10.3.11

Amartya Sen dirige um simpósio, e vai ser doutor honoris causa pela Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra (dia 13 e14 de Março)


Vivemos um mundo de opulência sem precedentes, mas também de privação e opressão extraordinárias. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de cidadão" - Amartya Sem



A Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra atribui, no próximo dia 13 de Março, Domingo, às 10:30h, na Sala Grande dos Actos da Universidade de Coimbra, o Doutoramento Honoris Causa a Amartya Sen.

Os fundamentos da decisão do Conselho Científico da FEUC encontram-se em
www.uc.pt/feuc/documentos/destaqueDocs/Docs11/HonorisCausa-AmartyaSen.pdf.

Economista de grande relevo, figura intelectual de vasta cultura, a quem foi concedido, em 1998 o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, Sen personifica uma intensa convivência com os grandes debates intelectuais das últimas décadas, designadamente quando estão em causa temas como os das escolhas colectivas, da justiça, dos valores, da pobreza, do desenvolvimento, da ética ou da capacitação das pessoas para uma inserção plena na sociedade e na economia. A Faculdade de Economia, ao conferir a Sen esta distinção, quer homenagear o seu notável contributo para as ciências sociais e sublinhar o significado que atribui a valores como os que se referiram para que tanto a Ciência Económica como a vida económica assumam plena grandeza.


Simpósio de Amartya Sen e Emma Rothschild
sobre Justiça, Valores Humanos e Economia Política,
dia 14 de Março, às 14:30h no Auditório da FEUC

Na Segunda-Feira, dia 14, às 14:30h, no Auditório da Faculdade, tem lugar um Simpósio durante o qual, numa primeira parte, Amartya Sen e Emma Rothschild proferirão duas Conferências sobre Justiça, Valores Humanos e Economia Política.
Na segunda parte do Simpósio, para ilustrar o modo como os trabalhos de Sen estão presentes na investigação e no ensino que aqui se desenvolvem, haverá apresentações de Adelino Fortunato, Clara Murteira, João Rodrigues, Lina Coelho e Vítor Neves.


Na nota autobiográfica1 que associou à atribuição do Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, em 1998, Amartya Sen declarou que nasceu num Campus Universitário (Santiniketan, 3 de Novembro de 1933) e que lhe parece ter passado a sua vida de um campus para outro. De facto, ele estudou e ensinou em Calcutá e em Cambridge, foi professor na Delhi University, na London School of Economics, em Oxford e em Harvard University e foi visitante no M.I.T., em Stanford, em Berkeley e em Cornell.

Na sua formação económica, a conjugação de dois ambientes universitários diferentes, Calcutá e Cambridge, deram lugar a questões marcantes como as da identidade cultural, da tolerância e do pluralismo ou do debate sobre a matéria substantiva da ciência económica. A partilha de ambientes comuns com Kenneth Arrow, John Rawls, Luigi Pasinetti, Nicholas Kaldor, Joan Robinson, Albert Hirschman ou Piero Sraffa, entre muitos outros, faz dele um economista sofisticadíssimo. E a convivência com problemas centrais do século XX, como o problema da fome e da discriminação na Índia ou a utopia da construção europeia vista ao lado de um federalista como Spinelli, fizeram dele um académico profundamente envolvido no mundo.

Ainda na Índia, a publicação em 1951 do livro de Kenneth Arrow Social Choice and Individual Values e o seu “teorema da impossibilidade”, com a demonstração de que nenhum mecanismo de escolha social não-ditatorial pode conduzir a decisões coerentes, abriu-lhe um imenso campo de estudo e debate. Ao publicar, em 1970, Collective Choice and Social Welfare, Sen procurou responder positivamente a esta pergunta e, com isso, abriu um campo frutuoso que marcou toda a sua obra e, com ela, o pensamento económico, renovando-o e superando alguns dos seus dilemas mais notórios. A ideia de que é razoável uma escolha social mesmo considerando as diferenças entre as preferências, interesses e valores dos indivíduos tornou-se central.

Esse pensamento foi rapidamente ligado ao estudo das desigualdades, da pobreza, do emprego e, sobretudo, ao das implicações da liberdade, dos direitos e da justiça. As duas colecções de artigos que publicou em 1982 e 1984, respectivamente, Choice, Welfare and Measurement e Resources, Values and Development consolidaram esse caminho que prosseguiria com os temas das desigualdades de sexo e do papel das mulheres, tanto na Índia como através de comparações internacionais, como se mostra em Commodities and Capabilities, 1985, e em “Gender and Cooperative Conflict", 1990.

Mas já desde meados dos anos 70 que o objectivo de combater a fome o juntou ao World Employment Programme da International Labour Organization, para o qual escreveu em 1981 o livro Poverty and Famines. Em 1993, juntamente com Mahbub ul Haq, foi o criador do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), usado desde então pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

A sua imensa produção teórica não ficaria completa sem a referência a On Ethics and Economics e, mais recentemente, a A Ideia de Justiça, que acaba de ser publicado em Portugal e que ilustra todo o seu debate com John Rawls.

Sessões públicas do Tribunal-Iraque e exposição sobre a ocupação do Iraque (12 e 13 de Março)


Os 8 anos de ocupação do IRAQUE e a situação no mundo árabe

Tribunal-Iraque (Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque) em colaboração com a Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro realiza nos próximos dias 12 e 13 duas sessões com a projecção de documentários, exposição, e debates


Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, Lisboa
Metro Telheiras


12 Março, sábado,15 horas
Exposição Os 8 anos de Ocupação do Iraque
Projecção dos documentários

Faluja, o massacre escondido (20’)
Testemunhos de Faluja (33’)


13 Março, domingo,15 horas
Exposição Os 8 anos de Ocupação do Iraque
Projecção do documentário Objectivo Iraque (54’)

Debate sobre as revoltas populares nos países árabes

Desde Janeiro, revoltas populares alastram pelos países árabes, do Magrebe ao Médio Oriente. Os EUA e a Europa, que sempre viram estes países como colónias, ou bases estratégicas, ou fontes de abastecimento de energia, enfrentam uma realidade nova. Os povos árabes repudiam os regimes que o Ocidente apoiou durante décadas. Querem liberdade, rejeitam a miséria, exigem melhor vida. Uma nova geração está a dar corpo a lutas sociais que reclamam direitos humanos básicos.


www.tribunaliraque.info

Manifestação pacífica pelo Tibete hoje, dia 10 de Março, às 19h., em Lisboa



MANIFESTAÇÃO PACÍFICA PELO TIBETE

COMEMORAÇÃO DO 52º ANO DA REVOLTA NACIONAL TIBETANA

Esta quinta-feira dia 10 Março às 19h00

frente à embaixada da R.P.C em Lisboa (Rua de Santana à Lapa, 2)

Compareçam !

Tragam bandeiras, T-shirts e posters !

