5.7.09

O aumento do garimpo e da actividade dos garimpeiros ameaçam a vida e as terras indígenas dos Yanomani



http://www.socioambiental.org/

Sobre os Índios Yanomani:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ianom%C3%A2mis

Em carta enviada à presidência da Funai em 27 de maio, a Associação Yanomami Hutukara (HAY) denuncia o crescimento desenfreado das actividades garimpeiras em seu território e exige das autoridades providências urgentes temendo que o garimpo cresça aos índices da década de 1980 quando a presença de mais de 45 mil garimpeiros resultou em mortes, epidemias, degradação ambiental e desestruturação social.

A carta divulgada pela HAY se baseia em relatos recebidos das comunidades e no crescimento nas vendas de material para garimpo no comércio de Boa Vista. O secretário da Hutukara, Dário Vitório, disse que nos últimos meses aumentou o número de cartas vindas das comunidades yanomami pedindo ajuda para a retirada dos garimpeiros. “Os parentes nos falam por radiofonia e através de cartas que estão com medo porque aumentou muito o barulho de aviões, helicópteros e motores nas proximidades das comunidades. Em alguns lugares, como no Papiú, os garimpeiros se aproximam das comunidades para tentar comprar nossa comida e nos convidando para trabalhar."

Segundo a carta da Hutukara, é visível o aumento da actividade garimpeira também em Boa Vista, capital de Roraima: “Em Boa Vista, aumentou o número dos comércios que vendem material para garimpo, e também as casas de compra de ouro e diamantes. O ouro voltou a ser moeda nas lojas do centro da cidade de Boa Vista".

A Hutukara critica as poucas operações até então deflagradas pela Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai), apontando para a sua ineficácia, pois os garimpeiros fogem para dentro da mata assim que ouvem o barulho do avião, e os que são pegos têm a certeza da impunidade: “De vez em quando garimpeiros são retirados pela Funai, porém nenhum garimpeiro foi preso e eles sempre voltam para a terra Yanomami, para garimpar. É comum na época das chuvas os garimpeiros aparecerem nos postos da Funai e se entregarem. Eles ganham uma “carona” para voltar para casa e no verão voltam para os garimpos ilegais.

A solução, conclui a Hutukara, é fazer "o controle da entrada dos garimpeiros, a prisão dos garimpeiros e dos equipamentos, mas principalmente dos empresários do garimpo, que contratam os garimpeiros e financiam esta atividade."

Para ler a carte supra referenciada:
aqui

Fonte da notícia:
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2900



A formação de professores Yanomami já inclui referências às mudanças climáticas globais

Na penúltima etapa do curso de Magistério Yarapiari, na Missão Catrimani (RR), os cerca de 80 participantes ouviram apresentações sobre gases poluentes e efeito estufa entre outros itens. Eles se comprometeram a fazer pesquisas sobre como a mudança climática é percebida pelas lideranças Yanomami e de que forma impacta o seu modo de vida. Devem apresentar os resultados ainda este ano, no final do curso.

Foi a décima-primeira etapa do Magistério Yarapiari de Formação de Professores Yanomami, promovida pelo Projeto Pró-Yanomami do Programa Rio Negro do ISA.

Entre 4 e 31 de maio, cerca de 80 professores falantes de quatro línguas, vindos de 11 regiões da TI, lotaram a Missão Catrimani, na TI Yanomami (RR) para participar da penúltima etapa do curso.

Os temas foram “Alimentação e Mudanças Climáticas” com a consultoria de Márcio Santilli, do ISA; “Política Lingüística e Políticas Públicas em Educação”, com a consultoria de Maria Cristina Troncarelli; “Nutrição”, com o consultor Maurice Tomioka Nilsom (Inpa/AM) e “Pesquisa” com a orientação de Judite Gonçalves de Albuquerque da Universidade Estadual de Mato Grosso – Unemat/Unicamp).

Em relação à mudanças climáticas, por exemplo, foram abordados conteúdos introdutórios, a visão da ciência sobre as mudanças climáticas, . e o aumento da emissão de gases poluentes, os chamados gases de efeito estufa, desde os tempos da revolução Industrial no século XVIII.

Como orientação para o próximo curso, no qual o tema será abordado novamente, os professores, jovens em sua maioria, realizarão pesquisas com os xamãs e lideranças tradicionais, enfatizando a visão dos Yanomami sobre as mudanças climáticas e seus possíveis impactos na vida do seu povo.

A primeira turma de professores Yanomami iniciada em 2001 vai se formar este ano. As etapas intensivas são apenas uma modalidade da formação, que inclui intercâmbios, pesquisa, acompanhamentos pedagógicos in loco e estudos autônomos. Em parceria com a Hutukara Associação Yanomami, o ISA pretende lutar para que a primeira turma de professores formados seja certificada.

Esta etapa do curso contou com a parceria da Fundação Rainforest, do Ministério das Relações Exteriores da França (MAE), da Missão Consolata (Diocese de Roraima) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Fonte da notícia:
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2904



CANTOS YANOMANI

A Hutukara Associação Yanomami lançou o CD Reahu He Ã, com Cantos da Festa Yanomami





Yanomamis: A última tribo (1/2)

Uma viagem para conhecer uma das tribos mais ancestrais que habitam na Terra, e que vive na selva tropical no norte do Brasil




Yanomamis: A última tribo (2/2)