40 anos depois dos factos que inspiraram o filme «Mississipi em Chamas» parece que vão ser julgados os responsáveis pelos crimes racistas perpetrados em 21 de Junho de 1964, no chamado «Verão da Liberdade» (quando milhares de militantes do Norte dos USA, sobretudo, brancos, se deslocaram aos estados segregacionistas do Sul para inscreverem os negros nas eleições) e que originaram na morte de 3 jovens militantes dos direitos civis: um negro ( James Chaney, 21 anos),e dois judeus nova-iorquinos, Andrew Goodman, (20 anos) e Michael Scwerner (24 anos).
James, Andrew e Michael regressavam de automóvel, de uma cidade vizinha (onde a igreja, frequentada por negros, tinha sido incendiada), quando foram interceptados pela polícia. Foram falsamente acusados de excesso de velocidade. Após várias horas de detenção, recuperaram a liberdade, mas de madrugada foram perseguidos por dois carros, ocupados por polícias e membros do KKK. Os corpos dos 3 jovens, com sinais de espancamento e crivados de balas, vieram mais tarde a ser encontrados num açude.
O principal acusado é Edgar Ray Killen, ex-pastor baptista e ex-operador de serralharia, actualmente com 80 anos, que já fora preso e, mais tarde, libertado, mas que foi recentemente alvo de novas acusações de autoria daqueles crimes