31.5.09

80.000 professores na rua chumbam o governo de Sócrates e Lurdes Rodrigues

80.000 professores na rua chumbam o governo de Sócrates e Lurdes Rodrigues e a sua política de converter professores em simples recursos ministeriais


Numa demonstração de enorme dignidade e de resistência cívica aos desmandos prepotentes da Maioria Absoluta do Partido Xuxialista ( não confundir com Socialismo e Solidariedade) do «inginheiro» Sócrates e da sua inseparável ( e inqualificável) ministra da (des)Educação Lurdes Rodrigues, mais todos os só-cretinos que os apoiam, cerca de 80.000 Professores e Educadores de todo o país estiveram ontem na rua em Lisboa para dizer NÃO a esta política (des)educativa, em especial o Estatuto da Carreira Docente e o Modelo autocrático de Gestão das Escolas em vias de implementação.

A realização de mais esta grande manifestação constitui uma prova inequívoca da rejeição de toda uma classe profissional pelas orientações políticas do actual Governo de Sócrates/Lurdes Rodrigues e um sintoma do mal-estar, descontentamento e divergência da população em geral face às decisões e medidas tomadas pelo governo e o Partido que o sustenta.

A luta dos professores, ao longo dos últimos tempos é também um exemplo a ser levado em conta por todos os trabalhadores assalariados em defesa dos seus direitos e pela dignificação da sua profissão contra os abusos de poder e as interferências estranhas que nos querem impingir em nome do todo-poderoso mercado, e dos seus subprodutos ideológicos (ex: concorrência, competição, gestão unipessoal, avaliação de competências, hierarquização e segmentação profissional, etc, etc) que visam converter o ensino e a educação num negócio, funcionalizar (isto é, «menorizar») os professores e educadores, anular o direito à educação para todos, e impedir a construção de uma escola pública de qualidade.

Porque uma escola pública democrática e de qualidade (inspirada na ética da dignificação e emancipação social, aspiração inerente a todos os indivíduos) é o contrário à escola-mercadoria com professores-funcionários que é próprio da educação mercantilizada ( inspirada nos valores do lucro, da rentabilização imediata, e da exclusão social de quem não tem dinheiro para pagar a sua educação...)

Não à Escola ocupacional e massificadora para cidadãos apáticos e telecomandados.

Sim à Escola democrática de qualidade, formadora de indivíduos livres e activos com consciência crítica







Prosseguindo aquela que é reconhecida como uma das mais persistentes e corajosas lutas desenvolvidas por um sector profissional no nosso País, os educadores e professores voltaram às ruas de Lisboa.


Mais de 80 000 docentes fizeram ouvir, de novo, a sua voz, reivindicando soluções justas para os problemas e as injustiças que afectam a Profissão e a Escola Pública.

O coração da baixa pombalina voltou a sentir a determinação e a combatividade de milhares de docentes, oriundos de todas as regiões do País, que responderam ao apelo da Plataforma Sindical, dando forma e cor a uma maré de protesto, no cenário histórico da Avenida da Liberdade, unindo o Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores, num desfile, iniciado cerca das 15h30, que durou mais de duas horas, e que desta vez teve à cabeça os educadores e professores do Sul. Passavam dez minutos das 16 horas quando chegaram aos Restauradores, aplaudidos por centenas de pessoas. Às 16h45 estavam ainda muitos professores do Norte junto à estátua do Marquês de Pombal, aguardando a entrada na Avenida.

Cinco palavras da ordem marcaram o ritmo desta jornada: "Emprego sim, desemprego não!", "Ministra escuta, os Professores estão em luta!", "Avaliação sim, mas esta não!", "Carreira só há uma: Professor e mais nenhuma!" e "É preciso, é urgente uma política diferente!"









Este último vídeo foi retirado de: http://escolapublica2.blogspot.com/

30.5.09

Novos caminhos de xisto são inaugurados este fim de semana na Lousã


Neste fim-de-semana venha descobrir as Aldeias do Xisto a pé.

No dia 30 de Maio são inaugurados dois Caminhos do Xisto na Serra da Lousã: A Rota dos Moinhos da Serra da Lousã (PR 1) e a Rota das Aldeias Serranas (PR 2).

O Caminho do Xisto PR 1, é um percurso pedestre com uma ligação privilegiada do centro da Lousã à zona do Castelo e N. S. da Piedade.

O Caminho do Xisto PR 2, é um percurso que evolui em grande parte nas encostas da Serra da Lousã e faz a ligação do Castelo da Lousã e Ermida de N. S. da Piedade com duas das mais emblemáticas Aldeias do Xisto desta serra, o Talasnal e o Casal Novo.


Amanhã, dia 31 de Maio, é a vez do passeio no “Caminho do Xisto de Benfeita” em Benfeita, concelho de Arganil. Este Caminho do Xisto atravessa atalhos agrícolas, que se desenvolvem ao longo de levadas, permitindo o contacto com fantásticas quedas de água.
Utilizando-se caminhos estreitos mas bem definidos, este é um trilho em permanente contacto com rara beleza natural.
Durante o percurso, ao longo da margem da ribeira toma-se contacto com pequenas mas fantásticas quedas de água, bem como com as transformações da paisagem, fruto da acção do Homem, concedendo à paisagem uma visão humanizada.
Este percurso é assim reinaugurado, tendo sido revistas, melhorando-se algumas partes do troço deste percurso.


www.aldeiasdoxisto.pt/download/PR_Inaug_CXLousa.pdf

www.aldeiasdoxisto.pt/download/PR_Inaug_CXBenfeita.pdf


Caminhos do Xisto:

http://www.aldeiasdoxisto.pt/percursos/63/5/69/1851/

http://www.aldeiasdoxisto.pt/index/5

Informação obtida via http://agricabaz.blogspot.com/

Lançamento no Barreiro do livro «Um discurso escondido, Alfredo da Silva e as greves da CUF durante a Primeira República 1910-1919» de Vanessa Almeida




Hoje, 30 de Maio, pelas 16h30, tem lugar o lançamento do livro «Um Discurso Escondido, Alfredo da Silva e as Greves na CUF na Primeira República», da autoria de Vanessa de Almeida, no Auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro.

A Biblioteca Pública do Barreiro é um espaço que tem como objectivo dar resposta às necessidades informativas, culturais, educativas e de lazer da população do concelho.


Espaço aberto e dinâmico referido pela UNESCO como “instituição democrática de ensino, cultura, informação e lazer”, a biblioteca pública presta hoje à comunidade que serve um conjunto de serviços: serviços de leitura (empréstimo domiciliário de livros, consulta local de livros, jornais, revistas e documentos audiovisuais e multimédia), serviços de apoio e orientação bibliográfica (bibliografias, catálogos, apoio na pesquisa de informação, documentação sobre a vida económica, social e cultural da comunidade), actividades decorrentes da cooperação com outras entidades (escolas, outras bibliotecas, associações várias), e actividades de animação cultural.


Localização e horários
Biblioteca Municipal do Barreiro
Morada: Rua da Bandeira
Urbanização do Palácio do Coimbra
2830-330 BARREIRO


Informação obtida por via do excelente blogue:

As ruas são de toda a gente! (festa na rua e arruada com percurso repleto de actividades em Lisboa, hoje, às 17h.30 com partida nos Restauradores)




É urgente reivindicar o direito de usufruir da rua. A rua deve ser um espaço vivo de movimento humano, discussão, relações sociais, liberdade e espontaneidade.

Dia 30 de Maio em Lisboa: Percurso repleto de actividades desde a Praça dos Restauradores até ao Largo do Carmo, passando pelo Rossio, Grémio, Elevador de Santa Justa, Rua do Carmo e Rua Garrett.


Festa na Rua!

30 de Maio, 17.30, Restauradores

programa Percurso e "happenings"

Restauradores, frente à Loja do Cidadão, no centro da praça, junto ao símbolo masónico do obelisco: ponto de encontro e zona de badminton e balões de água.
Frente à estação do Rossio: gaita(s) de foles.
Rossio: gigantones e futebol.
Grémio: Edward.
Passadeira para o Carmo: balões de água nos "homens do volante".
Elevador: notas.
Armazéns do Chiado: poesia das gavetas.
Igreja da Rua Garrett: Pedro e Diana.
Antes da Brasileira: jogo dos triângulos.
Igreja da Rua Garrett: Diana e Pedro.
Carmo: piquenique, danças e filme.