Os Tibetanos no Tibete necessitam da vossa ajuda, do vosso apoio

http://grupodeapoioaotibete.blogspot.com/

Uma nova revolução está em curso no Tibete.
Uma nova geração de Tibetanos - no Tibete e no exílio - ergue-se.
Apesar do poderio e controlo militar chinês sobre a sua nação, os Tibetanos afirmam resolutamente a sua identidade e o seu desejo por liberdade.
A revolução está em curso via videos, canções, poemas e literatura.


Veja e partilhe o video seguinte:

Participe na acção global pela libertação de Norzin Wangmo, condenada a cinco anos de prisão pelo envio de informação acerca da violação dos direitos humanos, para o exterior, via telemóvel e internet:
http://www.freetibetanheroes.org/

- Leia e partilhe: "Tiananmen 2.0: Why China Is Not Immune to the Tunisia Effect" por Tendor do Students for a Free Tibet

Marina Rosenfeld, compositora, artista sonora e visual, dá hoje um concerto no Porto com uma perfomance musical participativa: Rainbow Gathering


Marina Rosenfeld, compositora, artista sonora e visual, dá hoje um concerto no Porto, no Mosteiro de S.Bento da Vitória, pelas 22h. ( bilhetes a 5 euros), com uma perfomance musical participativa a que deu o nome de Rainbow Gathering . A iniciativa está integrada na exposição Às Artes, Cidadão, do Museu de Serralves.

A artista está também associada à improvisação e às práticas estéticas situacionais, sendo já uma figura importante na música experimental.

O projecto rainbow gathering, de Marina Rosenfeld, aborda de forma lúdica a contínua relevância do arco-íris para práticas utópicas – tanto políticas como estéticas –, ao juntar o simbólico e o sónico numa performance musical participativa.

Esta peça convida membros da comunidade musical do Porto, de músicos pop a instrumentistas experimentais, a reunirem-se para formar uma estrutura sónica temporária – um arco-íris composto inteiramente de som –, seguindo uma notação gráfica e integrando o seu próprio “fazer da música”, no âmbito de uma partitura electro-acústica criada pela artista.

Usando instrumentos, voz, canções e som abstracto, o rainbow gathering (encontro arco-íris) de Rosenfeld pede aos participantes para se situarem dentro de um dado espectro de frequência e para ouvirem o seu vizinho.

Marina Rosenfeld é uma compositora e artista sedeada em Nova Iorque. O seu trabalho tem sido apresentado na Europa e nos Estados Unidos, na Whitney Biennial, na Bienal de Liverpool, no Stedelijk Museum (Amesterdão), na Tate Modern, e em festivais como o Ultima (Oslo), Donaueschingen Musiktage, Ars Electronica (Linz), Wien Modern, Maerz Musik (Berlim), Mutek (Montreal), entre outros. Colaborou com a Merce Cunningham Dance Company e editou discos com as chancelas Charhizma, Softl, Room 40 e Innova. Em Abril, irá apresentar um trabalho paralelo a rainbow gathering no MoMA, em Nova Iorque.

http://www.marinarosenfeld.com/

Marina Rosenfeld is a composer and turntablist. She initiated a decade-long engagement with composition, improvisation, performance and situational aesthetic practices while still a student in 1994 with her "sheer frost orchestra:" a performance realized by 17 women on floor-bound electric guitars, deploying nail-polish bottles as sound-producing implements.








Para saber mais:
http://newyork.timeout.com/articles/art/26736/marina-rosenfeld
http://whitney.org/www/2008biennial/www/?section=artists&page=artist_rosenfeld
www.room40.org/releases-plasticmaterials.shtml

Eu Vou (resposta de um arquitecto à pergunta porque é que ia ao Protesto da Geração à Rasca do dia 12)

Clicar sobre a imagem para ler em detalhe


Esta resposta foi enviado para a imprensa

Professores também estarão no Protesto da Geração à Rasca na Avenida da Liberdade, Lisboa, em solidariedade com os professores precários

PROFESSORES também estarão no PROTESTO da Geração à Rasca na Avenida da Liberdade, Lisboa, em solidariedade com os PROFESSORES PRECÁRIOS


Dia 12 de Março, às 14h30, à frente do Diário de Notícias
(no início da Avenida da Liberdade, do lado esquerdo, de quem desce do Marques de Pombal).

http://3rs-spgl.blogspot.com/


DIA 12 MARÇO VAMOS ENCHER A AVENIDA DA LIBERDADE

O Movimento de professores e educadores 3R’s esteve em todas as lutas contra o governo e as suas políticas anti-educativas. Estivemos e ajudámos a mobilizar, sem sectarismos, as lutas dinamizadas pelos dirigentes sindicais mas também lutas que não foram dinamizadas por aqueles: 15 Novembro 2008, 24 Janeiro 2009, 13 Setembro 2010, 4 Março 2011, etc.


No entanto nunca concordámos que as direcções sindicais tradicionais tenham apenas por objectivo negociar e fazer acordos e entendimentos com o governo que nem sequer são debatidos e decididos democraticamente pela classe e são mesmo prejudicais à base. Defendemos a necessidade de Renovar, Refundar e Rejuvenescer (3Rs) o movimento reivindicativo, ajudando assim a construir uma alternativa democrática e combativa. É fundamental começar a construir algo de novo. A mobilização que se está a construir em torno do Protesto dos Precários/Geração à Rasca do próximo sábado, dia 12 de Março, na Avenida da Liberdade, poderá dar passos importantes para a construção daquela alternativa nova, democrática e combativa.


A classe docente possivelmente é a mais precária da função pública e é fundamental que, perante o ataque unido do governo Alçada-Sócrates em precarizar todas as relações de trabalho e os próprios direitos da generalidade dos efectivos, enchendo assim os bolsos da banca e boys, estejamos unidos com outros sectores precarizados ou com direitos ameaçados na Avenida da Liberdade no dia 12 de Março.

Muitos professores naturalmente vão estar também no Campo Pequeno no dia dia 12 de Março conforme convocatória dos dirigentes da FENPROF e de outros sindicatos; o Movimento 3Rs, mais uma vez sem sectarismo, também aí estará presente.


No entanto, para começarmos a dar a volta a isto – não ficarmos sempre condenados a escolher o mal menor ou obrigados a aceitar acordos sem democracia de base… - teremos que nos unir aos outros sectores. Queremos ajudar a construir movimentos novos, sem "velhos vícios sindicais" (que têm impedido de responder eficazmente aos ataques governamentais e feito perder as oportunidades que as mobilizações históricas da classe têm proporcionado…), e por isso apelamos para a participação do protesto na Avenida da Liberdade.


Pela unidade de todos os sectores contra a precariedade no emprego e nos direitos! Todos, cada vez mais, somos precários!


Despedimentos e ataques no ensino são para pagar bancos e boys!


Na Avenida da Liberdade e com o Movimento 3Rs, vem ajudar a construir uma alternativa democrática e combativa!


