15.12.06

Nunca duvides da capacidade em mudar o mundo!


Nunca duvides da capacidade de um pequeno grupo de indivíduos, reflexivos e comprometidos, em mudar o mundo; na realidade, esta foi a única maneira de se conseguir isso até agora .
Margaret Mead (1901- 1978)

Margaret Mead (antropóloga)

Antropóloga norte-americana nascida em Philadelphia, Pensilvannia, famosa pela forte personalidade e pelo rigor científico. Graduou-se (1923-1929) na Universidade de Colúmbia, em Nova York, onde estudou com o antropólogo Franz Boas (1858-1942), e trabalhou no Museu Americano de História Natural (1926-1969). Além de uma pesquisa de campo (1925), sobre a adolescência em Samoa, estudou os povos ágrafos da Oceania e complexas sociedades contemporâneas e foi pioneira na utilização da fotografia para documentação de pesquisa etnográfica. Seu interesse concentrou-se em vários aspectos da psicologia e da cultura, inclusive a infância e a adolescência, o condicionamento cultural do comportamento sexual, o carácter nacional e a mudança cultural. Casou-se com Gregory Bateson (1904-1980), filho do famoso geneticista inglês William Bateson (1861-1926), quando empreendiam uma famosa pesquisa junto aos nativos da ilha de Bali (1936-1939), da qual resultaria Balinese Character (1940), um marco na história da antropologia, da antropologia visual em especial. Separaram-se (1951), guardando, todavia, uma recíproca admiração e cumplicidade intelectual até suas mortes, ambas de câncer. Com Gregory escreveu 23 livros, entre eles Coming of Age in Samoa (1928), Growing Up in New Guinea (1930), Sex and Temperament in Three Primitive Societies (1935), Photographic Analysis (1942) e Male and Female (1949). Publicou também, uma autobiografia (1972) e foi eleita presidenta da Associação Americana para o Progresso da Ciência (1973). Morreu em New York.


Margaret Mead revolucionou a antropologia ao torná-la popular e ao alcance dos leigos. O seu objectivo era dar às pessoas comuns uma ferramenta para entender seu lugar no mundo. Ela demonstrou que os papéis sexuais eram determinados pelas expectativas sociais e provou a importância das relações raciais para a conservação da espécie. Mas seus estudos inovadores, registrados em livros como Coming of Age in Samoa (1928), sempre criaram polémica. Segundo os críticos, os dados das pesquisas da antropóloga eram selectivos e suas conclusões simplistas. A cientista foi considerada uma aventureira sexual pelos conservadores. Sem se preocupar com os ataques, ela acreditava que o objectivo da antropologia era melhorar a raça humana. Para isso, defendia que o mundo moderno tinha muito o que aprender com outras civilizações. Em inúmeros livros e artigos, escreveu sobre os direitos da mulher e contra o racismo e o preconceito sexual.
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