A RUA, símbolo cultural central que é necessário defender, deve ser deTOD@S NÓS.

As sucessivas lavagens cerebrais levadas a cabo pelos meios de propaganda,que incutem medo e sentimento de insegurança, visam afastar-nos da RUAe manter-nos enclausurad@s em casa, e, quanto mais fechadinh@s, mais mansinh@s.

É urgente reivindicar o nosso direito de usufruir da RUA comoquisermos e celebrá-la saindo à RUA todos os dias.

Quando se questiona e desafia a realidade que vivemos no presentehá sempre a dúvida congelante sobre se “vou jogar pelo seguro e ficarem casa ou vou para a RUA”.A RUA deve ser um espaço vivo de movimento humano, discussão, relaçõessociais, liberdade e espontaneidade.A privatização do espaço público alimenta a erosão das sociabilidadesdos bairros, das vizinhanças.A comunidade desaparece… no espectáculo fechado (casa).


Manifesto
AS RUAS SÃO DE TODA A GENTE!

Consideramos que o espaço público deve ser utilizado em prol das pessoas para fazer escolas, jardins de infância, hortas comunitárias, centros de dia para idosos, jardins, ciclovias, centros sociais, colectividades desportivas e culturais, habitação para quem não tem casa.


Temos assistido à venda de centenas de terrenos e edifícios da Câmara de Lisboa e d
o governo que têm como objectivo servir aqueles que apenas vêm nos espaços livres da cidade espaços com potencial para fazer dinheiro (construção de hóteis de luxo, condomínios privados, centros comerciais nos centros da cidade, vias rápidas, estradas).


Preferimos que os espaços continuem livres da lógica do lucro e que projectos de dinamização cultural, desportiva, social sejam apoiados e levados a cabo nesses sitios. É necessário conservar esses espaços e criar outros.

Somos bombardeados todos os dias com kilometros de publicidade. No metro, no jornal gratuito, no autocarro, nos outdoors gigantes por toda a cidade.

Tudo nos direcciona para uma sociedade com a qual não nos identificamos para uma sociedade cada vez mais individualista, controlada, castradora dos encontros espontâneos de pessoas, das conversas, das ideias, dos sonhos que os instrumentos de manipulação através do seu ruído constante nas ruas, na televisão, na internet abafam e silenciam.

A lógica do lucro, da ganância, do poder, que privatiza tudo não é a nossa e por isso gostávamos de trazer grupos culturais para a rua e realizar um percurso acompanhado de música pela cidade em que pararemos em alguns sitios de Lisboa para assistir a concertos, performances, cinema, dança e outras surpresas.

Mamas ( espectáculo de rua da companhia Planet Pas Net em Aveiro, às 15h. e 17h.) em homenagem às mulheres africanas


Mamas
(espectáculo de rua da companhia de teatro planet pas net)
Nas ruas de Aveiro no dia 30 Maio, Sábado, às 15.00 e 17.00
Entrada Livre

Les Mamas, é um espectáculo de rua deambulatório para marionetistas em andas.
Estas gigantes africanas acabaram de chegar com as suas crianças às costas.
São marionetas que circulam cheias de elegância e de graça.
Venham ao seu encontro!

Oferecem-vos um olhar cheio de doçura sobre o mundo, um momento mágico, ternurento e poético.

Na fronteira dos espectáculos de andas e de marionetas, estas africanas de 3,50m, com os seus bebés às costas, com as suas bijutarias e os seus fatos coloridos, convidam-vos à descoberta e a um encontro muito especial na própria cidade.

A companhia Planet Pas Net propõe um universo cheio de humor, um visual singular e construções insólitas. Foi fundada em 1998 e reúne artistas de diversas áreas (actores, artistas plásticos, artistas de circo, etc.).

Extensão do FIMFA Lx09 - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa.




http://www.teatroaveirense.pt/


29.5.09

Apresentação do livro “Minha Pátria é o Mundo Inteiro”, biografia sobre Neno Vasco, no bar-livraria Gato Vadio (hoje, dia 29, às 22h.)


A obra de pesquisa histórica, «Minha Pátria é o Mundo Inteiro» de Alexandre Samis (Letra Livre, 2009) sobre o militante anarquista Neno Vasco (1878-1920), intelectual que actuou nos meios operários em Portugal e no Brasil com particular importância na imprensa sindicalista da época, será apresentada hoje, dia 29 de Maio, pelas 22h., na livraria Gato Vadio ( Rua do Rosário nº 281, Porto)


Da "geração coimbrã" à militância e implantação social do anarquismo,do anarco-sindicalismo e do sindicalismo revolucionário em Portugal e no Brasil, da República de 1910 ao reaccionarismo da mesma contra o movimento operário e contra os libertários, este livro é também o relato de todo um conjunto de lutas sociais de uma época em que as ideias anarquistas tinham calado fundo nos meios populares e operários.


Neno Vasco ou Gregório Nazianzeno Moreira de Queirós e Vasconcelos (1878 – 1923) foi um poeta, advogado, jornalista e escritor, ardoroso militante anarco-sindicalista nascido em Portugal. Emigrou para o Brasil onde estabeleceu uma série de projectos com os anarquistas daquele país. É de sua autoria a tradução mais conhecida para língua portuguesa do hino A Internacional.

“Minha Pátria é o Mundo Inteiro. Neno Vasco, o Anarquismo e o Sindicalismo Revolucionário em Dois Mundos”, Alexandre Samis, Letra Livre, Lisboa, 2009 455pp

28.5.09

Julien Coupat foi hoje libertado, após 6 meses de prisão preventiva , acusado de ser um terrorista por ter provocado atrasos nos comboios franceses!!!

Julien Coupat, suspeito presumido das sabotagens dos comboios franceses que persistentemente não cumpriam os horários, e sistematicamente chegavam tarde aos seus destinos, e detido junto com mais outros presumíveis 9 «terrroristas» numa operação mediático-policial do passado dia 11 de Novembro em Tarnac, pequena aldeia do interior, foi hoje colocado em liberdade após ter passado seis meses detido numa prisão do Estado francês sem que tenha sido provado absolutamente nada contra os detidos.


Uma derrota estrondosa de Sarkosy, cuja polícia não olhou a meios para tentar provar a existência de perigosos terroristas, designados pela imprensa e polícia como anarco-autónomos ou da ultra-esquerda.


Yldune Lévy (companheira de Julien)


Os pais de Julien Coupat e de Yldune Lévy

4º Encontro C-Days realiza-se hoje ( às 19h.) no Centro Social da Mouraria e é dedicado ao consumismo e às várias formas de anticonsumismo


28 de Maio, às 19 horas: 4º Encontro C-Days sobre "Consumir (verbo transitivo que significa fazer desaparecer pelo uso ou pelo gasto)" . Este será um debate impróprio para consumo...


Local: Centro Social da Mouraria
O Centro Social da Mouraria fica na Travessa de Nazaré 21, 2º, perto do Martim Moniz, em Lisboa.


Comprar, trocar, impingir, oferecer, usar, reutilizar, arranjar, desperdiçar, esbanjar, roubar, vestir, guardar,... Não faltam verbos transitivos para descrever a nossa relação com os objectos. Desde a ponta de lança em pedra até aos ipods e iphones, tb não faltam pessoas que os considerem imprescindíveis. As fronteiras entre objectos essenciais, úteis, de decoração, recordação e estimação são nebulosas. Os objectos parecem adquirir os traços das n/personalidades tais como os n/ animais domésticos. Nesta projecção que anima os objectos aos nossos olhos, muitos de nós encontramos a nossa auto-estima, a nossa segurança e até a nossa definição. Afinal, quem somos sem coisas? E o que são coisas sem nós?

4 convidados ajudarão a responder a 4 das perguntas sugeridas em 10 minutos. Se vos apetecer, escolham também uma e exijam 4 minutos! Ou venham só escutar, comentar, perguntar.. Tudo menos consumir ;-)


Quais as formas actuais de anticonsumismo? - Ariana Jordão, Freegan

É possível livrarmo-nos do verbo consumir?

O chamado consumo sustentável não será uma falácia?

Quando os produtos mais responsáveis são mais caros, isso é bom ou mau sinal?

Como podemos passar de consumidor a produtor?