Dia 12 de Março, às 14h30, à frente do Diário de Notícias
(no início da Avenida da Liberdade, do lado esquerdo, de quem desce do Marques de Pombal).


JUNTA-TE A NÓS: professores, funcionários, estudantes e todos os outros sectores são bem vindos!

Declaração do escritor José Luís Peixoto de Apoio ao Protesto de dia 12 de Março.



Sobre José Luís Peixoto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Lu%C3%ADs_Peixoto
http://www.joseluispeixoto.net/

Protesto da Geração à Rasca também fora do país - Convocatória para concentração junto às embaixadas portuguesas

www.facebook.com/?tid=1913426000769&sk=messages#!/event.php?eid=115213511889768




Convocatória para concentração junto às embaixadas portuguesas, em consonância com o Protesto da Geração à Rasca:


Cidades que já aderiram:
Haia -
http://www.facebook.com/event.php?eid=146039612126925
Londres -
http://www.facebook.com/event.php?eid=115159275228106
Barcelona -
http://www.facebook.com/event.php?eid=151479054913797
Madrid -
http://www.facebook.com/event.php?eid=131203940284900
Berlim -
http://www.facebook.com/event.php?eid=204655686212547
Estugarda -
http://www.facebook.com/event.php?eid=203258626367171
Paris -
http://www.facebook.com/event.php?eid=204096852949454
Copenhaga -
http://www.facebook.com/event.php?eid=102942183120241


Para todos aqueles que se revejam no protesto que se vai realizar em Portugal. Seja porque que tenham emigrado por falta de oportunidades, em busca de melhores condições de vida ou simplesmente porque estejam solidários com a precaridade laboral vivida por milhares de portugueses e reconheçam a gravidade do que isso implica para a estabilidade e bem-estar social no país.

Não fiquem à espera que vos digam se vai haver manif ou não no país onde residem. Iniciem o vosso próprio evento e convidem o maior numero de pessoas possível! Há muito que passamos a fase da meia-dúzia de gatos pingados e ainda seremos muitos mais!!!

Não se trata apenas dum protesto duma geração ou classe desfavorecida. A precaridade laboral é um problema que afecta a todos, directa ou indirectamente: cria instabilidade social, contribui para a deterioração das qualificações do mercado laboral e como consequência é um obstáculo para a retoma económica do país a longo prazo.

Não se trata apenas dum protesto para fazer reivindicações, mas sim duma oportunidade para um ponto de viragem a nível social. A democracia não se pode limitar a uma escolha entre esquerda e direita, mais estado ou mais sector privado. É preciso introduzir uma nova força que interfira e que contrabalance os poderes instituídos e essa forca é a participação activa dos cidadãos na resolução dos problemas da sociedade. Só assim se pode contribuir para a melhoria da situação económica, politica e social do pais.

Por isso, não deixem de participar! E mesmo que não possam estar presentes por morarem longe da embaixada, enviem para lá uma carta com o manifesto e propostas vossas!
Enviem também essas propostas para a organização do protesto - geracaoarasca@gmail.com

9.3.11

Almingas ( para a criação de uma Rede Algarvia de Partilha) - próximo encontro é no dia 13 de Março, às 13h. na Quinta do Vale da Lama, Odiaxere,Lagos


O mês passado um pequeno grupo juntou-se para conversar e unir intenções, lançámos as sementes da partilha e da entre-ajuda.

Estamos embrenhados, neste momento, na criação de uma Rede Algarvia de Partilha, a Almingas!

Iniciativa de partilha e de entre-ajuda.

Queremos começar por um partilhar um dia por mês de fraternidade e trabalho, unindo esforços numa tarefa especifica, numa determinada quinta que procure ou necessite de uma mãozinha! Dá-mos-lhe o nome de Mingas.

Este mês a quinta escolhida foi a Quinta do Vale da Lama- Odiaxere - Lagos. (
mapa)


Dia 13 de Março, ás 9h, vamos juntar-nos para Plantar Batatas!
Pela tarde, depois do almoço/ picnic partilhado, convidamos todos os interessados a juntarem-se á conversa necessária de criar objectivos precisos para a REDE, e mais algumas questões tecnicas.


Almingas é uma rede LIVRE, não existe obrigatoriedade na participação nem compromissos, qualquer um pode juntar-se ás Mingas se sentir vontade.

Existe um questionário curto para preencher, que funciona como base de dados da Rede, ao que se pede aos participantes para preenche-lo!


Cá vos esperamos!

Ana Tara
Contact
aloichot@gmail.com ou tlm 934240466
http://odecrescimento.blogspot.com/



Last month a small group gathered to talk and bind intentions, spread seed of sharing and help exchange.
We would like to start by sharing a fraternity and work day a month, join efforts in a specific task, at a farm that is looking for or needing a hand! We call that a Mingas.
This months the farm chosen was the Quinta do Vale da Lama - Odiaxere - Lagos
On the 13th March, at 9h am, we'll gather to seed potato's! On the afternoon, after a shared lunch/picnic, we invite all to join us to discuss the objectives of the network, and some technical issues.
Almingas is a FREE network, no mandatory presence or engagement is required, one can join the mingas at any time and own pace. There is a little questionnaire to fill, that is a data base of the network, that we ask you o fill!
We'll be waiting for you!

Plenário de estudantes à rasca na Faculdade de Letras do Porto nesta quinta-feira (dia 10, às 18h.)

Plenário de estudantes à rasca na Faculdade de Letras do Porto nesta quinta-feira (dia 10, às 18h.)


Porque nós, estudantes, já estamos à rasca mesmo antes de procurarmos um primeiro emprego pós-licenciatura! Apareçam esta quinta-feira, na FLUP!

Local: FLUP - Anfiteatro Nobre
Hora: quinta-feira, 10 de Março de 2011 18:00

Precário: adjectivo; que não é estável, que não é seguro, incerto, sujeito a contingências, delicado, frágil, escasso, pouco rendoso, difícil, pobre.(Dicionário Porto Editora)

Primeiro emprego, trabalho precário, estágios não remunerados, endividamento dos estudantes, propinas, falta de bolsas, elevados preços da habitação…

Tudo factores que nos colocam à rasca com a vida e com o futuro. Sem confiar na inevitabilidade de um destino pouco ou nada certo, sem adiar mais, esta quinta-feira iremos debater as razões do protesto de sábado

Flash Mob no metro de Lisboa a divulgar o Protesto da Geração À Rasca para dia 12 de Março





Artistas confirmados em Lisboa para o PROTESTO dia 12 de Março da GERAÇÃO À RASCA:

Homens da Luta
Paulo de Carvalho
Chullage Blasted Mechanism
Rui Veloso
Luis Represas
Kumpania Algazarra
Vitorino
Valete Nação
Vira Lata Social
Smokers
Fernando Tordo
Tiago Bettencourt
Zé Pedro


ELES VÃO! E TU?

