizando as lógicas colectivas. Ora para sair daí torna-se forçoso desmontar o condicionamento psíquico em que aquele modelo assenta. A oligarquia no poder procura desviar a atenção do público para o desastre iminente fazendo crer que a tecnologia tudo pode fazer, inclusive evitá-lo. Esta ilusão mais não pretende que perpetuar o actual sistema de dominação. Como ilustram as reportagens demonstrativas realizadas pelo autor do livro, o futuro não está na tecnologia, mas antes em novas práticas no relacionamento social entre indivíduos e grupos.

Nota biográfica

Hervé Kempf, autor de vários livros sobre o capitalismo e a crise ecológica global, é director da revista Reporterre e editor do ambiente no diário francês Le Monde. É autor de «Comment les riches détruisent la planète» (Seuil, 2007) e de «Pour sauver la planète, sortez du capitalisme» (Seuil, 2009), duas obras que mostraram que a crise social e a crise ecológica são indissociáveis. Estas duas obras são êxitos editoriais com, respectivamente, 57 000 e 25 000 exemplares vendidos e traduções para português, inglês, espanhol, italiano, árabe, japonês, etc.