Reciclar, Reutilizar, Reduzir, Reparar, Recusar, Respeitar: quantos R's há afinal?

Até onde e até que ponto é que o consumo local é local?

Como retomar o espaço cultural que o consumo ocupa?

E se partilhássemos em vez de possuirmos?

A economia colapsa se deixarmos de consumir? - Mó de Vida, Cooperativa de Consumo

Como defendermo-nos do consumo indirecto? (media, propaganda e publicidade) - Yve Le Grand, Antropóloga Alimentar

Somos mesmo livres de consumir ou não consumir?

Como criar alternativas ao mercado de consumo?

Como consumir menos e ter mais qualidade de vida?

Quando é que lixo é mesmo lixo? - Sérgio Serra, Dinamizador do Freecycle Lisboa


http://thecdays.wetpaint.com/


Objectivos dos C-days

1. debater em formato aberto, por meio de conversas on e offline, os temas relacionados com as potencialidades de um novo sentido comunitário e da gestão partilhada do bem comum.
2. fomentar a criação e fortalecimento de redes sociais que se baseiem na troca e colaboração para realizar projectos inovadores de âmbito comunitário.

A participação está aberta a todos os que queiram contribuir com temas em formato: workshop, debate, partilha de conhecimentos, apresentação de projecto, tertúlia, seminário, etc.

Com uma frequência mínima mensal serão organizados encontros offline, culminando numa maratona C-days na Primavera com os melhores temas e formatos, apimentados com mini-mercados, oficinas e diversões. Ao longo do ciclo hibernal C-days serão ainda realizadas sessões preparatórias com os dinamizadores interessados.

Podem também propor temas e formatos para o email thecdays@gmail.com



Os C-days são organizados pelos participantes!

Os C-days são sessões temáticas mensais a culminar numa maratona de dois dias na Primavera onde os melhores temas serão apresentados e objecto de uma reflexão mais ambiciosa em simultâneo com minimercados de troca, oficinas e diversões.

Como se trata de inovar, queremos que seja a comunidade a propor e dinamizar cada um dos temas. Faremos sessões preparatórias com os dinamizadores interessados para estendermos, para além da nossa imaginação imediata, os formatos de comunicação e aprendizagem nos encontros C-days, com base na diversidade, na tolerância e na participação. Os interessados em dinamizar um tema nos C-days são convidados a enviar uma breve descrição do tema e proposta de formato para o email thecdays@gmail.com


Exemplos (de todo exaustivos!) de temas: hortas comunitárias, sistemas alternativos de mercado/ produção/ consumo, a mobilização e capacitação dos cidadãos, a reconquista do bem comum, a livre formação e educação, voluntariado e comunidade, cooperativas, sistemas de troca locais, mercados e negócios colaborativos, uma nova mobilidade, a colaboração em massa, a cidade como ecossistema, bairros e aldeias sustentáveis, comunidades impacto-zero, a cozinha política, formas de auto-organização, ..
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Manifestação nacional de Professores: todos a Lisboa no dia 30 de Maio para dizer Não à política educativa do governo de Sócrates

Clicar sobre a imagem para ampliar e ler em detalhe



Carta Aberta ao Primeiro-Ministro de Portugal


Senhor Primeiro-Ministro,

Ao longo da Legislatura, cujo final se aproxima, os professores e educadores portugueses pugnaram e lutaram pela dignificação e valorização da sua profissão, pela qualidade educativa da Escola Pública e pela criação de condições de trabalho propiciadoras das boas aprendizagens dos alunos.

Insensível e, muitas vezes, indiferente às preocupações e propostas fundamentadas dos professores, apresentadas pelas suas organizações sindicais, o Governo desvalorizou grandes acções de protesto e exigência realizadas e, na mesa das negociações, ignorou as propostas sindicais, em tudo o que é fundamental, assumindo uma atitude de grande inflexibilidade negocial e arrogância política.

Mas, para além de um posicionamento contrário ao diálogo e à concertação, o Governo optou por intoxicar a opinião pública, pondo em causa o brio profissional dos docentes, a dedicação e a isenção do exercício funcional destes profissionais. Desvalorizou os docentes, contribuindo para a fragilização da sua autoridade, enquanto educadores, através de medidas e de um discurso que potenciam situações de indisciplina e violência.

Lamenta-se que, ao longo da Legislatura, o Senhor Primeiro-Ministro não tivesse recebido a Plataforma Sindical dos Professores, apesar dos insistentes pedidos formulados. Se tal tivesse acontecido, poderia, em momentos de maior crispação, ter contribuído para aliviar a tensão existente e devolver a tranquilidade necessária aos processos negociais e à resolução dos problemas, com reflexos positivos para as escolas... mas não quis, V.ª Ex.ª, assumir essa responsabilidade política.

A par de todas as medidas que tanto desvalorizaram a profissão docente e as escolas, o desrespeito que os responsáveis do ME e do Governo revelaram pelos docentes e suas organizações sindicais contribuiu, igualmente e de forma indelével, para a escalada de degradação do próprio relacionamento institucional, inviabilizando a construção de consensos e de compromissos políticos tão necessários à Educação. Situação que, aliás, continua a verificar-se.

Senhor Primeiro-Ministro,

Entre outros diplomas legais que o Governo aprovou e impôs, o Estatuto da Carreira Docente constitui um dos instrumentos que mais contribuem para a deterioração das condições de trabalho e de exercício profissional, com implicações negativas na organização e funcionamento das escolas e nas aprendizagens dos alunos.

Teria sido fundamental e de elevado interesse público que o Ministério da Educação, no âmbito do processo de revisão iniciado em Janeiro de 2009, tivesse aproveitado para alterar alguns dos aspectos que merecem maior contestação e mais contribuem para o clima de grande insatisfação e desmotivação que se mantém muito vivo nas escolas e que, ao mesmo tempo, têm levado a uma cada vez maior degradação das condições de exercício da profissão. Mas desperdiçou essa oportunidade!

Neste final de Legislatura, os Professores e Educadores Portugueses reafirmam:

- o seu profundo desacordo com as políticas educativas do actual Governo, contra as quais se manifestam;

- ser indispensável a assunção de compromissos claros para o futuro, no sentido de uma profunda mudança no rumo dessas políticas;

- a necessidade de se pôr fim à postura anti-negocial que imperou ao longo destes quatro anos.

Estas exigências colocamo-las ao Senhor Primeiro-Ministro, como a todos os dirigentes de partidos políticos que se preparam para integrar ou influenciar, através da sua representação parlamentar, a futura governação, esperando, desta forma, contribuir para a devolução, a Portugal, das condições de governabilidade na Educação e de exercício profissional na docência, necessárias à defesa de uma Educação e um Ensino Públicos de Qualidade para Todos.

Lisboa, 12 de Maio de 2009

A Plataforma Sindical dos Professores

Café Zapatista com filme e debate sobre desobediência civil ( dia 30 na Casa Viva)


Desobediência Civil e Acção Directa. São duas expressões para descrever estratégias de intervenção política de base, frequentemente envolvendo a violação da lei. Mas, para além desse elemento comum, significam coisas muito diferentes.

Numa apresentação que utilizará material vídeo e alguns relatos de experiências pessoais, exploraremos a utilização da desobediência civil e da acção directa como uma táctica utilizada através da história em vários locais do Planeta. De Henry Thoreau a Ghandi, a Martin Luther King, aos Monkeywrenchers, ao movimento anti-militarista europeu, ao Verde Eufémia e aos Zapatistas. Todos têm ou tiveram o seu papel na história.

As seguintes questões estarão abertas para debate: Como podem estas tácticas ser transpostas para Portugal? Como é que lidamos com o risco de isolamento político que pode acompanhar a radicalização das estratégias?

Isto será depois de jantar, depois de Blackjackers.
Casa Viva
Praça marquês pombal 167
Porto

27.5.09

Corujão da Poesia

Corujão da Poesia Leblon é um evento de literatura e música que acontece todas as terças-feiras na livraria Letras & Expressões do bairro Leblon. Rio de Janeiro/RJ, a partir da meia-noite

São já três anos de existência do Corujão da Poesia Leblon.

No início de 2008 foi criado, entretanto, o Corujinha para que as pessoas que não pudessem acompanhar as sessões durante a madrugada pudessem usufruir também de um espaço democrático, criativo e aglutinador de amantes dos livros e da leitura.