8.3.11

Jovens da Geração à Rasca interrompem em Viseu uma« missa» de Sócrates com os seus fiéis socretinos



Jovens do movimento Geração à Rasca interromperam ontem um discurso de Sócrates em Viseu com um megafone e foram agredidos e retirados da sala à força". Mais: tiveram que pagar 10 euros para assistir ao comício e quando solicitaram o recibo do pagamento a resposta que lhes deram foi que isso era ridículo!!!

José Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: "Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar".

«Precários nos querem, rebeldes nos terão» foi uma das frases que estes manifestantes gritaram enquanto José Sócrates discursava, antes de serem postos fora do recinto pela segurança.

«Infelizmente, não conseguimos ler o recado. Fiz questão de citar que isto era pacífico, mas como todos puderam ver e as câmaras conseguiram captar caíram-nos em cima, fomos empurrados e partiram-nos o megafone e uma colega nossa levou um pontapé», explicou Paulo Agante, um dos jovens intervenientes.

Sócrates desvalorizou o incidente, declarando «Nós somos o partido da tolerância. E estamos no Carnaval. E a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal. Se estes simpáticos convivas se quiseres juntar a nós são muito bem-vindos», disse ainda o líder socialista, convidando-os para jantar. »

Apesar do convite, os jovens foram colocados na rua e, de acordo com a agência Lusa, queixam-se de terem sido agredidos.
«Peço desculpa não ter aceite o jantar, mas já estávamos cá fora a levar pontapés e empurrões e foi mesmo impossível», ironizou Paulo Agante, do movimento da Geração à Rasca.

Antes de o grupo ter sido expulso, uma das jovens ainda teve tempo de entregar duas máscaras a José Sócrates.
«Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos», justificou Paulo Agante.


Garantiu que os jovens não queriam «estragar a festa» a José Sócrates, apenas deixá-lo a reflectir sobre as palavras que iam dizer.
«Só queríamos expor a nossa palavra, ter um espaço onde pudéssemos falar, já que ninguém nos ouve, e iríamos sair pacificamente. Ninguém teria de nos expulsar, mas, enquanto estávamos a ser expulsos a empurrões e nos partiam o material, estava o primeiro-ministro a rir-se», criticou.

Os jovens queixam-se ainda de lhes ter sido retirada a faixa que levavam, com a inscrição «Fim às políticas rascas» e «619 mil amigos gostam disto», numa alusão ao número de desempregados portugueses.



12 de Março de 2011
Protesto/Manifestação da Geração à Rasca, no Rossio de Viseu, às 15h
Junta-te a nós na luta contra a precariedade!


Mail:
geracaoarasca.viseu@gmail.com
Evento no Facebook:
www.facebook.com/photo.php?fbid=1348782596500&set=a.1405788981624
Página do Facebook:
www.facebook.com/GARViseu
Blog:
http://garviseu.wordpress.com/
Twitter:
http://twitter.com/#!/GARViseu


Dia 12 na rua Sócrates vai ouvir o BASTA!

Basta das políticas rasca que nos têm governado!
Basta de disfarces rasca, onde num dia promete uma coisa que no dia a seguir já é mentira.
Basta de ilusionismos sociais, as pessoas não são números!
Basta deste carnaval político onde só há duas máscaras!
Basta de hipocrisia!


No dia 12 de Março vai ouvir os desempregados e precários de Portugal:

Há, em Portugal, 619 mil desempregados inscritos no centro de emprego…porque há muitos mais…metade dos quais com menos de 35 anos.

Há ainda mais de um milhão de portugueses em situações de precariedade:
• Mal remunerados
• Falsos trabalhadores independentes
• Estagiários não remunerados
• Bolseiros
• Contratados a prazo
Entre tantas outras situações!

Iríamos avançar com os seguintes números:
• Mais…7 em cada 10 jovens têm vínculos de trabalho precários!
• Amanhã é o dia da mulher mas a verdade é que são elas quem mais sofre…7 em cada 10 licenciados no desemprego são mulheres!
• O número de licenciados desempregados aumentou 61% nos últimos três anos!
• Em 1998 eram 483 mil os trabalhadores em situação precária…passou mais de uma década e o número triplicou!
• Em 2008 havia 32 mil jovens a recibos verdes, mais 93% do que em 1998…e acredite que estes números continuam a aumentar dia após dia.
• Saem anualmente do país entre 90 a 100 mil portugueses…os mesmos números que se registavam nos anos 60!


Não fiques em casa, vêm fazer parte da mudança!



Movimento de Libertação da Mulher em Portugal

Após o 25 de Abril de 1974 foi criado o MLM, Movimento de Libertação da Mulher, por mulheres que defendiam um feminismo avançado e que ficou regitado na história pelo facto de ter organizado uma manifestação a 13 de Janeiro de 1975 que provocou muita celeuma na época.

Essa manifestação passou a ser conhecida pela «queima de soutiens» como símbolo de opressão feminina, mas tal não corresponde à verdade, até porque segundo as próprias organizadoras, as feminista não costumavam usar essas peças.

Recorde-se que 1975 era que a ONU proclamara o Ano Internacional da Mulher, tendo o MLM decidido organizar uma acção simbólica, no dia 13 de Janeiro, no Parque Eduardo VII, onde seriam queimados alguns símbolos, como o Código Civil, objectos de lida doméstica, brinquedos sexistas, livros de autores machistas ou revistas pornográficas.

Acontece que um numeroso e agitado grupo de homens decidiu boicotar o evento tendo-se gerado muita confusão o que impediu a realização da manifestação feminista.

Ao movimento não foi estranha a dinâmica gerada em Portugal pela publicação em 1972 do livro "Novas Cartas Portuguesas" - conhecido como o livro das três Marias, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta – e que levou as autoras a tribunal acusadas de atentado à moral e ao pudor, mas que acabou em absolvição e num grito de vitória que insuflou o movimento feminista.

Com o 25 de Abril novas baralhas feminsitas despontam como o planeamento familiar, educação sexual, gratuitidade dos métodos contraceptivos e o direito ao aborto. Na época do processo revolucionária, Maria Teresa Horta, Célia Métrasse e Helena Medeiros publicaram um livro "histórico" – "Aborto, Direito ao Nosso Corpo" – o único escrito sobre o tema durante vários anos.



Nos 35 anos da Manifestação Feminista do Parque Eduardo VII




Maria Teresa Horta, a 13 de Janeiro de 2010, fala da manifestação do Parque Eduardo VII de 1975. Presentes também Célia Metrass, Isabel Télinhos, Helena e Salomé Coelho


The Rebel Girl – canção de Joe Hill sobre as mulheres inconformistas e lutadoras ( 8 de Março é Dia Internacional da Mulher)

O vídeo começa com uma narrativa de Elizabeth Gurley Flynn sobre as mulheres do I.W.W. (Industrial Workers of the World), a que se segue a canção escrita por Joe Hill e cantada por Hazel Dickens.

