O primeiro-ministro português, o ex-engenheiro José Sócrates, foi alvo de uma monumental vaia pelas 40.000 pessoas presentes na cerimónia-espectáculo da nomeação das sete maravilhas do mundo realizada no passado Sábado no estádio da Luz, em Lisboa.
A onda de assobios foi de tal ordem que foi motivo de galhofa geral dentro do recinto desportivo e passou a ser tema de conversa obrigatória em todo o país, desde os cafés aos media. Não só pelo ridículo da situação como pela desautorização popular lançada à figura do governante e líder do principal partido político português actualmente com maioria absoluta dos deputados no Parlamento.
A reacção popular condiz com a realização de uma grande manifestação de trabalhadores realizada na passada 5ª feira em Guimarães e a greve geral do dia 30 de Maio contra as políticas anti-sociais levadas a efeito pelo Governo Sócrates com efeitos desastrosos nas condições de vida da população em geral, em contraste com o chorudos lucros dos bancos e das principais empresas nas mãos dos grupos económicos que controlam a economia portuguesa.
Como dizia já o velho Eça:
"Este governo não cairá porque não é um edifício; sai com benzina porque é uma nódoa."
«Ontem José Sócrates em mais uma “Festa da Democracia” foi copiosamente vaiado no Estádio da Luz durante a gala das 7 Maravilhas do Mundo. À atenção do senhor Comissário Político do PS em Lisboa, perdão, do senhor Governador Civil, por mais esta manifestação ilegal. As câmaras de vigilância do estádio estavam ligadas? Vai dar muito trabalhinho identificar todos aqueles milhares que assobiaram. Não vão ser favas contadas como em Braga onde eram só meia dúzia de manifestantes, perdão, de “foliões”… (...)»
Aproveitamos para anexar uma fotomontagem que fomos retirar ao blogue O Bitoque, aproveitando o momento, para recomendar a sua consultar regular:
A estátua norte-americana também foi vaiada!
Mas não foi só Sócrates que foi vaiado. Também os Estados Unidos não passaram incólumes à crítica da assistência do espectáculo: quando foi mencionada a estátua da liberdade como uma das candidatas às setes maravilhas do mundo escutou-se de imediato uma enorme assobiadela, só ultrapassada pela que foi dirigida ao Sr. Sócrates. Este facto foi objecto de notícia no New York Times cujo autor associou inteligentemente a vaia à contestação e crítica do povo português ( não confundir com o servil e bajulador governo de Durão Barroso e acólitos) contra a invasão e a ocupação pelo exército dos Estados Unidos da América do território do Iraque.
(informação e vídeo obtido por via do blogue Renas e Veados )
Para assistir ao filme dos acontecimentos, nada melhor que ver este video:
A estátua da pseuda-liberdade americana que não foi aceite no concurso das sete maravilhas do mundo.