O nosso único alerta é o seguinte: esteja sempre preparado com a suaapresentação/performance/leitura, tal como manda a nossa democrática e libertária tradição.
O microfone está sempre aberto aos poetas, músicos, actores, escritores e todos demais amantes da arte da palavra.

A entrada é sempre franca.

Quando o relógio bate as 24 badaladas, nós nos locomovemos para a Livraria Letras&Expressões, onde o nosso evento prossegue até as quatro horas da manhã com microfone e até as seis da manhã no tête-à-tête.

Tornamo-nos um MOVIMENTO PLURAL, real, dinâmico, acolhedor e com desadobramentos no cenário socio-cultural do estado do Rio de Janeiro e com repercussão em todo o país.

Nossas metas principais: a inclusão do livro nos espaços de convivência e a formação do prazer da leitura individual e colectiva, tendo a POESIA e a MÚSICA como os instrumentos de sedução. Afinal, quem resiste a um poema ou a uma canção?

O crescimento do movimento foi tanto que na metade de 2008 criamos mais duas edições: primeiro veio o Corujão Niterói e depois o Corujão Barra.

Tradicional Corujão da Poesia
Todas as terças-feiras
a partir de 00h
Na Livraria Letras & Expressões Leblon
Rua Ataulfo de Paiva, 1292
Entrada franca.


Corujinha Leblon
Todas as terças-feiras
De 21h30 a 00h
Na Pizzaria Pronto
Rua Dias Ferreira 33, Leblon

Corujão Barra - dias 11 e 25 de maio
O evento é quinzenal.
Na Livraria DiVersos
Avenida Érico Veríssimo, 843, Jardim Oceânico,
Barra da Tijuca (ao lado do Balada Mix)
A partir das 20h.

Corujão Niterói - dias 01 e 15 de junho
O evento é quinzenal.
No Bar G3
Rua Cinco de Julho, Icaraí, Niterói.
A partir de 20h30.

É a única vigília semanal de poesia, literatura e música de toda a América Latina e com o microfone aberto para todos que queiram se manifestar artisticamente. Toda semana músicos dividem a cena com dezenas de poetas iniciantes e consagrados. E o melhor de tudo é que a principal finalidade do movimento é arrecadar livros para a construção de bibliotecas solidárias em pontos de extrema necessidade do estado do Rio de Janeiro ou mesmo de outros estados

Estudantes brasileiros lêem apenas 1,7 livro/ano espontaneamente - segundo a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-livro em 28/05/2008. Um dos maiores entraves à leitura é a falta de acesso ao livro. Há um ano o Corujão iniciou uma campanha de doação que culminou na criação de 35 BIBLIOTECAS SOLIDÁRIAS em pontos de necessidade do estado do Rio de Janeiro e até mesmo de outros estados. Vamos DOAR em prol da LEITURA! Permanentemente recebemos doações de livros usados e/ou novos tanto no dia do evento quanto por telefone.

http://corujaodapoesiaedamusica.blogspot.com/



Bastidores - Corujão da Poesia
















Corujão da Poesia Matinê Pronto
Tico Santa Cruz (Detonautas) cantando Cazuza e Raul Seixas ao lado de Jorge Benjor, Marcelo Yuca e Glad Azevedo, no restaurante Pronto, Rua Dias Ferreira 33, Leblon

26.5.09

As colheitas da revolta (filme sobre as lutas dos camponeses andaluzes) é exibido na Padaria do Povo, em Lisboa (dia 30 às 21h)


No próximo Sábado dia 30 de Maio pelas 21horas, a Tertúlia Liberdade, fará a exibição na Cooperativa «A Padaria do Povo» em Lisboa ( a Campo de Ourique) do filme "As Colheitas da Revolta", de Richard Hamon e Alexandre Stella . Este documentário, inédito em Portugal, relata a luta dos camponeses andaluzes desde os anos 30 do século passado até à actualidade e o episódio trágico de Casas Viejas.


Hoje o sindicato autónomo dos camponeses, o SOC, com mais de 20.000 membros e uma estrutura leve e assemblária, onde as marcas libertárias são nítidas, promove uma luta directa pelos direitos dos seus membros.



Com as vitórias alcançadas, a cada ocupação de terra, não são apenas as condições de vida que estes autênticos «servos da terra» melhoram. Nas cooperativas agrícolas e de habitação que vão criando ensaiam também uma nova organização social.


PARTICIPA E DIVULGA!

Sábado dia 30 de Maio às 21 horas
na
Cooperativa « A Padaria do Povo»
Rua Luís Derouet, 20 a Campo de Ourique
(entrada livre)


Uma iniciativa da Tertúlia Liberdade
http://tertulialiberdade.blogspot.com/

Imaginarius 2009 - 9ª edição do Festival Internacional de Teatro de Rua em Sta Maria da Feira (28 a 31 de Maio)


Vídeo de apresentação da 9ª Edição do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua Santa Maria da Feira

http://www.imaginarius.pt


Destaques para este ano de 2009


Resumo Imaginarius 2008


PROGRAMAÇÃO



28 MAIO QUI



21h30
la fura del baus [esp]
imperium [m/16]
pavilhão da lavandeira
75m [5 euros / lotação limitada]
acert / cctar com a participação do trio cosacco, jean-marc dercle e iker filomarino [por/ita/fra]
pinóquio visita s. maria feira
início praça prof. leão
120m


21h45
leandre ribera y roc sala [esp]
play
alameda do tribunal
40m
odin teatret / cctar [dnk / por]
meu coração viagem
rossio [lotação limitada]
90m
22h00
galeria ao quadrado / vo’arte / gonçalo m. tavares joão gil joão ribeiro pedro sena nunes [por]
ladrões de deus
mercado municipal
10m [loop]
teatro marionetas do porto [por]
teatro d. roberto
exterior da igreja misericórdia
20m
enano - free artist [por]
in- comprehension
praça da república
40m
chris lynam [gbr]
beast of theatre
largo gaspar moreira
50m
paulo neves / cctar [por]
making off máquina de fazer rios e animar espíritos
largo gaspar moreira
60m


23h00
karoli - the wheel man [esp]
the wheelman
largo gaspar moreira
60m
faculdade de belas artes universidade do porto / cctar / imaginarius [por]]
importa / expor-te - projecção
largo gaspar moreira
60m


23h30
circolando / teatro nacional s. joão [por]
casa - abrigo: versão concerto
claustro da igreja matriz
60m [lotação limitada]
titanick theatre / acert [deu / por]
o mundo de pinóquio
início praça prof. leão
60m
IMAGINARIUS ENCORE

00h30
chris lynam & kate mckenzie [gbr]
popcorn club 2
largo gaspar moreira
60m


29 MAIO SEX


10h00 › 20h00
acert / cctar com a part. do trio cosacco e iker filomarino [por/ita]
pinóquio vai ao teatro de marionetas
início praça prof. leão


11h00
teatro marionetas do porto [por]
teatro d. roberto
largo gaspar moreira
20m
21h00
pele - espaço de contacto social e cultural / cctar [por]
texturas - teatro comunitário
fábrica ajt - mozelos
75m [lotação limitada]

21h30
ace / teatro do bolhão [por]
bolina
av. 25 de abril
30m
acert / cctar com a participação do colégio liceal de lamas e escola eb 2/3 fiães e coordenação de claudio hochman e luciano burgos [por/arg]
pinóquio somos nós
zona envolvente biblioteca municipal
30m
circolando / teatro nacional s. joão [por]
casa - abrigo: versão concerto
claustro da igreja matriz
60m [lotação limitada]
la fura del baus [esp]
imperium [m/16]
pavilhão da lavandeira
75m [5 euros / lotação limitada]
21h45
leandre ribera y roc sala [esp]
play
alameda do tribunal
40m
odin teatret / cctar [dnk / por]
meu coração viagem
rossio [lotação limitada]
90m
22h00
galeria ao quadrado / vo’arte / gonçalo m. tavares joão gil joão ribeiro pedro sena nunes [por]
ladrões de deus
mercado municipal
10m [loop]
teatro de marionetas do porto [por]
teatro d. roberto
exterior da igreja misericórdia
20m
enano - free artist [por]
cupido
praça da república
40m
chris lynam [gbr]
beast of theatre
largo gaspar moreira
50m
paulo neves / cctar [por]
making off máquina de fazer rios e animar espíritos
largo gaspar moreira
60m
acert / cctar com a participação do trio cosacco, iker filomarino [por / ita]
pinóquio visita s. maria feira
início praça prof. leão
80m