As imagens da Mulheres que aparecem no vídeo são todas do IWW, excepto Emma Godman e Charlotte Anita Whitney:

Emma Goldman

Helen Keller ( membro do IWW, feminista e conhecida figura pelo seu trabalho em prol das pessoas portadoras de deficiências)

Grace Silve, mãe da famosa actriz Queen Silver

Lucy Parsons, mulher de Albert Parsons, um dos mártires de Chicago

Judi Bari – ecologista e membro do IWW

Mother Jones

Lesbia Harford – poetisa australianao e membro activo do IWW

Amelia Siblich

Rosie Kane

Caroline Leckie

Dorothy Day – anarquista, fundadora da organização catholic workers

Charlene Sato – sociolinguísta

Faith Petric – cantora

Anne Feenley – cantora

Charolotte Anita Whitney

Suley Ayala




There are women of many descriptions
In this queer world, as everyone knows.
Some are living in beautiful mansions,
And are wearing the finest of clothes.
There are blue blooded queens and princesses,
Who have charms made of diamonds and pearl;
But the only and thoroughbred lady
Is the Rebel Girl.

CHORUS:
That's the Rebel Girl, that's the Rebel Girl!
To the working class she's a precious pearl.
She brings courage, pride and joy
To the fighting Rebel Boy.
We've had girls before, but we need some more
In the Industrial Workers of the World.
For it's great to fight for freedom
With a Rebel Girl.

Yes, her hands may be hardened from labor,
And her dress may not be very fine;
But a heart in her bosom is beating
That is true to her class and her kind.
And the grafters in terror are trembling
When her spite and defiance she'll hurl;
For the only and thoroughbred lady
Is the Rebel Girl.

7.3.11

Vou tentar falar sem dizer nada - canção do Grupo Outubro de crítica ao nacional-cançonetismo festivaleiro para adormecer os ouvintes

VOU TENTAR FALAR SEM DIZER NADA – canção do Grupo Outubro ( do Carlos Alberto Moniz e da Maria do Amparo) que constitui uma crítica irónica às canções típicas dos Festivais, e que passam diariamente nas rádios e Tvs e se destinam a «adormecer» e embrutecer os ouvintes.




Eu vou tentar, prometo, que destes versos
Não saia uma canção mal comportada
Eu vou tentar não falar do que acontece
Eu vou tentar falar sem dizer nada.

Não vou, por isso, falar da exploração
Nem sequer do amor à Liberdade;
Da luta pela terra e pelo pão
E do apego à Paz da humanidade.

Vou tentar não falar do que acontece
Vou tentar falar sem dizer nada

Vocês preferem que eu vos fale
De grilos a cantar e gambuzinos?
A vossa vontade será feita
Eu calarei a fome dos meninos.

Vocês preferem que eu vos cante
Sem vos lembrar os tiros e as facas?
A vossa vontade será feita
Eu calarei o frio das barracas.

Vou tentar não falar do que acontece
Vou tentar falar sem dizer nada

Vocês preferem que eu vos fale
Com um sorriso a iluminar-me as trombas?
A vossa vontade será feita
Eu calarei o estilhaçar das bombas.

Vocês vão gostar que eu não cante
A luta de nós todos todo o ano
A vossa vontade será feita
Não falarei do povo alentejano

Vou tentar não falar do que acontece
Vou tentar falar sem dizer nada

Não falarei do luxo e da miséria
Não falarei do luxo e da canseira
Não falarei das damas, das mulheres
De tudo o que se passa à nossa beira

Não falarei do Amor, nem da Verdade
Nem do suor deixado no trigal;
Eu não ofenderei vossas excelências
Nem a civilização ocidental!

Homens da Luta - uma perfomance muito séria


Texto de Cristina Paixão


“O espectáculo, como a sociedade moderna, está ao mesmo tempo unido e dividido. Como esta, ele edifica a sua unidade sobre o dilaceramento. A contradição, quando emerge no espectáculo, é por sua vez contradita por uma inversão do seu sentido; de modo que a divisão mostrada é unitária, enquanto a unidade mostrada está dividida”
DEBORD, Guy, A Sociedade do Espectáculo, ed. Afrodite, p. 47

“Diante da totalidade horrivelmente séria da política institucionalizada, a sátira, a ironia e a provocação hilariante tornam-se uma dimensão necessária da nova política. O desprezo pelo esprit de serieux, que permite as conversas e as acções dos políticos profissionais e semi-profissionais, confunde-se com o desprezo pelos valores que eles professam e, ao mesmo tempo, destroem. Os rebeldes revivem o riso desesperado e o desafio cínico dos loucos como meios para desmascarar os actos da gente séria que governa o todo.”
MARCUSE, Herbert, Um Ensaio para a Libertação, liv. Bertrand, p. 89



E eis que o inusitado, o mais extraordinário imprevisto aconteceu. Os Homens da Luta ganharam – por votação popular – o Festival da Canção que os levará brevemente a Dusserdolf, em representação do país no euro festival. Dito assim, parece pouco. Mas na verdade foi uma espécie de bomba carnavalesca que explodiu nas mãos do establishment apodrecido, mas empedernido na recuperação de alguns resquícios de seriedade no pântano lodoso em que se atasca. E logo gloriosas vozes furiosas, talvez ressuscitadas a alguns egrégios avós, se levantaram indignadas, chocadas.

Do fundo do pântano insurgem-se clamores de vários quadrantes e justificações variadas. Porque os homens da luta “desprestigiam a canção de protesto”, porque “não dignificam o país representando-o nos seus trajes ridículos e anacrónicos”, porque… em suma… “e a seriedade, senhores”?

Na verdade, nunca os Homens da Luta causaram tamanho desconforto. Até à data, reduziram as suas performances ao palco do espectáculo, devidamente categorizado e delimitado. São actores e como tal foram vistos até ao momento em que o véu caiu e a arquitectura, o esqueleto, das suas intervenções se desnudou. Ganhar o festivaleiro concurso, vencer o glamour vazio e as falsas lantejoulas dos restantes concorrentes, representa uma conquista em território inimigo, um tiro certeiro no coração do Império - um incitamento à revolta que se glosa a si mesmo, que ridiculariza o clássico discurso da política institucional, ainda reclamadora de uma seriedade impossível, porque sustentada e sustentadora de uma realidade circense. Num infindável jogo de espelhos de uma casa de horrores, saiu vitorioso o absurdo, o non-sense, a subversão estética de contornos inevitavelmente políticos, porque, em última análise, desmascara o grotesco apalhaçado em que se transformou a política institucional e o seu braço armado da cultura mainstream. Não pode haver seriedade no que não é sério.

É conveniente recordar que o Festival da Eurovisão é um instrumento institucional da chamada cultura de massas. Consequentemente, a única forma intelectualmente séria de o considerar é reduzi-lo ao que em essência é: um espectáculo ridículo e risível, de forte cariz político. Não se pode, por inerência, colocar em causa a dignidade de um espectáculo que não a possui, porque nos considera indignos, reduzindo-nos a uma espectacular indigência intelectual.

