30.5.09

As ruas são de toda a gente! (festa na rua e arruada com percurso repleto de actividades em Lisboa, hoje, às 17h.30 com partida nos Restauradores)




É urgente reivindicar o direito de usufruir da rua. A rua deve ser um espaço vivo de movimento humano, discussão, relações sociais, liberdade e espontaneidade.

Dia 30 de Maio em Lisboa: Percurso repleto de actividades desde a Praça dos Restauradores até ao Largo do Carmo, passando pelo Rossio, Grémio, Elevador de Santa Justa, Rua do Carmo e Rua Garrett.


Festa na Rua!

30 de Maio, 17.30, Restauradores

programa Percurso e "happenings"

Restauradores, frente à Loja do Cidadão, no centro da praça, junto ao símbolo masónico do obelisco: ponto de encontro e zona de badminton e balões de água.
Frente à estação do Rossio: gaita(s) de foles.
Rossio: gigantones e futebol.
Grémio: Edward.
Passadeira para o Carmo: balões de água nos "homens do volante".
Elevador: notas.
Armazéns do Chiado: poesia das gavetas.
Igreja da Rua Garrett: Pedro e Diana.
Antes da Brasileira: jogo dos triângulos.
Igreja da Rua Garrett: Diana e Pedro.
Carmo: piquenique, danças e filme.




A RUA, símbolo cultural central que é necessário defender, deve ser deTOD@S NÓS.

As sucessivas lavagens cerebrais levadas a cabo pelos meios de propaganda,que incutem medo e sentimento de insegurança, visam afastar-nos da RUAe manter-nos enclausurad@s em casa, e, quanto mais fechadinh@s, mais mansinh@s.

É urgente reivindicar o nosso direito de usufruir da RUA comoquisermos e celebrá-la saindo à RUA todos os dias.

Quando se questiona e desafia a realidade que vivemos no presentehá sempre a dúvida congelante sobre se “vou jogar pelo seguro e ficarem casa ou vou para a RUA”.A RUA deve ser um espaço vivo de movimento humano, discussão, relaçõessociais, liberdade e espontaneidade.A privatização do espaço público alimenta a erosão das sociabilidadesdos bairros, das vizinhanças.A comunidade desaparece… no espectáculo fechado (casa).


Manifesto
AS RUAS SÃO DE TODA A GENTE!

Consideramos que o espaço público deve ser utilizado em prol das pessoas para fazer escolas, jardins de infância, hortas comunitárias, centros de dia para idosos, jardins, ciclovias, centros sociais, colectividades desportivas e culturais, habitação para quem não tem casa.


Temos assistido à venda de centenas de terrenos e edifícios da Câmara de Lisboa e d
o governo que têm como objectivo servir aqueles que apenas vêm nos espaços livres da cidade espaços com potencial para fazer dinheiro (construção de hóteis de luxo, condomínios privados, centros comerciais nos centros da cidade, vias rápidas, estradas).


Preferimos que os espaços continuem livres da lógica do lucro e que projectos de dinamização cultural, desportiva, social sejam apoiados e levados a cabo nesses sitios. É necessário conservar esses espaços e criar outros.

Somos bombardeados todos os dias com kilometros de publicidade. No metro, no jornal gratuito, no autocarro, nos outdoors gigantes por toda a cidade.

Tudo nos direcciona para uma sociedade com a qual não nos identificamos para uma sociedade cada vez mais individualista, controlada, castradora dos encontros espontâneos de pessoas, das conversas, das ideias, dos sonhos que os instrumentos de manipulação através do seu ruído constante nas ruas, na televisão, na internet abafam e silenciam.

A lógica do lucro, da ganância, do poder, que privatiza tudo não é a nossa e por isso gostávamos de trazer grupos culturais para a rua e realizar um percurso acompanhado de música pela cidade em que pararemos em alguns sitios de Lisboa para assistir a concertos, performances, cinema, dança e outras surpresas.