22h45
instável orquestra [por]
pássaros e espantalhos
zona envolvente piscinas municipais
30m


23h00
faculdade de belas artes universidade do porto / cctar / imaginarius [por]
importa / expor-te - projecção
largo gaspar moreira
60m
karoli - the wheel man [esp]
the wheelman
largo gaspar moreira
60m


23h30
circolando / teatro nacional s. joão [por]
casa - abrigo: versão concerto
claustro da igreja matriz
60m [lotação limitada]
titanick theatre / acert [deu / por]
o mundo de pinóquio
início praça prof. leão
60m


00h30
les commandos percu
très méchants [fra]
zona envolvente piscinas municipais
35m


IMAGINARIUS ENCORE
01h00
chris lynam & kate mckenzie [gbr]
popcorn club 2
largo gaspar moreira
60m


30 MAIO SÁB


10h00
acert/ cctar com a participação do trio cosacco, jean-marc dercle e iker filomarino [por / ita / fra]
pinóquio visita s. maria feira
início praça prof. leão
120m


14h00
maisternia pisni [ukr]
concerto
praça da república
90m


16h00
pele - espaço de contacto social e cultural / cctar [por]
texturas - teatro comunitário
fábrica ajt - mozelos
75m [lotação limitada]


17h20
fiar palmela / imaginarius [por]
circundar / uma rampa para ti
alameda do tribunal
45m
18h00
apresentação da candidatura ao qren do centro criação para o teatro e artes de rua
biblioteca municipal
19h05
cia. cim / vo'arte [por]
sobre rodas
alameda do tribunal
40m

21h00
pele - espaço de contacto social e cultural / cctar [por]
texturas - teatro comunitário
fábrica ajt - mozelos
75m [lotação limitada]
21h30
circolando / teatro nacional s. joão [por]
casa - abrigo: versão concerto
claustro da igreja matriz
60m [lotação limitada]
instável orquestra com trio cosacco, jean-marc dercle e iker filomarino [por/ita]
ciclo de música para pinóquio 60m
projecção 10m
largo gaspar moreira
la fura del baus [esp]
imperium [m/16]
pavilhão da lavandeira
75m [5 euros / lotação limitada]
odin teatret / cctar [dnk / por]
meu coração viagem
rossio [lotação limitada]
90m
21h45
leandre ribera y roc sala [esp]
play
alameda do tribunal
40m


22h00
galeria ao quadrado / vo’arte / gonçalo m. tavares joão gil joão ribeiro pedro sena nunes [por]
ladrões de deus
mercado municipal
10m [loop]
teatro de marionetas do porto [por]
teatro d. roberto
exterior da igreja misericórdia
20m
22h20
enano - free artist [por]
red chocolate
exterior da igreja misericórdia
40m
22h30
chris lynam [gbr]
beast of theatre
praça prof. leão
50m
paulo neves / cctar [por]
making off máquina de fazer rios e animar espíritos
largo gaspar moreira
60m


23h30
karoli - the wheel man [esp]
the wheelman
praça prof. leão
60m
faculdade de belas artes universidade do porto / cctar / imaginarius [por]
importa / expor-te - projecção
largo gaspar moreira
60m
titanick theatre / acert [deu / por]
o mundo de pinóquio
início praça prof. leão
60m


00h00
circolando / teatro nacional s. joão [por]
casa - abrigo: versão concerto
claustro da igreja matriz
60m [lotação limitada]

00h30
grupo puja! [arg]
do-do land
zona envolvente piscinas municipais
45m


01h15
kumpania algazarra [por]
concerto final
zona envolvente piscinas municipais
IMAGINARIUS ENCORE
01h00
chris lynam & kate mckenzie [uk]
popcorn club 2
largo gaspar moreira
60m
02h00
trio cosacco e jean-marc dercle [ita]
concerto
largo gaspar moreira
60m


31 MAIO DOM


15h00
karoli - the wheel man [esp]
the wheelman
largo gaspar moreira
60m
acert / cctar com a participação do trio cosacco, jean-marc dercle, iker filomarino, instável orquestra e coordenação de claudio hochman e luciano burgos [por/ita/arg]
pinóquio sou eu
av. belchior cardoso da costa • rua antónio f. soares • rua dr. vitorino de sá
120m


15h30
pele - espaço de contacto social e cultural / cctar [por]
texturas - percurso guiado
instalação vídeo - museu sta. maria de lamas exposição fotografia - casa da cultura de lourosa


17h00
pele - espaço de contacto social e cultural / cctar [por]
texturas - conversar o processo com madalena victorino, alberto serra e josé carretas
museu de santa maria de lamas
teatro marionetas do porto [por]
teatro d. roberto
zona envolvente piscinas municipais
20m


17h20
enano - free artist [por]
bartolo
zona envolvente piscinas municipais
40m



Texturas
Projecto de arte comunitária


29 MAIO 21h00
30 MAIO 16h00 e 21h00
TEATRO COMUNITÁRIO
fábrica de cortiça AJT – mozelos
início do espectáculo junto ao museu santa maria lamas
*Lotação limitada sujeito a reserva

31 MAIO
TEXTURAS // CONVERSAR O PROCESSO
15.30h - PERCURSO GUIADO
Instalação Vídeo // Museu de Santa Maria de Lamas - Exposição de Fotografia // Casa da Cultura de Lourosa

17h - CONVERSAR O PROCESSO
Museu de Santa Maria de Lamas
Convidados:
Madalena Vitorino
José Carretas

01 › 30 MAIO
EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA
casa da cultura de Lourosa
[ seg. a sex. 16h00 › 18h00 • sáb e dom. 15h00 › 19h00 ]
01 › 30 MAIO
INSTALAÇÃO VÍDEO
museu santa maria de lamas
[ todos os dias 09h30 › 12h30 e 14h00 › 17h30 ]

PERCURSOS [ espectáculo I exposição instalação ]
S. M. Lamas Instalação Vídeo] › Lourosa [Exposição Fotografia] › Mozelos [Teatro Comunitário] saídas 16h00 e 18h00
Lourosa [Exposição Fotografia] › S. M. Lamas [Instalação Vídeo] › Mozelos [Teatro Comunitário] saídas 17h00 e 19h00

Ponto de partida - a cortiça - elemento unificador das co-munidades locais. Elemento comum às diferentes gerações do grupo de vinte intérpretes dos 13 aos 72 anos, presente directa ou indirectamente nos seus quotidianos. A base deste projecto assenta no colectivo, na activação de me-mórias, no fortalecimento de dinâmicas comunitárias, na pesquisa de rotinas e costumes locais, na visita de espaços, no cruzamento histórias de vida. Desta forma chega-se à construção colectiva deste projecto que conta com o envolvimento de mais de 250 pessoas, através de vivências artísticas diversificadas (teatro, música, fotografia, vídeo e desenho).

SINOPSE
“Texturas” propõe uma viagem nas curvas do que somos tendo como pano de fundo vidas e histórias de três gerações de uma terra real. Num espaço que evoca memórias comuns - uma fábrica de cortiça - procuramos sentidos para o trabalho árduo de transformar a pele do sobreiro. Homens, meninas, velhos, mulheres, meninos, velhas encontram-se num espaço frio, mecânico e pesado para nos contarem as suas histórias e experiências de vida.
“Texturas” espelha reinícios, procuras, fragilidades, encontros, fugas e deslumbramentos com a condição humana. Nas diferentes texturas desta cortiça encontram-se novas formas de estar e comunicar.

Este é um projecto de arte comunitária que cruza várias linguagens, procurando unir três pontos geográfico-artísticos de um triângulo, próximos mas distantes, através de percursos guiados entre a fábrica da cortiça em Mozelos - espectáculo, o museu de Santa Maria de Lamas - instalação vídeo e a Casa da Cultura de Lourosa - exposição de fotografia.

“Texturas” procura homenagear e celebrar a leveza, a impermeabilidade, a aderência, a elasticidade e a resistência da cortiça integrando-as como potencialidades nos quotidianos relacionais desta gente e desta terra.