Mas a surpresa e o choque de todos os que ainda não se libertaram das velhas linguagens estéticas e políticas, não se ficou por aqui. Esta vitória, decidida pelos anónimos dos 60 cêntimos mais Iva e, portanto, conseguida a troco de muitos votos populares, contrários à opinião de um júri “sério” e de uma plateia em traje de gala, revela a emergência de um novo poder que escapa totalmente ao controlo institucional. Como muito poucas vezes acontece, a voz da rebeldia descartou herculeamente, de sorriso nos lábios, forte convicção e a dois tempos, a pretensa seriedade do kitsh cultural e do kitsh político.

Quem tem acompanhado as intervenções levadas a cabo pelo par perceberá certamente com facilidade que o que se glosa nas suas performances não é o protesto em si, ou a tradicional canção de intervenção, mas antes uma determinada forma de protestar, anacrónica sim (porque ainda herdeira de uma velha forma de fazer política), e por isso representada pelos adereços utilizados. Os que conheceram o visionário Zeca Afonso (o homem que já então se proclamava como o comité central de si próprio), lembrar-se-ão seguramente do quanto se deliciava com o refrão dos Trabalhadores do Comércio: “chamem a polícia, que eu não pago” que fez furor nos anos oitenta, independentemente da sua discutível qualidade musical e da sua inexistente pretensão literária.

Também no caso, a qualidade da intervenção dos Homens da Luta provém precisamente da sua discutível qualidade musical e literária. Pretender o contrário seria uma contradição interna irresolúvel – a qualidade é-lhe conferida, precisamente, pela recusa de uma linguagem estética “séria”, no sentido histórico do termo. Seria impossível desconstruir um discurso utilizando formas e conteúdos que se pretendem recusar.

O jogo de espelhos não terminará aqui.

Em Dusseldorf, os Homens da Luta serão o espectáculo que conferirá dignidade ao espectáculo. Serão os clowns que devolverão essa mesma imagem aos articuladores dos cordéis que comandam as nossas vidas de marionetas. Um exemplo de tamanha coragem só pode merecer aplausos.

Algo de novo por este reino ( texto António Pedro Ribeiro)

A vitória dos "Homens da Luta" no Festival RTP da Canção, a juntar a fenómenos como a canção dos Deolinda, a manifestação de 12 de Março ou os resultados de José Manuel Coelho nas eleições presidenciais provam que, de facto, algo está a mudar também em Portugal.

Há um grito novo, satírico, de revolta, se bem que ainda confuso, ainda não totalmente oposto ao capitalismo dos mercados. De qualquer forma, são sinais que não se podem confundir com o mero folclore. Os "Homens da Luta" têm consciência do que estão a fazer. Há muita gente farta do cinzentismo de Sócrates e de Cavaco, de quase toda a classe política, das ordens de Merkel e dos mercados, de uma vida entediante, sem perspectivas, sem emprego, sem dinheiro, precária.

Mas há algo mais. É a dignidade do ser humano que está em causa, a própria liberdade. Não podemos ser escravos do trabalho, do chefe, do banco, de coisa nenhuma. Não podemos aceitar ser reduzidos à condição de mercadorias que se compram e vendem no mercado global. Daí as revoluções do Egipto e da Tunísia, as revoltas na Líbia, na Grécia, no Médio Oriente, no Norte de África. O homem, o homem livre, o homem nobre, não pode contentar-se com ser o macaco que mercadeja, na esteira de Nietzsche.

A utilização da Internet e do Facebook veio trazer uma proximidade, uma cumplicidade que não existiam entre as pessoas. Há muitas que começam a ficar fartos de "tantos rodeios", das patranhas da competividade e da economia. Há, de facto, algo de novo por este reino.

http://tripnaarcada.blogspot.com/

6.3.11

A Luta é Alegria, dos Homens da Luta, vence o Festival RTP da Canção e vai à Eurovisão para provocar turbulência nos mercados financeiros…

Mais uns pauzinhos na engrenagem...

A Luta é Alegria, dos Homens da Luta, vence o Festival RTP da Canção graças ao voto popular por telefone. Só os Júris distritais de Viseu e de Bragança deram preferência à canção. Um dos elementos do grupo dedicou a canção a todos os desempregados, anunciando que marcarão presença na manifestação da Geração à Rasca do 12 de Março

No final da canção, eles gritam:
A LUTA CONTINUA, QUANDO O POVO SAI À RUA

Entretanto, para quem não souber o signficado do termo Reacção («Luta contra a reacção»), a expressão significa as forças reaccionárias do fascismo e do capitalismo que tudo fizeram para sabotar a construção de uma sociedade mais igualitária em Portugal, e conseguiram os seus objectivos.

LUTA contra a REACÇÃO (= Luta contra o FASCISMO e o CAPITALISMO)


A banda apresentar-se-á no Festival da Eurovisão, que este ano se realizará na Alemanha da Sra Merkel, e tudo indica irá ser motivo de conversa e polémica, provocando seguramente grande turbulência nos mercados internacionais.

Entretanto, cá dentro, o mais certo é assistirmos, nas rádios e nas Tvs, a mais um boicote à canção pelos s «aparelhistas» instalados nos media, o que só mostra como o poder não é só o Bipartido (PS+PSD) mas toda uma clientela instalada, paga a preço de ouro, e que faz funcionar a engrenagem do sistema vigente.




A LUTA É ALEGRIA

Por vezes dás contigo desanimado
Por vezes dás contigo a desconfiar
Por vezes dás contigo sobressaltado
Por vezes dás contigo a desesperar

De noite ou de dia, a luta é alegria
E o povo avança é na rua a gritar

De pouco vale o cinto sempre apertado
De pouco vale andar a lamuriar
De pouco vale o ar sempre carregado
De pouco vale a raiva para te ajudar

De noite ou de dia, a luta é alegria
E o povo avança é na rua a gritar

E tráz o pão e tráz o queijo e tráz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
E tráz o pão e tráz o queijo e tráz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
Vem celebrar esta situação e vamos cantar contra a reacção»

Não falta quem te avise «toma cuidado»
Não falta quem te queira manter calado
Não falta quem te deixe ressabiado
Não falta quem te venda o próprio ar

De noite ou de dia, a luta é alegria
E o povo avança é na rua a gritar

E tráz o pão e tráz o queijo e tráz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
E tráz o pão e tráz o queijo e tráz o vinho
E vem o velho e vem o novo e o menino
Vem celebrar esta situação e vamos cantar contra a reacção

A luta continua quando o povo sai à rua!
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5.3.11

Carta de Michael Moore aos estudantes de Wisconsin

O cineasta Michael Moore enviou uma carta aberta aos estudantes, pedindo que se revoltem.

http://mikeshighschoolnews.com/

http://www.michaelmoore.com/

http://www.michaelmoore.com/blogger/mmflint/

Segue a carta:

Caros Estudantes:

Que inspiração, a de vocês, que se uniram aos milhares de estudantes das escolas de Wisconsin e saíram andando das salas de aula há quatro dias e agora estão ocupando o prédio do State Capitol e arredores, em Madison, exigindo que o governador pare de assaltar os professores e outros funcionários públicos ! Tenho de dizer que é das coisas mais entusiasmantes que vi acontecer em anos.

