24.2.10

Alba Só - contributos para uma celebração: exposição e perfomances poéticas sobre Sebastião Alba ( dia 27 de Fev. no bar Labirinto)


ALBA só - CONTRIBUTOS PARA UMA CELEBRAÇÃO
Data: Sábado, 27 de Fevereiro de 2010
Hora: 17:00 - 18:30

Rua Nossa Senhora de Fátima, 334
4050-426 Porto





O Labirintho inicia um ciclo de eventos dedicados ao poeta Sebastião Alba,com a inauguração da exposição de fotografia e manuscritos fac-similados, a instalação multimédia "Ando do avesso do quotidiano" de Paulo Moreira, e leitura de poemas por José Carlos Tinoco.


10, 11, 17 e 18 de MARÇO, às 22h00:
Performances poéticas pelo Sindicato do Credo
e conferências pelo irmão do autor, Carneiro Gonçalves


O SINDICATO DO CREDO
Vozes: Paulo Moreira e Pedro Piaf
Guitarra: Pedro Piaf
Disc-Jockey: Nel Colaça
Vídeo-Jockey: Macário Moreira
Selecção e Pesquisa. Sérgio Almeida
Concepção: Paulo Moreira e Sérgio Almeida

SOBRE O PROJECTO

Nos 10 anos da morte de Sebastião Alba, o Sindicato do Credo – colectivo multidisciplinar de performances poéticas – propõe-se apresentar no Labirintho um conjunto de quatro performances construídas de raiz destinadas a celebrar a obra do autor de "A noite dividida".

"Alba Só" consiste num espectáculo em que, a par da evocação de alguns dos escritos mais emblemáticos de Sebastião Alba, far-se-ão múltiplas referências às suas circunstâncias de vida, nomeadamente à sua singular e destemida opção pela errância.

Não se trata de um recital de poesia convencional. Aliás, tratando-se de um poeta insubmisso e incondicionalmente livre como Alba, pretende-se que o espectáculo reflicta a sua visão do Mundo, assente numa individualidade extrema e numa intensa comunhão com a Natureza.

Além das indispensáveis palavras, extraídas dos seus livros de poesia e dos inseparáveis diários, “Alba Só” será abundante em sons. A música clássica, de Brahms a Mozart, que tanto prezava, não deixará de estar presente, mas, porque a própria mundividência do autor a isso obriga, haverá referências a outros géneros, graças à participação de um guitarrista e de um disc-jockey.

Acrescente-se a isto tudo a projecção em simultâneo de um conjunto de imagens directamente inspiradas no imaginário do autor – desde elementos típicos de “road movie” a fragmentos desconexos dos seus livros – e ter-se-á uma imagem mais aproximada do forte impacto visual pretendido em “Alba Só”.

SOBRE O COLECTIVO

Resgatar a poesia – assumida não apenas na sua vertente literária, mas como oposição ao conformismo dominante – das malhas quase sempre turvas do quotidiano, é o princípio da acção do Sindicato do Credo.

Surgido dos escombros do Sindicato do Crime, cuja brevíssima existência não impediu a apresentação de performances em locais tão variados como teatros, bares e livrarias, o Sindicato do Credo faz da tentativa de dessacralização da palavra poética a sua verdadeira "tour de force". Não se espere, por isso, encontrar nas suas performances singelas odes poéticas ou a exaltação de grandiloquências, reais ou imaginárias...

O reportório de autores escolhidos (paleta variada que integra consagrados, marginais ou simples desajustados) reflecte uma estética – discutível como todas, certamente – assente numa pessoalíssima, embora plural, busca da crueza literária. Nas intervenções do colectivo, os artifícios e os modismos são abandonados sem pudor em busca de uma autenticidade que elege a indiferença como inimigo mortal.

O vídeo, a instalação, a música e a performance são os suportes de que se socorre, instrumentos predilectos para atingir o fim em vista: o questionamento das verdades ditas "inquestionáveis".