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

INTERPRETAÇÃO
Carlos Valente • Celeste Silva • Constança Rodrigues • Diana Rodrigues • Fernanda Tavares • Gracinda Ferreira • Joaquim Amorim • José Santos • Juliana Alves • Manuel Magalhães • Margarida Teixeira • Maria Armanda Alves • Maria Bolena Mendes • Marina Sá • Miguel Marques • Nuno Almeida • Rosa Marques • Sofia Ribas • Sónia Medas.
Rancho Folcolórico “Os Cortiçeiros de Lourosa” • António Silva [manipulação de máquinas] • Alberto J. Tavares [corte do sobreiro] • Rodrigo Malvar [clarinete]



ACERT apresenta outra criação, em co-produção com o Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua/Festival Imaginarius, de Santa Maria da Feira. Trata-se de um engenho cénico de madeira, com sete metros de altura, centrado na figura do Pinóquio

Apresentação do livro Andanças para a Liberdade, de Camilo Mortágua (dia 28, no Porto, pelas 18h30)

Pelas 18h 30m, do próximo dia 28 de Maio de 2009, será lançado no Porto, na Cooperativa Árvore, o Volume I do livro de Camilo Mortágua "Andanças para a Liberdade", editado pela Esfera do Caos


[…]
A planificação e preparação do assalto ao Santa Maria foi feita neste clima de exacerbação e desconfiança entre afectos à Junta Patriótica Portuguesa e ao “Grupo Galvão”, grupo este que só viria a ter outra designação após o acordo com os espanhóis para a constituição do DRIL,[i] feito pelo Galvão na qualidade de Secretário-geral do Movimento Nacional Independente. Esta representação deixava-nos (aos membros deste grupo) algumas interrogações, já que, segundo informações que circulavam abertamente em Caracas, o general Delgado continuaria, ao mesmo tempo, a manter ligações com a Junta Patriótica.

Aqui chegados, um esclarecimento se impõe:
Ao começar a “andar” com as ditas e tantas vezes auto-proclamadas “altas individualidades políticas”, a apreciação destas “andanças” deve ter em consideração que aquilo que vos conto não pretende ser a narrativa de “uma qualquer verdade histórica” destes tempos e acontecimentos. Longe disso. Não pretendo transmitir-vos resultados de pesquisas realizadas ou de sistemática e ponderada análise às inter-relações do conjunto dos factos narrados. Não sou historiador. Tenho-me a mim mesmo como um razoável contador de histórias vividas.
O que vos conto é aquilo que a minha memória reteve da forma como compreendi, vi e senti os acontecimentos narrados e que nela permaneceram sem alterações. Sempre que não resista a um outro comentário, como é óbvio, ele é feito à luz de uma visão retrospectiva, ou por razões que o desenrolar dos acontecimentos posteriores assim aconselhe. São resenhas da interpretação actual do vivido-recordado, e nada mais. Mas é, ao mesmo tempo, a afirmação de que a nenhum outro protagonista, nem sequer a Henrique Galvão, companheiro de algumas das próximas “andanças”, reconheço o direito de reivindicar o privilégio a uma qualquer verdade incontestável.
Partilho da convicção de que só o cruzamento sistemático de diferentes testemunhos nos pode aproximar da melhor compreensão global das particularidades de cada caso.
[…]
Lamento não dispor de meios e oportunidade para relembrar as muitas centenas de anónimos “dadores de sangue” à causa da luta pela LIBERDADE encontrados ao longo destas “andanças”.
A História contemporânea de Portugal e dos portugueses, vai-se fazendo… também com os contributos daqueles que, com ou sem razão, julgam ter dela feito parte.
Que essa História não venha, mais uma vez, a ser apenas configurada obedecendo ao critério da relativa “altura” mitificada das individualidades mencionadas, ou por desejos de promoção pessoal ou de auto-elogio familiar, e não pela excepcionalidade e exemplaridade da entrega de tempos de vida e vidas, a causas comuns, é um dos motivos do relato destas “andanças”, de discretas mas exemplares individualidades de que mais ninguém provavelmente falará.
Por último, desejo sublinhar que, como qualquer outro, estou consciente de padecer, e ainda bem, das subjectividades inerentes à condição humana, susceptíveis de influenciar, num ou noutro sentido, as apreciações e descrições destas “andanças”.
O que daqui para a frente for dito, repito, não deve ser tomado como pretensão a julgar as/os combatentes com quem me fui cruzando, tão só e apenas, dar e pedir testemunhos de diferentes visões dos acontecimentos relatados, coisa que não foi possível obter na quantidade e diversidade desejadas para este primeiro volume das “andanças”, mas que espero conseguir para o próximo. Pela minha parte, a idade adquirida e o que ainda espero da vida, incitam-me a tudo dizer sem a pretensão de julgar, mas, sem medo, até, de errar! Sem os medos cuja ausência permite afastar de mim o “cálice paralisante” da incerteza no futuro. Quanto ao resto, caberá ao tempo e aos investigadores da História, atribuir-lhes a sua utilidade.

Camilo Mortágua, in Andanças para a Liberdade (Vol. I)

________________________________
[i] Directório Revolucionário Ibérico de Libertação


-------------------------------



Quem é Camilo Mortágua

Entre os inimigos de Salazar que lutaram de armas na mão contra o Estado Novo destacam-se dois homens: Camilo Mortágua e Hermínio da Palma Inácio ― os últimos revolucionários românticos. A eles se devem os golpes mais espectaculares que abalaram a ditadura. Mas a história da acção directa contra o regime há-de reservar a Camilo Mortágua um capítulo muito especial: participou na Operação Dulcineia, em Janeiro de 1961, comandada pelo capitão Henrique Galvão e inspirada pelo general Humberto Delgado ― o desvio do paquete português «Santa Maria», que seria o primeiro acto de pirataria dos tempos modernos. Mais tarde, com Palma Inácio e outros companheiros, fundaria a LUAR.
Nos últimos anos tem trabalhado na concepção e implementação de programas e projectos de desenvolvimento local, assim como na mobilização de pessoas e grupos socialmente desprotegidos e na animação e organização de comunidades em risco de exclusão.
Presidente da DELOS Constellation, Association International pour le Developpement Local Soutenable (1994-2002). Presidente da APURE, Associação para as Universidades Rurais Europeias. Grande Oficial da Ordem da Liberdade da República Por
tuguesa.



Retirado do blogue: http://luardejaneiro.blogs.sapo.pt/

25.5.09

Argélia e o terror (o terrorismo de Estado e o terrorismo integrista) : filmes e debate no bar-livraria Gato Vadio ( dia 26 às 22h.)




Argélia e o terror
Filmes-Documentários: "Tahar Djaout –Shooting the writer" + "A very dirty war" *
Debate com a participação de Ahmed Grigahcene (Argélia)
Terça-feira, 26 de Maio, 22h

Entrada Livre

Local: bar-livraria Gato Vadio

Rua do rosário, 281 – Porto

telefone: 22 2026016

email: gatovadio.livraria@gmail.com




Argélia – Cronologia de um estado de terror (1992-2009)

11 de Janeiro de 1992 – Golpe de Estado militar em reacção contra a vontade popular expressa através de sufrágio universal durante a primeira volta das eleições legislativas de 26 de Dezembro de 1991. O movimento fundamentalista Frente Islâmica de Salvação (FIS) conseguiu a maioria dos votos nas eleições parlamentares. O histórico partido do Governo, a Frente de Libertação Nacional, é surpreendida pelos resultados e não aceita a derrota. O Exército cancelou as eleições e ocupa com blindados os principais edifícios públicos de Argel. A segunda volta das eleições jamais veio a acontecer.

12 de Janeiro de 1992 – A direcção do FIS apela o povo argelino a defender a escolha do eleitorado. Vastas operações nocturnas de detenção de militantes da corrente islâmica. Em duas noites, calcula-se que um milhar de militantes foram presos.

22 de Janeiro de 1992 – Detenção de Abdelkader Hachani, alto dirigente da FIS, por ter difundido um comunicado apelando ao Exército para respeitar o veredicto eleitoral. Apesar da intervenção ilegal do Exército, das detenções, das tensões políticas e do clima de desagrado geral da sociedade argelina, até ao momento apenas um militar foi morto.

23 de Janeiro de 1992 – Detenção de oito jornalistas do diário El Khabar pelo jornal ter lançado uma "encarte" com o comunicado de Abdelkader Hachani exortando o Exército a respeitar o acto eleitoral.

