O documentário "Pare, Escute e Olhe", que defende a preservação da Linha do Tua, e que arrecadou seis prémios de cinema , vai ser exibido, em Mirandela, no próximo dia 14, aos próprios protagonistas que irão ver as suas estórias reflectidas numa tela.
Jorge Pelicano, realizador do filme/documentário "Ainda há pastores", passou dois anos, entre montes e vales, a filmar a beleza do vale do Tua e as suas gentes
Apresentação do filme aos protagonistas:
CINE H2O - em MIRANDELA, a 14 NOVEMBRO
17H e 21H30 no CENTRO CULTURAL DE MIRANDELA
[No final da sessão debate com o realizador Jorge Pelicano]
PROTAGONISTAS:
Fernanda vive numa estação abandonada.
Berta, utilizadora frequente do comboio, necessita do transporte para ir ao médico ou simplesmente comprar um litro de leite.
Pedro Couteiro, activista, um acérrimo defensor dos rios.
Jorge Laiginhas, escritor transmontano, conduz-nos às entranhas e beleza do vale.
Abílio Ovilheiro, ex-ferroviário, vive numa estação activa, autêntico sabedor de notícias da região.
Através do seu quotidiano, do acompanhamento das suas estórias de vida ao longo de dois anos e meio - PARE, ESCUTE, OLHE - é um documentário interventivo, que assume o ângulo do povo para traçar um retrato profundo de Trás-os-Montes.
http://www.pareescuteolhe.com/
http://www.costacastelo.pt/pareescuteolhe/index2.html
http://pareescuteolhedoc.blogspot.com/
http://www.linhadotua.net/
http://alinhaetua.blogspot.com/
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Tendo a linha do Tua como fio condutor, entre Bragança e Foz Tua, “Pare, Escute, Olhe” comporta duas realidades: troço desactivado o e o troço activo. No primeiro, o comboio já não circula, os autocarros que vieram substituir os comboios há muito que desapareceram, aldeias sem um único transporte público, isoladas.
No troço activo, o anúncio da construção de uma barragem no Foz Tua, encaixada num património natural e ambiental único, ameaça o que resta da centenária linha.
O documentário começa com recuo temporal para ajudar a perceber as causas dodespovoamento e as medidas tomadas em torno da questão da via‐férrea do Tua: as promessas políticas, o encerramento da Linha do Tua entre Bragança e Mirandela (1991), o ‘roubo’ das automotoras pela calada da noite (1992), o fim do serviço público dos transportes alternativos.
Quinze anos depois, em 2007, no troço desactivo as aldeias estão isoladas e despovoadas. Durante os dois anos de filmagens (2007 a 2009), no troço activo, sucessivos acidentes, o anúncio da barragem, a incúria dos responsáveis na manutenção da linha, marcaram os acontecimentos.
“Pare, Escute, Olhe”, é um documentário interventivo, assume o ângulo do povo para traçar um retrato profundo de Trás‐os‐Montes. Por isso a estória, não tem propriamente um personagem principal, mas vários: utilizadores assíduos do comboio que necessitam do transporte para ir ao médico ou simplesmente comprar um litro de leite, um activista defensor da linha, um escritor transmontano que nos conduz às entranhas do vale do Tua, um ex‐ferroviário que vive numa estação activa, uma autêntico sabedor das notícias da região.
A acção desenrola‐se em Trás‐os‐Montes, Lisboa (centro de decisões do poder central) e Suíça, um bom exemplo de rentabilização e aproveitamento das vias‐férreas para o turismo e serviço às populações.