5.7.09

Precarização dos professores em Portugal é a maior de todos os países da OCDE


Uma das edições passadas do Diário Económico divulgava as conclusões dum estudo da OCDE sobre as condições de trabalho dos professores. O "TALIS" é o primeiro grande inquérito internacional sobre o tema e concluiu que, entre os 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Portugal é o que apresenta as piores condições de trabalho para os professores.

Portugal apresenta, a larga distância de qualquer um dos outros países da OCDE, os mais baixos valores no que diz respeito à contratação permanente: apenas 67,6% dos professores têm contratos sem termo, o que significa que 32,4% leccionam com vínculos precários.

É uma triste realidade. Mas, infelizmente, tudo nos leva a crer que estes números estão ainda abaixo da realidade. Em Portugal há um enorme contigente de professores desesperados, que, ficando sucessivamente à margem dos concursos, são atirados para as Actividades de Enriquecimento Curricular ou para outras formas de sub-emprego.

Não sendo nenhuma novidade, acima de tudo, estes números confirmam que em Portugal a precariedade está a ser imposta a partir do próprio Estado: é também aqui, a partir da precarização de mais de uma centena de milhar de trabalhadores e trabalhadoras, quase sempre ilegal, que se autoriza a generalização da precariedade, que hoje já atinge muito mais que dois milhões de pessoas em Portugal.


Fonte: http://www.precariosinflexiveis.org/