24 de Janeiro de 1992 – Confrontos sangrentos à saída das mesquitas, depois da grande oração de sexta-feira, praticamente em todo o território da Argélia (Argel, Annaba, Batna, Chlef, Constantine, Khenchela, Laghouat, Médéa, Oran, Saida, Sidi Bel Abbes, Tlemcen…). 30 mortos.
áá O país mergulha numa sangrenta e obscura guerra civil.

4 a 8 de Fevereiro de 1992 – Levantamento popular num quarteirão de Bouakal em Batna. O Exército cerca a cidade e abre fogo: 52 mortos (7 crianças). Ao mesmo tempo, as autoridades anunciam a abertura de 7 campos de concentração no sul do país (em menos de 6 meses, mais de 25 mil cidadãos ficam detidos nos campos).

29 de Junho de 1992 – Boudiaf, regressado do exílio 6 meses antes para assumir a presidência do Alto Comité do Estado, é assassinado durante uma conferência em Annaba. Um dos seus guardas-pessoais é oficialmente o responsável pelo assassinato. A versão oficial faz crer que o guarda-pessoal simpatizava com as forças islâmicas. Numerosas testemunhas no local afirmaram que não foi só o guarda-pessoal a disparar. Outro "atirador" que disparou sobre Boudiaf foi assassinado e o seu cadáver foi rapidamente removido pelos serviços especiais.

26 de Agosto de 1992 – Primeiro atentado terrorista grave praticado pelas forças islâmicas fundamentalistas no aeroporto de Argel, 9 mortos e 128 feridos. Com o objectivo de eliminar o terrorismo, as autoridades governativas criam leis de excepção. As detenções, a tortura, as condenações judiciais à morte e as chacinas por parte do Exército generalizam-se. Pela primeira vez, um jornalista fala da actuação de soldados à civil.

2 de Abril de 1993 – Primeiro comunicado da organização de salvaguarda da República Argelina (OSSRA – esquadrão da morte): ameaçam atacar directamente os terroristas islâmicos.

26 de Maio de 1993 – Tahar Djaout, escritor e jornalista, é assassinado. Cinco grupos armados serão implicados na sua morte.

15 de Junho de 1993 – O professor e psiquiatra Boucebci, membro do comité "Pela verdade sobre a morte de Tahar Djaout", é assassinado à entrada do hospital Drid Hoci


28 de Agosto 1997 – Massacre de Er-Rais, a 25 km de Argel. 300 mortos. Habitantes testemunham que viram chegar uma caravana de camiões perto da meia-noite. O Exército não intervém, não persegue os grupos armados que fogem horas depois de espalharem o terror. Algumas pessoas que conseguiram fugir reportam que os militares do Exército bloquearam vários quarteirões para impedir a saída dos habitantes. Dados oficiais: 38 mortos.

22 de Setembro de 1997 – Massacre de Benthala, a 20 km de Argel. Os habitantes de Benthala semanas antes tinham exortado as autoridades a instalarem um posto militar no centro da vila e a distribuírem armas pela população por temor de serem atacados por grupos armados. Em vão. Oficialmente, 85 mortos. Fontes hospitalares falam em mais de 400 mortos. De novo, os militares do Exército bloquearam vários quarteirões para impedir a saída dos habitantes. Mulheres que foram raptadas foram encontradas mais tarde degoladas.


9 de Maio de 2006 – Massacre no monte Seddat. O Exército, numa intervenção de perseguição a um grupo de terroristas escondido numa gruta dos montes de Seddat, segundo dados oficiais elimina cerca de 120 pessoas. Após o ataque, a protecção civil retira os cadáveres da gruta. Contam 37 pessoas: 22 crianças, 9 mulheres e 6 homens. Testemunhas dizem que no momento do ataque uma mulher estaria a amamentar um bebé. Os corpos estavam rígidos, o que levou a suspeitar que a causa da morte foi o gaseamento. No local, as pessoas interrogavam-se: quem eram estes "terroristas"?

Os sucessivos governos argelinos até à actualidade nunca se demarcaram ou fizeram a ruptura com o regime que saiu do golpe militar de Janeiro de 1992.

Estima-se que 100 mil pessoas tenham sido assassinadas até hoje.


A cronologia, as citações e os excertos de reportagens foram retiradas do "Le Monde Diplomatique" e do site da Algeria Watch (
www.algeria-watch.org ).

Com supostos 90,23% dos votos, Abdul Aziz Bouteflika, 72 anos, presidente da Argélia, conquistou em Abril deste ano mais um mandato presidencial. Sem precedentes – e inconstitucionalmente –, obteve o terceiro mandato seguido o que provocou tumultos na região berbere da Cabília, leste da Argélia, e o cepticismo de todos, excepto do mundo árabe e a das altas esferas do mundo ocidental.O parlamento da Argélia foi atropelado para que o velho comandante permaneça ao timão de mais um mandato supostamente democrático até 2012.

Com a ascensão de Abdel-Aziz Bouteflika à presidência em 1999, esperava-se obter a paz e a melhoria económica do país. Apesar da aparente democracia, a Argélia continuou sendo governada por uma ditadura militar. Bouteflika venceu as eleições presidenciais de 2003 com 85% dos votos. Em Outubro de 2005, os argelinos aprovaram, através de um plebiscito patrocinado por Bouteflika, o Alvará de Paz e Reconciliação Nacional, que concede amnistia a todos funcionários militares islâmicos envolvidos na guerra civil e que permitiu que a polícia de segurança argelina escapasse impune dos crimes de tortura e massacre depois de 1992.
Bouteflika com certeza segue o espírito dos processos eleitorais em alguns países africanos. Em 1993, Hosni Mubarak do Egito "conquistou" 96,3% dos votos a favor do terceiro mandato de seis anos; na quarta vitória, em 1999, foram só 93,79%, o que o aproxima dos tímidos 90,24% de Bouteflika.

Poucos podem sonhar com bater o recorde de Anwar Sadat e seus espetaculares 99,95% de votos no referendo de 1974, no Egito. Saddam Hussein chegou aos 99,96% quando foi eleito presidente do Iraque em 1993 (e ninguém descobriu, até hoje, onde se esconderam aqueles traiçoeiros 0,04%), mas, afinal alcançou a marca dos 100% nas eleições de 2002 – o que cobre Bouteflika de vergonha.Em 2005, Máhmude Abbas obteve 62,3% de votos e foi eleito presidente da Palestina – o que é quase verosímil –, mas poucos superam os 99,98% de Hafez al-Assad para novo mandato de sete anos na presidência da Síria em 1999. Só 219 cidadãos sírios votaram contra Assad (ou em branco).




Em 2008 foi Sócrates a deslocar-se a Argel. O primeiro-ministro disse ao chegar a Argel para a II Cimeira Luso Argelina que o mercado argelino é «da maior importância para Portugal». A cimeira visa estabelecer, fundamentalmente, contratos entre os dois Estados na área das Energias e do Petróleo. Sócrates prosseguiu: " A relação entre Portugal e a Argélia já ultrapassou a dimensão económica e diplomática, sendo actualmente também uma relação bilateral com dimensões pessoais, políticas e culturais que muito apraz registar".

Também Manuel Alegre na mesma viagem a Argel emociona-se com a liberdade que os argelinos sempre lhe deram para fazer o programa de rádio "Voz da Liberdade", durante os anos em que esteve exilado na Argélia por causa da ditadura salazarista. "Não podemos separar a história da revolução portuguesa do papel desempenhado pela Argélia, que ajudou Portugal a instaurar a democracia sem pedir nada em troca"; "Jamais houve da parte dos argelinos qualquer ingerência ou tentativa de orientar ou controlar as emissões [radiofónicas]"; [trabalhei na Rádio de Argel] "durante dez anos de forma totalmente livre". As citações são de Manuel Alegre.

Sugerimos também a leitura da carta de felicitações enviada pelo ex-primeiro-ministro Durão Barroso na sequência da reeleição de Bouteflika em 2004. (retirado do site da Embaixada da Argélia em Portugal).

No dia 26 de Maio passam 16 anos sobre o assassinato do escritor argelino Tahar Djaout. O simbolismo da data não apaga a memória de todos os outros argelinos e argelinas assassinados desde o início da "guerra civil".