Vivemos hoje um fantástico momento histórico. E aconteceu porque os jovens em todo o mundo decidiram que, para eles, basta. Os jovens estão em rebelião – e é mais que hora!

Vocês, os estudantes, os adultos jovens, do Cairo no Egito, a Madison no Wisconsin, estão começando a erguer a cabeça, tomar as ruas, organizar-se, protestar e recusar a dar um passo de volta para casa, se não forem ouvidos. Totalmente sensacional!!

O poder está tremendo de medo, os adultos maduros e velhos tão convencidos que que fizeram um baita trabalho ao calar vocês, distraí-los com quantidades enormes de bobagens até que vocês se sentissem inpotentes, mais uma engrenagem da máquina, mais um tijolo do muro. Alimentaram vocês com quantidades absurdas de propaganda sobre “como o sistema funciona” e mais tantas mentiras sobre o que aconteceu na história, que estou admirado de vocês terem derrotado tamanha quantidade de lixo e estejam afinal vendo as coisas como as coisas são.

Fizeram o que fizeram, na esperança de que vocês ficariam de bico fechado, entrariam na linha e obedeceriam ordens e não sacudiriam o bote. Porque, se agitassem muito, não conseguiriam arranjar um bom emprego! Acabariam na rua, um freak a mais. Disseram que a política é suja e que um homem sozinho nunca faria diferença.

E por alguma razão bela, desconhecida, vocês recusaram-se a ouvir. Talvez porque vocês deram-se conta que nós, os adultos maduros, lhes estamos entregando um mundo cada vez mais miserável, as calotas polares derretidas, salários de fome, guerras e cada vez mais guerras, e planos para empurrá-los para a vida, aos 18 anos, cada um de vocês já carregando a dívida astronômica do custo da formação universitária que vocês terão de pagar ou morrerão tentando pagar.

Como se não bastasse, vocês ouviram os adultos maduros dizer que vocês talvez não consigam casar legalmente com quem escolherem para casar, que o corpo de vocês não pertence a vocês, e que, se um negro chegou à Casa Branca, só pode ter sido falcatrua, porque ele é imigrado ilegal que veio do Quênia.

Sim, pelo que estou vendo, a maioria de vocês rejeitou todo esse lixo. Não esqueçam que foram vocês, os adultos jovens, que elegeram Barack Obama. Primeiro, formaram um exército de voluntários para conseguir a indicação dele como candidato. Depois, foram as urnas em números recordes, em novembro de 2008. Vocês sabem que o único grupo da população branca dos EUA no qual Obama teve maioria de votos foi o dos jovens entre 18 e 29 anos? A maioria de todos os brancos com mais de 29 anos nos EUA votaram em McCain – e Obama foi eleito, mesmo assim!

Como pode ter acontecido? Porque há mais eleitores jovens em todos os grupos étnicos – e eles foram às urnas e, contados os votos, viu-se que haviam derrotado os brancos mais velhos assustados, que simplesmente jamais admitiriam ter no Salão Oval alguém chamado Hussein. Obrigado, aos eleitores jovens dos EUA, por terem operado esse prodígio!

Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida.

Apesar de eu, há muito, já não ser adulto jovem, senti-me tão fortalecido pelos acontecimentos recentes no mundo, que quero também dar uma mão.

Decidi que uma parte da minha página na Internet será entregue aos estudantes de nível médio para que eles – vocês – tenham meios para falar a milhões de pessoas. Há muito tempo procuro um meio de dar voz aos adolescentes e adultos jovens, que não têm espaço na mídia-empresa. Por que a opinião dos adolescentes e adultos jovens é considerada menos válida, na mídia-empresa, que a opinião dos adultos maduros e velhos?

Nas escolas de segundo grau em todos os EUA, os alunos têm ideias de como melhorar as coisas e questionam o que veem – e todas essas vozes e pensamentos são ou silenciadas ou ignoradas. Quantas vezes, nas escolas, o corpo de alunos é absolutamente ignorado? Quantos estudantes tentam falar, levantar-se em defesa de uma ou outra ideia, tentar consertar uma coisa ou outra – e sempre acabam sendo vozes ignoradas pelos que estão no poder ou pelos outros alunos?

Muitas vezes vi, ao longo dos anos, alunos que tentam participar no processo democrático, e logo ouvem que colégios não são democracias e que alunos não têm direitos (mesmo depois de a Suprema Corte ter declarado que nenhum aluno ou aluna perde seus direitos civis “ao adentrar o prédio da escola”).

Sempre fico abismado ao ver o quanto os adultos maduros e velhos falam aos jovens sobre a grande “democracia” dos EUA. E depois, quando os estudantes querem participar daquela “democracia”, sempre aparece alguém para lembrá-los de que não são cidadãos plenos e que devem comportar-se, mais ou menos, como servos semi-incapazes. Não surpreende que tantos jovens, quando se tornam adultos maduros, não se interessem por participar do sistema político – porque foram ensinados pelo exemplo, ao longo de 12 anos da vida, que são incompetentes para emitir opiniões em todos os assuntos que os afetam.

Gostamos de dizer que há nos EUA essa grande “imprensa livre”. Mas que liberdade há para produzir jornais de escolas de segundo gráu? Quem é livre para escrever em jornal ou blog sobre o que bem entender? Muitas vezes recebo matérias escritas por adolescentes, que não puderam ser publicadas em seus jornais de escola. Por que não? Porque alguém teria direito de silenciar e de esconder as opiniões dos adolescentes e adultos jovens nos EUA?

Em outros países, é diferente. Na Áustria, no Brasil, na Nicarágua, a idade mínima para votar é 16 anos. Na França, os estudantes conseguem parar o país, simplesmente saindo das escolas e marchando pelas ruas.

Mas aqui, nos EUA, os jovens são mandados obedecer, sentar e deixar que os adultos maduros e velhos comandem o show.

Vamos mudar isso! Estou abrindo, na minha página, um “JORNAL DA ESCOLA” [orig. "HIGH SCHOOL NEWSPAPER", em
http://mikeshighschoolnews.com/ ]. Ali, vocês podem escrever o que quiserem, e publicarei tudo.

Também publicarei artigos que vocês tenham escrito e que foram rejeitados para publicação nos jornais das escolas de vocês. Na minha página vocês serão livres e haverá um fórum aberto, e quem quiser falar poderá falar para milhões.

Pedi que minha sobrinha Molly, de 17 anos, dê o pontapé inicial e cuide da página pelos primeiros seis meses. Ela vai escrever e pedirque vocês mandem suas histórias e ideias e selecionará várias para publicar em MichaelMoore.com. Ali estará a plataforma que vocês merecem. É uma honra para mim que se manifestem na minha página e espero que todos aproveitem.

