23.1.10

33º aniversário do massacre dos advogados comunistas antifascistas de Atocha


Monumento "El Abrazo" de Juan Genovés erigido em homenagem dos 9 advogados de Atocha

Como lema de homenagem às vítimas tornou-se habitual invocar a frase de Paul Eluard,
«Se o eco da sua voz se debilita, pereceremos»


Há 33 anos atrás, mais concretamente a 24 de Janeiro de 1977, um grupo fascista armado da extrema-direita (o autodenominado comando Roberto Hugo Sosa da Aliança Apostólica Anticomunista, AAA) irromperam no escritório de advogados comunistas das Comissiones Obreras situado no número 55 da calee Atocha em Madrid e metralharam as nove pessoas presentes. Faleceram então 5 advogados, Javier Sauquillo, Javier Benavides, Enrique Valdelvira, Serafín Holgado e o sindicalista Ángel Rodríguez Leal, enquanto ficaram gravemente feridos Alejandro Ruiz Huertas, Mª Dolores González, Luís Ramos y Miguel Sarabia.
Foi um dos factos que marcaram a transição espanhola. Recorde-se que, nessa altura, o Estado espanhol ainda não legalizara os partidos da esquerda, e a reacção de repúdio face aos acontecimentos foi decisiva para a abertura de um processo de liberalização do regime ditatorial franquista para a legalização dos partidos de esquerda, em especial o PCE.

O jornal italiano Il Messaggero indicou em Março de 1984 que neofascistas italianos participaram na matança,[1] algo que foi provado em 1990, quando um informe oficial italiano relatou que Carlo Cicuttini, um neofascista italiano próximo à organização Gladio (uma rede clandestina anti-comunista dirigida pela CIA), participara na matança.

http://es.wikipedia.org/wiki/Matanza_de_Atocha_de_1977