25.6.08

Rotas e várias iniciativas no âmbito da Serra em Flor 2008 (no maciço da Gralheira)





28 Junho / sábado

BORDOZEDO, Covas do Rio


ROTA DO MEL
percurso pedestre temático


Oportunidade para descobrir a pequena aldeia de Bordozedo e participar em todo o processo de extracção do mel, desde a retirada dos quadros até à centrifugação. O guia desta descoberta será o apicultor Sr. Manuel Vinagre, que explicará todo o processo de tratamento das abelhas e do mel.

14h30 Concentração das pessoas inscritas frente ao escritório do Criar Raízes, em S. Pedro do Sul
16h00 Percurso pedestre/visita a aldeia
17h00 Extracção do mel
19h30 Lanche/prova de produtos locais
20h30 Regresso
Organização: Projecto Criar Raízes, S. Pedro do Sul

ATENÇÃO: PERCURSO PEDESTRE MEDIANTE RESERVA OBRIGATÓRIA
Informações e Reservas (até às 18h da 5ª feira imediatamente anterior ao percurso) pelos contactos:
Projecto Criar Raízes Tel: 232 728 330 / 96 154 87 91 E-mail:
criaraizes@portugalmail.pt
O percurso far-se-á com um mínimo de 5 e o máximo de 25 pessoas.


5 Julho / sábado

FELGUEIRA, Arões
A.T.R. da Felgueira
FELGUEIRA – ALDEIA VIVA


A Aldeia Turística e Rural da Felgueira está classificada com a marca “Aldeia de Portugal”. Nesta aldeia pode passar um dia junto da população e participar nas actividades da aldeia. Actividades rurais; contacto com a natureza; gastronomia local; musica, cantares e animação tradicional; entre outros acontecimentos espontâneos…
Início - Ao cantar do galo


Organização: Associação Desportiva e Cultural da Felgueira
GAMOAL, Manhouce
ROTA DAS CORREDOURAS
percurso pedestre temático
Organização: Projecto Criar Raízes, S. Pedro do Sul


COVAS DO MONTE, Covas do Rio
cinema nas aldeias
“CHARLOT, O EMIGRANTE”
Organização: Projecto Criar Raízes, S. Pedro do Sul


6 Julho / domingo

CANDAL
cinema nas aldeias
“CHARLOT, O EMIGRANTE” Organização: Projecto Criar Raízes, S. Pedro do Sul


12 Julho / sábado

RIO TEIXEIRA
SUBIDA DO RIO TEIXEIRA
percurso pedestre
9h00 – Concentração em Lameiras Inscrições até dia 9 Abril (gftaroes@gmail.com)
Organização: Grupo Folclórico “Terras de Arões”

13 Julho / domingo

MIZARELA, Albergaria da Serra
FOLCLORE NA SERRA


Animação, cultura e regionalidades.
Organização: Grupo Folclórico “Terras de Arões” / Associação de Melhoramentos de Albergaria da Serra / Naturveredas



Maciço da Gralheira.

A designação de maciço da Gralheira, aqui atribuída às complicadas formas de relêvo que limitam ao N. a bacia hidrográfica do Vouga, constitui pouco menos do que uma novidade na nossa nomenclatura geográfica. E, a-pesar-disso, ousamos empregá-la como mais propria para qualificar essa vasta zona montanhosa estendendo-se irregularmente em diferentes direcções, que por vezes irradiam do mesmo ponto, não aparentando por isso alinhamentos contínuos - sentido do termo serra - e nem sequer continuidade orográfica aparente. Chamamos-lhe maciço por esta circunstância primacial, e maciço da Gralheira, porque, havendo necessidade de nomes de conjunto em questões de orografia e tectónica, escolhemos, entre as designações locais, aquela que tem um carácter menos acentuadamente local, além de estar já em parte consgarada pelo uso, tanto em livros nacionais como estrangeiros.

Compreende o maciço toda a zona montanhosa que se estende entre o Vouga com o Sul, e o Douro com o Paiva, e é essencialmente constituído por uma faixa central granítica, a que se sucedem lateralmente terrenos arcaicos, precâmbricos e silúricos, apresentando as suas maiores altitudes na serra de S. Macário (1.053 m.), serra da Arada (1.116 m.) e serra da Freita (1.085 m.), estas últimas correspontes ao afloramento granítico e aquela a uma poderosa assentada de quatrzito cinzento, provàvelmente silúrico, que atravessa os terrenos arcaicos e precâmbricos.

Se examinarmos, no modêlo da região, como se distribuem as principais linhas de relêvo do maciço da Gralheira, notamos, antes de tudo, a falta sensivel dum plano ordenado, de tal forma se encontram misturadas essas linhas de relêvo; e a-pesar-disso, o todo constitui uma unidade bem evidente, embora desfigurada, como veremos, pela sobreposição de enrugamentos de diversa idade, que, posteriormente, a erosão fluvial veio complicar ainda mais.

Começa o maciço pela serra de S. Macário (pico de S. Macário, 1.053 m.; Cumieira, 985 m.), com orientação geral de NE. para SO. Caminhando para o Poente, encontra-se, numa direcção aproximadamente perpendicular, a serra da Arada (Arada, 1.057 m.; Cabria, 1.073 m.; Cabeçadas, 1.072 m.; Chans, 1.116 m.). Ao N., e com a mesma orientação, fica a serra de Covas do Monte, que se continua pela serra do Gamarão, uma e outra de altitudes inferiores, constituíndo esta última o recorte setentrional do fertilíssimo vale de Arouca. A disposição vertical dos xistos precâmbricos, facilitando extraordinariàmente o trabalho da erosão, dá origem a quedas de nível muito bruscas, cavando as linhas de água, que afluem ao Paiva, vales muito profundos que conservam, com ligeiros desvios, a mesma direcção das linhas de relêvo.

Continuando para Poente, voltam de novo os alinhamentos NE. - SO., de que faz parte a serra de Manhoce (1.002 m.), e que vão diminuindo de altitude à medida que se aproximam do Vouga. Ultrapassada a ribeira de Teixeira, cujo nome indica ser o seu vale cortado entre profundos desfiladeiros, as linhas de relêvo e os cursos de água tomam uma direcção aproximadamente N.-S., como a chamada serra de Sever, que se prolonga, para N., pela serra do Arestal. Deve notar-se, entretanto, que estes últimos alinhamentos montanhosos teem uma importância muito inferior aos primeiros, pois apenas constituem o rebôrdo de uma vasta zona planáltica em que assenta Albergaria das Cabras e de que a serra da Freita pode considerar-se o contraforte setentrional.

A serra da Freita (1.085 m.), correndo na mesma orientação e como prolongamento natural da serra da Arada, continua-se para NO., por uma zona de altitude successivamente decrescente de que fazem parte as serras de Romariz e de Santo Ovídio, através das quais se estendia o antigo caminho de S. Pedro do Sul para o Pôrto.

Aristides de Amorim Girão, Bacia do Vouga. Estudo Geográfico, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1922, pp. 23-26.