Dizem que vocês são “o futuro”. O futuro é hoje, aqui mesmo, já. Vocês já provaram que podem mudar o mundo. Aguentem firmes. É uma honra poder dar uma mão.

___________________________________

No original:

Letter from Michael Moore to High School Students
Dear High School Students:

How inspired are you by the thousands of students from Wisconsin high schools who began walking out of class four days ago and have now occupied the State Capitol building and its grounds in Madison, demanding that the governor stop his assault on teachers and other government workers? I have to say it’s one of the most exciting things I’ve seen in years.

We are, right now, living in an amazing moment of history. And this moment has happened because the youth around the world have decided they’ve had enough. Young people are in revolt — and it’s about time.
You, the students and young adults, from Cairo, Egypt to Madison, Wisconsin, are now rising up, taking to the streets, organizing, protesting and refusing to move until your voices are heard. Effing amazing!! It has scared the pants off those in power, the adults who were so convinced they had done a heckuva job trying to dumb you down and distract you with useless nonsense so that you’d end up feeling powerless, just another cog in the wheel, another brick in the wall. You’ve been fed a lot of propaganda about “how the system works” and so many lies about what took place in history that I’m amazed you’ve been able to sort through all the bs and see the truth for what it is. This was all done in the hopes you would just keep your mouths shut, get in line and follow orders. And don’t rock the boat. Because if you do, you could end up without a good job! You could end up looking like a freak! You’ve been told politics isn’t cool and that one person really can’t make a difference.
And for some beautiful, unknown reason, you’ve refused to listen. Maybe it’s because you’ve figured out that we adults are about to hand you a very empty and increasingly miserable world, with its melting polar ice caps, its low-paying jobs, its incessant war machine, and its plan to put you in permanent debt at age 18 with the racket known as college loans.
On top of that, you’ve had to listen to adults tell you that you may not be able to legally marry the person you love, that your uterus isn’t really yours to control, and that if a black guy somehow makes it into the White House, he must’ve entered illegally from Kenya.

Yet, from what I’ve seen, the vast majority of you have rejected all of this crap. Never forget that it was you, the young people, who made Barack Obama president. First you formed his army of election volunteers to get him the nomination. Then you came out in record numbers in November of 2008. Did you know that the only age group where Obama won the white vote was with 18-29-year-olds? The majority of every white age group over 29 years old voted for McCain — and yet Obama still won! How’d that happen? Because there were so many youth voters of all races — a record turnout that overcame the vast numbers of fearful white adults who simply couldn’t see someone whose middle name was Hussein in the Oval Office. Thank you young voters for making that happen!
Young people elsewhere in the world, most notably in the Middle East, have taken to the streets and overthrown dictatorial governments without firing a shot. Their courage has inspired others to take a stand. There’s a huge momentum right now, a youth-backed mojo that can’t and won’t be stopped.
Although I’ve long since left your age group, I’ve been so inspired by recent events that I’d like to do my bit and lend a hand. I’ve decided to turn over a part of my website to high school students so they — you — can have the opportunity to get the word out to millions more people. For a long time I’ve wondered, how come we don’t hear the true voices of teenagers in our mainstream media? Why is your voice any less valid than an adult’s?
In high schools all across America, students have great ideas to make things better or to question what is going on — and often these thoughts and opinions are ignored or silenced. How often in school is the will of the student body ignored? How many students today will try to speak out, to stand up for something important, to simply try to right a wrong — and will be swiftly shut down by those in authority, or by other students themselves?
I’ve seen students over the years attempt to participate in the democratic process only to be told that high schools aren’t democracies and that they have no rights (even though the Supreme Court has said that a student doesn’t give up his or her rights “when they enter the schoolhouse door”).
It’s always amazed me how adults preach to young people about what a great “democracy” we have, but when students seek to be part of it, they are reminded that they are not full citizens yet and must behave somehow as indentured servants. Is it any wonder then why some students, when they become adults, don’t feel like participating in our political system — because they’ve been taught by example for the past 12 years that they have no say in the decisions that affect them?
We like to say that we have this great “free press,” and yet how free are high school newspapers? How free are you to write or blog about what you want? I’ve been sent stories from teenagers that they couldn’t get published at school. Why not? Why must we silence or keep out of sight the voice of our teenagers?

It’s not that way in other countries. The voting age in places like Austria, Brazil or Nicaragua is 16. In France, students can shut down the country by simply walking out of school and taking to the streets.
But here in the U.S. you’re told to obey and to basically butt out and let the adults run the show.

Let’s change that! I’m starting something on my site called, “HIGH SCHOOL NEWSPAPER.” Here you will be able to write what you want and I will publish it. I will also post those articles that you’ve tried to get published at your school but were turned down. On my site you will have freedom and an open forum and a chance to have your voice heard by millions.
I’ve asked my 17-year-old niece, Molly, to kick things off by editing this page for the first six months. She will ask you to send her your stories and ideas and the best ones will be posted on MichaelMoore.com. I’ll give you the platform you deserve. It will be my honor to have you on my site and I encourage you to take advantage of it.

You are often called “our future.” That future is today, right here, right now. You’ve already proven you can change the world. Keep doing it. And I’d be honored to help you.
Yours,

Michael Moore
MMFlint@aol.com
MichaelMoore.com

P.S. When can you get started? Right now! Just go here and register. (You can use a made-up name if you want and you don’t have to name your school.) Then once you’re done, start submitting blogs, music, video and more!
P.P.S. If you’re reading this and not in high school, please take a second and forward it to all the students you know.

Revolta popular no Estado do Wisconsin (EUA) já juntou 100.000 manifestantes na rua debaixo de um nevão!!!

Governo direitista (do partido republicano) do Wisconsin quer acabar com o DIREITO À NEGOCIAÇÃO COLECTIVA e o SINDICALISMO, o que provocou um protesto massivo dos trabalhadores, em especial, dos professores e dos funcionários da Administração Pública, bem assim como de milhares de estudantes.

Os médicos da Universidade de Wisconsin estão a passar atestados médicos para os funcionários públicos que estão participando dos protestos, e que por isso não têm comparecido nos seus locais de trabalho.

A pizzaria local Ian''s Pizza recebeu, entretanto, contribuições via internet de simpatizantes em 30 estados norte-americanos e em 14 países, entre eles o Egipto, a fim de fornecer alimentação aos manifestantes

Milhares de funcionários públicos ocupam há mais de uma semana o Parlamento do Estado de Wisconsin e prometem dali não sari enquanto o projecto de lei do governo não for retirado








Vídeo sobre a Marcha dos estudantes, realizada no passado 15 de Fevereiro, em apoio aos professores e funcionários dos serviços públicos em Madison ( capital do Estado do Wisconsin)




Tom Morello canta duas canções para os manifestantes que permanecem junto do parlamento do Wisconsin