Solidariedade com a luta do povo do Sahara Ocidental pela sua autodeterminação e independência (colóquio no dia 25/5 às 18h30 em Lisboa)



Sahara Ocidental
36 anos de luta pela autodeterminação e independência

Colóquio
25 de Maio, pelas 18h30,
na sede da Associação 25 de Abril
Rua da Misericórdia, 95 - LISBOA


A Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental, a ATTAC-Plataforma Portuguesa, a Comissão Nacional Justiça e Paz, o CIDAC (Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral) e o Fórum pela Paz e pelos Direitos Humanos organizam no 25 de Maio (2.a Feira), pelas 18h30, na sede da Associação 25 de Abril, um colóquio sobre os 36 anos de luta pela autodeterminação e independência do Povo Saharaui.

Oradores:
* Prof.a Maria do Céu Pinto, do Departamento de Ciência Política e Administração Pública da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho;
* General Pedro Pezarat Correia;
* Adda Brahim, representante da Frente POLISARIO em Portugal.

Greve de professores: 2 horas amanhã para preparar a Manifestação Nacional do dia 30 em Lisboa



Na preparação da grande manifestação de sábado, professores protestam e lutam esta terça-feira, dia 26

No próximo sábado, 30 de Maio, os professores e educadores portugueses voltam a desfilar em Lisboa, a partir das 15.00 horas, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores.

Este regresso à rua, em que a grande acção convocada pela Plataforma Sindical dos Professores é a Manifestação de 30 de Maio, tem como objectivos principais:

- Exigir que o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente saia do marasmo criado pelo ME, que se mantém inflexível em relação aos aspectos essenciais, e que, na sua fase final, seja possível introduzir alterações significativas que dignifiquem e valorizem a carreira e o exercício da profissão docente;
- Exigir que o processo de revisão e substituição do modelo de avaliação em vigor se inicie de imediato, decorra num clima de efectiva negociação e que o processo em curso, este ano, seja suspenso, evitando que se degrade ainda mais o clima de insatisfação e conflito que existe nas escolas;
- Protestar, em final de ano lectivo e de Legislatura, pelas políticas educativas impostas pelo Governo que, em breve, cessará funções, cujas consequências têm sido as piores para a Educação, para as escolas e para os professores;
- Exigir, aos partidos políticos, a assunção de compromissos em relação ao futuro e à necessidade de ser profundamente alterado o rumo das políticas educativas, no sentido de salvaguardar os legítimos interesses da Escola Pública e os direitos dos docentes, dignificando e valorizando o seu exercício profissional e a sua carreira.

Com o objectivo de contribuir para a preparação desse grande acto público que será a Manifestação de dia 30 de Maio (próximo sábado), tem lugar amanhã, dia 26, uma jornada de protesto, luta e luto que, entre outras acções, inclui uma paralisação dos docentes nos dois primeiros tempos da manhã (até às 10.30 horas).


Pré-Aviso de Greve: 26 de Maio (terça-feira), das 8h00 às 10h30


Ao Ministro da Presidência
Ao Ministério da Educação
Ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Ao Ministério da Saúde
Ao Ministério da Defesa Nacional
Ao Ministério da Justiça
Ao Ministério das Finanças e da Administração Pública
Ao Ministério da Administração Interna
Ao Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas
Ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
A todos os órgãos e serviços da Administração Pública
Aos Institutos Públicos com Autonomia
À Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo
À Associação dos Colégios com Contrato de Associação
À Associação Nacional de Ensino Profissional
À Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
À União das Misericórdias Portuguesas
À Secretaria Regional de Educação e Formação da Região Autónoma dos Açores
À Secretaria Regional dos Assuntos Sociais da Região Autónoma dos Açores
À Secretaria Regional de Educação da Região Autónoma da Madeira
A todas as entidades interessadas




PRÉ-AVISO DE GREVE

26 DE MAIO DE 2009
DAS 8.00 HORAS ÀS 10.30 HORAS

POR OUTRA POLÍTICA EDUCATIVA
QUE DIGNIFIQUE E VALORIZE OS DOCENTES E A ESCOLA PÚBLICA

Os Professores e Educadores Portugueses desenvolvem uma forte luta contra o rumo de políticas educativas que têm contribuído fortemente para desvalorizar a profissão e os profissionais docentes e, simultaneamente, atentam contra a organização e o funcionamento da Escola Pública, pondo em risco a qualidade das suas respostas.

Por essa razão, os professores e educadores têm reclamado outra política e, nesse sentido, promovido grandes acções de luta, mas, também, apresentado propostas concretas que visam dar resposta aos principais problemas da Educação, das Escolas e dos Docentes.

Assumindo uma atitude de arrogância política e uma postura anti-negocial, o Ministério da Educação inviabilizou a procura de consensos, impondo as suas soluções nas mais diversas matérias, designadamente no âmbito do Estatuto da Carreira Docente.

No momento em que se aproxima o final de mais um ano lectivo, coincidindo com o período final da Legislatura, os professores e educadores portugueses consideram indispensável, uma vez mais, promover acções pelas quais manifestam:

– O seu mais veemente desacordo face às actuais políticas educativas;

– O seu mais forte repúdio pelo comportamento antidemocrático do ME, particularmente no que respeita à negociação;

– A sua exigência de profunda revisão do ECD, nomeadamente através da eliminação da divisão da carreira, da substituição do modelo de avaliação e das suas quotas, da revogação da prova de ingresso, entre outros aspectos que têm sido reivindicados pelos Sindicatos de Professores;

– A necessidade de, para o futuro, serem tomadas medidas que, resultando de uma política diferente, mereçam um amplo consenso de toda a comunidade, em particular dos professores que nela assumem um papel de destaque.

Com estes objectivos, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF), nos termos da lei, apresenta este Pré-Aviso e convoca uma Greve Nacional para o dia 26 de Maio de 2009, entre as 8.00 horas e as 10.30 horas, abrangendo todos os docentes de todos os níveis de educação e de ensino, com excepção do ensino superior. Para os efeitos legais, caso os membros dos órgãos de gestão, usando os seus direitos, adiram à greve agora convocada, ficará responsabilizado pela segurança do edifício e de todas as pessoas que nele permaneçam o docente do quadro de nomeação definitiva mais antigo da escola que não se encontre em greve.

Lisboa, 12 de Maio de 2009
O Secretariado Nacional da FENPROF

Revista Apoio Mútuo nº 1 (revista teórica e cultural da AIT - secção portuguesa)


O porquê da Revista

Estamos convictos de que o anarco-sindicalismo é, por um lado, a resposta adequada, por parte dos trabalhadores, à exploração e opressão a que o capitalismo e o Estado sujeitam o conjunto da sociedade, e de que é, por outro lado,simultaneamente um meio de luta e uma forma de organização que, prefigurando já no presente a sociedade futura a que aspiramos, abre o caminho à construção de um meio social no qual os indivíduos e as suas associações possam livremente cooperar, na base do apoio mútuo e da solidariedade, no sentido, não só da satisfação das suas necessidades físicas,
psíquicas e intelectuais quotidianas, mas também do pleno desenvolvimento de todas as suas capacidades e aptidões.

Dito isto, sabemos bem que há diferentes correntes libertárias de opinião, divergentes quanto à forma e aos meios a utilizar no combate que todos travamos para conseguir atingir o objectivo que todos pretendemos alcançar. Há as correntes que
consideram o sindicalismo, sob qualquer forma que seja, como inadequado a uma luta anti-capitalista consequente; há a corrente individualista que não aceita o comunismo libertário como forma de organização social futura; há a anarco-feminista que defende a existência de organizações especificamente femininas; e outras ainda.

Pensamos que é sempre extremamente útil aprofundar, por todas as formas ao nosso alcance, o debate de ideias em torno destas, e doutras, correntes de opinião.
A par deste debate de ideias, também achamos importante a análise de outras questões que possam, directa ou indirectamente, interessar à luta dos oprimidos e deserdados pela sua libertação de toda a espécie de tiranias, tais como: capitalismo e globalização; guerras, fome e miséria; partidos, sindicatos burocrático-reformistas e mass media; concertação social; guerra social; greve geral activa e autogestão; e tantas outras.

Por isso, decidimos iniciar a publicação desta revista com o objectivo de contribuir para um maior esclarecimento das ideias de todos, e de cada um, de nós.


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